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RUBENS BRUSTOLIN COMENTA ATENTADO

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O presidente da Federação do Comércio do Paraná, Rubens Brustolin, em reunião realizada anteontem na Ocepar afirmou não acreditar que o ataque terrorista aos EUA provoque uma guerra, mas talvez atos isolados contra grupos terroristas. No entanto, não descarta conseqüências ruins para a economia mundial e brasileira. Sobre os atos terroristas, afirmou que ?foi um barbarismo o que aconteceu nos EUA e realmente vai ter repercussão no comércio. Lamentavelmente, nós que exportamos sucos, cereais, ferro para os EUA, sentiremos os reflexos econômicos. O Brasil é um país amigo que não tem terrorismo, é um país onde se vive decentemente, em ordem. Lamentavelmente, alguma coisa vai repercutir. Tanto é que o nosso pessoal, dos ministérios da Agricultura, Indústria e Comércio, está muito atento para evitar uma queda muito grande no movimento econômico?. Afirmou ainda que o Paraná será afetado na proporção de sua participação da economia. ?A nossa esperança é que a safra deles não seja tão boa e ele precisem comprar o que temos para vender?, concluiu.

FHC GARANTE CRÉDITO PARA O PLANTIO

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O presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou ontem (18), durante abertura da videoconferência realizada pelo Ministério da Agricultura, que não será por falta de crédito que o produtor rural deixará de plantar. "Os recursos já estão disponíveis. Agora, precisamos trabalhar para abrir novos mercados para o agronegócio", disse. O presidente Fernando Henrique Cardoso observou que as verbas para comercialização da próxima safra, de 3 bilhões e 100 milhões de reais, são 50% superiores ao total disponibilizado no ano passado.

Ministro - Já em sua participação, o ministro da Agricultura Pratini de Moraes, disse que defende a concessão de crédito a juros fixos. "A indexação dos empréstimos na época da inflação foi um desastre para a agricultura". Os recursos para investimento também devem ser concedidos a juros fixos. Ele lembrou que a agricultura respondeu por 8% do Produto Interno Bruto no ano passado, enquanto o agronegócio respondeu por 27% de todos os bens produzidos no País. Ele disse que são as condições favoráveis à agricultura que permitem que o agronegócio venha sustentando superávites na balança comercial, que foi de aproximadamente 25 bilhões de reais no ano passado e que nos últimos doze meses já chegou a quase 40 bilhões de reais.

Plano Agrícola - O ministro fez uma explanação sobre o Plano Agrícola e Pecuário 2001/02, que prevê recursos de 17 bilhões de reais, sendo que 3 bilhões e 100 milhões destes pertencem ao orçamento da União destinado à comercialização. Segundo ele, dos 14 bilhões e 700 milhões de reais destinado para financiar o Plano Agrícola e Pecuário, aproximadamente 11 bilhões e 500 milhões de reais serão liberados com juros fixos de 8,75% ao ano, o que representa 41% sobre o ano passado. O ministro detalhou cada um dos programas setoriais previstos no plano, como o Moderfrota, Prosolo, apoio à fruticultura etc. Ele destacou dois novos programas: apoio à produção de flores e de financiamento para construção de armazéns nas propriedades. Pratini disse que todos estes programas estão disponíveis nos bancos oficiais e privados que operam com o Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas alertou que isto só não basta.

NORMAS PARA EGF

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As normas específicas para trigo e triticale, para financiamento de AGF e EGF, foram disciplinadas pelo Comunicado Conab/Moc nº 015 de 20/08/2001, a seguir descritas:

1) Unidades da federação amparadas: DF, ES, GO, MG, MS, MT, PR, RJ, RS, SC e SP.

2) Natureza das operações/produtos amparados/beneficiários:

a) AGF de trigo classificado como Brando e/ou Pão/Melhorador/Durum, com PH mínimo de 73 para associações formais de produtores rurais, produtores e cooperativas de produtores rurais;

b) EGF/SOV de trigo classificado como Brando e/ou Pão/Melhorador/Durum, com PH mínimo de 73 para produtores e suas cooperativas, beneficiadores e indústrias;

c) EGF/SOV de triticale para produtores e suas cooperativas.

