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Expansão agrícola na região dos cerrados

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Fernando Homem de Melo *

Os mais recentes números da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra brasileira de grãos em 2001 trazem informações importantes e interessantes. Em primeiro lugar, está o tamanho da safra, que deverá alcançar 97,4 milhões de toneladas. Poucos, antecipadamente, arriscavam uma previsão superior a 90 milhões de toneladas. O aperfeiçoamento tecnológico na produção de grãos e o clima favorável contribuíram para esse ótimo desempenho. Tivemos uma safra de 37,2 milhões de toneladas de soja e de 41 milhões de toneladas de milho. A produção de algodão continuou em crescimento,, enquanto a de trigo deverá mostrar uma significativa recuperação. O lado negativo está sendo marcado pelos declínios nas produções de arroz e feijão, nossos importantes produtos alimentares.

Em segundo lugar,. é preciso ressaltar nossa produção recorde de soja, como mencionado, de 37,2. milhões de toneladas, marcando uma continuada expansão nos últimos anos. Esse é mais um caso de sucesso, em condições adversas, internas externas, de um produto da agropecuária brasileira. A produção brasileira de soja representa, neste ano 2 1,4% da produção mundial, perdendo apenas para a produção dos Estados Unidos, esta carregada de subsídios governamentais Esse sucesso pode sei mais bem avaliado com as seguintes informações: no triênio 1961/63, o Brasil produziu apenas 313 mil toneladas de soja; no triênio 1970/72, apenas 2,3 milhões de toneladas. Trata-se, portanto, de um produto novo em nossa economia agrícola, ao contrário de café, cana-de-açúcar, fumo e cacau, tradicionais culturas de exportação.

Ao lado dessa expressiva expansão de nossa produção de soja,. destaca-se a mudança de sua localização geográfica. Cultura que teve seu início no Rio Grande do Sul, com a variedade Santa Rosa, nome de tradicional município gaúcho, ela foi se expandindo por Santa Catarina, Paraná, São Paulo e, graças ao pioneiro trabalho dos pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), chegou aos estados da região Centro-Oeste e à região dos cerrados. Esse esforço científico-tecnológico dessa nossa instituição de pesquisa agronômica merece todo o reconhecimento nacional.

Considerando-se os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Maranhão, Piauí, Tocantins, Rondônia. Distrito Federal e Pará, uma aproximação à região de cerrados, a produção de soja em 2001 alcançou 20,2 milhões de toneladas, correspondendo a 54,1% da produção total brasileira. Mato Grosso tornou-se o principal estado produtor, superando os precursores Rio Grande do Sul e Paraná, inclusive em produtividade, com 3.100 kg(ha, resultado superior à média dos Estados Unidos.

Entretanto, esse excelente desempenho da soja na região CentroNorte, basicamente a região dos cerrados, começa a ficar comprometido pelos baixos preços no mercado internacional e pelos elevados custos do transporte rodoviário aos portos de Paranaguá, Santos e Tubarão. Os preços internacionais estão sendo negativamente pressionados pela penetração das variedades transgênicas e pelos subsídios da política agrícola norte-americana. No Brasil, as variedades transgênicas estão proibidas em razão das iniciativas de entidades ambientalistas, de defesa dos consumidores, ONGs e de respostas positivas do Judiciário. Como resultado, os produtores brasileiros não se beneficiam das reduções de custos de produção, o que, se acontecesse, melhoraria nossa capacidade de competição no mercado internacional. Adicionalmente, os Estados Unidos estão contemplando um substancial aumento do preço mínimo aos produtores de soja em sua nova legislação agrícola.

De outro lado, mas de modo muito parecido, os projetos governamentais de solução do gargalo do transporte rodoviário, por meio do programa Avança Brasil, encontram as mesmas aposições, pelas mesmas entidades, adicionando-se às questões iniciais um suposto problema indigenista. Esses projetos trariam urna expressiva redução nos custos de transporte da soja aos portos das regiões Norte e Nordeste, o que aumentaria a remuneração aos produtores da região Centro-Norte. Não é por acaso que os produtores norte-americanos temem os resultados dos ganhos de competitividade da soja brasileira. Os preços aos nossos produtores poderiam aumentar em cerca de US$ 20-30/tonelada nos estados daquela região.

