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COCAMAR I: Luiz Lourenço pede desburocratização do crédito agrícola

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Em entrevista ao programa CBN Rural, da Rádio CBN Maringá, o presidente da Cocamar, Luiz Lourenço defendeu uma revisão nas normas do crédito agrícola, visando a torná-lo mais acessível e atual. "Primeiro que, para fazer um financiamento no banco, é uma verdadeira operação burocrática de documentos e papeis etc., quando em outra operação, você tem um crédito automático. Então, seria razoável que o produtor tivesse um crédito agrícola como um cheque especial que qualquer cidadão tem. Essa é a primeira coisa: desburocratizar", explica Lourenço. "Segundo, estabelecer mecanismos de garantias de renda. Que o produtor plante, mas não fique com o prejuízo na mão se houver um problema climático, por exemplo", acrescenta.

 

 

Renda - De acordo com Lourenço, "essas questões todas parecem que estão andando, mas não estão andando, não estão solucionando o problema. O produtor não pode, de repente, ter uma frustração de safra e quebrar, isso não é admissível." A seu ver, o seguro precisaria funcionar basicamente nas questões que envolvem mais seriamente o agricultor: garantia de renda, financiamento mais rápido e de uma maneira ágil. "Criar condições de fato para o produtor se preocupar com o que é importante: plantar e colher", afirma.

 

 

Código - Sobre a possibilidade de a votação do novo Código Florestal ser adiada, como vem sendo cogitado, a opinião de Luiz Lourenço é que isto seria "um desastre". "As modificações no Código vão trazer um outro ânimo para a agricultura brasileira", justifica. Lourenço diz que está havendo empenho, por parte de diversos setores, para que ocorra a votação. "Pela primeira vez eu vejo uma movimentação muito grande. Isso é fato e deve ser ressaltado. Agora, o que vamos conseguir é uma incógnita, porque temos um pressão muito grande por parte das ONGs internacionais. Temos também alguns grupos ambientalistas muito primitivos com relação à questão da produção, para eles agronegócio é um palavrão", finaliza. (Imprensa Cocamar)

IBGE: Agropecuária é o setor que mais cresceu na última década

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A agropecuária foi a atividade que mais cresceu nos últimos dez anos. A média do Produto Interno Bruto (PIB) do setor, que representa a soma em valores monetários de todos os bens e serviços produzidos, no período de 2000 a 2010, aponta um crescimento anual de 3,67%, enquanto o PIB geral do país mostra avanço de 3,59% (média por ano). A análise da série história foi feita pelo coordenador de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, José Garcia Gasques, após a avaliação do resultado do último semestre de 2010 e a média final do mesmo ano, divulgados nesta quinta-feira (03/03), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Mudanças - "Podemos citar que os motivos desse crescimento alcançado pela agropecuária nos últimos dez anos são as grandes mudanças que ocorreram na agricultura e pecuária desde o final de 1999", destaca Gasques. Segundo o coordenador, a partir do ano 2000, políticas setoriais como o crédito rural foram destaque na economia brasileira, com a formação de uma curva de crédito em ascenção. Somente no período de 2003 a 2010, mais de R$ 270 bilhões foram aplicados em crédito no país. Os investimentos em modernas máquinas agrícolas, a mudança da política cambial de 1999 (que passou ao câmbio flutuante) e a inserção brasileira no mercado internacional, com o forte comércio de produtos em que antes o país não tinha tradição, como carnes, também foram responsáveis pelo desenvolvimento do setor na última década.   

