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COAMO: Parte das sobras de 2010 são antecipadas

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Parte das sobras projetadas pela Coamo para 2010 será antecipada pela cooperativa aos seus 22,7 mil associados. Serão R$ 25 milhões. O dinheiro corresponde a cerca de 25% do valor total das sobras que devem destinadas aos cooperados no primeiro trimestre do ano que vem, quando a Coamo fará o anúncio do resultado financeiro do exercício de 2010. O pagamento da antecipação acontece amanhã (15/12), simultaneamente, nas 113 unidades Coamo, em 63 municípios do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

Bem-vindo - O diretor-presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, afirma que este dinheiro extra é sempre bem-vindo, sobretudo no final do ano, porque garante as festas da família e movimenta comércio nas regiões onde a cooperativa está inserida. O repasse antecipado, de acordo com Gallassini, será feito aos produtores na proporção da movimentação de cada um deles durante o ano com os produtos soja, milho, trigo e também insumos. "Este é como se fosse o 13º do produtor rural", comemora o dirigente da Coamo, que completou em novembro 40 anos de fundação. (Imprensa Coamo)

ALIMENTOS: Brasil na vanguarda da produção

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O Brasil mantém-se à frente no seleto grupo dos maiores produtores mundiais de alimentos. E pode avançar ainda mais, ampliando sua participação no mercado. Essa é a avaliação do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Wagner Rossi, ao fazer um balanço dos oito anos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Novo status - Ele considera que é possível ao país atingir um novo status, levando-se em consideração os índices de desenvolvimento, terras agricultáveis e adoção de tecnologia agrícola desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). "Não há dúvida de que a agricultura brasileira tem condições de continuar competitiva e na vanguarda, principalmente em função das pesquisas genéticas, da produção racional e equilibrada, com foco na preservação do meio ambiente", aponta Wagner Rossi.

Produção - O governo estima que, na safra agrícola 2010/2011, a colheita de grãos pode chegar a 149,1 milhões de toneladas, caso as condições climáticas se mantenham favoráveis. Wagner Rossi destaca que tais fatores levaram o Brasil ao desenvolvimento acelerado de sua produção agrícola e a uma situação praticamente única no mundo: a autossuficiência em todos os produtos da cesta básica, com exceção do trigo. "Mesmo assim, a produção tritícola nacional é suficiente para atender metade do consumo interno", ressalta.

Exportador - Segundo Rossi, além de produzir a maioria dos alimentos que consome, o Brasil ainda é o maior exportador mundial do complexo soja (grão, farelo e óleo), carnes, açúcar e produtos florestais. No ranking mundial, o país ocupa a liderança na produção de açúcar, café em grãos e suco de laranja, e a segunda posição em soja em grãos, carne bovina, tabaco e etanol.

Força econômica- O agronegócio, que inclui toda a cadeia produtiva, desde o campo até o consumidor, é um dos motores da economia brasileira, responsável por 25% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e um terço dos empregos. Em 2009, a produção agropecuária representou 42% das exportações, com US$ 64,7 bilhões dos US$ 152,2 bilhões exportados pelo Brasil. Entre janeiro e novembro de 2010, as vendas a países renderam US$ 70,3 bilhões na balança comercial. "Nossa expectativa é que o superávit supere os US$ 60 bilhões", destaca Wagner Rossi.

Balanço - Ele considera animador e positivo o balanço da agricultura brasileira nos últimos oito anos. Em 2003, o Brasil colheu 123,2 milhões de toneladas de grãos. Neste ano, 149 milhões de toneladas, um incremento de 21% na produção. "O melhor é que esse resultado vem do aumento de produtividade", explica, citando que a área plantada teve variação de 17% no período.

Área - Segundo os dados do Ministério da Agricultura, em 2003, a lavoura ocupava área de 40 milhões de hectares. Em 2010, representa 47 milhões de hectares. Na previsão da próxima safra agrícola, essa área praticamente se mantém, apesar do aumento previsto da produção. Isso significa que o Brasil produz mais alimentos numa área que se mantém constante - ou seja, o crescimento das safras se deve ao aumento da produtividade.

