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Segundo dia - Na sexta-feira o dia foi dedicado a experiências e intercâmbios, que aconteceram através de dois painéis importantes. O primeiro, abordou o tema ?buscando a identidade da assistência técnica?, que contou com palestras do vice-presidente da Cocamar, José Fernandes Jardim Júnior e de Agostinho Mário Boggio, da Coopercitrus, de Bebedouro, São Paulo. O segundo painel do dia teve como tema: ?cooperativismo ? resgatando valores através da assistência técnica?, tendo como palestrante do presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini e Fernando Martins, da Cotrijal de Não Me Toque, Rio Grande do Sul. No período da tarde todos os participantes realizaram uma visita ao Porto de Paranaguá, como encerramento deste Fórum realizado pelo Formacoop , com apoio da Ocepar e do Sescoop/PR.
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Qualidade para ganhar mercado ? Depois de ganhar a batalha da sanidade no caso do gado bovino, o Paraná, como os demais Estados, precisa ganhar a batalha da qualidade, superando todos os problemas referente à produção, industrialização, embalagens, transportes, comercialização, inclusive certificação dos produtos. Esse pode ser o resumo das conclusões tiradas das várias conferências proferidas durante o simpósio da carne. Amilcar Gramacho, diretor de comercialização do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, falou da atuação sanitária; Aloísio Tupinambá relatou a ação governamental na reconquista de bons mercados perdidos. Há muito que aprender e corrigir para ?arrumar a casa?, permitindo que se inicie um sério programa de exportações, mostraram Cláudio Martins, da Abipec e Abef, e Milton Dalari, consultor de empresas. Ênio Marques, da Abiec, discorreu sobre o programa de promoção às exportações que está sendo desenvolvido, com a missão, entre outras, de dizer aos europeus que produzimos carne de boi alimentado com capim e que o ?Brazilan Beef? tem qualidades inigualáveis. Hoje vende-se carne commoditie e não produto com marca, o que traria grandes vantagens econômicas.
Ocupar espaços ? É preciso ocupar o espaço perdido, especialmente na União, por países que tiveram problemas sanitários. Para isso, a Ocepar, Seab e Faep vão continuar discutindo a questão, agora com seminários específicos para cada um dos sub-setores de carnes: bovinos, suínos e aves. Ao mesmo tempo, a Ocepar pretende estimular as cooperativas do Paraná a ampliarem o nível de industrialização de seus produtos. Uma das estratégias é desenvolver programas de estímulo à exportação de carnes, considerando que o Paraná tem matéria-prima (soja e milho) abundante e conseguiu superar a barreira da sanidade animal, disse o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski. Esses espaços já vêm sendo ocupados: levantamento da Secretaria de Produção e Comercialização mostra que o volume de exportações de carnes do Brasil já cresceu 31% nos últimos 12 meses, passando de 1,37 milhão para 1,8 milhão de toneladas. Mas o faturamento não evoluiu nessa proporção, apesar da desvalorização cambial. O Brasil faturou o equivalente a US$ 2,4 bilhões com a exportação de carnes nos últimos 12 meses que corresponde a um incremento de 26% sobre o período anterior, quando o faturamento foi de US$ 1,9 bilhão.
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Programação:
Dia 30 - Abertrua, às 8:30 horas
* 9:00 horas - Painel I - Assistência Técnica como Agente de Transformação, por Leonardo Boesche, da Ocepar, e Dilvo Casagranda, da Cooperalfa.
* 10:00 horas - Palestra Agricultura Européia, o Modelo Francês, por Alain Tanguy, Coopérative Nauricia, região de Champagne.
* 14:00 horas ? Palestra Globalização, Protecionismo e Perspectivas do Cooperativismo Agropecuário, por Marcos Jank - USP/ESALQ.
DIA 31 - Intercâmbio de Experiências
* 08:30 horas - Painel II - Buscando a Identidade da Assistência Técnica, por Agostinho Mário Boggio - Coopercitrus, Bebedouro, SP e José Fernandes Jardim Junior ? Cocamar.