Além da Ferronorte (ligação ao Sudeste) e da hidrovia do Rio Madeira, existem os projetos Rio Tocantins ? ferrovia Norte/Sul ? ferrovia Carajás de um lado e, de outro, Rio Araguaia ? rodovia Xambioá/Estreito ? ferrovia Norte/Sul ? ferrovia Carajás. Mais ainda, existem os projetos da hidrovia Teles Pires ? Tapajós e o asfaltamento da BR- 163 (porto de Santarém). O estudo ?Preços agrícolas?, de Guimarães Costa e Caixeta Filho, publicado em janeiro deste ano, confirma os impactos econômicos favoráveis desses projetos para a expansão da soja na região dos cerrados. Segundo eles, ?a soja tende a ocupar, principalmente, as áreas já desmatadas (pecuária e agricultura de corte e queima) e, em segundo lugar, desmatar as áreas de cerrado, o que mantém o processo tradicional de expansão da fronteira agrícola brasileira?. Esse comentário nos remete a uma questão final: será que os problemas ambientalistas indigenistas são as verdadeiras razões para essa bem organizada oposição à nossa expansão agrícola na região dos cerrados? Afinal, temos, ainda, 90 milhões de hectares a serem economicamente aproveitados nos cerrados.

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(*) Professor titular do Departamento de Economia da PEA-USP e pesquisador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).(Artigo publicado no Jornal Gazeta Mercantil edição 21.08.2001)

ENCONTRO DO CAFÉ DA COFERCATÚ REUNIU 250 PRODUTORES

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Cerca de 250 produtores compareceram ao Encontro Regional ?Café na Diversificação? promovido na quarta-feira em Centenário do Sul, pela Cofercatu, Seab e Emater, com apoio do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café. O consórcio é coordenado pela Embrapa e tem o apoio da Ocepar/Sescoop, prefeituras municipais, Iapar e Decaf (Ministério da Agricultura). O encontro visou esclarecer as dúvidas dos produtores sobre a cafeicultura em função das mudanças ocorridas no setor em conseqüência das geadas, da queda dos preços e das novas tecnologias de produção, como o café adensado. Para o presidente da Cofercatu, José Otaviano de Oliveira Ribeiro, que abriu o encontro, a grande participação foi motivada pela necessidade dos produtores definirem o que fazer com a cultura do café, que já foi o único produto da cooperativa. Em 1972, por exemplo, a Cofercatu chegou a beneficiar 280 mil sacas do produto. Os diversos temas do encontro foram apresentados por técnicos do Iapar, Ministério da Agricultura, Emater e Cofercatu. A integração lavouras com pecuária foi um dos temas do encontro, buscando oferecer alternativas de melhor remuneração aos produtores.

COAMO REDUZ CUSTO DE PRODUÇÃO

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Conforme levantamento realizado pelo departamento técnico da Coamo, neste ano, antes mesmo do plantio da safra de verão, os cooperados da Coamo já tiveram uma boa notícia: os custos de produção serão os mais baixos dos últimos 15 anos. Através de um plano especial (Plano Safra Verão 2001/2002), a Coamo com um trabalho árduo, planejamento e visão estratégica, sempre procurando melhores resultados aos seus cooperados, disponibilizou um pacote de insumos (sementes, fertilizantes, formulados, micronutrientes, herbicidas e fungicidas), que proporcionou o planejamento das culturas, com reserva e aquisição dos produtos necessários para a implantação da nova safra de verão.