3) Instrumento de classificação: de acordo com a Instrução Normativa nº 01, de 27/01/1999, do Ministério da Agricultura e do Abastecimento.

4) Armazenamento: de acordo com o título 08, exigindo-se do depositário, no contrato de armazenagem ou declaração à parte, compromisso de que somente irá armazenar o produto separadamente, observados os seguintes critérios de grupamento para o trigo dos tipos 1, 2 e 3 das classes brando e pão/melhorador/durum:

a) as classes serão armazenadas separadamente;

b) tipos 1 de cada classe serão armazenados separadamente;

c) tipos 2 e 3 de cada classe podem ser agrupados.

5) EGF/SOV: observar o título 05 e, ainda:

a) período de contratação: de 01/08/2001 a 30/04/2002;

b) valor do financiamento: pautar-se pelo item 7;

c) limites de recursos controlados:

c.1) trigo - produtores e cooperativas: até R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais);

c.2) trigo - beneficiadores, indústrias e cooperativas de produtores rurais que beneficiem ou industrializem o produto: livre negociação entre as partes contratantes;

c.3) triticale - produtores e cooperativas: até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais);

d) prazo: 180 (cento e oitenta) dias, com vencimento máximo do EGF em 31/07/2002, podendo ser estabelecidas amortizações intermediárias, a critério do agente financeiro.

6) AGF: observar o título 06, fazendo constar do Documento 1, item 29, a safra, classe, tipo e o PH do produto adquirido e ainda:

a) período de aquisição: de 01/08/2001 até 31/07/2002;

b) exigência prévia: Certificado Oficial de Classificação e Laudo de Análise (este somente no caso de trigo pão/melhorador/durum). Este último documento também deverá ser obtido junto ao órgão oficial de classificação (título 09), que poderá solicitar a realização de análise por empresa conveniada, que irá emitir o laudo.

7) Preços mínios (Decreto n° 3.886, de 14/08/2001): na forma a seguir, devendo ser acrescido o valor da embalagem (título 07):

a) trigo: (tabela)

b) Triticale: R$ 0,1422 /kg líquido.

OCEPAR AVALIA MERCADO APÓS ATENTADOS

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Para Nelson Costa, da Gerência Técnica e Econômica da Ocepar, ainda é muito cedo para se falar em prejuízos em decorrência do retardamento de algumas comercializações agrícolas devido ao abalo sofrido na economia mundial com os atentados terroristas nos Estados Unidos na semana passada. ?As cooperativas praticamente pararam suas comercializações durante dois ou três dias. Não podemos dizer que houve perdas com este retardamento nos negócios que ficaram travados. Passada uma semana desde o atentado, sentimos que ainda há uma certa apreensão no setor, pelo fato do mercado continuar nervoso. Teme-se que as exportações sofram uma paralisação temporária e o produtor tenha dificuldades em vender sua produção. No mercado interno a perda de renda salarial pode se acentuar, com possibilidade de redução do consumo. São situações que nos preocupam com certeza?, afirma.

Setor carnes ? Para o analista da Ocepar, um dos setores que com certeza sentirá os reflexos imediatos é o de carnes. ?A depender do desenrolar da crise nós poderemos ter dificuldades no mercado exportador, principalmente pela redução da atividade econômica mundial e pela paralisação do mercado. Agora em novembro haverá mais uma rodada da Organização Mundial do Comércio onde um dos temas em pauta é uma maior abertura do mercado Europeu para o setor exportador, especialmente para carne de frango. Imaginamos neste momento que haverá um retardamento nestas negociações e o Brasil poderá ter algumas dificuldades nas exportações do produto?, salienta Nelson Costa. Esta situação preocupa ainda mais pelo fato de que mais de 50% da nossa produção de frango se destina ao mercado externo. Qualquer fato novo neste sentido obrigará nossas empresas destinarem parte desta produção para o mercado interno, provocando assim uma redução no preço do produto. Segundo Nelson Costa o Brasil deverá exportar neste ano em torno de US$ 1,3 bilhão de carne bovina, US$ 1,2 de frango e de US$ 350 milhões de carne suína. A meta para o ano que vem é chegar a US$ 500 milhões no setor de suínos e US$ 1,5 bilhão nos setores de frangos e bovinos. ?Muitos investimentos estão sendo realizados para atingirmos tal meta, só que agora dependemos também do desenrolar deste episódio envolvendo os Estados Unidos. Esperamos que tudo se resolva no campo negocial, sem maiores problemas para o setor do agronegócio brasileiro?, argumentou.