Medidas específicas - O ministro Wagner Rossi destaca que a política agrícola do governo Lula, a partir de 2009, adotou medidas específicas para estimular a classe média rural, as cooperativas e a agricultura sustentável. "O governo intensificou as medidas que buscam aprimoramento e expansão do apoio à preservação do meio ambiente, com a criação de linhas de crédito e novos programas de incentivo à adoção de práticas conservacionistas, incluindo a recuperação de áreas degradadas e a redução da emissão de gases que provocam efeito estufa", afirma.

Exemplos - Ele cita como exemplos, os programas Agricultura de Baixo Carbono (ABC), de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop) e de Incentivo à Produção Sustentável do Agronegócio (Produsa). "Com esses programas, o governo federal dá uma efetiva demonstração de comprometimento com a sustentabilidade ambiental do agronegócio", avalia o secretário de Política Agrícola. (Mapa)

POLÍTICA AGRÍCOLA I: BB blinda carteira de crédito rural

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O Banco do Brasil ampliou a proteção de sua carteira de crédito rural ao "blindar" essas operações com mecanismos de mitigação contra riscos climáticos e oscilações de preços ("hedge") em 518,3 mil contratos. Mesmo sem uma medida oficial do governo, que ainda discute a substituição do tradicional subsídio à produção por mecanismos de proteção de mercado, o banco está próximo do "risco zero" na agricultura familiar e tem avançado para reduzir a exposição da carteira no segmento empresarial. No geral, 25% das operações de crédito rural do BB estão cobertas por instrumentos de mitigação contra prejuízos financeiros e 55,5% contra perdas climáticas.

Familiares - O avanço do BB na proteção dos empréstimos rurais é liderado pelos produtores familiares. Até novembro, 95,5% dos 391,5 mil contratos tiveram proteção de clima e 91,15% adotaram um "hedge" de preço. Isso equivale a R$ 2,8 bilhões em proteção. Apenas 13,8 mil contratos não usaram esses mecanismos de mercado."O papel fundamental do banco é demonstrar o lado positivo, difundir e formar essa consciência de proteção", afirma o vice-presidente de Agronegócios do BB, Luís Carlos Guedes Pinto.

Empresarial - Na agricultura empresarial, o ritmo é mais lento. A carteira de 126,8 mil contratos tem 45% da safra protegida de catástrofes climáticas e 7% das oscilações de preço. Na soma, esse expediente resguarda R$ 4,65 bilhões. "Hoje, o produtor já tem custos e preços favoráveis para ampliar essa fatia", diz. A tendência de massificação do seguro de clima e renda tem levado o banco a melhorar a performance de sua carteira rural, estimada em R$ 75,5 bilhões. No atual ano-safra 2010/2011, os empréstimos ao setor rural financiaram uma área 7% maior no milho e 7,3% superior na soja quando comparado ao ciclo anterior.

Demanda - "E não temos recebido queixas ou reclamações. Não há demanda reprimida", afirma o executivo. Todas as operações de custeio no Rio Grande do Sul, por exemplo, tiveram o amparo de mitigadores de risco. Nesses casos, o crédito só é liberado acompanhado da proteção.

Perdas - Em safras anteriores, a partir da forte crise climática de 2006, o BB teve que assumir R$ 4 bilhões em perdas geradas pela carteira rural. Mas as prorrogações de crédito caíram de R$ 16 bilhões para R$ 9 bilhões nesse período. "Passamos de 30% para 12% da carteira. As provisões são menores e houve queda na inadimplência. Nossa carteira é mais saudável", diz Guedes.