Custos menores - Segundo o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, "nas últimas safras, a média do custo de produção da soja tem ficado em torno das 40 a 45 sacas por alqueire. Neste ano, com a realização do Plano Safra, os cálculos indicam custos entre 23 e 35 sacas por alqueire, em face dos bons preços nos insumos, da tecnologia utilizada e da boa comercialização efetuada pelos cooperados. Um custo muito barato se comparado com os níveis das safras anteriores", afirma

Oportunidade - Para Gallassini, o Plano Safra é uma excelente oportunidade para que os cooperados possam reduzir seus custos de produção, além da garantia antecipada dos insumos. "O cooperado da Coamo sabe qual é o caminho certo, ele é participativo e consciente de que precisamos ter uma agricultura com menores custos de produção, uso de modernas tecnologias visando a obtenção de altas produtividades, para torná-la cada vez mais competitiva num mercado globalizado e exigente", afirma. No Plano Safra deste ano, os cooperados da Coamo adquiriram insumos com antecedência, fixaram a soja em dólar, já conhecendo antecipadamente os preços fixos em reais. "Foi uma modalidade que reuniu fatores favoráveis a operação, possibilitando a redução significativa nos custos de produção das nossas lavouras. A Coamo comprou os insumos antecipadamente antes da oscilação e ascensão do dólar, proporcionando uma economia muito grande, resultando em benefício direto e vantagem especial para os nossos cooperados", explica o presidente da Coamo.

MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS CRESCEU 31%

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O movimento geral de importação e exportação de mercadorias registrado nos portos de Paranaguá e Antonina nos primeiros seis meses deste ano cresceu 31,3% sobre o total verificado no mesmo período do ano passado. Foram movimentados 16,1 milhões de toneladas, contra 12,2 milhões de toneladas até julho do ano passado - o que corresponde a um acréscimo de 3,85 milhões de toneladas de produtos a mais neste ano. Para o diretor técnico do porto de Paranaguá, Luiz Ivan Vasconcellos, as exportações são o fator de maior peso nos resultados. A demanda de grãos e farelos por parte da Europa é bem maior que em outros anos, devido ao problema da doença da "vaca louca" naquele continente. "Os europeus estão substituindo a ração animal derivada de compostos com restos animais para ração composta a base de vegetais", disse Vasconcellos. "Daí, a procura maior por esse tipo de produto aqui no Brasil." Esta tendência do mercado europeu está beneficiando o Paraná, que se destaca na produção de soja em grão, farelo e milho - outro produto incluído na pauta de exportações deste ano. Segundo o diretor, a exportação de 2,1 milhões de toneladas de milho ocorrida até agora é o outro grande diferencial na movimentação total do porto de Paranaguá.

CASCAVEL TERÁ ESTAÇÃO ADUANEIRA

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A Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná (Codapar) abre nesta sexta-feira (24) as propostas das 11 empresas que concorrem à licitação para construção de obras na Estação Aduaneira de Interior (Eadi) de Cascavel, Região Oeste. A Eadi de Cascavel será administrada por um consórcio formado pela Codapar e Ferropar, que ganhou a concessão para exploração dos serviços naquele terminal por 10 anos. As obras previstas no projeto englobam a construção de um escritório da Receita Federal, um escritório próprio da Estação Aduaneira, guaritas de portaria, instalações sanitárias para caminhoneiros e galerias de águas pluviais. O valor máximo do edital é de R$ 223 mil reais. Localizada em um dos maiores entroncamentos rodo-ferroviários do Sul do país, a Estação Aduaneira de Cascavel, com área de 20 mil metros quadrados, será construída ao lado do terminal da ferrovia, junto ao Parque Industrial do município. A instalação da Eadi de Cascavel deve estimular exportações da indústria local e regional, especialmente em relação ao Mercosul, além de permitir competitividade aos grãos exportados via Porto de Paranaguá.

CARGIL LUCRA MENOS

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A Cargill, maior empresa privada dos EUA e uma das gigantes do processamento de grãos, anunciou seus lucros no ano fiscal 2001. Eles foram 25% menores do que no período anterior. Caíram de US$ 480 milhões em 2000 para US$ 358 milhões. As causas foram a desaceleração da economia norte-americana, o fortalecimento do dólar, o aumento do custo de energia e a oferta excessiva de grãos.

ITR

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Começou ontem o prazo para os proprietários rurais apresentem a declaração do Imposto Territorial Rural (ITR), cujo prazo vai até dia 28 de setembro. O produtor deverá apresentar sua declaração em formulário, disquete ou pela Internet. Mesmos os isentos ou imunes ao tributo devem apresentar suas declarações. Imóveis com menos de 30 hectares são classificados como imunes. Informações podem ser obtidas pelo telefone 0300-78-0300.