USO DE BIODIGESTORES EM DISCUSSÃO

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A Embrapa Suínos e Aves, a Prefeitura Municipal de Toledo, PR, a Associação Paranaense de Suinocultores/Assuinoeste/AMST e o Sebrae promovem nos dias 19 e 20 de setembro, no Teatro Municipal de Toledo, o "I Workshop sobre Biodigestores". O evento é dirigido a produtores, técnicos, gerentes de granjas de atividade pecuária, a profissionais da agroindústria e a prestadores de serviço, e visa apresentar e discutir problemas e soluções para agregação de valor aos dejetos animais, controle da poluição e otimização da produção de energia, através da utilização do biodigestor. Três painéis dão a abrangência da discussão e tratam da produção, licenciamento e gestão ambiental; dos modelos, cinética e uso do biogás; e da redução de custos e alternativas de uso de efluentes de biodigestores. Para participar do "I Workshop sobre Biodigestores", contacte a coordenação do evento pelo telefone (45)277.88.69.

TERRORISMO ADIA AGROSOFT 2001 EM FOZ DO IGUAÇU

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As conseqüências dos atos terroristas contra os Estados Unidos na última terça-feira, (11), com o fechamento do espaço aéreo americano, obrigaram as coordenações do Agrosoft 2001, do III Congresso da Sociedade Brasileira de Informática Aplicada à Agropecuária e Agroindústria (SBI-Agro) e do WCCA - World Congress of Computers in Agriculture and Natural Resources (primeiro congresso mundial de informática na agropecuária) a adiarem a realização dos três eventos. Os mesmos estavam previstos para o período de 19 a 21 de setembro, no Raphain Palace Hotel, em Foz do Iguaçu. A decisão foi baseada na solicitação dos organizadores do WCCA nos Estados Unidos. A coordenação do Agrosoft 2001 não viu outra alternativa senão adiar também o Agrosoft 2001, já que uma das grandes novidades, neste ano, seria a sua realização em conjunto com o WCCA.

COLHEITA DO TRIGO

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A colheita de trigo no Paraná alcançou 32% da área total do Estado, estimada em 842 mil hectares, informou o Deral (Departamento de Economia Rural do Paraná), com base em dados colhidos até o dia 10 último. Como a produção total projetada para esta safra é de 1,76 milhão de toneladas, a área já colhida indica que aproximadamente 565 mil toneladas já estão disponíveis no mercado. Na semana passada, a área colhida estava em apenas 17% do total, o que indica que os produtores aproveitaram o tempo bom dos últimos dias para acelerarem a colheita. O Deral mostrou também que cerca de 13% da produção estimada já foi comercializada (aproximadamente 230 mil toneladas). Na semana anterior, este número estava em 6%. O relatório registra uma mudança discreta na qualidade das lavouras de trigo paranaenses (73% bom, 20% médio e apenas 7% ruim). Há duas semanas, a situação era: 73% bom, 18% médio e 9% ruim.

O PIB DO AGRONEGÓCIO

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Qual a participação do agronegócio no Produto Interno Bruto brasileiro? Os número citados são muitos, por isso contraditórios. Segundo a Abag (Associação Brasileira do Agribusiness), o agronegócio participa com 20,6% do PIB brasileiro, sendo responsável por 40% das exportações e 37,1% dos empregos gerados. A Abag se baseou em levantamento do IBGE para montagem do estudo, com dados de 1996, quando o PIB total brasileiro era de R$ 778,8 bilhões. A agricultura (grãos, animais, cereais e outros produtos primários), por sua vez, participa do PIB com 9% do total.