* 10:30 horas - Painel III - Cooperativismo: Resgatando valores através da Assistência Técnica, por Fernando Martins, da Cotrijal (Não Me Toque, RS), e José Aroldo Gallassini ? Coamo (Campo Mourão)
* 14:00 horas - Saída para visita ao Porto de Paranaguá
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Os mais recentes números da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra brasileira de grãos em 2001 trazem informações importantes e interessantes. Em primeiro lugar, está o tamanho da safra, que deverá alcançar 97,4 milhões de toneladas. Poucos, antecipadamente, arriscavam uma previsão superior a 90 milhões de toneladas. O aperfeiçoamento tecnológico na produção de grãos e o clima favorável contribuíram para esse ótimo desempenho. Tivemos uma safra de 37,2 milhões de toneladas de soja e de 41 milhões de toneladas de milho. A produção de algodão continuou em crescimento,, enquanto a de trigo deverá mostrar uma significativa recuperação. O lado negativo está sendo marcado pelos declínios nas produções de arroz e feijão, nossos importantes produtos alimentares.
Em segundo lugar,. é preciso ressaltar nossa produção recorde de soja, como mencionado, de 37,2. milhões de toneladas, marcando uma continuada expansão nos últimos anos. Esse é mais um caso de sucesso, em condições adversas, internas externas, de um produto da agropecuária brasileira. A produção brasileira de soja representa, neste ano 2 1,4% da produção mundial, perdendo apenas para a produção dos Estados Unidos, esta carregada de subsídios governamentais Esse sucesso pode sei mais bem avaliado com as seguintes informações: no triênio 1961/63, o Brasil produziu apenas 313 mil toneladas de soja; no triênio 1970/72, apenas 2,3 milhões de toneladas. Trata-se, portanto, de um produto novo em nossa economia agrícola, ao contrário de café, cana-de-açúcar, fumo e cacau, tradicionais culturas de exportação.
Ao lado dessa expressiva expansão de nossa produção de soja,. destaca-se a mudança de sua localização geográfica. Cultura que teve seu início no Rio Grande do Sul, com a variedade Santa Rosa, nome de tradicional município gaúcho, ela foi se expandindo por Santa Catarina, Paraná, São Paulo e, graças ao pioneiro trabalho dos pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), chegou aos estados da região Centro-Oeste e à região dos cerrados. Esse esforço científico-tecnológico dessa nossa instituição de pesquisa agronômica merece todo o reconhecimento nacional.
Considerando-se os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Maranhão, Piauí, Tocantins, Rondônia. Distrito Federal e Pará, uma aproximação à região de cerrados, a produção de soja em 2001 alcançou 20,2 milhões de toneladas, correspondendo a 54,1% da produção total brasileira. Mato Grosso tornou-se o principal estado produtor, superando os precursores Rio Grande do Sul e Paraná, inclusive em produtividade, com 3.100 kg(ha, resultado superior à média dos Estados Unidos.
Entretanto, esse excelente desempenho da soja na região CentroNorte, basicamente a região dos cerrados, começa a ficar comprometido pelos baixos preços no mercado internacional e pelos elevados custos do transporte rodoviário aos portos de Paranaguá, Santos e Tubarão. Os preços internacionais estão sendo negativamente pressionados pela penetração das variedades transgênicas e pelos subsídios da política agrícola norte-americana. No Brasil, as variedades transgênicas estão proibidas em razão das iniciativas de entidades ambientalistas, de defesa dos consumidores, ONGs e de respostas positivas do Judiciário. Como resultado, os produtores brasileiros não se beneficiam das reduções de custos de produção, o que, se acontecesse, melhoraria nossa capacidade de competição no mercado internacional. Adicionalmente, os Estados Unidos estão contemplando um substancial aumento do preço mínimo aos produtores de soja em sua nova legislação agrícola.
De outro lado, mas de modo muito parecido, os projetos governamentais de solução do gargalo do transporte rodoviário, por meio do programa Avança Brasil, encontram as mesmas aposições, pelas mesmas entidades, adicionando-se às questões iniciais um suposto problema indigenista. Esses projetos trariam urna expressiva redução nos custos de transporte da soja aos portos das regiões Norte e Nordeste, o que aumentaria a remuneração aos produtores da região Centro-Norte. Não é por acaso que os produtores norte-americanos temem os resultados dos ganhos de competitividade da soja brasileira. Os preços aos nossos produtores poderiam aumentar em cerca de US$ 20-30/tonelada nos estados daquela região.