 

Desempenho em 2010 - A atividade agropecuária cresceu 6,5% em 2010, ocupando o segundo lugar dos setores que mais cresceram no país. O levantamento do IBGE mostra que a economia brasileira cresceu 7,5% no ano passado, e um dos setores que puxaram esse incremento foi o consumo familiar, com 7% de aumento. Em valores, o PIB brasileiro totalizou R$ 3,675 trilhões e, o PIB da agropecuária, R$ 180,8 bilhões. Para o coordenador, a valorização das commodities exerceu importante papel nesse desempenho. "Principalmente quando nos referimos à análise do último semestre de 2010, período em que grande parte das atividades agrícolas já foi encerrada devido ao ciclo da safra brasileira, as exportações são destaque", ressalta Gasques. Ele informa, ainda, que setores específicos, como café, laranja, trigo e cana-de-açúcar também elevaram a taxa deste ano.

 

Crescimento linear - "O resultado positivo apresentado tanto no último ano, quanto na análise da série histórica da última década, mostra que o setor agropecuário vem em um crescimento constante e linear que tende a se repetir nos próximos anos", explica Gasques. Segundo o coordenador de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, em 2011, o Valor Bruto da Produção (VBP), um dos índices que compõem o PIB do setor, pode alcançar, em valores, aproximadamente, R$ 184,2 bilhões, um crescimento de 4,5% em relação a 2010, quando o valor registrado foi de R$ 176,2 bilhões. Confira o estudo do IBGE. (Mapa)

MAIORES ECONOMIAS: Brasil fica em 46.º lugar em ranking de globalização

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Com índice de 3,37, o Brasil ocupou no ano passado a 46.ª colocação num ranking que mede o grau de globalização das 60 maiores economias mundiais, posicionado atrás de quatro outras nações latino-americanas: Chile (29.º), México (36.º), Colômbia (40.º) e Peru (41.º). O Índice de Globalização de 2010, calculado pela consultoria Ernst & Young em parceria com a Economist Intelligence Unit (EIU), mede negócios, investimentos, tecnologia, trabalho e integração cultural com outras economias em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) de cada país. Na sondagem anterior, de 2009, o Brasil ocupava a 47.ª colocação, com índice de 3,13.

 

Capital - O Brasil se destacou na categoria "Capital" (índice 4,70), que indica que o fluxo de recursos para o País é intenso em relação a outras economias. O pior desempenho foi verificado no item "Tecnologia", com índice 2,72. A pesquisa foi feita com base em questionário aplicado a 1.050 executivos de todo o mundo, entrevistas com 20 executivos sênior e líderes de companhias. O primeiro do ranking é Hong Kong, com índice 7,48. O Irã ocupa o último lugar, com 2,27.

 

Investimento - De acordo com a Ernst & Young, 70% dos entrevistados disseram ter planos para aumentar o Investimento Estrangeiro Direto (IED) nos próximos três anos. E 17% dos executivos responderam que aumentarão esse valor em 20% neste período. Em relação aos mercados emergentes, o estudo revela que metade das empresas pesquisadas leva em conta apenas dois aspectos para o planejamento de investimentos: projeções de crescimento econômico e tributação. Além disso, direcionam só uma pequena parte dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D).

 

Desenvolvimento tecnológico - Para os autores do ranking, o desenvolvimento tecnológico continua sendo uma das principais chaves para o aumento do índice de globalização. E foi justamente no item "Tecnologia" que o Brasil recebeu sua nota mais baixa. Para a Ernst & Young, a rápida adoção da internet e de tecnologias móveis pelos mercados emergentes "é um poderoso mecanismo por trás da melhor integração de negócios, capitais e cultura".

 

Retomada da globalização - Em uma visão geral do estudo que acompanha o ranking "Vencendo em um Mundo descentralizado - A globalização e a mudança nos negócios", o índice de globalização dos países aumentou após a crise financeira de 2008 e, conforme a consultoria, essa tendência de alta deve continuar até 2014. Para Luiz Passetti, sócio no Brasil da Ernst & Young Terco, grandes oportunidades de negócios nos mercados emergentes são um dos motivos para a retomada da globalização.