AGROINDUSTRIALIZAÇÃO DO SUDOESTE

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O Sudoeste do PR quer atrair agroindústrias do setor lácteos e suínos para reverter uma tendência de queda de renda e redução da população rural que vem sendo registrada nos últimos anos. De 85 a 96, o PIB da região caiu 13% e o número de agricultores passou de 72 mil para 62 mil, com uma redução de 16%. Esses dados constam de um estudo realizado pela Ocepar em conjunto com o Departamento de Economia Rural da Seab (Deral). Estes números foram apresentados na última quinta-feira (16), durante o Seminário de Integração das Cooperativas do Sudoeste, organizado pela Ocepar (Organização das Cooperativas do Paraná), com apoio da Prefeitura Municipal, Sescoop/PR e Governo do Estado. Uma das propostas apresentadas é instalar uma unidade de produção de leite em pó na região. De acordo com o secretário de Indústria e Comércio, Eduardo Sciarra, a demanda por esse produto é muito grande e o PR tem apenas uma indústria do setor, que é a Confepar, de Londrina. "A Lacta, que está produzindo chocolate na Região Metropolitana de Curitiba, consome dez vezes mais do que a Confepar produz", lembrou Sciarra.

PARANÁ CITRUS QUER LARANJA NO NOROESTE

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A empresa Paraná Citrus, sediada em Paranavaí, cujo capital é controlado pela Cocamar, reiniciou o trabalho de fomento à expansão dos pomares de laranja na região Noroeste do Estado. O objetivo, segundo informou o superintendente Antonio Ailton Basso, é oferecer condições para o plantio de 2 mil hectares, área que representará um aumento expressivo diante dos quase 8 mil hectares já existentes. As equipes técnicas da Paraná Citrus e da Cocamar estão fazendo contatos junto a prefeituras, câmaras municipais, sindicatos, associações comerciais, bancos e lideranças para apresentação do projeto. "Esperamos contar com o apoio de todos os segmentos, pois a proposta da citricultura é interessante para os municípios. Além de gerar renda e viabilizar propriedades, possibilita grande número de postos de trabalho", frisou Basso.

Difusão de tecnologias - A empresa pretende fazer a implantação de pomares próprios, o que servirá também para difusão de tecnologia. Os produtores contarão com experimentos como cultivo intercalar de laranja com mandioca, soja, milho e aveia; plantio direto e também toda a tecnologia de ponta no segmento da citricultura. Tanto para os iniciantes quanto os citricultores que já estão na atividade, o Banco do Brasil conta com linha de crédito completa, desde o preparo do solo, plantio e custeio - com 8 anos de prazo para pagamento, sendo 3 de carência - a juros de 8,75% ao ano. Para quem não tiver acesso à linha de crédito oficial, a própria Paraná Citrus oferecerá um mecanismo próprio de financiamento de mudas, à base de troca por laranja. Neste caso, o prazo de pagamento será de 6 anos, com 3 de carência. Os produtores interessados devem manter contato com qualquer um dos entrepostos da Cocamar ou a Paraná Citrus (fone 44-424-2626), para a reserva de mudas, pois o volume é limitado.

(Tabela)

CONVENÇÃO DA FACIAP

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O presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, participou da solenidade de abertura da XI Convenção Anual das Associações Comerciais, Industriais e Agropecuárias do Paraná - Faciap, hoje em Foz do Iguaçu. Também fará parte de painel sobre "Agronegócios", às 17:30 horas. Cerca de 700 empresários, dirigentes de 267 entidades filiadas à Faciap, estão participando desse evento, coordenado pelo presidente da instituição, Ardison Akel.

PLANO SAFRA DO PRONAF

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O Conselho Estadual do Pronaf no Paraná, divulgou ontem o volume de recursos para o Plano Safra para Agricultura Familiar, anunciado pelo presidente da República. O total de recursos disponibilizados foi de R$ 4,196 bilhões , mantendo-se nos mesmos patamares da safra 2000/2001, distribuídos entre os vários grupos.

