Notícias
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Competição - Recentemente, a Camex divulgou informações sobre as exportações brasileiras, e há características da pauta exportadora que impedem o crescimento sustentado e competitivo: 25 produtos representam 60% de nossa pauta; 7 países (EUA, Argentina, Holanda, Japão, Bélgica, Itália e Alemanha) compram 56% das exportações; 40 empresas respondem por 30% das vendas externas e as regiões Sul e Sudeste são responsáveis por 83% das exportações. Todavia, há sete iniciativas que vêm sendo focadas pelo governo, com a pretensão de mudar o perfil atual da pauta exportadora e ampliá-lo significativamente. São elas: 1. Agregação de valor à produção exportável; 2. Aumento da base exportadora; 3. Aprimoramento e atualização da pauta exportadora; 4. Redução de custos de exportação (de logística, financeiro e de tributos); 5. Aumento da capacidade produtiva exportável; 6. Agressivo programa de promoção comercial; 7. Acesso a mercados e internacionalização das empresas brasileiras.
Consórcios - Alguns sucessos já podem ser contabilizados, como é o caso da instalação dos fóruns de competitividade, que trabalham na cadeia produtiva para apoiar uma produção eficiente e competitiva; do Progex nacional, que ensina pequenas e médias empresas a adaptar seus produtos a normatização do mercado internacional; das tradings setoriais; do projeto comunidade exportadora; de 76 consórcios que compõem a Apex ? Agência de Promoção de Exportações; da difusão da cultura exportadora; da expansão da Rede de Agentes (formação de 150 agentes e 1.470 empresários em 2001); da captação de investimentos nacionais e estrangeiros em setores dinâmicos (de eletroeletrônicos, componentes e softwares) via agência Invest Brasil, entre tantas outras iniciativas. Para Giannetti, há grandes possibilidades de se agregar muitos bilhões de dólares à balança comercial com o Programa de Exportação de Serviços, que pode contar com o apoio de instituições financeiras como Banco do Brasil e BNDES ? Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
Fórum de logística - Em termos logísticos, a Camex comemora a criação do Fórum de Logística Integrada em parceria com a AEB ? Associação de Comércio Exterior do Brasil; regulamentação dos aeroportos industriais; insistência pelo Reporto; programa Exporte Fácil dos Correios e fomento ao sonho de tornar a ferrovia mais uma ferramenta de competitividade, entre outros. No aspecto de financiamentos, são apontadas como vitórias a suplementação do Proex ? Programa de Financiamento às Exportações; capitalização do Fundo de Garantia à Exportação no valor de R$ 500 milhões; revisão dos limites de cobertura do seguro de crédito à exportação de 90% para 95% (risco país) e de 85% para 90% (risco comercial); Proex on-line; desoneração tributária do PIS/Cofins etc. Figuram como novas propostas da Camex: reduzir o prazo de aprovação das operações do Proex de 45 para 15 dias e financiamento da safra agrícola exportável, captando recursos privados no mercado internacional para financiar estoques de produtos agrícolas, entrepostados nos armazéns da Conab.
Brasil Export - Giannetti acredita que novas e contundentes medidas deverão ser lançadas durante 2002, para amenizar os gargalos que impedem a expressiva expansão das vendas externas, entre elas, medidas que abranjam logística, financiamentos e custos tributários. Além disso, o governo deverá estimular cada vez mais a substituição de importações. Na área de promoção, a Apex vem desenvolvendo um brilhante trabalho de estímulo aos consórcios de exportação e à disseminação da marca Brasil (Brasil Export). Neste ano, as exportações apresentaram crescimento vertiginoso em alguns mercados estratégicos como Rússia, China e México, além de uma desconcentração regional da origem das exportações, já que Estados do Nordeste e Centro-Oeste apresentaram resultados superiores aos Estados do Sul e Sudeste. O gráfico a seguir apresenta a taxa de crescimento das exportações brasileiras e mundiais. (Fonte: Aduaneiras).