 

Oportunidades - "Essas oportunidades, aliadas ao desenvolvimento da tecnologia e uma recuperação econômica mundial, garantirão um aumento no nível de globalização nos próximos anos", disse. Passetti explicou que, agora, o desafio para as empresas é buscar equilíbrio entre globalização e atuação local. Segundo ele, a convergência entre países desenvolvidos e emergentes eleva o número de mercados estratégicos para as multinacionais. (Agência Estado)

RAMO CRÉDITO I: Credicoamo tem sobras de R$ 28,9 milhões em 2010

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JUROS: Copom eleva taxa básica para 11,75% ao ano

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reajustou nesta quarta-feira (02/03), em 0,5 ponto percentual, a taxa básica de juros (Selic) para 11,75% ao ano. O novo índice ficará em vigor pelos próximos 45 dias, até nova reunião do colegiado de diretores do BC, agendada para dias 19 e 20 de abril. Foi o segundo aumento consecutivo de 0,5 ponto percentual depois da retomada do processo de ajuste monetário, iniciado em janeiro. Em nota divulgada logo depois da reunião, o Copom diz que "dando seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias, [o Copom] decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 11,75% ao ano, sem viés." A decisão foi em linha com a expectativa majoritária dos analistas financeiros, expressa no boletim Focus divulgado pelo BC na última segunda-feira (28/02). (Agência Brasil)

FINANCIAMENTO: Contratações do crédito rural chegam a R$ 56,3 bilhões

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As contratações do crédito rural passaram de 56% do total programado entre julho de 2010 e janeiro de 2011. Nesse período, os produtores contrataram R$ 56,3 bilhões dos R$ 100 bilhões previstos para a agricultura empresarial. O número mostra que os financiamentos do Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011 superaram em 20,5% o volume contratado em período igual no ano passado (R$ 46,7 bilhões). "O resultado reflete o bom cenário para a agricultura no Brasil e no mundo, com os preços das commodities valorizados. A situação estimula tanto o empreendedor como os agentes financeiros que operam o crédito rural", avalia o diretor de Economia Agrícola do Ministério da Agricultura, Wilson Araújo.

Recursos - Os recursos para custeio e comercialização ultrapassam R$ 42 bilhões, o que representa quase 56% do valor previsto para safra atual (R$ 75,5 bilhões). Os desembolsos dos programas de investimento chegam a R$ 8,3 bilhões. Além desses recursos, o governo colocou à disposição linhas especiais de crédito. Destaque para o Programa de Sustentação do Investimento (PSI-K), voltado à compra de máquinas de equipamentos agrícolas. Até janeiro, 93% do programado já estavam nas mãos dos produtores. São R$ 3,7 bilhões dos R$ 4 bilhões direcionados a essa linha de financiamento.

 

Cooperativas - O crédito rural destinado a cooperativas também está com bom desempenho. Por meio do Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro) já foram liberados R$ 1,7 bilhão, 88,2% do programado no Plano Agrícola e Pecuário. Outros R$ 869 milhões foram contratados pelo Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop), o equivalente a 43,5% do previsto para safra.

 

Médio produtor -  Já para o médio produtor foram liberados cerca de R$ 3,2 bilhões dos R$ 5,65 bilhões, entre julho de 2010 e janeiro de 2011, pelo Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp). No segmento de custeio e comercialização, esse valor chega a R$ 2,4 bilhões, ou 63% do programado. Para investimento, as contratações alcançaram R$ 700 milhões contra R$ 436 milhões no mesmo período do ano anterior. (Mapa)

Acesse na íntegra o Plano Agrícola e Pecuário

PARANÁ COMPETITIVO: Programa vai reinserir o Estado na agenda dos investidores, diz Richa

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O governador Beto Richa lançou nesta quinta-feira (23/02), em Londrina, as primeiras medidas do programa Paraná Competitivo, ao assinar dois decretos que alteram a política fiscal do Estado. "Com os novos incentivos vamos reinserir o Paraná na agenda dos investidores", afirmou. "Queremos retomar a trajetória de atração de investimentos produtivos - nacionais e internacionais - e dar total apoio para as empresas locais que queiram expandir suas atividades", afirmou o governador.

