ECONOMIA: Dez cidades concentram 58% do PIB do Paraná

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Um Estado marcado pela produção de derivados de petróleo, veículos, fertilizantes, soja, confecções, energia elétrica, além da presença forte da agroindústria. Esse é o retrato revelado pela pesquisa do Produto Interno Bruto dos Municípios realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dez cidades do Paraná concentram 58% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado. O levantamento traz Curitiba no topo da lista com 24,2% de participação na geração de riquezas do Paraná até pela grande concentração de indústrias Araucária, localizada na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) fica na segunda colocação com 6,1% do PIB do Estado. Neste município é forte a participação da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) com a produção de derivados de petróleo.

São José dos Pinhais e Londrina - A terceira cidade no ranking é São José dos Pinhais com 5,8% do PIB justamente por conta das montadoras de veículos e suas fornecedoras, das empresas do setor metalmecânico e das fabricantes de máquinas e equipamentos. Londrina aparece na quarta colocação com 4,5% do PIB, cidade que é movida principalmente pela agroindústria.

Paranaguá e Maringá- Em seguida, vem Paranaguá com 4% em função das indústrias de fertilizantes e a forte presença do Porto e do processamento de soja. Na sexta colocação aparece Maringá (3,43% do PIB), município fortalecido pela agroindústria e pelas unidades industriais da área têxtil.

Outras - Na sétima posição está Foz do Iguaçu (3,35% do PIB) movida pela geração de energia elétrica em função da presença da Usina Hidrelétrica de Itaipu Para completar os dez municípios vem Ponta Grossa (2,8% do PIB), Cascavel (2,5%) e Pinhais (1,4%) Em serviços, os destaques foram Curitiba, Araucária, Londrina, Maringá e São José dos Pinhais.

Comparativo - Na comparação nacional, Curitiba representa 1,4% do PIB do País e fica na quarta colocação. Junto com São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Manaus, as seis capitais concentram 25% do PIB do País. As cidades paranaenses que têm mais representação no cenário nacional são Curitiba, São José dos Pinhais (0,34%), Araucária (0,36%) e Londrina (0,26%). O Paraná também teve nove municípios entre os 100 maiores PIBs do Brasil que são: Curitiba (4º), Araucária (35º), São José dos Pinhais (38º), Londrina (51º), Paranaguá (58º), Maringá (74º), Foz do Iguaçu (75º), Ponta Grossa (91º) e Cascavel (100º).

Agropecuária - O maior PIB da agropecuária do Estado é do município de Castro com valor adicionado de R$ 298,9 milhões e o 23º maior do Brasil. Esta localidade concentra a produção de leite e derivados e soja. Os outros municípios que compõem o topo da lista do Estado nesta classificação são Tibagi (R$ 216,9 milhões com madeira), Toledo (R$ 206 milhões com grãos e suínos), Cascavel (R$ 176,4 milhões com grãos e aves) e Guarapuava (R$ 157,8 milhões com grãos).Londrina fica na 10ª posição com R$ 133,1 milhões. O valor adicionado da agropecuária representa a riqueza produzida por este setor.

Pesquisa - Os dados fazem parte da Pesquisa do Produto Interno Bruto dos Municípios e são referentes ao ano de 2008. O pesquisador do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Fernando de Lima, destacou que 2008 foi um ano muito bom para a indústria até setembro. Com isso, São José dos Pinhais conseguiu sair da 41 posição entre os 100 municípios com o maior PIB do Brasil para a 38 posição. O estudo também traz informações da renda per capita. No Paraná, a maior é a de Araucária com R$ 94.996 per capita/ano e a menor é Piraquara com R$ 4.532 per capita/ano. Curitiba ficou com valor de R$ 23.696, Londrina com R$ 15902 e a média paranaense foi de R$ 16.928.

Quinta economia do País - O Paraná é a quinta economia do País e responde por 6% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Só perde para São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Segundo o pequisador do Ipardes, Fernando de Lima, os gaúchos ainda superam os paranaenses por terem população e área maiores, além de mais potencial para a agricultura. A indústria do Rio Grande também é mais antiga e fundamentada nos setores de calçados, veículos e petroquímico. (Folha de Londrina)

Conteúdos Relacionados