Projeção - A boa aceitação dos instrumentos de mitigação pelo setor levam o BB a projetar uma alteração de médio prazo no modelo de crédito rural. O banco acredita que os subsídios da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) deve ser concentrado no segmento familiar. "O produtor sempre quer mais PGPM. Mas tem que restringir isso à agricultura familiar. A empresarial precisa ir ao mercado com um subsídio pontual do governo ao 'hedge'. Se o preço for melhor no futuro, ele devolve ao Tesouro", defende Guedes. No México, onde o modelo foi adotado com sucesso, os produtores "devolvem" ao governo 40% dos subsídios ao "hedge" de preços, segundo o executivo. "Lá, eles gastam US$ 900 milhões por safra com o milho", afirma o vice-presidente.

Comercialização - O Banco do Brasil também projeta um bom cenário para a comercialização da nova safra, a partir de janeiro. "As margens são positivas para todos os segmentos de forma bastante significativa", avalia Guedes. O clima favorável e a boa produtividade devem ser somados à redução de custos e à alta dos preços internacionais. "A conjugação do câmbio atual com os picos de preços é positiva. Vamos para a quinta safra de margens boas", projeta o executivo do BB. Mas, mesmo em meio à euforia, há interrogações: "Há um 'La Niña' moderado, que traz algum risco ao Rio Grande do Sul e as regiões oeste de Santa Catarina e Paraná. Ainda temos três meses de evolução, mas a safra é boa e deve ser similar a 2010", avalia o vice-presidente do banco. (Valor Econômico)

AGRONEGÓCIO I: Brasil quer ampliar investimentos

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Ampliar  os  investimentos estrangeiros no agronegócio brasileiro é o objetivo do Ministério da Agricultura, Pecuária, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para 2011.  Países com disponibilidade de recursos financeiros para investir e que, ao mesmo tempo, veem as políticas de segurança alimentar como prioridade, (como os do Extremo Oriente e do Oriente Médio), devem ser o foco de atuação do ministério. "Vamos apresentar as vantagens competitivas do Brasil, como a nossa liderança  mundial em tecnologia tropical  e a tradição do  nosso  empreendedorismo no campo. Contamos ainda com uma economia pujante e arcabouços legal e institucional sólidos", informa o  assessor para Investimento Estrangeiro do Mapa, Maurício Fleury Curado.

Missão de Investimentos - Neste ano, a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio participou da primeira Missão de Investimentos  promovida pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). No período de 28 de novembro a 6 de dezembro, foram visitadas as capitais de  cinco países: Damasco (Síria),  Kuwait (Kuwait), Doha (Catar), Riade  (Arábia Saudita) e Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos).

Omã - A delegação do Mapa também manteve encontros com autoridades do governo de Omã. Esse outro país da Península Arábica demonstrou interesse em realizar investimentos nas cadeias produtivas, produção, processamento, distribuição, armazenagem, logística e infraestrutura. "Esses países dão muita importância à questão da segurança alimentar. Pretendemos ser o principal fornecedor de alimentos para eles", informa Curado.

Planos - Durante a missão, empresas, associações e cooperativas selecionadas pelo Ministério da Agricultura apresentaram  planos de investimento que poderão ter  aporte externo. Entre eles,  encontram-se projetos para aquisição e beneficiamento de terras para  produção,  empresas para produção de leite em pó, criação e processamento de frangos, além de  empreendimentos para armazenamento e comercialização de  grãos e outros produtos de exportação.

Dinamismo - "Os empresários ficaram impressionados com o dinamismo do agronegócio brasileiro. Somos destaque em produtividade. Enquanto, por exemplo,   nossa produção  de grãos  aumenta, em média, 5% ao ano, a área  cultivada amplia-se  em apenas 1%", enfatiza Curado. Em 2011, as empresas  que participaram dessa primeira missão de investimentos continuarão em contato com os  potenciais investidores estrangeiros para verificar a possibilidade de parcerias.