Grupos empresariais -Segundo o governador Beto Richa, cerca de 40 grupos empresariais já procuraram o Paraná neste ano para conhecer os incentivos oferecidos pelo governo. "Houve uma mudança no conceito de governança e uma nova postura de governo, com diálogo e respeito. Isso está sendo percebido pelos investidores, que também procuram segurança jurídica", afirmou Richa na solenidade realizada na Associação Comercial e Industrial de Londrina (ACIL).


Moderna - Richa destacou que a nova política fiscal é moderna, leva em conta os interesses do Estado na concessão de benefícios e torna mais flexível a negociação com os investidores. "Vamos analisar caso a caso. Todos os pedidos de incentivos vão passar por trêss comitês, um técnico, um consultivo e um decisório. Eles é que vão estabelecer o tipo de apoio fiscal possível, de acordo com critérios como o tipo do investimento, impacto econômico e grau de inovação", explicou.


Percentual - A nova política fiscal altera também o percentual do ICMS a ser diferido. Antes os valores eram fixos e estabelecidos de acordo com as regiões do Estado. A partir de agora o benefício vai variar de 10% a 90%, inclusive para cidades que não possuíam o benefício, como Curitiba, São José dos Pinhais e Araucária. O índice a ser aplicado será definido nos comitês formados por técnicos e secretários de Estado. Além disso, haverá um conselho consultivo formado por entidades representativas da indústria, comércio, agricultura, transporte e das cooperativas.


Prazo - A mudança no prazo de dilação do ICMS é outra novidade. Fixado por decreto, o tempo de dilação era de quatro anos, mais quatro para pagamento. Com a nova política o período foi flexibilizado e varia de dois a oito anos, e até oito anos para recolhimento.


Energia elétrica - O imposto que incide sobre energia elétrica acompanha a mesma lógica. Além disso, o mesmo benefício poderá ser concedido para o tributo incidente sobre o uso do gás natural. "Outra alteração inovadora é a possibilidade de beneficiar com dilação de ICMS indústrias que estejam em recuperação judicial", informou o secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros.


Recuperar tempo perdido - Para o secretário da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, o programa de incentivos vai ajudar a recuperar o tempo perdido em relação ao crescimento econômico do Paraná. Ele lembrou que de 2003 a 2009 a participação paranaense no PIB nacional caiu de 6,4% para 5,9%, e a participação nas exportações encolheu de 9,8% para 7%. "Perdemos ritmo e ficamos para trás neste início de século, que foi um tempo de expansão da economia em todos os níveis", avalia.


O Programa - O lançamento da nova política fiscal é a primeira etapa do programa Paraná Competitivo e se enquadra na linha de ação denominada Fomento, Incentivos e Crédito. Além dessa há mais três: qualificação e capacitação da mão de obra; infraestrutura e internacionalização, incluindo atração de investimentos, e comércio exterior.


Participação - Além das secretarias de Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul e da Fazenda, também participam da elaboração do Paraná Competitivo as secretarias de Assuntos Estratégicos, Planejamento, Meio Ambiente, Trabalho e Emprego, Infraestrutura e Logística, a Agência de Fomento, BRDE, Copel, Compagás, Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Lactec, Ipardes. A formatação fiscal contou ainda com sugestões do setor produtivo e dos municípios. (AEN)


Link para acessar tabela com as principais mudanças na política fiscal.

CÓDIGO FLORESTAL: Governo cogita adiar prazo para averbação da reserva legal

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O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, disse que o governo conta com a possibilidade de a reforma do Código Florestal não ser votada antes de 11 de junho, quando termina o prazo para averbação da reserva legal das propriedades rurais. Ele acrescentou que, neste caso, será necessário adiar novamente a data limite, estendida em 2009. As articulações neste sentido estariam sendo iniciadas.

