FHC GARANTE CRÉDITO PARA O PLANTIO

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O presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou ontem (18), durante abertura da videoconferência realizada pelo Ministério da Agricultura, que não será por falta de crédito que o produtor rural deixará de plantar. "Os recursos já estão disponíveis. Agora, precisamos trabalhar para abrir novos mercados para o agronegócio", disse. O presidente Fernando Henrique Cardoso observou que as verbas para comercialização da próxima safra, de 3 bilhões e 100 milhões de reais, são 50% superiores ao total disponibilizado no ano passado.

Ministro - Já em sua participação, o ministro da Agricultura Pratini de Moraes, disse que defende a concessão de crédito a juros fixos. "A indexação dos empréstimos na época da inflação foi um desastre para a agricultura". Os recursos para investimento também devem ser concedidos a juros fixos. Ele lembrou que a agricultura respondeu por 8% do Produto Interno Bruto no ano passado, enquanto o agronegócio respondeu por 27% de todos os bens produzidos no País. Ele disse que são as condições favoráveis à agricultura que permitem que o agronegócio venha sustentando superávites na balança comercial, que foi de aproximadamente 25 bilhões de reais no ano passado e que nos últimos doze meses já chegou a quase 40 bilhões de reais.

Plano Agrícola - O ministro fez uma explanação sobre o Plano Agrícola e Pecuário 2001/02, que prevê recursos de 17 bilhões de reais, sendo que 3 bilhões e 100 milhões destes pertencem ao orçamento da União destinado à comercialização. Segundo ele, dos 14 bilhões e 700 milhões de reais destinado para financiar o Plano Agrícola e Pecuário, aproximadamente 11 bilhões e 500 milhões de reais serão liberados com juros fixos de 8,75% ao ano, o que representa 41% sobre o ano passado. O ministro detalhou cada um dos programas setoriais previstos no plano, como o Moderfrota, Prosolo, apoio à fruticultura etc. Ele destacou dois novos programas: apoio à produção de flores e de financiamento para construção de armazéns nas propriedades. Pratini disse que todos estes programas estão disponíveis nos bancos oficiais e privados que operam com o Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas alertou que isto só não basta.

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