Alimentos - Segundo Curado, há um real desafio em garantir alimentos para todos, pois em função do crescimento populacional e da renda per capita no mundo, há uma tendência global de aumento da demanda por produtos ricos em proteína, como a carne, mas que requerem maior produção de grãos. "Somos os maiores exportadores das carnes bovina e de frango do mundo. Além disso, o Brasil é um dos poucos países  em que a fronteira agrícola ainda não se esgotou", explica.

Exportações - Em 2009, as exportações brasileiras para a Arábia Saudita renderam US$ 1,5 bilhão. Os produtos mais vendidos foram carne de frango (US$ 740 milhões), açúcar (US$ 340 milhões) e milho (US$ 100 milhões). Para os Emirados Árabes Unidos, as vendas alcançaram US$ 1,1 bilhão, com o Kuwait, US$ 340 milhões, Síria, US$ 277 milhões  e Catar, US$ 95 milhões. Em 2011, o Brasil pretende  diversificar ainda mais sua pauta de exportações, ampliando a oferta de produtos exportáveis. Setores pouco explorados, como mel ou produtos do reflorestamento,  deverão receber maior atenção. (Mapa)

OPINIÃO: As justas aspirações do cooperativismo do Paraná

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* Dilceu Sperafico

As cooperativas paranaenses reivindicam investimentos em infra-estrutura com a autoridade de quem mais contribui para o desenvolvimento do Estado. As 240 entidades e seus 600 mil cooperados respondem por 54% do Produto Interno Bruto (PIB), do Paraná, gerando 63,5 mil empregos diretos.

As colocações diretas e indiretas somam 1,4 milhão e o setor treinou 125 mil pessoas em 2010. Com faturamento bruto de 28 bilhões de reais neste ano, contra 25 bilhões em 2009 e apenas seis bilhões em 2000, o sistema recolheu 1,1 bilhão de reais em tributos no atual exercício e irá investir 1,3 bilhão em agroindústrias em 2011, gerando sete mil novos empregos.

As exportações somarão 1,6 bilhão de dólares em 2010, contra 1,47 bilhão em 2009. Os números impressionantes foram revelados no Encontro Estadual de Cooperativistas Paranaenses de 2010, em três de dezembro, em Curitiba, retratando com fidelidade a força do cooperativismo no Estado.

O Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Sistema Ocepar), tem nos dado oportunidades de conhecer um pouco mais desse desempenho em favor de toda a população paranaense.

Ao organizar, assistir tecnicamente, financiar, fornecer insumos, representar os agricultor e receber, beneficiar, estocar, industrializar e comercializar a produção, as cooperativas não atendem apenas o meio rural. Fomentam e sustentam o agronegócio, que é base da economia das cidades de pequeno, médio e grande porte, pois o Paraná como um todo depende do campo.

Nos pequenos e médios municípios essencialmente agrícolas essa dependência é mais explícita, mas a economia de Curitiba e região metropolitana não resistiria muito tempo às frustrações da agropecuária estadual.

O Paraná gira em função do agronegócio, pois até mesmo as atividades tipicamente urbanas estão atreladas ao comportamento do agronegócio. As boas safras não se refletem apenas no aumento das vendas de colheitadeiras, tratores, plantadeiras e caminhões.

Influenciam da mesma forma a demanda de automóveis, geladeiras, televisores, confecções, telefones celulares e outros bens de consumo, cuja fabricação, comércio e manutenção sustentam os empregos e a arrecadação das cidades.

Considerando essa realidade, o sistema cooperativista tem autoridade para cobrar e não apenas solicitar novos e maiores investimentos em infra-estrutura de escoamento, movimentação, armazenagem e exportação da produção. A logística é fundamental para a manutenção do desempenho do campo e a permanência do agricultor na atividade rural.

O produtor quer escoar a produção com mais segurança e menores custos, visando a preservação da remuneração do seu trabalho e investimento e do próprio mercado, com a oferta de alimentos a preços acessíveis aos consumidores.

