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GOVERNO ESTADUAL: Equipe de Richa promete selar paz com o agronegócio

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A agropecuária do Paraná deve encerrar, na gestão de Beto Richa (PSDB), um ciclo de relações turbulentas com o governo do estado. Os executivos escolhidos para comandar três secretarias esta­­duais diretamente ligadas ao setor - Agricultura, Meio Am­biente e Indústria e Comércio - declaram amplo apoio à produção, à industrialização e aos investimentos em infraestrutura. Além disso, garantem que não vão impor barreiras políticas à produção de grãos transgênicos - que representam mais da metade das lavouras de soja e milho do estado - e que haverá mais flexibilidade em questões ambientais.

Meio Ambiente - Depois da nomeação de Norberto Ortigara para a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento - com amplo apoio de técnicos e agropecuaristas -, a principal preocupação dos produtores rurais era a Secretaria do Meio Ambiente. Na última semana, Richa anunciou que a pasta será administrada por Jonel Nazareno Iurk, ex-superintendente do Ibama (1995-1999) com experiência em desenvolvimento sustentado.

Reconstrução - As sombras de preocupação foram afastadas após uma visita de Iurk à Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). Diante dos diretores da Ocepar, ele defendeu a reconstrução da imagem do estado em relação ao setor produtivo e disse que pretende trabalhar em parceria com os especialistas em meio ambiente que atuam dentro das cooperativas. Afirmou que a intenção da visita era mostrar que o governo, incluindo a área ambiental, vai "caminhar junto" com o setor produtivo.

Agroindustrialização - Ao lado de Iurk, estava Ricardo Barros, que vai assumir a pasta de Indústria e Comércio e prometeu trabalhar pela agroindustrialização, principal projeto das cooperativas rumo ao faturamento anual de R$ 30 bilhões. Neste ano, elas devem atingir R$ 28 bilhões, prevê a Ocepar. Barros disse considerar a agregação de valor aos produtos agrícolas "fundamental" para o desenvolvimento do Paraná e que o estado vai estimular investimentos em novas indústrias.

Cobranças diretas - Apesar de não ter declarado apoio a Beto Richa na campanha eleitoral, os representantes dos produtores afirmam que, se houver problemas nas áreas estratégicas, farão cobranças diretas ao governador eleito. O setor promoveu reuniões de produtores para ouvir propostas de Beto e de seu principal adversário, Osmar Dias (PDT). Nessas reuniões, ambos se mostraram favoráveis às principais reivindicações da agropecuária, afirma o presidente da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), que representa os sindicatos rurais, Ágide Meneguette.

Infraestrutura e Logística - Além do apoio das três secretarias - Agricultura, Meio Ambiente e Indústria e Comércio -, o setor agropecuário busca selar compromisso com a Secretaria de Infraestrutura e Logística, que será ocupada por Pepe Richa, irmão do governador eleito. Os investimentos em estradas e no Porto de Paranaguá são considerados decisivos para garantir rentabilidade à produção rural.

Críticas - Durante as duas gestões de Roberto Requião (PMDB), o setor agropecuário criticou fortemente a política de restrição à produção de transgênicos, as operações fiscais em defesa do ambiente com prisões de produtores e as limitações do Porto de Paranaguá. Além de tentar impedir o embarque de transgênicos, inibindo a produção, o Paraná barrou temporariamente o uso de agrotóxicos necessários à adoção dessa tecnologia. Na área ambiental, os produtores vem sendo pressionados, por exemplo, a reflorestar 20% de suas áreas sem descontar a mata próxima às margens dos rios, critério em revisão no governo federal, com definição prevista para 2011. (Gazeta do Povo)

ECONOMIA: Dez cidades concentram 58% do PIB do Paraná

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Um Estado marcado pela produção de derivados de petróleo, veículos, fertilizantes, soja, confecções, energia elétrica, além da presença forte da agroindústria. Esse é o retrato revelado pela pesquisa do Produto Interno Bruto dos Municípios realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dez cidades do Paraná concentram 58% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado. O levantamento traz Curitiba no topo da lista com 24,2% de participação na geração de riquezas do Paraná até pela grande concentração de indústrias Araucária, localizada na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) fica na segunda colocação com 6,1% do PIB do Estado. Neste município é forte a participação da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) com a produção de derivados de petróleo.