PROJETO ARENITO E PARANÁ PECUÁRIO EM UMUARAMA

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Na próxima semana, dia 21 de setembro, acontece em Umuarama, no Centro Cultural Schubert, solenidade de assinatura de convênios para aplicação de crédito rural específico nos programas Arenito Nova Fronteira e Paraná Pecuário. O presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski estará presente em companhia do governador do Estado, Jaime Lerner, do Secretário da Agricultura e Abastecimento, Antonio Leonel Poloni, deputados estaduais e federais, Banco do Brasil, cooperativas e representantes de entidades dos produtores daquela região.

TRIGO: REUNIÃO NA OCEPAR

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Na próxima quinta-feira (20), atendendo uma solicitação da Ocepar, a Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, realizará uma reunião, em Curitiba, na sede da Ocepar, com os integrantes da cadeia produtiva do trigo com a finalidade de avaliar a comercialização da safra tritícula. Como é do conhecimento de todos, o mercado de trigo está parado, sem interesse de compra por parte da indústria. As cooperativas foram convidadas para participar da reunião que será coordenada pelo Secretário de Política Agrícola, Benedito Rosa do Espirito Santo.

PLANO AGRÍCOLA 2001/2002: NOVA DATA PARA A VIDEOCONFERÊNCIA

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O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, debaterá com produtores de todo o país, no próximo dia 18, às 15h, por meio de uma videoconferência, o Plano Agrícola e Pecuário 2001/2002. Durante 30 minutos o ministro apresentará a vários segmentos do agronegócio os principais pontos do plano. Originalmente essa videoconferência fora marcada para o dia 11, mas foi transferida em virtude do interesse que estava despertando na população o acompanhamento do noticiário sobre os atentados terroristas acontecidos naquele dia nos EUA. Quem tiver antena parabólica doméstica poderá acompanhar e participar da videoconferência sintonizando nas freqüências 3910 MHZ (Banda C) ou 1240 MHZ (Banda L), pelo sistema Embratel. O debate será transmitido diretamente do auditório da sede da Embrapa, em Brasília. Todas as unidades da empresa também poderão acompanhar o programa, por meio do sistema Embrapa SAT.

RELATÓRIO DO USDA

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O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos anunciou que adiou para quinta-feira a divulgação do relatório mensal sobre oferta e demanda mundial de grãos (Wasde), devido aos ataques terroristas que ocorreram ontem nos EUA. Originalmente, o relatório seria divulgado hoje, dia 12. Também serão divulgados na quinta-feira números sobre a produção agrícola dos EUA.

MATAS CILIARES SERÁ TEMA DE TELECONFERÊNCIA

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O Programa de Recuperação de Matas Ciliares será tema de teleconferência a ser realizada a partir das 8:40 horas do dia 18 (terça-feira próxima) na sede do auditório do Senar-PR, com a participação dos presidentes da Faep, Ágide Meneguette, da Ocepar, João Paulo Koslovski, dos secretários da Agricultura Antonio Leonel Poloni e do Meio Ambiente, José Antônio Andreguetto. Os palestrantes serão Tadeu Motta, da Secretaria do Meio Ambiente, que falará sobre o ? Programa de Recuperação da mata ciliar?; Ivair Daros, da Secretaria do Meio Ambiente, que falará sobre ?Sistema de monitoramento da recuperação da mata ciliar?; e Reginaldo de Moura, do Instituto Ambiental do Paraná, que falará sobre ?Certidão negativa de débitos ambientais?. A teleconferência será sintonizada pelas parabólicas através do transponder 6A2, horizontal, freqüência 3930, ou entre os canais 11 a 15 do receptor, freqüência 1220 Mhz.

VIDEOCONFERÊNCIA DEBATERÁ PLANO AGRÍCOLA

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O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, debaterá com produtores de todo o país, no próximo dia 11, às 15h, por meio de uma videoconferência, o Plano Agrícola e Pecuário 2001/2002. Durante 30 minutos o ministro apresentará a vários segmentos do agronegócio os principais pontos do plano. Antes da exposição de Pratini de Moraes, o presidente Fernando Henrique Cardoso transmitirá uma mensagem de 1 minuto e 30 segundos aos agricultores. Quem tiver antena parabólica doméstica poderá acompanhar e participar da videoconferência sintonizando nas freqüências 3910 MHZ (Banda C) ou 1240 MHZ (Banda L), pelo sistema Embratel. O debate será transmitido diretamente do auditório da sede da Embrapa, em Brasília. Todas as unidades da empresa também poderão acompanhar o programa, por meio do sistema Embrapa SAT.