* Grupo A - beneficiários: (projetos de assentamentos do Incra, projetos estaduais de assentamentos reconhecidos pelo Incra e Banco da Terra e combate à pobreza rural), com um total de R$ 616 milhões, para estruturação inicial da unidade produtiva ;

* Grupo A/C - beneficiários: (agricultores familiares que já se beneficiaram do crédito de estruturação inicial no Grupo A), com R$ 100 milhões para custeio;

* Grupo B - beneficiários: (agricultores familiares com renda bruta familiar anual de até R$ 1.500,00, remanescentes de quilombos, trabalhadores rurais e indígenas), com R$ 100 milhões para investimento;

* Grupo C - beneficiários: (agricultores familiares com renda bruta familiar anual entre R$ 1.500,00 e R$ 10.000,00), disponibilizados R$ 630 milhões para custeio e R$ 780 milhões para investimento;

* Grupo D - beneficiários (agricultores familiares com renda bruta anual familiar entre R$ 10.000,00 e R$ 30.000,00), disponibilizados R$1,14 bilhão para custeio e R$ 830 milhões para investimento.

(Tabelas)

Nota : para os grupos A/C ; C e D há um bônus para pagamento até o vencimento de 25% sobe a taxa de juros, ficando, portanto, em 3% ao ano. Para os grupos A/C e C, também é dado um rebate sobre o principal de R$ 200,00/beneficiário. As contratações são Grupais com no mínimo 03 (três) mutuários.

Notas : Grupos A e B: direito a rebate de 40% sobre o capital principal. Grupo A/C e C: as contratações poderão ser individuais, grupais e coletivas sendo que os créditos grupais terão direito a um rebate de R$ 700,00 p/beneficiário para pagamento até o vencimento e bônus de 25% sobre a taxa de juros. Grupo D: bônus de 25% sobre a taxa de juros p/pagamento até o vencimento.

Alguns destaques do plano:

* Estímulo à educação profissionalizante de jovens agricultores através da educação em regime de alternância ou de escolas técnicas agrícolas. Serácriado um sobreteto nos financiamentos para os Grupos "C" e "D" para as famílias que tenham jovens cursando ou que são egressos destas escolas;

* Estimula a concessão de crédito para as mulheres agricultoras;

* Manutenção das taxas de juros em 1,15% ao ano para os agricultores do Grupo "A", 1% ao ano para os do Grupo "B" e de 4% para custeio e investimento dos agricultores dos Grupos "C" e "D";

* Manutenção do bônus de adimplência de 25% na taxa de juros de investimentos dos Grupos "C" e "D", para cada parcela paga até a data do respectivo vencimento;

* Permanência dos rebates de 40% sobre o principal dos financiamentos concedidos para os agricultores dos Grupos "A" e "B", e os rebates de R$ 200,00 para custeio e R$ 700,00 para investimento do Grupo "C";

* Criação de um sobreteto de até 50% nos valores dos financiamentos de custeio e investimento para os agricultores familiares do Grupo "C" destinados à produção orgânica, olericultura, bovinocultura de leite e fruticultura;

* Estimula a reestruturação produtiva dos agricultores familiares do Grupo "C" com a permissão da obtenção de um segundo crédito de investimento com direito ao rebate de R$ 700,00 por beneficiário;

* Também estimula a reestruturação produtiva dos agricultores familiares do Grupo "C" com a redução do número de 5 (cinco) para 3 (três) agricultores nos grupos que são formados para obtenção do crédito de investimento do Grupo "C" com direito ao rebate de R$ 700,00 por beneficiário.

MERCADO DO MILHO

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No milho desde 1997 não exportávamos, neste ano já foram exportados 3 milhões de toneladas e a previsão é de que as exportações alcancem 4,2 milhões de toneladas, até o momento foram exportados 2,4 milhões por Paranaguá e o restante para completar os 3 milhões de toneladas são exportações realizadas pelo porto de Rio Grande e São Francisco do Sul. O preço médio da tonelada esta sendo de US$ 90. Devido a essa nova fase do mercado em que devido à grande produção de milho, previsão de 41 milhões de toneladas, geramos um excedente que esta sendo exportado.Preço do milho no mercado interno (média Paraná) esta em R$ 9,50/ saca de 60kg.

