PERSPECTIVAS DA BALANÇA COMERCIAL E DA CAMEX
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Competição - Recentemente, a Camex divulgou informações sobre as exportações brasileiras, e há características da pauta exportadora que impedem o crescimento sustentado e competitivo: 25 produtos representam 60% de nossa pauta; 7 países (EUA, Argentina, Holanda, Japão, Bélgica, Itália e Alemanha) compram 56% das exportações; 40 empresas respondem por 30% das vendas externas e as regiões Sul e Sudeste são responsáveis por 83% das exportações. Todavia, há sete iniciativas que vêm sendo focadas pelo governo, com a pretensão de mudar o perfil atual da pauta exportadora e ampliá-lo significativamente. São elas: 1. Agregação de valor à produção exportável; 2. Aumento da base exportadora; 3. Aprimoramento e atualização da pauta exportadora; 4. Redução de custos de exportação (de logística, financeiro e de tributos); 5. Aumento da capacidade produtiva exportável; 6. Agressivo programa de promoção comercial; 7. Acesso a mercados e internacionalização das empresas brasileiras.
Consórcios - Alguns sucessos já podem ser contabilizados, como é o caso da instalação dos fóruns de competitividade, que trabalham na cadeia produtiva para apoiar uma produção eficiente e competitiva; do Progex nacional, que ensina pequenas e médias empresas a adaptar seus produtos a normatização do mercado internacional; das tradings setoriais; do projeto comunidade exportadora; de 76 consórcios que compõem a Apex ? Agência de Promoção de Exportações; da difusão da cultura exportadora; da expansão da Rede de Agentes (formação de 150 agentes e 1.470 empresários em 2001); da captação de investimentos nacionais e estrangeiros em setores dinâmicos (de eletroeletrônicos, componentes e softwares) via agência Invest Brasil, entre tantas outras iniciativas. Para Giannetti, há grandes possibilidades de se agregar muitos bilhões de dólares à balança comercial com o Programa de Exportação de Serviços, que pode contar com o apoio de instituições financeiras como Banco do Brasil e BNDES ? Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
Fórum de logística - Em termos logísticos, a Camex comemora a criação do Fórum de Logística Integrada em parceria com a AEB ? Associação de Comércio Exterior do Brasil; regulamentação dos aeroportos industriais; insistência pelo Reporto; programa Exporte Fácil dos Correios e fomento ao sonho de tornar a ferrovia mais uma ferramenta de competitividade, entre outros. No aspecto de financiamentos, são apontadas como vitórias a suplementação do Proex ? Programa de Financiamento às Exportações; capitalização do Fundo de Garantia à Exportação no valor de R$ 500 milhões; revisão dos limites de cobertura do seguro de crédito à exportação de 90% para 95% (risco país) e de 85% para 90% (risco comercial); Proex on-line; desoneração tributária do PIS/Cofins etc. Figuram como novas propostas da Camex: reduzir o prazo de aprovação das operações do Proex de 45 para 15 dias e financiamento da safra agrícola exportável, captando recursos privados no mercado internacional para financiar estoques de produtos agrícolas, entrepostados nos armazéns da Conab.
Brasil Export - Giannetti acredita que novas e contundentes medidas deverão ser lançadas durante 2002, para amenizar os gargalos que impedem a expressiva expansão das vendas externas, entre elas, medidas que abranjam logística, financiamentos e custos tributários. Além disso, o governo deverá estimular cada vez mais a substituição de importações. Na área de promoção, a Apex vem desenvolvendo um brilhante trabalho de estímulo aos consórcios de exportação e à disseminação da marca Brasil (Brasil Export). Neste ano, as exportações apresentaram crescimento vertiginoso em alguns mercados estratégicos como Rússia, China e México, além de uma desconcentração regional da origem das exportações, já que Estados do Nordeste e Centro-Oeste apresentaram resultados superiores aos Estados do Sul e Sudeste. O gráfico a seguir apresenta a taxa de crescimento das exportações brasileiras e mundiais. (Fonte: Aduaneiras).