Assuntos - Dentre os aspectos que serão ressaltados pelo ministro com relação ao novo plano agrícola, o destaque será para o volume de recursos destinado ao custeio e investimento da safra 2001/2002, que deverá alcançar R$ 14,7 bilhões, um aumento de 30% em relação ao ano passado, quando foram alocados R$ 11,3 bilhões. Dos R$ 14,7 bilhões previstos para o novo ano agrícola, R$ 11,4 bilhões serão liberados aos produtores com juros fixos de 8,75% ao ano, ou seja 78% dos recursos, representando um acréscimo de 41% sobre o ano anterior. Pratini de Moraes destacará ainda o sucesso de programas como o Moderfrota (Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas Implementos e Colheitadeiras), que receberá R$ 900 milhões a mais de recursos para empréstimos no período 2001/2002 e o lançamento de novas linhas de crédito para investimentos na modernização da agropecuária brasileira. O ministro fará referência também aos programas de aqüicultura, fruticultura, floricultura, ovinocaprinocultura, Proleite, Propasto e Prosolo, entre outros. Ao todo, são treze programas de investimentos.

BOVINOCULTURA DE CORTE COM PREÇOS ESTÁVEIS

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As variáveis que atuam sobre a oferta e a demanda, para a determinação de preços, tanto no mercado pecuário, quanto no do gado gordo, vêm se mantendo estáveis nas principais regiões de bovinocultura de corte do Paraná, (Noroeste, Norte, Campos Gerais de Ponta Grossa e Guarapuava), durante as duas últimas semanas. a avalização é do pesquisador Adélio R. Borges, do Deral - Departamento de Economia Rural. Quanto às cotações propriamente ditas do boi gordo, as mesmas giram em torno de R$ 42,50 a R$ 43,00/arroba ou US$16,79/arroba e para vaca para abate: de R$38,50 a R$39,00/arroba ou US$15,23/arroba. Esses são os preços máximos praticados nas regiões de pecuária de corte do Paraná. (fonte: DERAL/PR)

TRIGO: NOVAS REGRAS PARA IMPORTAÇÃO

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A partir do dia 1º de janeiro de 2002, o Ministério da Agricultura não permitirá mais a importação do trigo denominado ?fora do tipo?, ou seja, aquele que não atender aos percentuais de umidade, matérias estranhas e impurezas determinados pelo governo. As importações também terão que se enquadrar nos padrões exigidos com referência a percentuais de grãos avariados e de peso estabelecido por hectolitro (massa de 100 litros de trigo expressa em quilogramas). Estas regras estão contidas na instrução normativa nº 07, da Secretaria de Apoio Rural e Cooperativismo do Ministério, Fábio Florencio Fernandes, estas exigências também abrangem o trigo produzido e comercializado internamente no País, sendo que nesse caso as novas regras já estão em vigor desde a data da publicação da instrução normativa no Diário Oficial da União.

DESINDUSTRIALIZAÇÃO NA AGROINDÚSTRIA

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Artigo escrito por Alencar d?Avila Magalhães (*)

A produção brasileira de grãos de soja atingiu 38 milhões de toneladas em 2001, representando 40% de toda a produção de grãos do País. No ano de 2000, as exportações brasileiras de grão, farelo e óleo de soja atingiram US$ 4,1 bilhões, respondendo por 8% da receita de exportação do País. Constata-se, portanto, que o complexo soja se impõe como produto de extrema relevância para a produção agrícola e a balança comercial do País. O óleo de soja pesa significativamente na formação dos índices de preços do IBGE, tendo, portanto, peso na política de controle da inflação, variável econômica monitorada pelo FMI.