Data limite - O assuntou voltou à tona nas últimas semanas, pela aproximação da data limite e pela previsão de que o tema deve ser votado no Congresso em março. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) sustenta que, se todos os produtores averbarem ao menos 20% de suas propriedades como reserva, o setor terá de abandonar 20 milhões de hectares. Os ambientalistas defendem que, da forma como foi arrematada pelo relator, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), a reforma anistia os desmatadores.

 

Consenso - O ministro da Agricultura disse estar em busca de um consenso com a área ambiental. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, declarou na última semana que ainda não há um acordo. Ela afirma que não vai aceitar anistia a desmatador que derrubou florestas sabendo estar infringindo a legislação.

 

Proposta - Na avaliação de Rossi, para que o assunto passe no Congresso, é primeiro necessário uma proposta sem pontos radicais. Ele disse que o governo não vai apresentar uma segunda proposta, mudando a relatada por Rebelo, como foi cogitado. "Há coisas que precisam ser alteradas simplesmente no modo como foram escritas." Por outro lado, disse que há risco de confrontos no Congresso e que, se a bancada rural ou a do meio ambiente não estiverem dispostas a ceder, a reforma não deve passar antes de junho. "Se a reforma não for concluída, teremos de trabalhar com novos prazos para os produtores", acrescentou.

 

Área - Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a área das lavouras passou de 40 milhões para 77 milhões de hectares entre 1975 e 2006. Mesmo assim, a de matas e florestas teria aumentado de 70 milhões para 100 milhões de hectares no mesmo período. Essas florestas abrangem vegetação natural e plantada mantida nas propriedades rurais para pastoreio, preservação permanente ou reserva legal.

 

Banco do Brasil - O Banco do Brasil recuou da posição de alerta em relação ao prazo. Principal agente financeiro do crédito rural, havia lançado circular avisando que, a partir de 12 de junho, não liberaria mais financiamentos para produtores que não tenham averbada a reserva legal. A medida provocou reação do setor produtivo, que alega que a instituição não pode considerar as propriedades irregulares antes de uma definição do governo. Até que novos prazos sejam afixados, a questão tende a ficar indefinida. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

RECEITA FEDERAL: Prazo de declaração de débitos e créditos tributários é prorrogado

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A Receita Federal prorrogou para a próxima quarta (23/02) o prazo para a entrega da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) pelas empresas. O prazo anterior vencia na terça-feira passada (15). A instrução da Receita foi publicada nesta sexta-feira (18/02) no Diário Oficial da União. A DCTF deve ser preenchida por todas as empresas tributadas pelo imposto de renda, nos termos estabelecidos pelo Lucro Real e Lucro Presumido, a partir do limite estabelecido em lei. A declaração conterá as informações relativas aos tributos e às contribuições apurados pela empresa mês a mês, os pagamentos, eventuais parcelamentos e as compensações de créditos, como as informações sobre a suspensão da exigibilidade do crédito tributário. (Agência Brasil)

RAMO CRÉDITO I: Sicredi é destaque no grupo de elite das instituições Top5 do BC

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Pelo terceiro ano consecutivo, o Sicredi figura entre as cinco melhores instituições em projeções econômicas do Brasil e inicia 2011 com Top5 de janeiro nos indicadores IPCA e Taxa de Câmbio, conforme ranking divulgado nesta quarta-feira (09/02) pelo Banco Central (BC).

Precisão e consistência - No ranking de 2010, que analisou mais de 100 instituições financeiras e empresas de consultoria, o Sicredi foi premiado por sua precisão e consistência nas projeções encaminhadas semanalmente para o Banco Central do Brasil. A proposta da autoridade monetária é identificar e premiar as instituições participantes do Sistema Expectativas de Mercado mais bem posicionadas nos rankings mensais ao longo do ano.