Como na campanha eleitoral o Sistema Ocepar encaminhou reivindicações aos candidatos ao governo federal e estadual, passadas as eleições, os cooperados têm a expectativa de alguma resposta dos eleitos, a partir de 1º de janeiro.

No Paraná, felizmente, há otimismo com relação ao futuro governo estadual, com promessas de melhorias no Porto de Paranaguá, rodovias, ferrovias e distribuição de energia, entre outros setores essenciais.

O sistema cooperativista anseia a eliminação de gargalos para continuar sendo competitivo, produzindo, exportando, gerando empregos, recolhendo tributos e promovendo o desenvolvimento do Paraná.

* Dilceu Sperafico é deputado federal pelo Paraná

ECONOMIA: Dez cidades concentram 58% do PIB do Paraná

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Um Estado marcado pela produção de derivados de petróleo, veículos, fertilizantes, soja, confecções, energia elétrica, além da presença forte da agroindústria. Esse é o retrato revelado pela pesquisa do Produto Interno Bruto dos Municípios realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dez cidades do Paraná concentram 58% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado. O levantamento traz Curitiba no topo da lista com 24,2% de participação na geração de riquezas do Paraná até pela grande concentração de indústrias Araucária, localizada na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) fica na segunda colocação com 6,1% do PIB do Estado. Neste município é forte a participação da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) com a produção de derivados de petróleo.

São José dos Pinhais e Londrina - A terceira cidade no ranking é São José dos Pinhais com 5,8% do PIB justamente por conta das montadoras de veículos e suas fornecedoras, das empresas do setor metalmecânico e das fabricantes de máquinas e equipamentos. Londrina aparece na quarta colocação com 4,5% do PIB, cidade que é movida principalmente pela agroindústria.

Paranaguá e Maringá- Em seguida, vem Paranaguá com 4% em função das indústrias de fertilizantes e a forte presença do Porto e do processamento de soja. Na sexta colocação aparece Maringá (3,43% do PIB), município fortalecido pela agroindústria e pelas unidades industriais da área têxtil.

Outras - Na sétima posição está Foz do Iguaçu (3,35% do PIB) movida pela geração de energia elétrica em função da presença da Usina Hidrelétrica de Itaipu Para completar os dez municípios vem Ponta Grossa (2,8% do PIB), Cascavel (2,5%) e Pinhais (1,4%) Em serviços, os destaques foram Curitiba, Araucária, Londrina, Maringá e São José dos Pinhais.

Comparativo - Na comparação nacional, Curitiba representa 1,4% do PIB do País e fica na quarta colocação. Junto com São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Manaus, as seis capitais concentram 25% do PIB do País. As cidades paranaenses que têm mais representação no cenário nacional são Curitiba, São José dos Pinhais (0,34%), Araucária (0,36%) e Londrina (0,26%). O Paraná também teve nove municípios entre os 100 maiores PIBs do Brasil que são: Curitiba (4º), Araucária (35º), São José dos Pinhais (38º), Londrina (51º), Paranaguá (58º), Maringá (74º), Foz do Iguaçu (75º), Ponta Grossa (91º) e Cascavel (100º).

Agropecuária - O maior PIB da agropecuária do Estado é do município de Castro com valor adicionado de R$ 298,9 milhões e o 23º maior do Brasil. Esta localidade concentra a produção de leite e derivados e soja. Os outros municípios que compõem o topo da lista do Estado nesta classificação são Tibagi (R$ 216,9 milhões com madeira), Toledo (R$ 206 milhões com grãos e suínos), Cascavel (R$ 176,4 milhões com grãos e aves) e Guarapuava (R$ 157,8 milhões com grãos).Londrina fica na 10ª posição com R$ 133,1 milhões. O valor adicionado da agropecuária representa a riqueza produzida por este setor.