Mesmo com todos esses fatores, assistimos, nos últimos anos, a uma deterioração da estrutura de produção e das exportações desses produtos. O Brasil já foi o principal exportador mundial de óleo e de farelo de soja, superando os EUA, principal produtor e consumidor mundial. Há cinco anos, tínhamos capacidade de esmagamento de 33 milhões de toneladas/ano de soja em grão e industrializávamos 21,6 milhões de toneladas, diante de uma safra de 26 milhões de toneladas. Mesmo com um crescimento da safra de soja da ordem de 46% nesse período, a capacidade de esmagamento caiu 15% e, pior, esmagamos os mesmos 21,6 milhões de toneladas, evidenciando um processo de desindustrialização ou, se preferirem, de estagnação.

Em 1995, exportávamos US$ 3,8 bilhões em produtos do complexo soja (farelo, óleo e grão de soja). Passados cinco anos, a produção de soja evoluiu 46% e o valor das exportações registraram crescimento de apenas 8%. Esse resultado medíocre é decorrência de exportações de 9,4 milhões de toneladas de farelo (queda de 19% frente a 1995), 1,1 milhão de toneladas de óleo (queda de 65%) e, pasmem, 11,5 milhões de toneladas de grão (aumento de 228%). Assim, de 1995 para cá, a produção adicional de soja foi exportada 'in natura', transformando o País no principal fornecedor de matéria-prima para Europa e China.

Enquanto isso, a Argentina tornou-se a principal fornecedora de farelo e óleo de soja do mundo. Simultaneamente, dezenas de indústrias, cooperativas e empresas comerciais que atuavam na produção, venda interna e exportação brasileiras de produtos do complexo soja praticamente desapareceram. Hoje, multinacionais como a Cargill, a ADM, a Dreyfus e a Bunge dominam o setor.

Alguns podem atribuir essa situação à agressividade das multinacionais, outros podem culpar o processo de globalização ou dizer que a culpa é da incapacidade empresarial dos brasileiros. Balela. O que se vê nesse setor, a despeito do discurso oficial de exortação ao esforço exportador, foi uma sucessão de erros, omissões e covardia política, que resultou num vigoroso processo de desindustrialização, desnacionalização e concentração de poder econômico de um segmento importante para a economia, o setor agroindustrial e a balança comercial brasileira.

Enquanto a Argentina criou um crédito-prêmio para os exportadores de óleo e de farelo de soja, o Brasil eliminou a vantagem tributária que existia nas exportações de óleo e de farelo do Brasil, que compensava a proteção tarifária imposta pelos países europeus sobre o óleo/farelo brasileiro, anulando o estímulo ao esmagamento da soja e à exportação do produto industrializado.

Paradoxalmente, mantivemos uma esdrúxula situação de estímulo à exportação do produto 'in natura'. Se o produtor rural exportar o grão, não sofrerá a tributação do PIS/Cofins. Já se o grão for destinado à indústria esmagadora do País, haverá o confisco de 3,65% do valor da operação. É óbvio que a soja em grão irá direto para o porto. Enquanto os EUA concedem US$ 2,9 bilhões anuais de subsídio ao agronegócio da soja, nossos negociadores junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) silenciam e nossos formuladores de política comercial praticamente proíbem o acesso dos exportadores brasileiros de grão, farelo e óleo de soja às linhas de crédito do Proex, nosso programa de apoio financeiro às exportações. Paralelamente, a maior parte dos recursos do Proex é utilizada para estimular as vendas da indústria aeronáutica, que importa US$ 800 milhões para cada US$ 1 bilhão que exporta.

Enquanto a Europa e a China criam barreiras às importações de óleo e de farelo de soja, nossos negociadores internacionais sentam-se para discutir com os europeus a abertura de nosso mercado para os produtos industriais da Europa, no Acordo Mercosul/EU, ou dos EUA, por meio da Alca.

Esses fatos, aliados aos juros elevados, acabaram por asfixiar as empresas nacionais que industrializavam a soja. Alguns nomes tradicionais e notoriamente dinâmicos sumiram do mercado de soja, como a Ceval, a Incobrasa, a Olvepar, a Cotriguaçu, a Intercafé, o Grupo Itamaraty, dentre outros.