Além da Ferronorte (ligação ao Sudeste) e da hidrovia do Rio Madeira, existem os projetos Rio Tocantins ? ferrovia Norte/Sul ? ferrovia Carajás de um lado e, de outro, Rio Araguaia ? rodovia Xambioá/Estreito ? ferrovia Norte/Sul ? ferrovia Carajás. Mais ainda, existem os projetos da hidrovia Teles Pires ? Tapajós e o asfaltamento da BR- 163 (porto de Santarém). O estudo ?Preços agrícolas?, de Guimarães Costa e Caixeta Filho, publicado em janeiro deste ano, confirma os impactos econômicos favoráveis desses projetos para a expansão da soja na região dos cerrados. Segundo eles, ?a soja tende a ocupar, principalmente, as áreas já desmatadas (pecuária e agricultura de corte e queima) e, em segundo lugar, desmatar as áreas de cerrado, o que mantém o processo tradicional de expansão da fronteira agrícola brasileira?. Esse comentário nos remete a uma questão final: será que os problemas ambientalistas indigenistas são as verdadeiras razões para essa bem organizada oposição à nossa expansão agrícola na região dos cerrados? Afinal, temos, ainda, 90 milhões de hectares a serem economicamente aproveitados nos cerrados.
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(*) Professor titular do Departamento de Economia da PEA-USP e pesquisador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).(Artigo publicado no Jornal Gazeta Mercantil edição 21.08.2001)
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Custos menores - Segundo o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, "nas últimas safras, a média do custo de produção da soja tem ficado em torno das 40 a 45 sacas por alqueire. Neste ano, com a realização do Plano Safra, os cálculos indicam custos entre 23 e 35 sacas por alqueire, em face dos bons preços nos insumos, da tecnologia utilizada e da boa comercialização efetuada pelos cooperados. Um custo muito barato se comparado com os níveis das safras anteriores", afirma
Oportunidade - Para Gallassini, o Plano Safra é uma excelente oportunidade para que os cooperados possam reduzir seus custos de produção, além da garantia antecipada dos insumos. "O cooperado da Coamo sabe qual é o caminho certo, ele é participativo e consciente de que precisamos ter uma agricultura com menores custos de produção, uso de modernas tecnologias visando a obtenção de altas produtividades, para torná-la cada vez mais competitiva num mercado globalizado e exigente", afirma. No Plano Safra deste ano, os cooperados da Coamo adquiriram insumos com antecedência, fixaram a soja em dólar, já conhecendo antecipadamente os preços fixos em reais. "Foi uma modalidade que reuniu fatores favoráveis a operação, possibilitando a redução significativa nos custos de produção das nossas lavouras. A Coamo comprou os insumos antecipadamente antes da oscilação e ascensão do dólar, proporcionando uma economia muito grande, resultando em benefício direto e vantagem especial para os nossos cooperados", explica o presidente da Coamo.
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* Grupo A - beneficiários: (projetos de assentamentos do Incra, projetos estaduais de assentamentos reconhecidos pelo Incra e Banco da Terra e combate à pobreza rural), com um total de R$ 616 milhões, para estruturação inicial da unidade produtiva ;
* Grupo A/C - beneficiários: (agricultores familiares que já se beneficiaram do crédito de estruturação inicial no Grupo A), com R$ 100 milhões para custeio;
* Grupo B - beneficiários: (agricultores familiares com renda bruta familiar anual de até R$ 1.500,00, remanescentes de quilombos, trabalhadores rurais e indígenas), com R$ 100 milhões para investimento;
* Grupo C - beneficiários: (agricultores familiares com renda bruta familiar anual entre R$ 1.500,00 e R$ 10.000,00), disponibilizados R$ 630 milhões para custeio e R$ 780 milhões para investimento;
* Grupo D - beneficiários (agricultores familiares com renda bruta anual familiar entre R$ 10.000,00 e R$ 30.000,00), disponibilizados R$1,14 bilhão para custeio e R$ 830 milhões para investimento.