Pesquisa - Os dados fazem parte da Pesquisa do Produto Interno Bruto dos Municípios e são referentes ao ano de 2008. O pesquisador do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Fernando de Lima, destacou que 2008 foi um ano muito bom para a indústria até setembro. Com isso, São José dos Pinhais conseguiu sair da 41 posição entre os 100 municípios com o maior PIB do Brasil para a 38 posição. O estudo também traz informações da renda per capita. No Paraná, a maior é a de Araucária com R$ 94.996 per capita/ano e a menor é Piraquara com R$ 4.532 per capita/ano. Curitiba ficou com valor de R$ 23.696, Londrina com R$ 15902 e a média paranaense foi de R$ 16.928.

Quinta economia do País - O Paraná é a quinta economia do País e responde por 6% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Só perde para São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Segundo o pequisador do Ipardes, Fernando de Lima, os gaúchos ainda superam os paranaenses por terem população e área maiores, além de mais potencial para a agricultura. A indústria do Rio Grande também é mais antiga e fundamentada nos setores de calçados, veículos e petroquímico. (Folha de Londrina)

AGRICULTURA I: Curso forma multiplicadores de práticas sustentáveis

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Gestores e técnicos do agronegócio, meio ambiente, pesquisa, extensão rural, desenvolvimento agrário e agentes financeiros de diversos estados participam de treinamento para nivelamento das práticas sustentáveis do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), nesta semana, em Brasília. O curso de dois dias detalha aspectos técnicos sobre o Sistema de Plantio Direto, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), recuperação de pastagens degradadas, fixação biológica de nitrogênio e cultivo de florestas econômicas. O objetivo é formar multiplicadores para o programa.

Programa - Lançado em junho deste ano pelo governo federal, o Programa ABC coloca à disposição de produtores rurais R$ 2 bilhões, a juros de 5,5% ao ano, para investimento nessas técnicas sustentáveis. O programa consolida as metas do Brasil negociadas na Conferência entre Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP15), em 2009, em Copenhague (Dinamarca). O chefe da Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Derli Dossa, enfatiza que esta é uma oportunidade para o Brasil desenvolver a agricultura mais verde do mundo. "A agricultura ambientalmente correta traz benefícios para a sociedade e para a economia, além de aumentar as vendas externas aos mercados que valorizam a sustentabilidade", ressalta.

Plano setorial - O programa ABC está inserido no Plano Setorial da Agricultura, que faz parte do Programa Nacional de Mudanças Climáticas, coordenado pela Casa Civil da Presidência da República. De acordo com o pesquisador Luiz Adriano Maia Cordeiro, do Departamento de Transferência de Tecnologia da Embrapa, o compromisso brasileiro é reduzir entre 36,1% e 38,9% dos gases, evitando a emissão de cerca de um bilhão de toneladas de CO2 na atmosfera até 2020. "Os processos de transferência de tecnologia e de difusão da programação do ABC se estenderão nos próximos dez anos", destaca.

Renda - Além da preocupação de reduzir a emissão dos gases de efeito estufa na agricultura, as práticas sustentáveis geram renda para o produtor. "Isso significa a melhoria na eficiência e na gestão do negócio no campo", afirma Mauricio Carvalho de Oliveira, Chefe de Divisão de Agricultura Conservacionista da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Mapa.

Treinamentos - O primeiro treinamento terminou nessa terça-feira (07/12) e o segundo será realizado na quinta-feira (09/12) e na sexta-feira (10), na Embrapa Estudos Estratégicos e Capacitação (CECAT), no final da Av. W3 Norte, em Brasília. Informações e inscrições no (61) 3218 2644 e 3218 2978 (Nathália e Soraia) ou pelos e-mails Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo., Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. e Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo..