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O custo de cada produto ? Considerando trajetos de ida e volta, o pedágio participa com 5,47% do valor da venda do milho e 2,25% do valor da soja e 1,21 do valor do adubo, apenas para o percurso retorno. Mas sobe a 40,95% no custo do calcário, em função do baixo custo do produto. Ainda segundo a Ocepar, o impacto é muito pequeno nos produtos de maior valor agregado, como os automóveis, onde o custo médio do pedágio representa apenas 0,09% do valor do produto. Ocorre que enquanto uma transporta 27 toneladas de soja no valor de R$ 12.3777,50, um caminhão cegonheiro transporta no mínimo 12 automóveis, que valem no em média 20 vezes mais que a carga de soja, ou R$ 250 mil. Os números aqui apresentados têm por base de cálculo o preço de R$ 11,30 por saca de milho de 60 kg e de R$ 27,50 por saca de soja de 60 kg e os custos médios do pedágio no Paraná.
(Tabela 1 - Influência do pedágio no produto agrícola. Simulações com retorno, em valores atuais.)
Proposta de custo diferenciado ? Considerando a diferença do impacto do pedágio entre os produtos de baixo valor agregado (calcário, fertilizantes, soja e milho) com o de alto valor agregado, como automóveis e máquinas, a Ocepar propôs que o governo estudasse a implantação de uma tabela diferenciada, de acordo com o produto. No entanto, essa proposta não teve acolhida.
O custo em cada trajeto ? Para pagar o pedágio entre Maringá e Paranaguá, considerando um caminhão de 5 eixos que não terá frete de retorno, o produtor precisará de 21 sacas de milho. Em cada praça de pedágio deixará o equivalente entre 1,1 a 1,33 sacas, com exceção da praça de São José dos Pinhais, a mais cara de todas, cujo custo será de 2,04 sacas. Veja o custo total do pedágio entre quatro centros de produção agrícola e Paranaguá:
1. Maringá a Paranaguá, ida e volta, caminhão 5 eixos: R$ 238,00.
2. Cascavel a Paranaguá, ida e volta, caminhão 5 eixos: R$ 278,00
3. Foz do Iguaçu a Paranaguá, ida e volta, caminhão 5 eixos: R$ 346,00
4. Campo Mourão a Paranaguá, ida e volta, caminhão 5 eixos: R$ 174,00
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O custo de cada produto ? Considerando trajetos de ida e volta, o pedágio participa com 5,47% do valor da venda do milho e 2,25% do valor da soja e 1,21 do valor do adubo, apenas para o percurso retorno. Mas sobe a 40,95% no custo do calcário, em função do baixo custo do produto. Ainda segundo a Ocepar, o impacto é muito pequeno nos produtos de maior valor agregado, como os automóveis, onde o custo médio do pedágio representa apenas 0,09% do valor do produto. Ocorre que enquanto uma transporta 27 toneladas de soja no valor de R$ 12.3777,50, um caminhão cegonheiro transporta no mínimo 12 automóveis, que valem no em média 20 vezes mais que a carga de soja, ou R$ 250 mil. Os números aqui apresentados têm por base de cálculo o preço de R$ 11,30 por saca de milho de 60 kg e de R$ 27,50 por saca de soja de 60 kg e os custos médios do pedágio no Paraná.
(Tabela 1 - Influência do pedágio no produto agrícola. Simulações com retorno, em valores atuais.)
Proposta de custo diferenciado ? Considerando a diferença do impacto do pedágio entre os produtos de baixo valor agregado (calcário, fertilizantes, soja e milho) com o de alto valor agregado, como automóveis e máquinas, a Ocepar propôs que o governo estudasse a implantação de uma tabela diferenciada, de acordo com o produto. No entanto, essa proposta não teve acolhida.
O custo em cada trajeto ? Para pagar o pedágio entre Maringá e Paranaguá, considerando um caminhão de 5 eixos que não terá frete de retorno, o produtor precisará de 21 sacas de milho. Em cada praça de pedágio deixará o equivalente entre 1,1 a 1,33 sacas, com exceção da praça de São José dos Pinhais, a mais cara de todas, cujo custo será de 2,04 sacas. Veja o custo total do pedágio entre quatro centros de produção agrícola e Paranaguá:
1. Maringá a Paranaguá, ida e volta, caminhão 5 eixos: R$ 238,00.
2. Cascavel a Paranaguá, ida e volta, caminhão 5 eixos: R$ 278,00
3. Foz do Iguaçu a Paranaguá, ida e volta, caminhão 5 eixos: R$ 346,00
4. Campo Mourão a Paranaguá, ida e volta, caminhão 5 eixos: R$ 174,00
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
A primeira voltada a cuidar dos serviços pertinentes à matriz energética e que englobaria:
- Energia Elétrica, gás natural e demais fontes alternativas de energia.