São José dos Pinhais e Londrina - A terceira cidade no ranking é São José dos Pinhais com 5,8% do PIB justamente por conta das montadoras de veículos e suas fornecedoras, das empresas do setor metalmecânico e das fabricantes de máquinas e equipamentos. Londrina aparece na quarta colocação com 4,5% do PIB, cidade que é movida principalmente pela agroindústria.

Paranaguá e Maringá- Em seguida, vem Paranaguá com 4% em função das indústrias de fertilizantes e a forte presença do Porto e do processamento de soja. Na sexta colocação aparece Maringá (3,43% do PIB), município fortalecido pela agroindústria e pelas unidades industriais da área têxtil.

Outras - Na sétima posição está Foz do Iguaçu (3,35% do PIB) movida pela geração de energia elétrica em função da presença da Usina Hidrelétrica de Itaipu Para completar os dez municípios vem Ponta Grossa (2,8% do PIB), Cascavel (2,5%) e Pinhais (1,4%) Em serviços, os destaques foram Curitiba, Araucária, Londrina, Maringá e São José dos Pinhais.

Comparativo - Na comparação nacional, Curitiba representa 1,4% do PIB do País e fica na quarta colocação. Junto com São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Manaus, as seis capitais concentram 25% do PIB do País. As cidades paranaenses que têm mais representação no cenário nacional são Curitiba, São José dos Pinhais (0,34%), Araucária (0,36%) e Londrina (0,26%). O Paraná também teve nove municípios entre os 100 maiores PIBs do Brasil que são: Curitiba (4º), Araucária (35º), São José dos Pinhais (38º), Londrina (51º), Paranaguá (58º), Maringá (74º), Foz do Iguaçu (75º), Ponta Grossa (91º) e Cascavel (100º).

Agropecuária - O maior PIB da agropecuária do Estado é do município de Castro com valor adicionado de R$ 298,9 milhões e o 23º maior do Brasil. Esta localidade concentra a produção de leite e derivados e soja. Os outros municípios que compõem o topo da lista do Estado nesta classificação são Tibagi (R$ 216,9 milhões com madeira), Toledo (R$ 206 milhões com grãos e suínos), Cascavel (R$ 176,4 milhões com grãos e aves) e Guarapuava (R$ 157,8 milhões com grãos).Londrina fica na 10ª posição com R$ 133,1 milhões. O valor adicionado da agropecuária representa a riqueza produzida por este setor.

Pesquisa - Os dados fazem parte da Pesquisa do Produto Interno Bruto dos Municípios e são referentes ao ano de 2008. O pesquisador do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Fernando de Lima, destacou que 2008 foi um ano muito bom para a indústria até setembro. Com isso, São José dos Pinhais conseguiu sair da 41 posição entre os 100 municípios com o maior PIB do Brasil para a 38 posição. O estudo também traz informações da renda per capita. No Paraná, a maior é a de Araucária com R$ 94.996 per capita/ano e a menor é Piraquara com R$ 4.532 per capita/ano. Curitiba ficou com valor de R$ 23.696, Londrina com R$ 15902 e a média paranaense foi de R$ 16.928.

Quinta economia do País - O Paraná é a quinta economia do País e responde por 6% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Só perde para São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Segundo o pequisador do Ipardes, Fernando de Lima, os gaúchos ainda superam os paranaenses por terem população e área maiores, além de mais potencial para a agricultura. A indústria do Rio Grande também é mais antiga e fundamentada nos setores de calçados, veículos e petroquímico. (Folha de Londrina)

COAMO: R$ 25 milhões das sobras serão antecipadas aos cooperados

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A cada ano, felizmente a cena vem se repetindo na Coamo Agroindustrial Cooperativa, com sede em Campo Mourão, Noroeste do Estado. Bons resultados e produtores com dinheiro no bolso para celebrar o ano agrícola e as festas de final de ano. O presidente da cooperativa, engenheiro agrônomo José Aroldo Gallassini anuncia para quarta-feira (15/12), a distribuição antecipada de um total de R$ 25 milhões em sobras referente ao resultado preliminar do exercício de 2010. Terão direito ao benefício os mais de 22 mil cooperados espalhados por 63 municípios nos estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, na proporção da sua movimentação durante o ano com os produtos soja, milho, trigo e também insumos.