(Tabelas)
Nota : para os grupos A/C ; C e D há um bônus para pagamento até o vencimento de 25% sobe a taxa de juros, ficando, portanto, em 3% ao ano. Para os grupos A/C e C, também é dado um rebate sobre o principal de R$ 200,00/beneficiário. As contratações são Grupais com no mínimo 03 (três) mutuários.
Notas : Grupos A e B: direito a rebate de 40% sobre o capital principal. Grupo A/C e C: as contratações poderão ser individuais, grupais e coletivas sendo que os créditos grupais terão direito a um rebate de R$ 700,00 p/beneficiário para pagamento até o vencimento e bônus de 25% sobre a taxa de juros. Grupo D: bônus de 25% sobre a taxa de juros p/pagamento até o vencimento.
Alguns destaques do plano:
* Estímulo à educação profissionalizante de jovens agricultores através da educação em regime de alternância ou de escolas técnicas agrícolas. Serácriado um sobreteto nos financiamentos para os Grupos "C" e "D" para as famílias que tenham jovens cursando ou que são egressos destas escolas;
* Estimula a concessão de crédito para as mulheres agricultoras;
* Manutenção das taxas de juros em 1,15% ao ano para os agricultores do Grupo "A", 1% ao ano para os do Grupo "B" e de 4% para custeio e investimento dos agricultores dos Grupos "C" e "D";
* Manutenção do bônus de adimplência de 25% na taxa de juros de investimentos dos Grupos "C" e "D", para cada parcela paga até a data do respectivo vencimento;
* Permanência dos rebates de 40% sobre o principal dos financiamentos concedidos para os agricultores dos Grupos "A" e "B", e os rebates de R$ 200,00 para custeio e R$ 700,00 para investimento do Grupo "C";
* Criação de um sobreteto de até 50% nos valores dos financiamentos de custeio e investimento para os agricultores familiares do Grupo "C" destinados à produção orgânica, olericultura, bovinocultura de leite e fruticultura;
* Estimula a reestruturação produtiva dos agricultores familiares do Grupo "C" com a permissão da obtenção de um segundo crédito de investimento com direito ao rebate de R$ 700,00 por beneficiário;
* Também estimula a reestruturação produtiva dos agricultores familiares do Grupo "C" com a redução do número de 5 (cinco) para 3 (três) agricultores nos grupos que são formados para obtenção do crédito de investimento do Grupo "C" com direito ao rebate de R$ 700,00 por beneficiário.
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A atual carestia do dólar não é motivo para comemorações, por causa dos efeitos colaterais negativos: inferniza a vida de quem deve em dólar, inflaciona tudo que depende de importações e sinaliza desequilíbrio no conjunto da atividade econômica. Embora seja positivo para quem exporta, mesmo assim não é motivo para festejar, porque é uma situação instável, portanto, insustentável no tempo.
Por tudo isto, temos que considerar que estamos diante de uma circunstância imposta por um conjunto de fatores internos (crise energética, por exemplo) e externos (crise da Argentina e baixo crescimento mundial).
A pergunta que não quer calar é: por que não conseguimos um expressivo e vital superávit comercial, com o dólar nas alturas?
O quadro atual demonstra que a oportunidade está nas exportações, a riqueza mais saudável que qualquer economia pode desejar. É na competência para exportar que vamos dar suporte à atividade interna, inclusive para os segmentos restritos ao mercado interno. A desejada exuberância nas exportações é que pode aumentar nossa capacidade de investimento, nossa geração de empregos e a melhoria da economia dentro das nossas fronteiras, até para a lanchonete da esquina.
O diagnóstico geral é muito complexo, mas a precariedade do nosso aparato estrutural é evidente. Dos diversos componentes desse aparato alguns estão se esforçando com garra, como é o caso da APEX- Agência de Promoção das Exportações, que se move à obsessão de Dorothéa Werneck. Quando nos voltamos para o setor privado, o que vemos são apenas lamentações sobre a queda do poder de compra do mercado interno e o encarecimento da produção com o aumento dos juros.