Reunião - As lideranças do setor agropecuário vão se reunir no próximo dia 14, em Goiânia (GO), para tratar da participação de técnicos e agentes na difusão do programa e da sensibilização dos profissionais para o trabalho naquele estado. A primeira reunião nacional ocorreu em agosto deste ano, em Brasília. (Mapa)

MERCADO I: Oscilações das commodities no foco global

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A volatilidade dos preços das commodities agrícolas permanece alta em comparação a outros mercados e poderá afetar o custo dos alimentos, a segurança alimentar e a renda dos produtores. Mas a situação atual não é muito diferente do que aconteceu nos últimos 50 anos para vários produtos. A conclusão é de um estudo preliminar que a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) submete a seu Comitê de Agricultura esta semana, em Paris, ao qual o Valor teve acesso. A discussão reúne mais de 30 países, inclusive o Brasil, e comprova que a volatilidade das cotações agrícolas entrou definitivamente na agenda internacional.

França - A França confirmou que quer colocar o problema entre as prioridades de 2011 de sua presidência do G-20, que reúne as maiores economias desenvolvidas e emergentes. Paris quer regular melhor os mercados financeiros ligados às commodities. Estima que os derivativos, concebidos como proteção contra grandes flutuações de preços, tornaram-se ativos financeiros como os outros, utilizados para especulação e favorecendo, na prática, as repentinas altas e baixas dos preços agrícolas e de commodities ligadas à energia.

Ritmo - O estudo da OCDE conclui que os casos de saltos de preços da maioria das commodities agrícolas nos últimos 50 anos seguiram um ritmo similar - valorização em um ano seguida de forte queda no seguinte. Além disso, os ganhos agrícolas aconteceram em um contexto de alta de quase todas as matérias-primas, sobretudo petróleo e metais.

Volatilidade - A análise por produto mostra que a volatilidade tem sido, na média, menor para carne bovina e açúcar desde 1960. Na última década, houve mais variações de preços do que no anos 90, mas o mesmo não é verdade em relação aos anos 70 para carne bovina, arroz, soja e açúcar. Entre 2006 e 2010, a volatilidade foi maior que em 1990 para cereais como trigo e arroz. Em 2009, quando vários produtos declinaram, a exceção foi para lácteos e óleo de soja.

Petróleo e fertilizantes - O estudo analisa também se os preços de petróleo e fertilizantes tiveram impacto importante nos preços das commodities agrícolas. Conclui que os maiores impactos mensais do petróleo - que provoca alta nos custos de produção e transporte - é sobre as produções de manteiga, leite em pó e oleaginosas. Anualmente, também tem reflexos importantes sobre milho e trigo. O impacto do petróleo sobre o açúcar é pequeno em razão do uso do bagaço da cana na geração de energia pelas usinas.

Biocombustível - Mas a OCDE diz que o aumento da produção de biocombustível alterou a situação e o açúcar é o único produto que teve ampliada sua correlação com o petróleo quando este é defasado um ano. No caso dos adubos, o maior impacto é na volatilidade de preços de manteiga, leite em pó, arroz, milho, oleaginosas e trigo. O menor impacto é sobre carne bovina e açúcar. Para a OCDE, o recente período de súbitas altas e baixas de preços não é excepcional em relação ao passado, a não ser talvez para trigo e arroz em anos específicos. (Valor Econômico)

ROBERTO RODRIGUES: Logística impede crescimento do agronegócio brasileiro

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O grande gargalo que impede o crescimento do agronegócio brasileiro é a logística, na opinião de Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e ex-ministro da Agricultura . "A principal barreira é logística. O grande dilema do Brasil é logística, a falta de portos, estradas, ferrovias, armazéns."

Cenário - A declaração foi feita na quarta-feira (1º/12), durante evento de lançamento das feiras Induspec Animal Expo&Business e Agrinsumos Expo&Business, previstas para ocorrerem em julho do próximo ano. Apesar deste entrave, Rodrigues garante que o cenário à frente é positivo. "Hoje, na área de logística, a gente tem um projeto, que é o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Se ele sair do papel, muda de figura completamente a questão da infraestrutura no Brasil. Mas é um tema lento demais", admitiu.