Enfatizam, como se fosse uma boa notícia, que as exportações do complexo soja atingiram US$ 685 milhões em junho, com embarques de 2,65 milhões de toneladas de grãos e de 1,2 milhões de toneladas de farelo. Esses números, na verdade, demonstram estarmos consolidando nossa condição de fornecedores de matéria-prima para a indústria européia. O mais triste é que tal tendência está se acentuando, pois as vendas registradas para o corrente ano-safra já atingiram 15 milhões de toneladas de grãos (50% acima de 2000) e 7,5 milhões de toneladas de farelo (20% abaixo de 2000).

É preciso desonerar os tributos incidentes nas exportações da indústria brasileira e adotar medidas que criem condições tributárias equânimes em relação à Argentina. É preciso dar acesso às linhas de crédito favorecidas para os exportadores terem condições de competir com nosso concorrente do Norte. É preciso diferenciar nosso produto dos concorrentes e utilizar o fato de sermos um dos únicos produtores de soja não-transgênica do mundo, criando imediatamente o selo de não-transgênico.

Enfim, é preciso parar de discursar sobre uma tal de revolução no comércio exterior e começar a agir, antes que nos transformemos de tradicionais exportadores em simples importadores de óleo e farelo de soja, como já fazemos com o milho, o café, o álcool, o cacau e muitos outros produtos outrora relevantes na pauta de exportação brasileira.

(*) Alencar d?Avila Magalhães, diretor da Macrotrade Planejamento e Projetos de Comércio Exterior e conselheiro técnico da Associação de Comércio Exterior do Brasil/AEB

(Artigo Publicado no jornal Gazeta Mercantil ? 05/09/2001)

PIB DO AGRONEGÓCIO CRESCE APENAS 0,17%

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O PIB - Produto Interno Bruto - global do agronegócio apresentou, no primeiro semestre do ano, um crescimento de apenas 0,17%. O desempenho só não foi pior graças ao crescimento de 1,85% do setor pecuário. A retração na agricultura foi, mais uma vez, responsável pelo desempenho negativo do setor, com uma queda acumulada de 0,59% nos seis primeiros meses do ano. Os dados foram divulgados hoje pela CNA - Confederação Nacional da Agricultura.

EXPORTAÇÕES AGROPECUÁRIAS CRESCEM 25,8% NO SEMESTRE

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A balança comercial agropecuária registrou saldo de US$ 6,94 bilhões no primeiro semestre de 2.001. O resultado é superior em 25,8% ao saldo verificado na mesma época no ano passado, de US$ 5,51 bilhões. As receitas de exportação cresceram 14,3% no período, fechando em US$ 9 bilhões. O volume físico das importações de produtos agrícolas caiu 12,5% de janeiro a junho, atingindo 9,39 milhões de toneladas, contra 10,04 milhões de toneladas, em igual período de 2.000. (fonte: Agência Brasil)

Paraná: produzimos 1/4 da produção brasileira de alimentos

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João Paulo Koslovski(*)

Com apenas 2,3% da extensão territorial do Brasil, o Paraná está produzindo, nesta safra, 1/4 da produção brasileira de grãos. Esse percentual vem se repetindo, ou pouco mais ou um pouco menos, ao longo da última década, apesar do avanço da produção nas novas fronteiras agrícolas. Isso é resultado do sério trabalho realizado pelas entidades públicas e privadas de pesquisa e da determinação de nossos agricultores, demonstrando com clareza que investir em tecnologia faz a diferença. No Paraná, a produtividade cresce ano a ano, permitindo colher safras cada vez maiores.

No ano passado, mesmo com a frustração de safra de inverno e do milho safrinha, provocada pelas condições climáticas adversas, o Paraná produziu 25% do total brasileiro. Neste ano, os números sinalizam para uma produção de 24 milhões de toneladas, o que corresponde a 24,7% das 97,2 milhões toneladas que o Brasil está colhendo. Mais uma vez fica evidenciado que é preciso investir na agricultura e na tecnologia, pois o setor tem capacidade de gerar riquezas a curtíssimo prazo.

Nenhum governo pode relegar o apoio à agropecuária, sob pena de pagar caro pelas conseqüências negativas geradas junto à população e as inúmeras cidades que tem no setor a sua grande fonte de renda.