A segunda englobaria todos os serviços de infra-estrutura:
- Rodovias, ferrovias, portos e hidrovias, aeroportos e terminais;
- Transporte de passageiros intermunicipal e interestadual.
A terceira para atender as questões de sustentabilidade do meio ambiente como envolvam:
- Recursos hídricos/saneamento;
- Parques, APAs, reservas florestais e florestas;
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Além da troca de presidente, haverá mudanças também na composição da diretoria, que ficou assim constituída:
* Diretor Presidente: Aldo de Almeida Junior (PR)
* Diretor Financeiro: Antonio Carlos Araujo (PR)
* Diretor de Operações: Luiz Heitor Simone Ferrari (SC)
* Diretor Administrativo: Vasco Fernande Furlan (SC)
* Diretor de Planejamento: Carlos Henrique Vasconcellos Horn (RS)
* Diretor de Acompanhamento e Recuperação de Créditos: Rolf Hackbart (RS)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
E apesar de todos os benefícios que a situação de sanidade animal nos traz, lamentavelmente ainda temos, entre nós, algumas pessoas que questionam a importância dessa vacinação preventiva. Foi em maio do ano passado que o Paraná conquistou uma condição indispensável para uma participação mais significativa no mercado internacional de carnes, através da obtenção, na OIE (Organização Internacional de Epizootias) do certificado de Estado livre de febre aftosa com vacinação. Essa conquista foi resultado de um incansável trabalho de cooperação realizado no Estado e alguns fatos contribuíram para isso.
O primeiro foi o "baque" que sentimos anos atrás, quando Santa Catarina e Rio Grande do Sul ficaram livres da febre aftosa, enquanto o Paraná, em função dos problemas nessa área, não obteve essa condição, o que precipitou o diálogo entre o governo e a iniciativa privada para centrar esforços na defesa sanitária.
O segundo foi a capacidade de aglutinação das forças da sociedade que atua no agronegócio, permitindo realizar um trabalho de envergadura na área sanitária e, com isso, conquistar o certificado de área livre. A integração propiciada pela Secretaria da Agricultura, através do secretário Antonio Poloni, unindo todas as entidades numa ação coordenada, permitiu a realização de um trabalho sem precedentes.
Por último, a decisão firme das instituições em fazer acontecer. A ação do Governo, do Ministério da Agricultura, da Secretaria da Agricultura, das entidades, dos Conselhos de Sanidade Agropecuária e dos profissionais do governo e da iniciativa privada, propiciou a indispensável condição para que chegássemos até os pecuaristas, que vacinaram, na campanha de maio deste ano, 98,5% do rebanho. A importância desse trabalho pode ser dimensionada pelos ganhos econômicos que nós tivemos nesse período. As pessoas que estão fora do agronegócio nem sempre têm a capacidade de analisar as positivas conseqüências econômicas desse excelente trabalho de sanidade para toda economia paranaense
Os números evidenciam que tivemos um ganho expressivo na economia. No caso específico da carne de frango, por exemplo, de janeiro a julho do ano passado exportamos 93 mil toneladas; enquanto de janeiro a julho deste ano exportamos 128 mil toneladas, com um crescimento de 37,6%. As vendas externas do frango cresceram, de janeiro a julho de 2000, 26%. Na área de suínos nós exportamos, de janeiro a julho do ano passado, 7,2 mil toneladas, contra 12 mil toneladas no mesmo período deste ano, com um avanço de 66,7%, evidenciando que o maior crescimento no setor carnes foi exatamente na área de suínos. No setor de carne bovina (desossada, congelada e fresca) nós passamos de 7.200 toneladas para 8.712 toneladas, com crescimento de 24,1%. Além do aumento das exportações de carnes, comercializamos também milho, o que não teríamos condições de fazê-lo se não tivéssemos uma condição sanitária adequada, exigência do mercado importador europeu.
Até julho o Paraná exportou 2 milhões de toneladas de milho, internando nada mais nada menos que 175 milhões de dólares. É evidente que seria preferível exportar proteína, mas naquele momento o mercado externo foi a melhor alternativa para pagar um preço um pouco melhor ao produtor. E até o final do ano, estima-se totalizar 4,3 milhões de toneladas de milho exportadas, 3,2 milhões das quais com origem no Paraná, mostrando a importância do trabalho sanitário.
O Paraná, incluindo sua economia, primária, secundária e terciária, nos primeiros 8 meses do ano 2000 exportou US$ 2,9 bilhões; e nos primeiros 8 meses desse ano já vendeu US$ 3,6 bilhões, com crescimento de 23,63%, contra uma média nacional de 8,03%, o que dá uma demonstração da possibilidade de ampliação dos mercados externos.
No contexto nacional tivemos, de janeiro a agosto do ano passado, uma participação de 7,94% no bolo das exportações brasileiras. E nos 8 meses deste ano pulamos para 9,09%, indicando a importância das exportações para a economia paranaense.
Outro fato merece destaque: dos 11 principais produtos que o Paraná exportou, 9 tem origem no setor agropecuário, sendo o primeiro a soja em grão, o segundo, o farelo de soja e o quarto o milho. O quinto é a carne de frango, o sexto é o óleo de soja, o oitavo é o frango em partes, o nono, a madeira e compensado, o décimo, o café solúvel e o décimo primeiro é o açúcar de cana. Os dois produtos que não entram nessa lista são os automóveis e os veículos a diesel, que ocupam a terceira e a sétima posição, respectivamente.
Só através das exportações de carnes nós estamos internando mais de US$ 210 milhões nos primeiros oito meses deste ano, o que indica nossa capacidade de conquistar novos mercados. É evidente que precisamos desenvolver ainda mais o setor agroindustrial. E estamos fazendo: as cooperativas estão investindo, nesse ano de 2001, R$ 310 milhões, R$ 80 milhões dos quais direcionados para a agroindústria da carne.
E além desse importante trabalho de controle da sanidade, há outra razão que incentiva os empresários a investirem no setor de carnes: a redução da carga tributária, obtida através da Lei Brandão, graças a entendimento entre Governo, entidades de classe e Assembléia Legislativa, que permitiu a equiparação do tratamento tributário do Paraná com o de São Paulo.
Cabe ainda destacar que o Paraná detém 1/4 da produção nacional de grãos, contribuindo decisivamente para o amento da renda e geração de novos empregos no setor. Nos últimos meses ampliamos as exportações a países compradores tradicionais e abrimos novos mercados, como a Rússia. Hoje vendemos frango para a Inglaterra, Alemanha e Holanda, resultado da nossa boa condição sanitária.
Muitos poderiam alegar que estamos exportando porque ocupamos os mercados de países afetados pela doença da "vaca louca", aftosa e dioxina. No entanto, convém lembrar que jamais teríamos condições de colocar os produtos nesses mercados, principalmente carne, se não tivéssemos o status de Estado livre da febre aftosa com vacinação. Então, a vacinação é fundamental e entendemos que todos temos a responsabilidade de trabalhar seriamente para que possamos agora, de 1º a 20 deste mês de novembro, imunizar 100% do rebanho de bovídeos do Paraná.
Nós temos a grande responsabilidade de manter o status de área livre da febre aftosa, o que será conseguido com trabalho da Seab, Ministério da Agricultura, Faep, das demais entidades do setor, das secretarias da agricultura dos municípios, das cooperativas, dos sindicatos e dos pecuaristas, sob a coordenação dos conselhos de sanidade agropecuária. Temos certeza que a integração dessas instituições foi importante para chegarmos até aqui e o mais importante neste momento é fazer com que essa integração permita alcançar 100% de vacinação em novembro, para termos segurança na continuidade e ampliação dos ganhos não só para o Estado, mas também para os pecuarista e consumidores.
Antevemos que, em conseqüência das conquistas obtidas com o controle sanitário animal, é possível dinamizar a economia do Estado, avançando na produção de carnes bovinas e no seu processamento, buscando novos mercados. O Paraná reúne todas as condições para, vencida a questão sanitária, obter produtos com a qualidade exigida pelos mercados mais exigentes, como já ocorre no setor de aves. Para isso é preciso manter, com seriedade absoluta, a qualidade sanitária que alcançamos. E após as campanhas de vacinação de maio e novembro de 2002, poderemos buscar, junto a OIE, a condição de Estado livre da febre aftosa sem vacinação.
Essa conquista depende exclusivamente da nossa capacidade de realizar um trabalho integrado e sério. Aí sim cairão as barreiras dos mercados que exigem carnes de países livres da aftosa sem vacinação.
Vamos lá! Vencer esse novo desafio é a condição para obtermos novos mercados.
Vacinar vale a pena, sim!
(*) Engenheiro agrônomo, presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná - Ocepar
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
A força da agricultura - O presidente da Ocepar lembra que dos onze principais produtos exportados pelo Paraná, nove são de origem agropecuária, com destaque para o milho, onde o Paraná exportou até agosto, 2 milhões de toneladas e internou US$ 180 milhões, sendo o 4º produto na pauta das exportações. ?É importante destacar que neste período, fruto da liberação pela Organização Internacional de Epizootias (OIE) do Paraná como área livre da aftosa com vacinação, conseguimos ampliar de forma expressiva e significativa as exportações de carne com destaque para a carne de frango e suína. Outro fator positivo ? afirma Koslovski ? foi a ampliação dos mercados. Novos países passaram a adquirir carnes do Paraná fato sumamente importante já que o Estado é o maior produtor de milho e segundo maior produtor de soja, portanto, transformar grãos em proteína animal permite agregar mais valor a produção primária?, frisa.
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O professor Gilmar iniciou sua fala abordando as transformações recentes do Paraná, citando a fundação da Codepar e a criação do FDE (Fundo de Desenvolvimento do Estado no anos 60 , fundo este que arrecadava 2% do imposto sobre mercadorias , e que permitiu ao Estado investir em armazenagem, ferrovia, rodovia, porto e telefonia, tendo sido a base da melhoria nas infra-estruturas no Estado.
No anos 70 fora iniciada a base para a industrialização do Estado com a criação da Refinaria de Petróleo Getulio Vargas, em Araucária, com a criação da Cidade Industrial de Curitiba, elevando a taxa de investimentos no Paraná, adotando-se uma estratégia de rompimento da barreira de reserva de mercado adotado pelos Governos do eixo Rio-SP-Minas. A vinda da Volvo e da New Holland foram fatos relevantes, então.
O dinamismo e diversificação iniciado em 1960 teve continuidade em 1970, mas o Paraná sofreu forte retração nos anos 80 (década perdida), com o desmonte das linhas de financiamento para investimento, mas teve continuidade de investimento no agronegócio. Entre 90-95 preparou-se a travessia para a globalização, com a integração do Mercosul, onde o crescimento do Paraná foi 10% superior a média Brasileira para o período (90-95).
O Estado atravessou uma mudança de sua estrutura produtiva tendo em vista o programa de combate a inflação (Plano Real), câmbio valorizado e baixa inflação, favorecendo o planejamento de longo prazo e a melhoria na renda da base da pirâmide amplia o consumo. No período 94-97 o governo do Estado procura atrair investidores e indústrias para livrar o Estado da dependência do agronegócio que é diretamente prejudicado por diversos fatores (reveses da economia mundial, clima, crédito, preços). A dependência do agronegócio causou um prejuízo ao Estado de mais de R$1 bilhão só com a Lei Kandir.
A mudança foi embasada nos seguintes setores:
- Implantação do complexo automotivo;
- Modernização do agronegócio;
- Papel e celulose;
- Ampliação da fronteira (Mercosul ? em 90 os negócios eram de apenas 4%; em 2000 representaram 14%)
- Melhor aproveitamento das aptidões e vocações regionais (papel importante das universidades e faculdades , do CEFET e entidades de classes).
Este conjunto de ações resultou em boa base estrutural, mostrando que o complexo soja participa com 33% do PIB do PR e que o material de transporte, que antes do anos 90 representava 3,5%, passou para 23%. O economista alertou que não somos uma ilha de prosperidade, pois esta ocorrendo uma mudança do agronegócio do sul para Centro Oeste e Norte do País
Como perspectiva, ele aborda que devemos manter o complexo automotivo, a modernização do agronegócio principalmente via cooperativas, a ampliação e modernização do complexo madeireiro, ampliação da infra-estrutura (porto, estrada, aeroportos, telefonia, energia, etc) e aumento do nível de emprego e renda a médio e longo prazo.
Como ameaça, cita o seguinte:
- A deteriorização das contas públicas (comprometimento das receitas com despesas fixas);
- A desparanização das empresas (causadas pela gestão familiar, juros elevados e esquecimento das autoridades da importância das empresas locais);
- Desestatização, o que é uma grande polêmica;
- Procurar manter as empresas que compõem o pólo automotivo;
- Concentração da economia na RMC (deve procurar ampliar para um raio de 100 km, como Paranaguá e Ponta Grossa);
- O economista Fayet concordou com quase tudo o que foi dito e fez uma rápida retrospectiva, informando que a reserva de mercado (informática) causou um atraso no nosso progresso. Preferiu abordar as perdas de oportunidade que ocorreram no Estado como:
- Desmonte da estrutura do Estado como mecanismo de indução;
- Perda da visão estratégica de planejamento;
- Corrupção impune (gastos de recursos públicos indevidamente);
- Concentração geográfica (concentração industrial na RMC, que responde por 75% da atividade industrial do Estado;
- Falta de apoio aos grupos locais ( que preferiram vender suas empresas).
Concordou com a diversificação da economia, mas frisou que não temos infra-estrutura para crescer e que o Paraná sofre as decisões federais. Falou da privilegiada posição geográfica do Paraná, como as dificuldades que teríamos se nosso clima fosse como o do Nordeste e, por fim, fala de planos e projetos estratégicos, situando que no Estado só conhece os desenvolvido pelo Sindimetal, que tem um plano estratégico que abriga inclusive uma bolsa de sub-contratação, e o da Faep, que é um programa estratégico desenvolvido junto com a Secretaria da Agricultura, procurando mudar o perfil da nossa agricultura com a diversificação, como a fruticultura
(Colaboração: Izaias Gonçalves Lopes, Sescoop/PR ? Procoope)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Contato com Hermas - Aproveitando sua presença naquela Casa de Leis, o presidente da Ocepar conversou com o presidente da Assembléia Legislativa, deputado estadual, Hermas Brandão, sobre o Projeto de Lei do deputado Valdir Rossoni, que reduz a incidência do ICMS a diversos produtos alimentares, como leite, a energia elétrica e óleo combustível utilizados no processo industrial, a margarina, maionese, creme vegetal, gordura vegetal hidrogenada e óleos vegetais. Hermas garantiu que o projeto deverá ser votado em regime de urgência na próxima semana.
Cosesp - Koslovski também pediu o apoio do presidente da Assembléia Legislativa do Paraná, para que seja enviado um ofício ao presidente da República para que seja feito o pagamento das pendências de mais de um ano dos seguros da Cosesp por perdas na safra de inverno do ano passado. Hermas Brandão demonstrou toda sua indignação com o assunto e disse que o que depender da Assembléia Legislativa os produtores paranaenses podem ficar tranqüilos. Este mesmo pedido foi feito na última terça-feira, ao governado Jaime Lerner pelo presidente da Ocepar, durante um café da manhã no Chapéu Pensador com lideranças do agronegócio. O governador afirmou que iria falar pessoalmente com FHC sobre esta pendência. A demora de quase um ano na obtenção dos recursos e de mais de um ano sem viabilizar o pagamento do seguro aos produtores mostra extrema debilidade do sistema, quando o agricultor precisa desses recursos para recompor sua situação financeira nos agentes financeiros e plantar a nova safra.
Regime Especial - Outro ponto tratado com o presidente da AL, e que necessita do seu apoio, diz respeito ao parecer nº 426/2001 elaborado pela Inspetoria Geral de Tributação, da Coordenação da Receita do Estado, que acatou um pleito das cooperativas, favoravelmente à concessão de regime especial para recolhimento de ICMS em conta gráfica nas saídas de suínos vivos. Segundo João Paulo Koslovski, vários contatos foram mantidos junto a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefa), inclusive com o secretário Ingo Hubert na última terça-feira. Este parecer já está concluído e depende apenas de uma assinatura do secretário para que passe a ser aplicado junto as cooperativas interessadas. O deputado Hermas Brandão também se prontificou em auxiliar na agilização deste assunto junto à Sefa.
- Artigos em destaque na home: Nenhum