Produção - Durante palestra para lançamento dos eventos, Rodrigues destacou números que reforçam o potencial de crescimento do agronegócio brasileiro. "A OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) imagina que, em dez anos, de hoje a 2020, a oferta mundial de alimentos tem que crescer 20% para atender à demanda dos países emergentes. Ela mesma reconhece a contribuição de cada região do planeta da seguinte maneira: Europa: 4%; Austrália: 7%; Estados Unidos e Canadá: de 10% a 15%; Rússia, Ucrânia, China, Índia: em torno de 25%; e o Brasil tem que ser 40%. (...) Não podemos perder esta oportunidade. É um desafio monumental só para alimentos."

Produção - Segundo ele, nos últimos 20 anos, a área plantada com grãos no Brasil cresceu 26% e, no mesmo período, a produção de grãos cresceu 155%. "A produção cresceu seis vezes mais que a área plantada."Ainda com foco no potencial de crescimento da produção agropecuária no país, Rodrigues destacou que, dos 850 milhões de hectares que o Brasil tem, só 8,5% são cultivados, cerca de 70 milhões de hectares. "E pouco menos de 200 milhões de hectares de pasto. Nós não ocupamos hoje nem 30% da área com pastagem e agricultura. E ficam aí nos acusando de destruidores do meio-ambiente, de trabalho escravo."Ele destaca que o país tem hoje cerca de 96 milhões de hectares de pastagens que são aptos para a agricultura. "Só 96, mas é mais do que o setor tem hoje em dia plantados", diz.

Rodada de Doha - Na opinião do ex-ministro da Agricultura, esta enorme capacidade de crescer e atender à demanda mundial por alimentos e energia vinda da agricultura é parte do que impede o progresso da Rodada de Doha. "É isso aqui que bloqueia Doha. Vem um americano e vê isso, vem um australiano e vê isso, vem um alemão e vê isso... ‘temos que segurar esses caras, senão, eles vão comer a gente'. E vamos mesmo. Estamos ganhando mercados sem nenhum acordo comercial, estamos ganhando mercado pela pura eficiência competitiva do produtor rural brasileiro", fala.

Empregos - Sobre a crítica de alguns setores da economia que dizem que o agronegócio emprega pouco e que matéria-prima tem baixo valor agregado no momento da exportação, Rodrigues usa dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para defender o setor. "Os dados oficiais do IBGE dizem que o agronegócio é o setor que mais emprega no país: 37% dos empregos diretos e indiretos vêm do agronegócio, portanto, mais de 1/3. Não é verdade que seja um setor que emprega pouco. Nós representamos 27% do PIB nacional. De modo que tem um peso social no nível de emprego e no nível econômico muito significativo. O saldo comercial do agronegócio é o dobro do saldo comercial do país", defende.

Cadeia ampla - "O agricultor, o pecuarista, quem produz o produto agrícola precisa de adubo, de semente, fertilizante, defensivo, de corretivo, de tratores, de colheitadeira, de arados, grades, carretas, caminhão, insumos que são produzidos pela indústria. O agronegócio é poderoso porque gera uma cadeia de empregos ampla", argumenta. Mas o ex-ministro da Agricultura reconhece que seria importante - e é interesse do setor - exportar itens com maior valor agregado, mas, o problema, neste caso, é a falta de acordos comerciais. "O Brasil exporta 1/3 do café verde do mundo e menos de 3% do café torrado e moído. A Alemanha e a Itália exportam 60% do café torrado e moído e não tem um pé de café. Não adianta a gente querer torrar e moer, porque se não tiver um acordo comercial com os distribuidores lá fora, você não exporta o seu produto. O café chega no porto e morre no porto", diz. "Se não houver acordo comercial, que implica em ação de governo, e também do setor privado, não vai a lugar nenhum." (G1/Globo.com)

VISITAS TÉCNICAS: Analistas do Sescoop/PR se reúnem com 11 cooperativas

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SAFRA 2010/11: Crédito agrícola tem contratação de R$ 35 bilhões

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