(Tabela)

AS COOPERATIVAS E OS NOVOS EXPORTADORES

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Ronaldo Scucato(*)

A atual carestia do dólar não é motivo para comemorações, por causa dos efeitos colaterais negativos: inferniza a vida de quem deve em dólar, inflaciona tudo que depende de importações e sinaliza desequilíbrio no conjunto da atividade econômica. Embora seja positivo para quem exporta, mesmo assim não é motivo para festejar, porque é uma situação instável, portanto, insustentável no tempo.

Por tudo isto, temos que considerar que estamos diante de uma circunstância imposta por um conjunto de fatores internos (crise energética, por exemplo) e externos (crise da Argentina e baixo crescimento mundial).

A pergunta que não quer calar é: por que não conseguimos um expressivo e vital superávit comercial, com o dólar nas alturas?

O quadro atual demonstra que a oportunidade está nas exportações, a riqueza mais saudável que qualquer economia pode desejar. É na competência para exportar que vamos dar suporte à atividade interna, inclusive para os segmentos restritos ao mercado interno. A desejada exuberância nas exportações é que pode aumentar nossa capacidade de investimento, nossa geração de empregos e a melhoria da economia dentro das nossas fronteiras, até para a lanchonete da esquina.

O diagnóstico geral é muito complexo, mas a precariedade do nosso aparato estrutural é evidente. Dos diversos componentes desse aparato alguns estão se esforçando com garra, como é o caso da APEX- Agência de Promoção das Exportações, que se move à obsessão de Dorothéa Werneck. Quando nos voltamos para o setor privado, o que vemos são apenas lamentações sobre a queda do poder de compra do mercado interno e o encarecimento da produção com o aumento dos juros.

O que está nos faltando é mesmo cultura exportadora. O Brasil internacionalizado é formado por um clube restrito de empresas, as mesmas de sempre. Todas as medidas de apoio às exportações, mais as circunstâncias não administradas, beneficiam sempre os mesmos, os poucos que fazem parte desse clube de grandes empresas que têm tradição no mercado internacional. Não conseguimos ampliar a base exportadora, porque a maioria das empresas tem dificuldades para garantir a qualidade sob parâmetros internacionais, regularidade no fornecimento, escala, preparação e competência para negociar com agressividade e inteligência.

Se precisamos ampliar a base exportadora, o momento é das cooperativas. Grande parte do sucesso das exportações agrícolas brasileiras - uma retumbante exceção no desempenho geral - se deve à tradição de reunir produtores em cooperativas. A produção de café, por exemplo, destaque da agricultura mineira e das exportações nacionais, vem de propriedades com a área média de apenas 10,9 hectares, quase todas integradas a cooperativas, porque a metade dessas propriedades não produz mais que 100 sacas por ano.

A exportações de produtos agrícolas gerou, no ano passado, um superávit de 13 bilhões de dólares e, com a atual situação do câmbio, deve chegar a 16 bilhões de dólares este ano. Embora dependente de insumos importados, é o setor mais nacionalizado, desde a propriedade do capital-terra à colheita. Ou seja, para ficar de pé, o barraco brasileiro deve muito à agropecuária, que enfrenta o protecionismo dos países importadores, mas não perde as oportunidades que a conjuntura proporciona.

Essa história precisa ser contada para os demais segmentos da economia, onde muitas empresas ficam de fora ou até desconhecem seu potencial exportador. As empresas enormes não precisam disso, mas a entrada dos médios e pequenos no clube depende do associativismo, que viabiliza custos, escala de produção e regularidade, mas que exige padronização de procedimentos, desde a produção até o embarque, tendo como referência inegociável as expectativas dos consumidores.

Em nosso estado temos registradas na OCEMG-Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais, mais de 900 cooperativas. Embora o segmento agrícola seja bastante expressivo a diversidade é enorme: de salgadeiras a exportadores. O grande desafio que se coloca a quem oferece produtos e serviços com potencial externo é se preparar para a internacionalização e, junto com a estrutura da SESCOOP- Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo, temos que acolher e apoiar a viabilização de tais iniciativas.