Comércio - O dinheiro garantirá os festejos de Natal e Ano Novo da família Coamo e é comemorado não só pelos produtores, mas também pelo comércio na região de ação da Coamo. "Neste ano em que a Coamo comemora seus 40 anos esta notícia de antecipação de parte das sobras é bem recebida e aguardada com muita expectativa por cooperados e familiares. E como eles mesmos dizem, esse dinheiro é como se fosse o 13º do produtor rural", avalia o presidente da Coamo, José Aroldo Galassini.  Segundo ele a tradição do pagamento das sobras nessa época do ano faz muito bem ao cooperados e sobretudo ajuda neste período das festas de final de ano. "Além de "engordar" o Natal dos agricultores, o dinheiro das sobras também ajuda a impulsionar o comércio neste final de ano", prevê Gallassini.

Melhor recebimento da história - Em 2010 a Coamo registrou o maior recebimento de produção da sua história de 40 anos. "Porém, quanto aos preços das commodities o ano pode ser dividido em duas fases. No primeiro semestre os preços dos produtos agrícolas estiveram abaixo das expectativas dos produtores, bem diferente do cenário atual que vem registrando uma recuperação dos preços, que fará com que o ano tenha uma média positiva de comercialização", considera Gallassini. (Imprensa Coamo)

SOJA: Desperdício de grãos prejudica produção brasileira

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O porto de Paranaguá, maior exportador de grãos do país, é um retrato de como o Brasil desperdiça o que produz. As ruas próximas ao porto e trilhos de trem ficam imundos. Milho e soja se misturam a garrafas e sacos plásticos e viram lixo, que atrai moscas e deixa o ar insuportável. "É horrível, é terrível. A gente passa até mal aqui às vezes, viu", diz o caminhoneiro Carlos Roberto.

Estatística - Segundo o IBGE, o Brasil desperdiça 10% da sua produção de grãos. A previsão é colher 145 milhões de toneladas na próxima safra. Quase 15 milhões de toneladas de soja, milho e trigo são jogados fora. No cinturão do milho, no meio-oeste dos Estados Unidos, é só olhar para perceber a diferença. A produção de 415 milhões de toneladas de soja e milho é praticamente toda aproveitada. Um engenheiro agrônomo brasileiro ficou impressionado durante a visita às fazendas americanas. "Você enxerga muito poucos grãos na lavoura, realmente eles otimizam ao máximo toda a estrutura de produção", diz Robson Maffioleti.

Trens - Além das hidrovias, é comum encontrar linhas de trens ao lado das lavouras para ajudar no escoamento. O agricultor Ken Peart, de Scales Mound, estado de Illinois, explica que a soja que acaba de ser tirada do campo está indo diretamente para o terminal de embarque. Até chegar aos terminais, são utilizadas o que os americanos chamam de estradas rurais, completamente diferentes das rodovias do Brasil. O asfalto, lisinho, vai até a porteira da fazenda.

Tecnologia embutida - E os caminhões? Além do jeitão invocado, eles também têm muita tecnologia embutida. As carretas são seladas e, na hora de descarregar os grãos, o funcionário puxa uma alavanca e tudo o que estava lá dentro desce por uma espécie de funil e fica armazenado.Para entender a diferença entre os caminhões brasileiros e os americanos basta reparar nos acostamentos das estradas nos Estados Unidos. Eles são completamente limpos, sem nenhum grão perdido. Desperdício zero! O caminhoneiro americano até acha graça quando pergunto quanto ele perde no caminho da lavoura até os armazéns. A resposta? Nada, nenhum desperdício. (Reportagem veiculada no Jornal da Globo. Acesse o conteúdo completo pelo endereço eletrônico http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2010/12/desperdicio-de-graos-prejudica-producao-brasileira-de-soja.html

