AGROINDUSTRIALIZAÇÃO III: Estratégia é diversificar

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A industrialização de produtos primários como a soja e o milho costuma predominar quando se fala em agregar valor às matérias-primas da agricultura paranaense. Mas o atual momento de apostas na agroindústria tem sido marcado também pela diversificação. Segmentos como papel, madeira, lácteos e sucos cada vez mais são contemplados com os investimentos, das cooperativas e empresas convencionais, oriundos das linhas de financiamento.

 

Moagem de trigo - O gerente de operações do Banco Regional do Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) no Paraná, Paulo César Starke Júnior, cita como exemplo a procura por financiamentos para moagem de trigo. Só em 2010, dos R$ 216,5 milhões que o banco desembolsou à agroindústria de alimentos no estado, R$ 55 milhões foram destinados a investimentos na moagem do cereal, assinala.

 

Leite - No segmento do leite, o caso mais recente é o da nova unidade da Batavo Cooperativa Agroindustrial, em Ponta Grossa. Inaugurada em setembro, a fábrica produz leite concentrado para indústrias parceiras. Dos R$ 60 milhões investidos pela cooperativa, 60%, ou R$ 36 milhões, saíram de crédito do BRDE.

 

Aves de corte - Para o Norte Pioneiro, o banco financiará R$ 10,8 milhões a produtores de aves de corte, fornecedores da BR Frango Alimentos. “E nos últimos três anos financiamos ainda R$ 12,8 milhões para a indústria de couro, R$ 15,9 milhões para a de madeira e R$ 27 milhões para a de papel e celulose”, acrescenta Starke Júnior, ilustrando a demanda mais diversificada.

 

Gargalos - Além dos projetos que envolvem recursos do setor (financiandos ou acumulados), o desenvolvimento da agroindústria depende de investimentos públicos em infraestrutura, afirma o doutor em Economia Agrícola Eugênio Stefanelo. Os gargalos logísticos (ferrovias insuficientes, portos no limite das operações) somam-se às questões tributárias, aponta. Ele considera ainda que a eliminação de barreiras tarifárias e sanitárias é imprescindível para a exploração do mercado externo e a expansão da agroindústria nacional. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

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