FÓRUM DOS PRESIDENTES III: Expansão do consumo significa oportunidade para cooperativas, diz Piana

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R$ 2,5 trilhões. Essa é a marca que o consumo dos brasileiros deverá atingir em 2011, de acordo com pesquisa realizada pela IPC MAPS, empresa especializada em avaliar a evolução desse segmento. “Esta perspectiva revela significativa expansão no consumo em todas as camadas sociais, sendo que o maior crescimento é esperado a partir da classe B, representada por domicílios com rendimento médio ao redor de R$ 2.500,00 ao mês”, afirmou o presidente da Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio), Darci Piana, na noite desta quinta-feira (06/10) na primeira palestra ministrada no Fórum dos Presidentes das Cooperativas Agropecuárias do Paraná. “Essa movimentação representa uma significativa oportunidade de mercado para todos os níveis de produtos de consumo e as cooperativas de produção certamente se beneficiam desse processo”, acrescentou Piana.

 

Crescimento - De acordo com ele, apesar da crise internacional que atinge países da Europa e os Estados Unidos, o Brasil vai continuar crescendo e, embora num ritmo menor que o esperado, isso deverá contribuir para manter o nível de consumo da população brasileira. ‘Nesse ano, nós deveremos crescer em torno de 3,5% a 3,7%, segundo as perspectivas que estão sendo apresentadas. Perto do que está acontecendo nos países mais ricos, ainda é bom. Claro que não é ainda aquilo que nós necessitávamos. Nós precisaríamos crescer em torno de 7% a 9% do nosso PIB e o comércio crescer mais 10 a 11%. Mas a classe produtora - os nossos empresários, os nossos empregados -, o comércio, enfim, está mantendo o emprego. Enquanto isso perdurar, nós vamos ter consumo”, disse o presidente da Fecomércio.

 

Demanda interna - Piana destacou que a expansão de 7,5% da economia brasileira em 2010, a maior em 24 anos, foi impulsionada principalmente pelo crescimento da demanda interna, que teve alta de 10,3% no ano. No ano passado, as vendas no varejo cresceram 10,9%, o maior acumulado desde 2001. Para 2011, o setor projeta expansão de 7,5%. Ele informou ainda que o Paraná ocupa a 5ª posição no ranking nacional de consumo, projetando um volume total de R$ 147,3 bilhões em 2011, sendo superado por São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. “Um fato relevante é que, em 2016, nossa população deverá superar o Rio Grande do Sul. A demanda sobre o consumo deverá acompanhar esse crescimento”, ressaltou.

 

Preocupação - O presidente da Fecomércio demonstrou preocupação com a grande quantidade de produtos que estão sendo adquiridos de outros países para abastecer o mercado interno.“Essa demanda precisa ser suprida pela produção das nossas indústrias. As cooperativas estão fazendo um bom investimento em agroindustrialização, com grande parte dos recursos voltado à produção de gêneros alimentícios e de produtos de maior valor agregado. Mas é preciso um esforço ainda maior para atender a esse consumo adicional que já está aí”, afirmou. Ainda de acordo com ele, é necessário estimular a inovação em produtos e serviços, já que a classe média conta com mais renda e demanda melhores produtos. “O consumidor está mais exigente”, frisou.

 

Desafios – Darci Piana falou ainda sobre os desafios que atingem todos os setores, como a tributação, câmbio, legislações social e ambiental, infraestrutura e educação. Para ele, a estratégia para superar os obstáculos é a união de esforços. “O trabalho de forma integrada é a solução que temos para conseguirmos o melhor para os nossos negócios. Acho que o esforço conjugado, a mobilização do nosso G8 (grupo formado por oito entidades representativas de classe, entre elas, a Ocepar e o Fecomércio) com o governo do Estado, no sentido de manter esse crescimento, de buscar a infraestrutura necessária para até baratear os custos de produção são fundamentais para nós fazermos com que as cooperativa sejam, na verdade, o nosso celeiro de fornecedores de gêneros alimentícios para nossos mercados no Paraná”, disse. “Eu tenho dito sempre que, quando a agricultura, o agronegócio e a pecuária vão bem, o comércio vai bem. Dessa forma, temos que trabalhar juntos, discutindo as nossas dificuldades e, em conjunto, procurar soluções. É fundamental mantermos essa união, esse cooperativismo que existe entre as entidades”, completou. 

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