AGRICULTURA I: Curso forma multiplicadores de práticas sustentáveis

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Gestores e técnicos do agronegócio, meio ambiente, pesquisa, extensão rural, desenvolvimento agrário e agentes financeiros de diversos estados participam de treinamento para nivelamento das práticas sustentáveis do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), nesta semana, em Brasília. O curso de dois dias detalha aspectos técnicos sobre o Sistema de Plantio Direto, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), recuperação de pastagens degradadas, fixação biológica de nitrogênio e cultivo de florestas econômicas. O objetivo é formar multiplicadores para o programa.

Programa - Lançado em junho deste ano pelo governo federal, o Programa ABC coloca à disposição de produtores rurais R$ 2 bilhões, a juros de 5,5% ao ano, para investimento nessas técnicas sustentáveis. O programa consolida as metas do Brasil negociadas na Conferência entre Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP15), em 2009, em Copenhague (Dinamarca). O chefe da Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Derli Dossa, enfatiza que esta é uma oportunidade para o Brasil desenvolver a agricultura mais verde do mundo. "A agricultura ambientalmente correta traz benefícios para a sociedade e para a economia, além de aumentar as vendas externas aos mercados que valorizam a sustentabilidade", ressalta.

Plano setorial - O programa ABC está inserido no Plano Setorial da Agricultura, que faz parte do Programa Nacional de Mudanças Climáticas, coordenado pela Casa Civil da Presidência da República. De acordo com o pesquisador Luiz Adriano Maia Cordeiro, do Departamento de Transferência de Tecnologia da Embrapa, o compromisso brasileiro é reduzir entre 36,1% e 38,9% dos gases, evitando a emissão de cerca de um bilhão de toneladas de CO2 na atmosfera até 2020. "Os processos de transferência de tecnologia e de difusão da programação do ABC se estenderão nos próximos dez anos", destaca.

Renda - Além da preocupação de reduzir a emissão dos gases de efeito estufa na agricultura, as práticas sustentáveis geram renda para o produtor. "Isso significa a melhoria na eficiência e na gestão do negócio no campo", afirma Mauricio Carvalho de Oliveira, Chefe de Divisão de Agricultura Conservacionista da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Mapa.

Treinamentos - O primeiro treinamento terminou nessa terça-feira (07/12) e o segundo será realizado na quinta-feira (09/12) e na sexta-feira (10), na Embrapa Estudos Estratégicos e Capacitação (CECAT), no final da Av. W3 Norte, em Brasília. Informações e inscrições no (61) 3218 2644 e 3218 2978 (Nathália e Soraia) ou pelos e-mails Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo., Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. e Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo..

Reunião - As lideranças do setor agropecuário vão se reunir no próximo dia 14, em Goiânia (GO), para tratar da participação de técnicos e agentes na difusão do programa e da sensibilização dos profissionais para o trabalho naquele estado. A primeira reunião nacional ocorreu em agosto deste ano, em Brasília. (Mapa)

TRIGO III: Nova classificação preocupa triticultor

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A próxima safra de trigo já está causando apreensão aos produtores do Paraná devido aos novos e mais rígidos padrões de classificação do produto, que devem afetar diretamente a escolha de sementes, técnicas de manejo, segregação e preço final. O novo padrão oficial só foi regulamentado pelo Ministério da Agricultura no fim do mês passado e o resultado é que nem as indústrias de sementes conseguiram se adequar às novas normas. "As cultivares disponíveis serão as mesmas, mas ainda não tivemos tempo de fazer o levantamento para readequação à nova classificação", pontua Eugenio Bohatch, diretor-executivo da Associação Paranaense de Produtores de Sementes e Mudas (Apasem). Levantamento preliminar da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) mostra que o produtor paranaense deve reduzir de 5% a 10% o plantio de trigo no próximo ciclo. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

EXPEDIÇÃO SAFRA II: De volta ao campo em fevereiro

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A 2ª fase do trabalho de campo da Expedição Safra tem início em 7 fevereiro, a partir do Show Rural Coopavel, em Cascavel, no Oeste do Paraná. As equipes de técnicos e jornalistas voltam a campo para fazer o balanço da temporada, ajustar os números e checar se as tendências antecipadas no início do ciclo se confirmaram. Além de percorrer novamente os 12 estados brasileiros, a Expedição segue para acompanhar a colheita e constatar o desempenho da safra de verão no Paraguai e na Argentina. Será o segundo ano-safra nesses países, consolidando a cobertura da América do Sul à América do Norte.

Europa - Para atender uma das temáticas desta temporada, a Expedição também desembarca na Europa. Em busca de informações e perspectivas do mercado de grãos, uma equipe vai ouvir produtores, traders e analistas na Alemanha, França e Holanda. A escolha dos países se justifica por questões técnicas e econômicas. O primeiro, por ser o grande centro comercial europeu; o segundo, o maior produtor; e o terceiro, a porta de entrada das commodities agrícolas na União Europeia, pelo porto de Roterdã. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

ENCONTRO ESTADUAL IV: Cooperativas cobram investimentos em infraestrutura

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As cooperativas paranaenses estão exportando mais. O setor deve chegar a US$ 1,6 bilhão em 2010, ante US$ 1,47 bilhão alcançado em 2009. Com este crescimento, que tem sido constante nos últimos anos, as cooperativas dependem cada vez mais da infraestrutura necessária para escoar a produção. Os cooperados estão na expectativa sobre o que os novos governos farão a partir do ano que vem nesta área. Durante as eleições, as entidades que representam as cooperativas entregaram reivindicações para os candidatos ao governo estadual e federal.

Contatos positivos - O presidente do Sistema Ocepar - que reúne as cooperativas do Paraná -, João Paulo Koslovski, lembra que os contatos feitos com o então candidato Beto Richa, futuro governador do Estado, foram positivos. Entre as reivindicações das cooperativas, estão melhorias no Porto de Paranaguá. "Nós precisamos de um aprofundamento do calado, uma condição de investimento no cais, o cais Oeste. Proporcionar a condição de receber navios de maior porte. Este foi um compromisso que ele falou na última reunião que tivemos", comenta.

Infraestrutura - Para Koslovski, é importante uma política de investimentos em infraestrutura no Estado. "Não somente o porto, mas temos rodovias, ferrovias, questão de energia, que precisamos ampliar. Precisamos apresentar projetos e cobrar a execução destas obras para não ter gargalos, de produzir e não ter como exportar depois", afirma.

Fomento - O presidente do Sistema Ocepar ainda destaca a área de fomento de desenvolvimento. Surgiu a proposta de criação de uma agência específica, para articulação junto a várias partes do setor produtivo, captação de recursos e organização da atividade do Estado, incluindo indústria, comércio e agricultura. "Isto é importante, com o governo privilegiando os investidores que aqui estão e trazendo recursos para que a gente possa continuar crescendo", destaca. As cooperativas têm previsão de investir em 2011 R$ 1,3 bilhão, especialmente em agroindustrialização.

Presidência - O assessor da presidência da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Maurício Landi Pereira, conta que a entidade entregou uma pauta de reivindicações aos candidatos para a presidência da República. "Com muita clareza mostramos todo o segmento, todas as necessidades", explica. Ele espera que o governo ouça o sistema, para que as cooperativas e poder público trabalhem juntos no aprimoramento da atividade.

Batavo - O presidente da Batavo Cooperativa Industrial, da cidade de Carambeí, dos Campos Gerais, Renato Greidanus, também destaca a infraestrutura como o maior desafio para o setor. Ele acredita que os investimentos vão deixar os produtos mais competitivos, alcançando uma inserção ainda maior das cooperativas no mercado mundial. "O Brasil conquistou um espaço no agronegócio mundial. O mundo precisa cada vez mais de alimentos e o País tem um papel fundamental neste cenário e tem potencial para ser um grande líder nesta área", considera. (O Estado do Paraná)

BRDE: Banco vai aumentar suas operações no Mato Grosso do Sul

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Pequenos e mini empreendedores de vários setores da economia de Mato Grosso do Sul serão beneficiados com um convênio entre o Banco do Brasil e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) que será firmado nesta segunda-feira (06/12), em solenidade no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, na Capital. O contrato que será firmado no Estado estabelece a viabilização de créditos que incentivam mini e pequenos produtores rurais e das micro e pequenas empresas que atuam nos setores agropecuário, industrial, agroindustrial, turístico, comercial e de serviços.

FCO - Com o convênio, os investimentos serão repassados pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) para que o Banco do Brasil, como banco administrador, repasse os recursos para que o BRDE seja a instituição operadora para execução dos programas de financiamento. Segundo o presidente do BRDE, José Moraes Neto, os maiores beneficiados com o convênio são os pequenos empreendedores que terão mais uma opção de crédito disponível para ampliar os negócios. Os financiamentos oferecidos através do BRDE são de longo prazo e com baixas taxas de juros.

Codesul - Esta nova forma de investimento e de repasse de recursos tornou-se possível porque o Estado está inserido no Conselho de Desenvolvimento do Extremo Sul (Codesul) - que integra os três estados da região sul e Mato Grosso do Sul. O conselho foi criado em 1961 através de um convênio entre os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Em 1992, Mato Grosso do Sul passou a integrar o grupo.

Escritório - Ainda no evento do BRDE, será divulgada oficialmente a autorização do Banco Central do Brasil para que o Banco de Desenvolvimento do Extremo Sul mantenha um escritório oficial de captação de negócios na capital de Mato Grosso do Sul o que consolida a presença da instituição de fomento ao desenvolvimento no Estado", diz Moraes Neto. Atualmente o BRDE mantém um Espaço de Divulgação instalado na Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems) desde março de 2009. O local de atendimento foi implantado através de um acordo assinado entre o governador André Puccinelli e os três governadores dos estados do sul.

Financiamentos - De acordo com dados do Banco de Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, apesar da operação do banco ser ainda recente no Estado, somente em 2009 o BRDE já liberou financiamentos de R$ 31 milhões. Neste ano, deve contratar operações de empréstimos num volume superior a R$ 80 milhões. Em quase 50 anos de atuação, o banco já ofereceu financiamentos num volume total de R$ 65 bilhões na região sul.

Agronegócio - Os investimentos beneficiaram principalmente o setor do agronegócio que se estruturou e se desenvolveu de forma marcante nas regiões de atuação. O setor cooperativista, por exemplo, recebe os recursos do BRDE para seu crescimento e industrialização, desde a fundação da instituição há quase 50 anos. A assinatura do convênio acontece às 10 horas no auditório Tertuliano Amarilha do Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, no Parque dos Poderes, em Campo Grande. O governador André Puccinelli deve participar do evento que terá a presença do diretor-presidente do BRDE, José Moraes Neto e do representante do Banco do Brasil, Paulo Roberto Lopes Ricci que assinam o convênio. (Imprensa BRDE)

RAMO CRÉDITO I: Sicredi São Cristovão comemora 20 anos

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O Sicredi São Cristóvão, com sede em Mariópolis, Sudoeste do Estado, realiza, neste sábado (04/12), um evento para celebrar os 20 anos da cooperativa de crédito. Atualmente ela possui 19 mil associados, R$ 18 milhões de patrimônio líquido e mais de R$ 130 milhões de recursos administrados. São 14 unidades de atendimento e dois Postos de Atendimento Cooperativo (PACs). De acordo com o presidente, Clemente Renostro, há muitos motivos para comemorar a data, especialmente a conquista da livre admissão, em 2008. "A partir da homologação pelo Banco Central, nós podemos atuar agora em todo o segmento da economia podendo, assim, contribuir cada vez mais com a melhoria de vida do nosso associado e com o desenvolvimento de toda a comunidade, não somente do agronegócio mas, também com o comércio, com a indústria, beneficiando todos os setores com os produtos e serviços do Sicredi", afirmou.

Desafio - Segundo Clemente, uma das metas da cooperativa para os próximos anos é expandir a área de atuação.  "Nós temos um grande desafio que é desenvolver nosso trabalho também no estado de Santa Catarina, onde coube para nós mais 23 municípios para serem ocupados pelo Sistema Sicredi", disse. O presidente explica que uma das áreas que poderiam ser focadas seria a do segmento imobiliário, devido à parceria firmada entre a Sicredi e o Rabobank. "O banco Rabobank tem forte atuação nessa área e é um produto que vai estar à disposição das comunidades e que poderemos trabalhar muito intensamente, principalmente no meio urbano e, com isso, atrair novos associados", acrescentou.

MERCADO I: Oscilações das commodities no foco global

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A volatilidade dos preços das commodities agrícolas permanece alta em comparação a outros mercados e poderá afetar o custo dos alimentos, a segurança alimentar e a renda dos produtores. Mas a situação atual não é muito diferente do que aconteceu nos últimos 50 anos para vários produtos. A conclusão é de um estudo preliminar que a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) submete a seu Comitê de Agricultura esta semana, em Paris, ao qual o Valor teve acesso. A discussão reúne mais de 30 países, inclusive o Brasil, e comprova que a volatilidade das cotações agrícolas entrou definitivamente na agenda internacional.

França - A França confirmou que quer colocar o problema entre as prioridades de 2011 de sua presidência do G-20, que reúne as maiores economias desenvolvidas e emergentes. Paris quer regular melhor os mercados financeiros ligados às commodities. Estima que os derivativos, concebidos como proteção contra grandes flutuações de preços, tornaram-se ativos financeiros como os outros, utilizados para especulação e favorecendo, na prática, as repentinas altas e baixas dos preços agrícolas e de commodities ligadas à energia.

Ritmo - O estudo da OCDE conclui que os casos de saltos de preços da maioria das commodities agrícolas nos últimos 50 anos seguiram um ritmo similar - valorização em um ano seguida de forte queda no seguinte. Além disso, os ganhos agrícolas aconteceram em um contexto de alta de quase todas as matérias-primas, sobretudo petróleo e metais.

Volatilidade - A análise por produto mostra que a volatilidade tem sido, na média, menor para carne bovina e açúcar desde 1960. Na última década, houve mais variações de preços do que no anos 90, mas o mesmo não é verdade em relação aos anos 70 para carne bovina, arroz, soja e açúcar. Entre 2006 e 2010, a volatilidade foi maior que em 1990 para cereais como trigo e arroz. Em 2009, quando vários produtos declinaram, a exceção foi para lácteos e óleo de soja.

Petróleo e fertilizantes - O estudo analisa também se os preços de petróleo e fertilizantes tiveram impacto importante nos preços das commodities agrícolas. Conclui que os maiores impactos mensais do petróleo - que provoca alta nos custos de produção e transporte - é sobre as produções de manteiga, leite em pó e oleaginosas. Anualmente, também tem reflexos importantes sobre milho e trigo. O impacto do petróleo sobre o açúcar é pequeno em razão do uso do bagaço da cana na geração de energia pelas usinas.

Biocombustível - Mas a OCDE diz que o aumento da produção de biocombustível alterou a situação e o açúcar é o único produto que teve ampliada sua correlação com o petróleo quando este é defasado um ano. No caso dos adubos, o maior impacto é na volatilidade de preços de manteiga, leite em pó, arroz, milho, oleaginosas e trigo. O menor impacto é sobre carne bovina e açúcar. Para a OCDE, o recente período de súbitas altas e baixas de preços não é excepcional em relação ao passado, a não ser talvez para trigo e arroz em anos específicos. (Valor Econômico)

ROBERTO RODRIGUES: Logística impede crescimento do agronegócio brasileiro

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O grande gargalo que impede o crescimento do agronegócio brasileiro é a logística, na opinião de Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e ex-ministro da Agricultura . "A principal barreira é logística. O grande dilema do Brasil é logística, a falta de portos, estradas, ferrovias, armazéns."