Modelos e análises - Paulo Barcellos, Diretor de Economia e Riscos do Banco Cooperativo Sicredi, explica que as projeções realizadas são resultantes de modelos econométricos e análises muito detalhadas sobre as variáveis, cujos resultados vêm sendo bons e reconhecidos não só pelo Banco Central, mas também por veículos como a Agência Estado. "Esse resultado, novamente reconhecido pela autoridade monetária, demonstra a consistência do Sicredi em antecipar eventos futuros, baseados em projeções econométricas e avaliações qualitativas", destaca.

Ambiente favorável - Para 2011, Barcellos aponta um ambiente favorável para os negócios. "Temos algumas incertezas sobre a economia internacional, em particular sobre a situação na Europa e nos EUA, mas acreditamos que o crescimento mundial, incluindo países emergentes, deva ficar próximo de 5%, o que é muito bom", indica. No Brasil, o mercado interno está muito aquecido, com geração líquida de empregos formais acima de 2 milhões por ano, o que mantém as vendas no varejo elevadas e oportunidades para as Cooperativas que fazem parte do Sicredi. "O Banco Central terá o desafio de evitar uma aceleração da inflação, especialmente com a elevação da Selic, o que fará o PIB crescer ao redor de 4%", acredita.

Impacto - Essas projeções têm impacto inclusive nos produtos e serviços oferecidos pelo Sicredi a seus associados. Segundo as estimativas da área de Economia e Riscos, com o crescimento do poder de compra interno, da geração de empregos, um bom cenário para o agronegócio, entre outros, o Sicredi tem um ambiente muito propício para continuar a crescer e ganhar market share.

Sobre o Sicredi - O Sicredi é um conjunto de 119 cooperativas de crédito, integradas horizontal e verticalmente. A integração horizontal representa a rede de unidades de atendimento (mais de 1.000 unidades de atendimento), distribuídas em 11 Estados* - 881 municípios. No processo de integração vertical, as cooperativas estão organizadas em cinco Cooperativas Centrais, uma Confederação, uma Fundação e um Banco Cooperativo, que controla as empresas específicas que atuam na distribuição de seguros, administração de cartões e de consórcios. Mais informações no site sicredi.com.br. (Imprensa Sicredi)

* Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Pará, Rondônia, Goiás e Bahia.

INTERCÂMBIO: Ocepar recebe missão de sojicultores norte-americanos

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TENDÊNCIAS: Volume de contratos da BMeF recua em janeiro

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A BM&FBovespa registrou no mês passado um volume de 157.202 contratos negociados na bolsa, entre futuros e opções. O resultado representa quedas de 13,5% em comparação ao mesmo período do ano passado e de 0,1% ante os negócios de dezembro. Apesar da baixa da liquidez, em receita os contratos agropecuários apresentaram aumento de 36,2% ante janeiro do ano passado, porém recuo de 0,7% sobre dezembro. No total, o movimento do mês passado foi de R$ 4,7 bilhões. O destaque de janeiro foram os negócios com boi gordo, commodity agropecuária mais negociada na bolsa. Representando 38% do volume total, foram movimentados 61.105 contratos, desempenho que representou uma queda de 15,4% sobre janeiro de 2009. Em receita, no entanto, os contratos de boi somaram R$ 1,87 bilhão, 25,7% mais que em janeiro mas 19,5% menos que em dezembro.