A agricultura do Paraná é o dínamo de toda a economia quer circula pelo interior. Os setores secundário e terciário vão bem e crescem quando a agricultura vai bem.

Estudos do BNDES demonstram que a cada R$ 1 milhão aplicado na agroindústria gera 220 empregos, numa demonstração inequívoca da importância do setor primário no contexto sócio econômico brasileiro e paranaense. O trabalho sério e responsável que vem sendo realizado no Paraná conta com o forte apoio das sociedades cooperativas, que detêm mais de 50% do PIB do setor.

Diferentemente do que muitos pensam, as cooperativas agropecuárias detêm em seus quadros mais de 80% dos pequenos agricultores e, destes, 15 % são meeiros, arrendatários (sem terra) que sabem e entendem o papel das cooperativas. Temos absoluta certeza que, sem as sociedades cooperativas, as dificuldades dos agricultores seriam maiores. Basta analisar as condições de defesa sócio-econômica nos locais onde as cooperativas deixaram de atuar.

O equilíbrio propiciado pelas cooperativas é claro e nas regiões onde atuam são a referência em termos de preços dos produtos e insumos e, muitas vezes, a concorrência espera a fixação de preço por parte da cooperativa para estabelecer suas regras.

O crescimento da produção agropecuária paranaense está diretamente ligada a atuação das cooperativas. São mais de 650 profissionais de nível superior e 350 de nível médio, ligados a área de assistência técnica aos cooperados. E mais de 45% da armazenagem de grãos está junto as sociedades cooperativas, que dão suporte para venda da produção dos cooperados através de uma ampla e profissional estrutura de comercialização.

Na pesquisa, as cooperativas mantêm um moderno Centro de Pesquisa através da Coodetec- Cooperativa Central Agropecuária de Desenvolvimento Tecnológico e Econômico Ltda, que tem gerado novos cultivares de soja, trigo, milho e algodão. Pesquisa esta que se soma ao trabalho das entidades oficiais como Iapar e Embrapa e mantém cooperação com organismos internacionais que atuam na área.

Várias cooperativas também mantém um forte apoio na área de pesquisa e experimentação, destacando-se entre elas a Fundação ABC. No Porto, as cooperativas Cotriguaçu e Coamo dão suporte à exportação da produção primária e agroindustrial, levando as cooperativas do Paraná a deterem cerca de 50% das exportações no contexto do cooperativismo brasileiro.

Neste esforço de ampliar a produção e a produtividade, o Paraná conta com o trabalho da extensão rural realizado pela Emater Paraná, que se soma ao esforço realizado pelas sociedades cooperativas e outras empresas para transferir conhecimentos, permitindo que os agricultores tenham acesso às novas tecnologias, sejam elas de conservação de solos, meio ambiente e produção de alimentos.

Por tudo isto, o Paraná é um exemplo vivo de que, somando-se forças (governo e iniciativa privada) é possível promover uma verdadeira revolução no setor primário. E no sentido de melhorar o nível de renda do setor, estamos discutindo o Programa Paraná Agroindustrial, que conta com a participação do governo e entidades privadas para a viabilização de sete cadeias do agronegócio (suíno, aves, bovinos, leite, mandioca, soja e milho).

A implementação integral deste programa certamente mudará o perfil do campo, agregando valor à produção primária, na transformação de milho e soja em proteína animal com ganhos na ampliação do nível de renda e na geração de milhares de novos empregos. Não podemos perder de foco esta vocação natural que tem o Estado quanto a produção agropecuária.

A responsabilidade é de todos, mas precisamos estar atentos ao nosso grande objetivo, que é continuar contribuindo para que se melhore as condições de vida de milhares de agricultores. E isso só será possível se tivermos como meta a transformação de nossa produção primária em produtos acabados, que possam chegar à mesa dos brasileiros com a qualidade e sanidade exigida pela sociedade.

Se hoje conquistamos 1/4 da produção brasileira de grãos, desejamos, no futuro próximo, responder por parcela significativa da produção primária industrializada. Com determinação e trabalho efetivo lá chegaremos.

(*) Engenheiro agrônomo, presidente da Ocepar ? Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná.