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PERSPECTIVAS DA BALANÇA COMERCIAL E DA CAMEX

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As perspectivas sobre o cenário econômico de 2002 são realmente audaciosas: estima-se um crescimento de 15% das exportações brasileiras, enquanto o crescimento mundial não será maior que 5,7%. Comemorando oito superávits consecutivos, a balança comercial brasileira acumulou US$ 1,786 bilhão no último mês. Embora o resultado seja favorável, nos últimos tempos têm-se assinalado grandes expectativas para as exportações brasileiras em 2002. É sabido que, no próximo ano, o crescimento da economia mundial não deve superar 5,7%, segundo especialistas. Entretanto, autoridades brasileiras apostam em superávit de US$ 5 bilhões e crescimento de 15% das exportações brasileiras que, se mantido até 2005, resultaria em exportações de US$ 100 bilhões, conforme Roberto Giannetti da Fonseca, secretário-executivo da Camex ? Câmara de Comércio Exterior.

Competição - Recentemente, a Camex divulgou informações sobre as exportações brasileiras, e há características da pauta exportadora que impedem o crescimento sustentado e competitivo: 25 produtos representam 60% de nossa pauta; 7 países (EUA, Argentina, Holanda, Japão, Bélgica, Itália e Alemanha) compram 56% das exportações; 40 empresas respondem por 30% das vendas externas e as regiões Sul e Sudeste são responsáveis por 83% das exportações. Todavia, há sete iniciativas que vêm sendo focadas pelo governo, com a pretensão de mudar o perfil atual da pauta exportadora e ampliá-lo significativamente. São elas: 1. Agregação de valor à produção exportável; 2. Aumento da base exportadora; 3. Aprimoramento e atualização da pauta exportadora; 4. Redução de custos de exportação (de logística, financeiro e de tributos); 5. Aumento da capacidade produtiva exportável; 6. Agressivo programa de promoção comercial; 7. Acesso a mercados e internacionalização das empresas brasileiras.

Consórcios - Alguns sucessos já podem ser contabilizados, como é o caso da instalação dos fóruns de competitividade, que trabalham na cadeia produtiva para apoiar uma produção eficiente e competitiva; do Progex nacional, que ensina pequenas e médias empresas a adaptar seus produtos a normatização do mercado internacional; das tradings setoriais; do projeto comunidade exportadora; de 76 consórcios que compõem a Apex ? Agência de Promoção de Exportações; da difusão da cultura exportadora; da expansão da Rede de Agentes (formação de 150 agentes e 1.470 empresários em 2001); da captação de investimentos nacionais e estrangeiros em setores dinâmicos (de eletroeletrônicos, componentes e softwares) via agência Invest Brasil, entre tantas outras iniciativas. Para Giannetti, há grandes possibilidades de se agregar muitos bilhões de dólares à balança comercial com o Programa de Exportação de Serviços, que pode contar com o apoio de instituições financeiras como Banco do Brasil e BNDES ? Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

Fórum de logística - Em termos logísticos, a Camex comemora a criação do Fórum de Logística Integrada em parceria com a AEB ? Associação de Comércio Exterior do Brasil; regulamentação dos aeroportos industriais; insistência pelo Reporto; programa Exporte Fácil dos Correios e fomento ao sonho de tornar a ferrovia mais uma ferramenta de competitividade, entre outros. No aspecto de financiamentos, são apontadas como vitórias a suplementação do Proex ? Programa de Financiamento às Exportações; capitalização do Fundo de Garantia à Exportação no valor de R$ 500 milhões; revisão dos limites de cobertura do seguro de crédito à exportação de 90% para 95% (risco país) e de 85% para 90% (risco comercial); Proex on-line; desoneração tributária do PIS/Cofins etc. Figuram como novas propostas da Camex: reduzir o prazo de aprovação das operações do Proex de 45 para 15 dias e financiamento da safra agrícola exportável, captando recursos privados no mercado internacional para financiar estoques de produtos agrícolas, entrepostados nos armazéns da Conab.

Brasil Export - Giannetti acredita que novas e contundentes medidas deverão ser lançadas durante 2002, para amenizar os gargalos que impedem a expressiva expansão das vendas externas, entre elas, medidas que abranjam logística, financiamentos e custos tributários. Além disso, o governo deverá estimular cada vez mais a substituição de importações. Na área de promoção, a Apex vem desenvolvendo um brilhante trabalho de estímulo aos consórcios de exportação e à disseminação da marca Brasil (Brasil Export). Neste ano, as exportações apresentaram crescimento vertiginoso em alguns mercados estratégicos como Rússia, China e México, além de uma desconcentração regional da origem das exportações, já que Estados do Nordeste e Centro-Oeste apresentaram resultados superiores aos Estados do Sul e Sudeste. O gráfico a seguir apresenta a taxa de crescimento das exportações brasileiras e mundiais. (Fonte: Aduaneiras).

COOPAVEL AUMENTA INDUSTRIALIZAÇÃO DE SOJA

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A indústria de óleos Vegetais da Coopavel já cumpriu sua meta de processamento de grãos de soja estabelecida para 2001. E com recorde de produção. Neste ano foram industrializadas 210 mil toneladas de soja da própria cooperativa, o que eqüivale a 100% da matéria prima produzida pelos associados e recebida pela Coopavel neste ano. As 210 mil toneladas de grãos foram convertidas em 170 mil toneladas de farelos, dos quais 50% foi exportado para a Europa e 50% consumido pela fábrica de Rações da própria Coopavel. E, 40 mil toneladas de óleo, cuja produção foi exportada em sua totalidade para países da Europa, Argentina e Paraguay. Na avaliação do diretor presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, aumento da industrialização é um fator importante na medida que agrega valor aos produtos agrícolas. "Além desse valor agregado, a Indústria de óleo de soja da Coopavel exportou neste ano, U$ 28 milhões em derivados da oleoginosa. Isso gerou divisas e melhorou o preço para o produtor", explicou.

DESPESA COM PEDÁGIO É DE R$ 80 MILHÕES NAS EXPORTAÇÕES DE GRÃOS

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Com o novo reajuste do pedágio nas rodovias paranaenses, o transporte da safra paranaense para o Porto de Paranaguá deixará nas praças de pedágio mais de R$ 80 milhões por ano, segundo cálculo feito pela Gerência Técnica e Econômica da Ocepar. O cálculo foi baseado no transporte rodoviário de 65% das 14,5 milhões de toneladas de soja e milho escoadas pelo porto de Paranaguá. Segundo estudo da Ocepar, são necessários 350 mil caminhões de 5 eixos para transportar a safra para o porto, ao custo médio de R$ 229,40 no trajeto ida e volta. Naturalmente, quando há carga de retorno, o custo de produção cai para a metade, mas isso raramente ocorre na época de safra, pois a importação é praticamente nula em relação às exportações.

O custo de cada produto ? Considerando trajetos de ida e volta, o pedágio participa com 5,47% do valor da venda do milho e 2,25% do valor da soja e 1,21 do valor do adubo, apenas para o percurso retorno. Mas sobe a 40,95% no custo do calcário, em função do baixo custo do produto. Ainda segundo a Ocepar, o impacto é muito pequeno nos produtos de maior valor agregado, como os automóveis, onde o custo médio do pedágio representa apenas 0,09% do valor do produto. Ocorre que enquanto uma transporta 27 toneladas de soja no valor de R$ 12.3777,50, um caminhão cegonheiro transporta no mínimo 12 automóveis, que valem no em média 20 vezes mais que a carga de soja, ou R$ 250 mil. Os números aqui apresentados têm por base de cálculo o preço de R$ 11,30 por saca de milho de 60 kg e de R$ 27,50 por saca de soja de 60 kg e os custos médios do pedágio no Paraná.

(Tabela 1 - Influência do pedágio no produto agrícola. Simulações com retorno, em valores atuais.)

Proposta de custo diferenciado ? Considerando a diferença do impacto do pedágio entre os produtos de baixo valor agregado (calcário, fertilizantes, soja e milho) com o de alto valor agregado, como automóveis e máquinas, a Ocepar propôs que o governo estudasse a implantação de uma tabela diferenciada, de acordo com o produto. No entanto, essa proposta não teve acolhida.

O custo em cada trajeto ? Para pagar o pedágio entre Maringá e Paranaguá, considerando um caminhão de 5 eixos que não terá frete de retorno, o produtor precisará de 21 sacas de milho. Em cada praça de pedágio deixará o equivalente entre 1,1 a 1,33 sacas, com exceção da praça de São José dos Pinhais, a mais cara de todas, cujo custo será de 2,04 sacas. Veja o custo total do pedágio entre quatro centros de produção agrícola e Paranaguá:

1. Maringá a Paranaguá, ida e volta, caminhão 5 eixos: R$ 238,00.

2. Cascavel a Paranaguá, ida e volta, caminhão 5 eixos: R$ 278,00

3. Foz do Iguaçu a Paranaguá, ida e volta, caminhão 5 eixos: R$ 346,00

4. Campo Mourão a Paranaguá, ida e volta, caminhão 5 eixos: R$ 174,00

DESPESA COM PEDÁGIO É DE R$ 80 MILHÕES NAS EXPORTAÇÕES DE GRÃOS

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Com o novo reajuste do pedágio nas rodovias paranaenses, o transporte da safra paranaense para o Porto de Paranaguá deixará nas praças de pedágio mais de R$ 80 milhões por ano, segundo cálculo feito pela Gerência Técnica e Econômica da Ocepar. O cálculo foi baseado no transporte rodoviário de 65% das 14,5 milhões de toneladas de soja e milho escoadas pelo porto de Paranaguá. Segundo estudo da Ocepar, são necessários 350 mil caminhões de 5 eixos para transportar a safra para o porto, ao custo médio de R$ 229,40 no trajeto ida e volta. Naturalmente, quando há carga de retorno, o custo de produção cai para a metade, mas isso raramente ocorre na época de safra, pois a importação é praticamente nula em relação às exportações.

O custo de cada produto ? Considerando trajetos de ida e volta, o pedágio participa com 5,47% do valor da venda do milho e 2,25% do valor da soja e 1,21 do valor do adubo, apenas para o percurso retorno. Mas sobe a 40,95% no custo do calcário, em função do baixo custo do produto. Ainda segundo a Ocepar, o impacto é muito pequeno nos produtos de maior valor agregado, como os automóveis, onde o custo médio do pedágio representa apenas 0,09% do valor do produto. Ocorre que enquanto uma transporta 27 toneladas de soja no valor de R$ 12.3777,50, um caminhão cegonheiro transporta no mínimo 12 automóveis, que valem no em média 20 vezes mais que a carga de soja, ou R$ 250 mil. Os números aqui apresentados têm por base de cálculo o preço de R$ 11,30 por saca de milho de 60 kg e de R$ 27,50 por saca de soja de 60 kg e os custos médios do pedágio no Paraná.

(Tabela 1 - Influência do pedágio no produto agrícola. Simulações com retorno, em valores atuais.)

Proposta de custo diferenciado ? Considerando a diferença do impacto do pedágio entre os produtos de baixo valor agregado (calcário, fertilizantes, soja e milho) com o de alto valor agregado, como automóveis e máquinas, a Ocepar propôs que o governo estudasse a implantação de uma tabela diferenciada, de acordo com o produto. No entanto, essa proposta não teve acolhida.

O custo em cada trajeto ? Para pagar o pedágio entre Maringá e Paranaguá, considerando um caminhão de 5 eixos que não terá frete de retorno, o produtor precisará de 21 sacas de milho. Em cada praça de pedágio deixará o equivalente entre 1,1 a 1,33 sacas, com exceção da praça de São José dos Pinhais, a mais cara de todas, cujo custo será de 2,04 sacas. Veja o custo total do pedágio entre quatro centros de produção agrícola e Paranaguá:

1. Maringá a Paranaguá, ida e volta, caminhão 5 eixos: R$ 238,00.

2. Cascavel a Paranaguá, ida e volta, caminhão 5 eixos: R$ 278,00

3. Foz do Iguaçu a Paranaguá, ida e volta, caminhão 5 eixos: R$ 346,00

4. Campo Mourão a Paranaguá, ida e volta, caminhão 5 eixos: R$ 174,00

PRÊMIO AÇÚCAR E ÁLCOOL

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O secretário estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, José Antonio Andreguetto, e o superintendente do Porto de Paranaguá, Osíris Stenghel Guimarães, foram escolhidos por dirigentes das usinas paranaenses para o Prêmio Paraná Açúcar e Álcool, a ser entregue em dezembro. A promoção da Alcopar (Associação dos Produtores de Açúcar e Álcool do Estado do Paraná), sediada em Maringá, com o apoio do Jornal Paraná Açúcar e Álcool, acontece pela primeira vez e tem por objetivo homenagear personalidades que colaboram com o setor. Nesta primeira edição do prêmio, o presidente da Alcopar, Anísio Tormena, receberá a mesma honraria por iniciativa do Jornal, que realizou consultas junto a vários segmentos, como reconhecimento às conquistas obtidas pelo setor nos últimos anos, creditadas em grande parte ao seu empenho pessoal. O mais importante resultado do trabalho de Tormena, que dirige a entidade desde o final de 1998 e é dirigente da cooperativa Coopcana de Paraíso do Norte, é a reestruturação do setor e o fortalecimento da união entre os associados. ?Não há mais ações isoladas entre as empresas. Hoje, o segmento sucroalcooleiro paranaense trabalha com objetivos únicos e é visto como uma unidade?, observa o superintendente da Alcopar, José Adriano da Silva Dias. Com relação a José Antonio Andreguetto e Osíris Stenghel Guimarães, explica Dias, são nomes que representam o consenso entre os associados. ?Ambos têm demonstrado sensibilidade e visão de futuro, contribuído muito em suas respectivas áreas para o desenvolvimento do setor e da economia do Paraná?. A Ocepar está preparando um estudo que mostrará o impacto do pedágio no custo de produção agropecuária.

Melhores Estados: PARANÁ BATE O RIO GRANDE DO SUL

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A revista Amanhã, publicada em Porto Alegre, em sua edição de novembro distribuída há poucos dias faz uma análise da performance econômica dos Estados brasileiros. A reportagem traz uma boa notícia ao Paraná, que ?bate o rio Grande do Sul?. Os indicadores analisados são os mais diversos: riqueza, infra-estrutura, PIB, saldo comercial, dívida interna e externa, exportação, recursos federais, entre outros. O próprio governo do Paraná acabou capitalizando a manchete ?Paraná bate o Rio Grande do Sul?, que foi a novidade na corrida entre os mais eficientes. O Paraná surge agora em 4º lugar, superando o Rio Grande do Sul, que vem em 5º lugar, seguido por Santa Catarina, embora a diferença seja muito discreta: 157,4 x 157,3. Mas o Paraná ainda perde para o RS em riqueza, infra-estrutura, PIB, dívida externa, exportação e recursos federais, além de integrar uma relação dos Estados não citados no indicativo ?saldo comercial?, juntamente com SP e RJ. O indicativo ?poder de compra? mostra, por outro lado, a disparidade econômica entre as cidades do Paraná, surgindo Curitiba com o maior índice entre os Estados do Sul, ou 2,01, contra 1,90 de Porto Alegre e 0,47 de Florianópolis. No entanto, a riqueza é mais mal distribuída, pois vai de 0,09 a 2,01 no Paraná, de 0,09 a 0,47 em SC e de 0,14 a 1,90 no RS. De qualquer forma, a análise, feita cientificamente (na proporção da área e população), indica um avanço significativo da economia do Estado, que passa da 5ª para a 4ª posição.

TERMINAL PONTA DO FÉLIX REPRESENTA MODERNIZAÇÃO DOS PORTOS

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Com a câmara frigorífica mais moderna do Brasil, foi inaugurado ontem, na Baia de Antonina, pelo governador Jaime Lerner, o terminal portuário de Ponta do Félix. O terminal é privado e na sua construção foram investidos, desde 1996, cerca de US$ 80 milhões de dólares, dos quais cerca US$ 15 no armazém frigorífico. Tem capacidade para movimentar 2.500 toneladas por dia e de armazenagem de 6.500 toneladas. O assessor da diretoria da Ocepar, Guntolf van Kaick, que representou a organização na solenidade de inauguração, observou que o terminal representa a modernização da estrutura dos portos, colocando o Paraná em evidência e como referência nacional no setor, inclusive na América Latina, quanto ao embarque de produtos congelados. Os investimentos da iniciativa privada incluem a dragagem do canal de acesso e as construções portuárias (píer e armazém), permitindo que o embarque ocorra em qualquer condição atmosférica, reduzindo o tempo de carga pela metade do que é praticado no resto do país, representando redução de custos e maior eficiência operacional nas exportações. ?Isso contribui para alavancar a economia do interior do setor em carnes, adequando a infra-estrutura de exportação às exigências de qualidade, custos e agilidade?, afirma van Kaick. Ainda segundo o governo, o terminal está gerando 400 novos empregos. O governador Jaime Lerner prometeu construir uma nova rodovia de acesso ao terminal, evitando danos aos prédios da histórica cidade de Antonina.

AGÊNCIA ESTADUAL DE REGULAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DO ESTADO DO PARANÁ - AGEPAR

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Ocorreu hoje (21), na Assembléia Legislativa do Estado do Paraná, o II Debate sobre Agências Reguladoras, na oportunidade em que o Projeto Substitutivo de autoria do Deputado Sérgio Spada, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor, foi submetido ao debate público. O debate evidenciou que é fundamental que o consumidor, usuários dos serviços de concessão pública privatizados, tenha fórum próprio para que possam deliberar e monitorar a qualidade dos serviços públicos que demandam, em termos de adequação e confiabilidade, qualidade e custos, enfim para que possam ser partícepes ativos da prática da cidadania e defesa dos interesses individuais e coletivos. A Ocepar participa do evento, com a presença do assessor jurídico, Dr. Paulo Roberto Stöberl e o eng. Agrônomo Flávio Turra, os quais se posicionaram para que a agricultura seja representada como componente e com direito a voz e voto no Conselho. De acordo com o Projeto Substitutivo serão criadas três Agências Estaduais de Regulação de Serviços Públicos Delegados do Estado do Paraná, por classes de especialidade e interesses afins:

A primeira voltada a cuidar dos serviços pertinentes à matriz energética e que englobaria:

- Energia Elétrica, gás natural e demais fontes alternativas de energia.

A segunda englobaria todos os serviços de infra-estrutura:

- Rodovias, ferrovias, portos e hidrovias, aeroportos e terminais;

- Transporte de passageiros intermunicipal e interestadual.

A terceira para atender as questões de sustentabilidade do meio ambiente como envolvam:

- Recursos hídricos/saneamento;

- Parques, APAs, reservas florestais e florestas;

PARCERIA NO AÇÚCAR

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A Cristalsev, empresa que irá concentrar as vendas de açúcar e álcool de sete usinas de São Paulo, e a companhia de logística e agenciamento marítimo Hipercon Terminais, adquiriram 50% do terminal de açúcar da Cargill no Porto de Santos. O negócio deu origem a uma nova empresa, o terminal de açúcar Guarujá, que será responsável pela administração de um dos maiores terminais açucareiros do País.

APAGÃO: ALTERADOS FERIADOS NOS ESTADOS DO NORDESTE

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A Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (CGE), por meio das Resoluções nºs 69 e 70 (DOU de 08.11.2001), alterou a data de feriados em alguns Estados do Nordeste, fixados inicialmente pela Medida Provisória nº 5 com o fim de reduzir o consumo de energia elétrica. O dia 21 de novembro deste ano será feriado civil em Alagoas e, o dia 22, no Rio Grande do Norte, mas fica cancelado, nestes dois Estados, o feriado de 16 de novembro que havia sido definido pela MP nº 5. No Ceará fica cancelado o feriado de 26 de novembro de 2001, que também havia sido estabelecido pela MP nº 5, em razão de o dia 02 de novembro ter sido declarado feriado por este Estado.

CREDICOAMO COMPLETA 12 ANOS

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Fundada em 17 de novembro de 1989, a Cooperativa de Crédito Rural Coamo Ltda (Credicoamo) vem proporcionando há 12 anos uma importante assistência financeira aos seus cooperados através de inúmeros benefícios, com a finalidade de fomentar à produção, produtividade rural e a comercialização. A Credicoamo conta atualmente com mais de 3 mil cooperados e dez postos de atendimento (PAC´s) nos entrepostos de Campo Mourão, Mamborê, Engenheiro Beltrão, Juranda, Boa Esperança, Manoel Ribas, Mangueirinha, Toledo e Tupãssi, no Paraná, e Abelardo Luz, em Santa Catarina. Na Credicoamo, os cooperados encontram linhas exclusivas de produtos e serviços, capazes de proporcionar rentabilidade com segurança. Entre as modalidades disponibilizadas aos cooperados estão: conta corrente; empréstimos para capital de giro; financiamentos para agricultura e pecuária; investimentos; financiamento complementar; financiamento para veículos, computadores e outros bens, além de seguros residenciais, de vida e para máquinas e implementos agrícolas. A cooperativa também presta serviços através do recebimento de contas de água, energia elétrica, telefone e impostos municipais. A Credicoamo financia as atividades dos seus cooperados com taxas compatíveis com a remuneração do setor agropecuário, resultando em um valor adicional na renda das atividades rurais. "Nestes 12 anos de existência, a Credicoamo vem registrando um crescimento notável. Os resultados positivos alcançados são provenientes da efetiva movimentação dos cooperados. Eles sabem que quanto maior o volume de negócios, maiores serão os benefícios, como no caso das sobras, por exemplo", afirma o presidente da Credicoamo, José Aroldo Gallassini.

PARANAENSE ASSUME PRESIDÊNCIA DO BRDE

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Tomou posse ontem (6) na presidência do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), o atual vice-presidente e diretor financeiro do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Aldo de Almeida Junior, representante do Estado do Paraná. A troca de cargo obedece ao sistema de rodízio entre os três Estados controladores da instituição ? Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os últimos 16 meses estiveram sob a presidência do economista Carlos Henrique Horn, diretor representante do Rio Grande do Sul. A solenidade de posse aconteceu durante reunião da diretoria, na sede do Banco, em Porto Alegre.

Além da troca de presidente, haverá mudanças também na composição da diretoria, que ficou assim constituída:

* Diretor Presidente: Aldo de Almeida Junior (PR)

* Diretor Financeiro: Antonio Carlos Araujo (PR)

* Diretor de Operações: Luiz Heitor Simone Ferrari (SC)

* Diretor Administrativo: Vasco Fernande Furlan (SC)

* Diretor de Planejamento: Carlos Henrique Vasconcellos Horn (RS)

* Diretor de Acompanhamento e Recuperação de Créditos: Rolf Hackbart (RS)

PORTO DE ANTONINA TERÁ CÂMARA FRIGORÍFICA DE 6,5 MIL TONELADAS

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No dia 28 de novembro, o complexo portuário de Antonina ganhará uma câmara frigorífica com 30 metros de altura e com capacidade para armazenar 6.500 toneladas. A câmara, que custou cerca de US$ 12 milhões, é uma das mais modernas do mundo, e será utilizada principalmente pelas agroindústrias exportadoras de carnes congeladas. A sua construção, somada às obras de dragagem do canal de acesso ao terminal da Ponta do Felix, envolve um investimento de US$ 18 milhões. Com estes investimentos, o porto estará apto a atender um volume maior de navios. As obras de dragagem, orçadas em US$ 6 milhões, irão permitir que navios com até 10 metros de calado atraquem no porto, um aumento de 2,5 em relação ao limite atual. Hoje, Antonina recebe 15% da frota de navios frigorificados que operam no mercado nacional.

AFTOSA, VALE A PENA VACINAR? João Paulo Koslovski(*)

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De 1º a 20 de novembro o Paraná realiza a segunda etapa da vacinação do seu rebanho de bovídeos contra a febre aftosa.

E apesar de todos os benefícios que a situação de sanidade animal nos traz, lamentavelmente ainda temos, entre nós, algumas pessoas que questionam a importância dessa vacinação preventiva. Foi em maio do ano passado que o Paraná conquistou uma condição indispensável para uma participação mais significativa no mercado internacional de carnes, através da obtenção, na OIE (Organização Internacional de Epizootias) do certificado de Estado livre de febre aftosa com vacinação. Essa conquista foi resultado de um incansável trabalho de cooperação realizado no Estado e alguns fatos contribuíram para isso.

O primeiro foi o "baque" que sentimos anos atrás, quando Santa Catarina e Rio Grande do Sul ficaram livres da febre aftosa, enquanto o Paraná, em função dos problemas nessa área, não obteve essa condição, o que precipitou o diálogo entre o governo e a iniciativa privada para centrar esforços na defesa sanitária.

O segundo foi a capacidade de aglutinação das forças da sociedade que atua no agronegócio, permitindo realizar um trabalho de envergadura na área sanitária e, com isso, conquistar o certificado de área livre. A integração propiciada pela Secretaria da Agricultura, através do secretário Antonio Poloni, unindo todas as entidades numa ação coordenada, permitiu a realização de um trabalho sem precedentes.

Por último, a decisão firme das instituições em fazer acontecer. A ação do Governo, do Ministério da Agricultura, da Secretaria da Agricultura, das entidades, dos Conselhos de Sanidade Agropecuária e dos profissionais do governo e da iniciativa privada, propiciou a indispensável condição para que chegássemos até os pecuaristas, que vacinaram, na campanha de maio deste ano, 98,5% do rebanho. A importância desse trabalho pode ser dimensionada pelos ganhos econômicos que nós tivemos nesse período. As pessoas que estão fora do agronegócio nem sempre têm a capacidade de analisar as positivas conseqüências econômicas desse excelente trabalho de sanidade para toda economia paranaense

Os números evidenciam que tivemos um ganho expressivo na economia. No caso específico da carne de frango, por exemplo, de janeiro a julho do ano passado exportamos 93 mil toneladas; enquanto de janeiro a julho deste ano exportamos 128 mil toneladas, com um crescimento de 37,6%. As vendas externas do frango cresceram, de janeiro a julho de 2000, 26%. Na área de suínos nós exportamos, de janeiro a julho do ano passado, 7,2 mil toneladas, contra 12 mil toneladas no mesmo período deste ano, com um avanço de 66,7%, evidenciando que o maior crescimento no setor carnes foi exatamente na área de suínos. No setor de carne bovina (desossada, congelada e fresca) nós passamos de 7.200 toneladas para 8.712 toneladas, com crescimento de 24,1%. Além do aumento das exportações de carnes, comercializamos também milho, o que não teríamos condições de fazê-lo se não tivéssemos uma condição sanitária adequada, exigência do mercado importador europeu.

Até julho o Paraná exportou 2 milhões de toneladas de milho, internando nada mais nada menos que 175 milhões de dólares. É evidente que seria preferível exportar proteína, mas naquele momento o mercado externo foi a melhor alternativa para pagar um preço um pouco melhor ao produtor. E até o final do ano, estima-se totalizar 4,3 milhões de toneladas de milho exportadas, 3,2 milhões das quais com origem no Paraná, mostrando a importância do trabalho sanitário.

O Paraná, incluindo sua economia, primária, secundária e terciária, nos primeiros 8 meses do ano 2000 exportou US$ 2,9 bilhões; e nos primeiros 8 meses desse ano já vendeu US$ 3,6 bilhões, com crescimento de 23,63%, contra uma média nacional de 8,03%, o que dá uma demonstração da possibilidade de ampliação dos mercados externos.

No contexto nacional tivemos, de janeiro a agosto do ano passado, uma participação de 7,94% no bolo das exportações brasileiras. E nos 8 meses deste ano pulamos para 9,09%, indicando a importância das exportações para a economia paranaense.

Outro fato merece destaque: dos 11 principais produtos que o Paraná exportou, 9 tem origem no setor agropecuário, sendo o primeiro a soja em grão, o segundo, o farelo de soja e o quarto o milho. O quinto é a carne de frango, o sexto é o óleo de soja, o oitavo é o frango em partes, o nono, a madeira e compensado, o décimo, o café solúvel e o décimo primeiro é o açúcar de cana. Os dois produtos que não entram nessa lista são os automóveis e os veículos a diesel, que ocupam a terceira e a sétima posição, respectivamente.

Só através das exportações de carnes nós estamos internando mais de US$ 210 milhões nos primeiros oito meses deste ano, o que indica nossa capacidade de conquistar novos mercados. É evidente que precisamos desenvolver ainda mais o setor agroindustrial. E estamos fazendo: as cooperativas estão investindo, nesse ano de 2001, R$ 310 milhões, R$ 80 milhões dos quais direcionados para a agroindústria da carne.

E além desse importante trabalho de controle da sanidade, há outra razão que incentiva os empresários a investirem no setor de carnes: a redução da carga tributária, obtida através da Lei Brandão, graças a entendimento entre Governo, entidades de classe e Assembléia Legislativa, que permitiu a equiparação do tratamento tributário do Paraná com o de São Paulo.

Cabe ainda destacar que o Paraná detém 1/4 da produção nacional de grãos, contribuindo decisivamente para o amento da renda e geração de novos empregos no setor. Nos últimos meses ampliamos as exportações a países compradores tradicionais e abrimos novos mercados, como a Rússia. Hoje vendemos frango para a Inglaterra, Alemanha e Holanda, resultado da nossa boa condição sanitária.

Muitos poderiam alegar que estamos exportando porque ocupamos os mercados de países afetados pela doença da "vaca louca", aftosa e dioxina. No entanto, convém lembrar que jamais teríamos condições de colocar os produtos nesses mercados, principalmente carne, se não tivéssemos o status de Estado livre da febre aftosa com vacinação. Então, a vacinação é fundamental e entendemos que todos temos a responsabilidade de trabalhar seriamente para que possamos agora, de 1º a 20 deste mês de novembro, imunizar 100% do rebanho de bovídeos do Paraná.

Nós temos a grande responsabilidade de manter o status de área livre da febre aftosa, o que será conseguido com trabalho da Seab, Ministério da Agricultura, Faep, das demais entidades do setor, das secretarias da agricultura dos municípios, das cooperativas, dos sindicatos e dos pecuaristas, sob a coordenação dos conselhos de sanidade agropecuária. Temos certeza que a integração dessas instituições foi importante para chegarmos até aqui e o mais importante neste momento é fazer com que essa integração permita alcançar 100% de vacinação em novembro, para termos segurança na continuidade e ampliação dos ganhos não só para o Estado, mas também para os pecuarista e consumidores.

Antevemos que, em conseqüência das conquistas obtidas com o controle sanitário animal, é possível dinamizar a economia do Estado, avançando na produção de carnes bovinas e no seu processamento, buscando novos mercados. O Paraná reúne todas as condições para, vencida a questão sanitária, obter produtos com a qualidade exigida pelos mercados mais exigentes, como já ocorre no setor de aves. Para isso é preciso manter, com seriedade absoluta, a qualidade sanitária que alcançamos. E após as campanhas de vacinação de maio e novembro de 2002, poderemos buscar, junto a OIE, a condição de Estado livre da febre aftosa sem vacinação.

Essa conquista depende exclusivamente da nossa capacidade de realizar um trabalho integrado e sério. Aí sim cairão as barreiras dos mercados que exigem carnes de países livres da aftosa sem vacinação.

Vamos lá! Vencer esse novo desafio é a condição para obtermos novos mercados.

Vacinar vale a pena, sim!

(*) Engenheiro agrônomo, presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná - Ocepar

DEPUTADOS APROVAM LEI ROSSONI

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Atendendo uma reivindicação da Ocepar, Faep, Sindileite, Sindicarne, Fepac e demais entidades do setor, foi aprovado ontem (31) pela Assembléia Legislativa do Estado do Paraná, o Projeto de Lei nº 431/01 de autoria do deputado estadual Valdir Rossoni que altera a alíquota de ICMS, para leite em pó, margarina, maionese, creme vegetal, gordura vegetal hidrogenada e óleos vegetais, energia elétrica ou óleo combustível utilizados no processo industrial. As agroindústrias poderão optar pelo crédito de importância equivalente à 7% sobre o valor das operações interestaduais. Segundo o projeto, a redução do crédito acontecerá sobre produtos que não foram contemplados com a chamada Lei Brandão. O presidente da Assembléia, Hermas Brandão, durante visita à Ocepar na última segunda-feira havia garantindo seu apoio para a rápida tramitação e votação deste projeto que agora irá para sanção do governador Jaime Lerner. Na opinião do presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, ?é mais uma importante conquista das cooperativas paranaenses que vêem atendidas esta justa reivindicação, equiparando o ICMS destes produtos nos mesmos patamares dos praticados pelo Estado de São Paulo?, lembrou.

KOSLOVSKI: PARANÁ É DESTAQUE NAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS

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?A participação do Paraná no conjunto das exportações brasileiras aumentou de 7,94% para 9,09% nos primeiros oito meses de 2001 em comparação com igual período do ano passado?, esta avaliação foi feita pelo presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski durante os sete seminários do Conselho Estadual de Sanidade Animal (Conesa), realizados na semana passada em diversas regiões do Estado. Segundo levantamento da Secex, os índices são resultado do aumento de US$ 2,912 bilhões para US$ 3,601 bilhões nas vendas externas do Paraná, o que representa um crescimento de 23,63%, bem acima da média nacional, calculada em 8,03%.

A força da agricultura - O presidente da Ocepar lembra que dos onze principais produtos exportados pelo Paraná, nove são de origem agropecuária, com destaque para o milho, onde o Paraná exportou até agosto, 2 milhões de toneladas e internou US$ 180 milhões, sendo o 4º produto na pauta das exportações. ?É importante destacar que neste período, fruto da liberação pela Organização Internacional de Epizootias (OIE) do Paraná como área livre da aftosa com vacinação, conseguimos ampliar de forma expressiva e significativa as exportações de carne com destaque para a carne de frango e suína. Outro fator positivo ? afirma Koslovski ? foi a ampliação dos mercados. Novos países passaram a adquirir carnes do Paraná fato sumamente importante já que o Estado é o maior produtor de milho e segundo maior produtor de soja, portanto, transformar grãos em proteína animal permite agregar mais valor a produção primária?, frisa.

SEMINÁRIO 50 ANOS DA ECONOMIA PARANAENSE

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Em recente palestra, os professores Francisco de Borje Batista de Magalhães Filho, da UFPR e Jaime Graciano Trintin, da UEM, comentaram seus pontos de vista sobre o Modelo Paranaense de Desenvolvimento. No dia 23/10 pela manhã falaram o economista Luiz Antonio Fayet e Gilmar Mendes Lourenço , professor da FAE e economista do Ipardes sobre ?As transformações Recentes e as Perspectivas da Economia Paranaese; a tarde falou o professor da UFRJ Antônio Barros de Castro sobre ?A Evolução Recente e Novas Estratégias da Indústria Brasileira?.

O professor Gilmar iniciou sua fala abordando as transformações recentes do Paraná, citando a fundação da Codepar e a criação do FDE (Fundo de Desenvolvimento do Estado no anos 60 , fundo este que arrecadava 2% do imposto sobre mercadorias , e que permitiu ao Estado investir em armazenagem, ferrovia, rodovia, porto e telefonia, tendo sido a base da melhoria nas infra-estruturas no Estado.

No anos 70 fora iniciada a base para a industrialização do Estado com a criação da Refinaria de Petróleo Getulio Vargas, em Araucária, com a criação da Cidade Industrial de Curitiba, elevando a taxa de investimentos no Paraná, adotando-se uma estratégia de rompimento da barreira de reserva de mercado adotado pelos Governos do eixo Rio-SP-Minas. A vinda da Volvo e da New Holland foram fatos relevantes, então.

O dinamismo e diversificação iniciado em 1960 teve continuidade em 1970, mas o Paraná sofreu forte retração nos anos 80 (década perdida), com o desmonte das linhas de financiamento para investimento, mas teve continuidade de investimento no agronegócio. Entre 90-95 preparou-se a travessia para a globalização, com a integração do Mercosul, onde o crescimento do Paraná foi 10% superior a média Brasileira para o período (90-95).

O Estado atravessou uma mudança de sua estrutura produtiva tendo em vista o programa de combate a inflação (Plano Real), câmbio valorizado e baixa inflação, favorecendo o planejamento de longo prazo e a melhoria na renda da base da pirâmide amplia o consumo. No período 94-97 o governo do Estado procura atrair investidores e indústrias para livrar o Estado da dependência do agronegócio que é diretamente prejudicado por diversos fatores (reveses da economia mundial, clima, crédito, preços). A dependência do agronegócio causou um prejuízo ao Estado de mais de R$1 bilhão só com a Lei Kandir.

A mudança foi embasada nos seguintes setores:

- Implantação do complexo automotivo;

- Modernização do agronegócio;

- Papel e celulose;

- Ampliação da fronteira (Mercosul ? em 90 os negócios eram de apenas 4%; em 2000 representaram 14%)

- Melhor aproveitamento das aptidões e vocações regionais (papel importante das universidades e faculdades , do CEFET e entidades de classes).

Este conjunto de ações resultou em boa base estrutural, mostrando que o complexo soja participa com 33% do PIB do PR e que o material de transporte, que antes do anos 90 representava 3,5%, passou para 23%. O economista alertou que não somos uma ilha de prosperidade, pois esta ocorrendo uma mudança do agronegócio do sul para Centro Oeste e Norte do País

Como perspectiva, ele aborda que devemos manter o complexo automotivo, a modernização do agronegócio principalmente via cooperativas, a ampliação e modernização do complexo madeireiro, ampliação da infra-estrutura (porto, estrada, aeroportos, telefonia, energia, etc) e aumento do nível de emprego e renda a médio e longo prazo.

Como ameaça, cita o seguinte:

- A deteriorização das contas públicas (comprometimento das receitas com despesas fixas);

- A desparanização das empresas (causadas pela gestão familiar, juros elevados e esquecimento das autoridades da importância das empresas locais);

- Desestatização, o que é uma grande polêmica;

- Procurar manter as empresas que compõem o pólo automotivo;

- Concentração da economia na RMC (deve procurar ampliar para um raio de 100 km, como Paranaguá e Ponta Grossa);

- O economista Fayet concordou com quase tudo o que foi dito e fez uma rápida retrospectiva, informando que a reserva de mercado (informática) causou um atraso no nosso progresso. Preferiu abordar as perdas de oportunidade que ocorreram no Estado como:

- Desmonte da estrutura do Estado como mecanismo de indução;

- Perda da visão estratégica de planejamento;

- Corrupção impune (gastos de recursos públicos indevidamente);

- Concentração geográfica (concentração industrial na RMC, que responde por 75% da atividade industrial do Estado;

- Falta de apoio aos grupos locais ( que preferiram vender suas empresas).

Concordou com a diversificação da economia, mas frisou que não temos infra-estrutura para crescer e que o Paraná sofre as decisões federais. Falou da privilegiada posição geográfica do Paraná, como as dificuldades que teríamos se nosso clima fosse como o do Nordeste e, por fim, fala de planos e projetos estratégicos, situando que no Estado só conhece os desenvolvido pelo Sindimetal, que tem um plano estratégico que abriga inclusive uma bolsa de sub-contratação, e o da Faep, que é um programa estratégico desenvolvido junto com a Secretaria da Agricultura, procurando mudar o perfil da nossa agricultura com a diversificação, como a fruticultura

(Colaboração: Izaias Gonçalves Lopes, Sescoop/PR ? Procoope)

FÓRUM QUESTIONA DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA: INCONSTITUCIONALIDADE

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Cerca de 80 dirigentes de cooperativas de infraestrutura rural de todo o Brasil, juristas e técnicos do setor energético, se reúnem nesta quinta-feira à noite em Curitiba (20 horas, no Hotel Bristol Ambassador) para o fórum Inconstitucionalidade das Concessões de Distribuição de Energia. Segundo o engenheiro e advogado Odílio Ortigoza Lobo, consultor da Confederação das Cooperativas de Infra-estrutura, as concessões de distribuição de energia em vigor são inconstitucionais, pois foram outorgadas sem obedecer os processos legais determinados pela Constituição de 88. Lobo lembra que diante desse fato, nenhuma concessionário de energia poderia ser vendida por ?impossibilidade jurídica?. O artigo do advogado e consultor Odílio Lobo, que trata do assunto e questiona a oportunidade da venda da Copel, foi enviado a todos os jornais do Estado. Outro fórum com objetivo de discutir esse mesmo tema será realizado nas próximas semanas em São Paulo.

KOSLOVSKI PARTICIPA DE SESSÃO QUE APROVOU NOVO CÓDIGO SANITÁRIO

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O presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski esteve na manhã desta quinta-feira (11), na Assembléia Legislativa do Estado do Paraná, quando acompanhou a sessão plenária que aprovou através do voto das lideranças a Lei 737/97, que trata sobre o novo Código Sanitário, que regulamentará diversas atividades do agronegócio, em especial a suinocultura. Esta lei deverá ser encaminhada para sanção do governador na próxima segunda-feira, dia 15, segundo informou o presidente da Assembléia Legislativa.

Contato com Hermas - Aproveitando sua presença naquela Casa de Leis, o presidente da Ocepar conversou com o presidente da Assembléia Legislativa, deputado estadual, Hermas Brandão, sobre o Projeto de Lei do deputado Valdir Rossoni, que reduz a incidência do ICMS a diversos produtos alimentares, como leite, a energia elétrica e óleo combustível utilizados no processo industrial, a margarina, maionese, creme vegetal, gordura vegetal hidrogenada e óleos vegetais. Hermas garantiu que o projeto deverá ser votado em regime de urgência na próxima semana.

Cosesp - Koslovski também pediu o apoio do presidente da Assembléia Legislativa do Paraná, para que seja enviado um ofício ao presidente da República para que seja feito o pagamento das pendências de mais de um ano dos seguros da Cosesp por perdas na safra de inverno do ano passado. Hermas Brandão demonstrou toda sua indignação com o assunto e disse que o que depender da Assembléia Legislativa os produtores paranaenses podem ficar tranqüilos. Este mesmo pedido foi feito na última terça-feira, ao governado Jaime Lerner pelo presidente da Ocepar, durante um café da manhã no Chapéu Pensador com lideranças do agronegócio. O governador afirmou que iria falar pessoalmente com FHC sobre esta pendência. A demora de quase um ano na obtenção dos recursos e de mais de um ano sem viabilizar o pagamento do seguro aos produtores mostra extrema debilidade do sistema, quando o agricultor precisa desses recursos para recompor sua situação financeira nos agentes financeiros e plantar a nova safra.

Regime Especial - Outro ponto tratado com o presidente da AL, e que necessita do seu apoio, diz respeito ao parecer nº 426/2001 elaborado pela Inspetoria Geral de Tributação, da Coordenação da Receita do Estado, que acatou um pleito das cooperativas, favoravelmente à concessão de regime especial para recolhimento de ICMS em conta gráfica nas saídas de suínos vivos. Segundo João Paulo Koslovski, vários contatos foram mantidos junto a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefa), inclusive com o secretário Ingo Hubert na última terça-feira. Este parecer já está concluído e depende apenas de uma assinatura do secretário para que passe a ser aplicado junto as cooperativas interessadas. O deputado Hermas Brandão também se prontificou em auxiliar na agilização deste assunto junto à Sefa.

LERNER GARANTE APOIO AO DESENVOLVIMENTO DO AGRONEGÓCIO

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Durante Café da Manhã realizado hoje no Chapéu Pensador com lideranças do setor do agronegócio, do qual participou o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, o governador Jaime Lerner garantiu apoio para aprovação do projeto de lei apresentado pelo deputado Rossoni, que reduz a incidência do ICMS a diversos produtos alimentares, como leite, a energia elétrica e óleo combustível utilizados no processo industrial, a margarina, maionese, creme vegetal, gordura vegetal hidrogenada e óleos vegetais. Do Café da Manhã, com o governador participaram os secretários da Fazenda, Ingo Hübert, da Agricultura, Antonio Poloni, da Indústria e Comércio, Eduardo Sciarra, o diretor da Sudcoop, Elias Zydek, representando o setor industrial de suínos, além de representantes das indústrias de aves, de bovinos e do trigo. O objetivo do encontro do governador com secretários e representantes do agronegócio foi analisar o trabalho que vem sendo realizado pelo setor.