Café - Segundo principal contrato agropecuário da BM&FBovespa, o café teve um giro de 43.758 contratos no mês passado, volume 11,4% inferior a janeiro de 2009 e 2,7% mais magro que em dezembro. Apesar de menor em volume, em receita o café superou os negócios com boi gordo. Em janeiro, o volume financeiro do foi de R$ 2,1 bilhões, um expressivo aumento de 45,3% sobre o mesmo mês do ano passado e de 9,5% ante dezembro. (Valor Econômico)

INFRAESTRUTURA: DER identifica ações para integrar modais de transporte

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O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) diagnosticou as ações administrativas necessárias para a integração do setor rodoviário aos demais modais de transporte e aumentar a competitividade do Estado. Segundo o diretor-geral do DER, Amauri Medeiros Cavalcanti, o órgão, junto com a Secretaria de Infraestrutura e Logística, deve atender as reivindicações do setor produtivo, tanto no segmento de obras como no gerenciamento da operação de rodovias pelas concessionárias.

Plano diretor - Entre as ações ,Cavalcanti apontou como fundamental a análise do plano diretor que está em fase de contratação, para a licitação das linhas de transporte intermunicipal de passageiros. Modernização e ampliação do ferry-boat na baía de Guaratuba é outra ação prevista. O estabelecimento de um programa contínuo para o desenvolvimento dos projetos de engenharia com o fortalecimento do setor gerencial é mais uma ação defendida pelo diretor-geral, que melhora a aplicação de recursos e reduz custos. Outra proposta é a implantação de modelo gerencial nas áreas de gestão para estudos técnicos e financeiros, que devem ser elaborados com as polícias rodoviárias Estadual e Federal e Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O objetivo é estabelecer programa permanente de segurança e reduzir de acidentes nas estradas.

Patrulhas mecanizadas - Cavalcanti destaca que a implantação das patrulhas mecanizadas é fundamental para atender as comunidades do interior e defende o desenvolvimento de planos e programas de médio e longo prazo para a recuperação de rodovias. Outras propostas são de estudos imediatos para obras previstas no plano do governo estadual, a avaliação de obras previstas no PAC e no Governo Federal, visando a imediata negociação e viabilização, e mais a consolidação de projetos administrativos para o uso e exploração das faixas de domínio ao longo das rodovias estaduais.

Inovações - "As ações previstas para o Departamento de Estradas de Rodagem estão no Diagnóstico Institucional, solicitado pela Secretaria de Infraestrutura e Logística. Estabelecemos novas metas gerenciais a serem alcançadas, a certificação dos fornecedores de asfalto, realização de encontros técnicos, padronização da metodologia de desapropriação de trechos, reimplantação do boletim de desempenho e a continuação dos Programas de Estudo e Qualidade", acrescentou o diretor-geral.

Preços - O DER ainda pretende rever a tabela de preços, sincronizar as especificações de serviços com tabelas de preços e projetos, além de criar normas para absorção de trechos de rodovias municipais coincidentes com rodovias estaduais. (AEN)

SHOW RURAL: Iapar vai mostrar técnicas conservacionistas no evento

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Terraceamento, uso de dejetos da criação de suínos e aves, adubação verde e equipamentos para plantio direto serão expostos pelo Instituto Agronômico do Paraná, no Show Rural Coopavel, que será realizado em Cascavel, de 7 a 11 de fevereiro. "Daremos ênfase às tecnologias conservacionistas. É possível conciliar alto nível de produtividade com respeito ao solo e ao meio ambiente", resume o agrônomo Adelar Motter, coordenador das unidades demonstrativas do instituto no Coopavel.

Destaque - O destaque deste ano é a unidade de terraceamento em plantio direto. Muitos produtores estão desmanchando essa proteção contra as enxurradas e substituindo por palhada. Isoladamente, essa técnica não é suficiente para evitar o escorrimento de água, e muitas propriedades têm sulcos de erosão, mesmo em solos com cobertura de palha. O Iapar dá recomendações sobre espaçamento e as melhores alternativas para construção e manutenção de terraços em nível para proteger o terreno contra a erosão superficial.