Cenário - A declaração foi feita na quarta-feira (1º/12), durante evento de lançamento das feiras Induspec Animal Expo&Business e Agrinsumos Expo&Business, previstas para ocorrerem em julho do próximo ano. Apesar deste entrave, Rodrigues garante que o cenário à frente é positivo. "Hoje, na área de logística, a gente tem um projeto, que é o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Se ele sair do papel, muda de figura completamente a questão da infraestrutura no Brasil. Mas é um tema lento demais", admitiu.

Produção - Durante palestra para lançamento dos eventos, Rodrigues destacou números que reforçam o potencial de crescimento do agronegócio brasileiro. "A OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) imagina que, em dez anos, de hoje a 2020, a oferta mundial de alimentos tem que crescer 20% para atender à demanda dos países emergentes. Ela mesma reconhece a contribuição de cada região do planeta da seguinte maneira: Europa: 4%; Austrália: 7%; Estados Unidos e Canadá: de 10% a 15%; Rússia, Ucrânia, China, Índia: em torno de 25%; e o Brasil tem que ser 40%. (...) Não podemos perder esta oportunidade. É um desafio monumental só para alimentos."

Produção - Segundo ele, nos últimos 20 anos, a área plantada com grãos no Brasil cresceu 26% e, no mesmo período, a produção de grãos cresceu 155%. "A produção cresceu seis vezes mais que a área plantada."Ainda com foco no potencial de crescimento da produção agropecuária no país, Rodrigues destacou que, dos 850 milhões de hectares que o Brasil tem, só 8,5% são cultivados, cerca de 70 milhões de hectares. "E pouco menos de 200 milhões de hectares de pasto. Nós não ocupamos hoje nem 30% da área com pastagem e agricultura. E ficam aí nos acusando de destruidores do meio-ambiente, de trabalho escravo."Ele destaca que o país tem hoje cerca de 96 milhões de hectares de pastagens que são aptos para a agricultura. "Só 96, mas é mais do que o setor tem hoje em dia plantados", diz.

Rodada de Doha - Na opinião do ex-ministro da Agricultura, esta enorme capacidade de crescer e atender à demanda mundial por alimentos e energia vinda da agricultura é parte do que impede o progresso da Rodada de Doha. "É isso aqui que bloqueia Doha. Vem um americano e vê isso, vem um australiano e vê isso, vem um alemão e vê isso... ‘temos que segurar esses caras, senão, eles vão comer a gente'. E vamos mesmo. Estamos ganhando mercados sem nenhum acordo comercial, estamos ganhando mercado pela pura eficiência competitiva do produtor rural brasileiro", fala.

Empregos - Sobre a crítica de alguns setores da economia que dizem que o agronegócio emprega pouco e que matéria-prima tem baixo valor agregado no momento da exportação, Rodrigues usa dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para defender o setor. "Os dados oficiais do IBGE dizem que o agronegócio é o setor que mais emprega no país: 37% dos empregos diretos e indiretos vêm do agronegócio, portanto, mais de 1/3. Não é verdade que seja um setor que emprega pouco. Nós representamos 27% do PIB nacional. De modo que tem um peso social no nível de emprego e no nível econômico muito significativo. O saldo comercial do agronegócio é o dobro do saldo comercial do país", defende.

Cadeia ampla - "O agricultor, o pecuarista, quem produz o produto agrícola precisa de adubo, de semente, fertilizante, defensivo, de corretivo, de tratores, de colheitadeira, de arados, grades, carretas, caminhão, insumos que são produzidos pela indústria. O agronegócio é poderoso porque gera uma cadeia de empregos ampla", argumenta. Mas o ex-ministro da Agricultura reconhece que seria importante - e é interesse do setor - exportar itens com maior valor agregado, mas, o problema, neste caso, é a falta de acordos comerciais. "O Brasil exporta 1/3 do café verde do mundo e menos de 3% do café torrado e moído. A Alemanha e a Itália exportam 60% do café torrado e moído e não tem um pé de café. Não adianta a gente querer torrar e moer, porque se não tiver um acordo comercial com os distribuidores lá fora, você não exporta o seu produto. O café chega no porto e morre no porto", diz. "Se não houver acordo comercial, que implica em ação de governo, e também do setor privado, não vai a lugar nenhum." (G1/Globo.com)

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