O que está nos faltando é mesmo cultura exportadora. O Brasil internacionalizado é formado por um clube restrito de empresas, as mesmas de sempre. Todas as medidas de apoio às exportações, mais as circunstâncias não administradas, beneficiam sempre os mesmos, os poucos que fazem parte desse clube de grandes empresas que têm tradição no mercado internacional. Não conseguimos ampliar a base exportadora, porque a maioria das empresas tem dificuldades para garantir a qualidade sob parâmetros internacionais, regularidade no fornecimento, escala, preparação e competência para negociar com agressividade e inteligência.
Se precisamos ampliar a base exportadora, o momento é das cooperativas. Grande parte do sucesso das exportações agrícolas brasileiras - uma retumbante exceção no desempenho geral - se deve à tradição de reunir produtores em cooperativas. A produção de café, por exemplo, destaque da agricultura mineira e das exportações nacionais, vem de propriedades com a área média de apenas 10,9 hectares, quase todas integradas a cooperativas, porque a metade dessas propriedades não produz mais que 100 sacas por ano.
A exportações de produtos agrícolas gerou, no ano passado, um superávit de 13 bilhões de dólares e, com a atual situação do câmbio, deve chegar a 16 bilhões de dólares este ano. Embora dependente de insumos importados, é o setor mais nacionalizado, desde a propriedade do capital-terra à colheita. Ou seja, para ficar de pé, o barraco brasileiro deve muito à agropecuária, que enfrenta o protecionismo dos países importadores, mas não perde as oportunidades que a conjuntura proporciona.
Essa história precisa ser contada para os demais segmentos da economia, onde muitas empresas ficam de fora ou até desconhecem seu potencial exportador. As empresas enormes não precisam disso, mas a entrada dos médios e pequenos no clube depende do associativismo, que viabiliza custos, escala de produção e regularidade, mas que exige padronização de procedimentos, desde a produção até o embarque, tendo como referência inegociável as expectativas dos consumidores.
Em nosso estado temos registradas na OCEMG-Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais, mais de 900 cooperativas. Embora o segmento agrícola seja bastante expressivo a diversidade é enorme: de salgadeiras a exportadores. O grande desafio que se coloca a quem oferece produtos e serviços com potencial externo é se preparar para a internacionalização e, junto com a estrutura da SESCOOP- Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo, temos que acolher e apoiar a viabilização de tais iniciativas.
Se o cooperativismo pode ser o caminho para a diversificação da base exportadora, cabe-nos abrir esse ramal de trabalho, visando a formação dos nossos empresários e a articulação de parcerias que incluam organismos de promoção comercial, formação de operadores especializados, financiadores e traders.
No segmento do agribusiness, é pedagógico prestarmos atenção ao empenho inteligente dos produtores de cachaça de qualidade. A Coocachaça, por exemplo, está formulando seu blend, protegendo-o como seu principal patrimônio e viabilizando escala e qualidade para exportação. A estratégia para a diversificação dos exportadores, de produtos primários ou processados pode se orientar a partir desse tipo de experiência, mas não dispensa a criatividade de cada grupo.
O Brasil não escapa da globalização e, por isto mesmo, não pode desprezar o potencial da solução cooperativista. Este momento está prenhe de lições e uma das principais é que o improviso não funciona. Se quisermos aproveitar cada cenário, temos que preparar nossos alicerces culturais e técnicos com antecedência porque oportunidades sempre existem. A atual tensão cambial tem que ser aproveitada para batizar novos exportadores e, quando o quadro se estabilizar, precisamos ter consistência para permanecer no mercado internacional. O cooperativismo pode assumir este desafio.
(*)Presidente da Ocemg - Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais e Sescoop MG.
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Indústria moderna - Eliseu conta que a indústria reúne o que há de mais moderno em termos de equipamento, totalmente automatizada, garantindo o controle de qualidade, tanto do produto final como em termos de preservação do meio ambiente. Projetada para ser construída em módulos, permite que ela possa ser expandida aos poucos, conforme a necessidade.