Se o cooperativismo pode ser o caminho para a diversificação da base exportadora, cabe-nos abrir esse ramal de trabalho, visando a formação dos nossos empresários e a articulação de parcerias que incluam organismos de promoção comercial, formação de operadores especializados, financiadores e traders.

No segmento do agribusiness, é pedagógico prestarmos atenção ao empenho inteligente dos produtores de cachaça de qualidade. A Coocachaça, por exemplo, está formulando seu blend, protegendo-o como seu principal patrimônio e viabilizando escala e qualidade para exportação. A estratégia para a diversificação dos exportadores, de produtos primários ou processados pode se orientar a partir desse tipo de experiência, mas não dispensa a criatividade de cada grupo.

O Brasil não escapa da globalização e, por isto mesmo, não pode desprezar o potencial da solução cooperativista. Este momento está prenhe de lições e uma das principais é que o improviso não funciona. Se quisermos aproveitar cada cenário, temos que preparar nossos alicerces culturais e técnicos com antecedência porque oportunidades sempre existem. A atual tensão cambial tem que ser aproveitada para batizar novos exportadores e, quando o quadro se estabilizar, precisamos ter consistência para permanecer no mercado internacional. O cooperativismo pode assumir este desafio.

(*)Presidente da Ocemg - Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais e Sescoop MG.

SICREDI REPASSOU R$ 25 MILHÕES DO PRONAF

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O Sicredi repassou, entre janeiro de 2000 a julho deste ano, R$ 25 milhões aos pequenos produtores do Paraná, destinados a investimentos, segundo informa o diretor da Cooperativa Central de Crédito do Paraná (Sicredi-PR), Armando Hammerschmidt. O repasse é referente a 5.644 operações de crédito feitas através das 172 agências das cooperativas de crédito que integram o Sicredi no Paraná. A tabela seguinte mostra o valor por grupo de produtores, de acordo com a origem dos recursos.

(Tabela)

NOVO EQUIPAMENTO PREPARA RAÇÃO PARA SUÍNOS

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Através de uma parceria entre a Embrapa Suínos e Aves e uma indústria metalúrgica, de Concórdia (SC), está sendo viabilizando o lançamento no mercado de um equipamento chamado de Granulômetro, que ajudará os produtores de suínos e aves no preparo de rações com partículas de milho com o diâmetro ideal. Segundo cálculo do economista Ademir Girotto, o uso do granulômetro pode proporcionar economia por suíno terminado de R$ 4,86, valor significativo para o produtor. Já no caso da avicultura, só na região Sul a economia chegaria a R$ 327.814,00. Este novo equipamento será apresentado oficialmente durante a Expointer 2001, que inicia no dia 25 de agosto, em Esteio (RS). (Fonte: Embrapa)

APOIO AO MILHO

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Nesta semana, talvez nesta quarta-feira, o ministro Pratini de Moraes deve anunciar as medidas de apoio à comercialização da safra de milho, através de contratos de opção. O mercado de milho permanece aquecido, registrando aumento de 18,5% nos últimos dois meses. De R$ 7,55 o preço da saca saltou para R$ 8,95, preços médios recebidos pelos produtores paranaenses, conforme dados do Deral - Departamento de Economia Rural, divulgados pela pesquisadora Rossana C. Bueno de Godoy. As exportações têm sido o principal sustentáculo das cotações. Ao que consta, o volume de negócios efetuados até o momento gira em torno de 4,2 milhões de toneladas (Brasil), das quais 3,7 já foram embarcadas. Dentre o volume contratado, 300 a 400 mil toneladas serão entregues em março, pertinentes à próxima safra. O milho destinado à exportação está sendo liquidado, no interior, por R$10,20, representando um ganho de R$ 1,00 a R$ 1,34 por saca. Face a esta paridade, o preço de R$10,00 por saca, que é o valor que se estimado para um acordo entre produtores e compradores, está dentro do mercado previsto. O que pode preocupar daqui em diante é a redução do volume de milho, podendo agravar o quadro de abastecimento interno para o próximo ano, pois os estoques de passagem no Estado deverão situar-se em 650 mil toneladas, suficientes para um mês e meio de consumo.(Fontes: Clube do Fazendeiro e Ocepar)