Cobertura e adubação verde - As plantas para cobertura e adubação verde, integrando sistemas de rotação de culturas, são opções igualmente recomendadas pelos pesquisadores. Os benefícios do uso de crotalária, mucuna, linhaça, guandu e dezenas de outras plantas poderão ser conferidos no Show Rural. De acordo com o pesquisador Ademir Calegari, a utilização dessas plantas beneficia todos os atributos (químicos, físicos e biológicos) do solo; contribui para um maior equilíbrio ambiental e ainda facilita o aumento da biodiversidade - o que estimula a presença de inimigos naturais e, consequentemente, pode diminuir a infestação de pragas, doenças e nematóides nas lavouras comerciais cultivadas em sequência.

Adubo - Outra técnica que contribui para a rentabilidade do produtor e protege o ambiente é usar nas lavouras os resíduos da criação de suínos e aves. De acordo com a pesquisadora Graziela Barbosa, a adubação com esses dejetos, aliada ao plantio direto, pode ser uma alternativa para a redução de custos com adubação mineral. "Também melhora o controle da erosão porque a adição de matéria orgânica no solo amplia a capacidade de retenção e infiltração de água no solo e, consequentemente diminui o escorrimento na superfície", explica.

Cuidado - Graziela alerta que o produtor não pode jogar esses dejetos à vontade. "Trata-se de um resíduo altamente poluente, é preciso aplicar com cuidado para não contaminar o solo e os rios", explica ela. Por isso, as equipes do Iapar vêm há alguns anos estudando a dosagem adequada desses dejetos para cada tipo de solo, de modo a reduzir o uso de adubo mineral e dar um fim nos dejetos de modo seguro ao meio ambiente. Já foi possível obter resultados promissores, que podem ser conferidos no Show Rural.

Agricultura familiar - Desde a década de 70, os pesquisadores do Iapar vêm desenvolvendo e adaptando equipamentos para plantio direto na pequena propriedade. No Show Rural, os pesquisadores apresentam alguns implementos desenvolvidos em duas linhas de trabalho: para produtores que somente dispõem de tração animal e para os agricultores que utilizam tratores de baixa potência. (AEN)

MERCADO FUTURO: Commodities continuam em ritmo de alta

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Os preços das principais commodities agrícolas negociadas pelo Brasil tiveram nova alta em janeiro. Cálculos do Valor Data baseados nas médias mensais dos contratos futuros de produtos negociados na bolsa de Chicago (soja, milho e trigo) e de Nova York (açúcar, algodão, cacau, café e suco de laranja) mostram que todos encerraram janeiro com ganhos em relação a dezembro. As altas variaram de 3,57% (cacau) a 9,51% (algodão). Quase todos, com exceção do cacau, se valorizaram em relação às médias de janeiro do ano passado. No caso do algodão, as cotações dobraram.

Controle - A elevação dos preços dos alimentos e a instabilidade política que ela pode causar estimulam pressões pela criação de mecanismos de controle. O presidente da França, Nicolas Sarkozy, enviou carta à presidente Dilma Rousseff na qual reitera que o G-20, sob sua presidência este ano, terá como uma de suas prioridades reduzir a volatilidade dos preços. A França caminha em direção a propostas de intervenção direta nos mercados, das quais o Brasil discorda.

Inflação - A alta das commodities ajudou a deteriorar as expectativas de inflação. A previsão do IPCA subiu de 5,53%, na semana passada, para 5,64%, segundo o boletim Focus, do Banco Central. (Valor Econômico)

CAFÉ: Produtores terão mais prazo para contratar financiamentos

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Produtores e cooperativas de café terão mais prazo para contratar financiamentos destinados a operações de vendas futuras do produto. O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou a prorrogação da data de vencimento da linha de crédito para 30 de junho de 2011. Antes, o limite para contratação era 1º de dezembro de 2010. "O governo identificou que ainda há demanda pelo financiamento, já que o preço do grão está favorável no mercado internacional, e queremos estimular a participação dos produtores nos mercados futuros e de opções", informa o diretor do Departamento do Café do Ministério da Agricultura, Robério Silva.

Linha - A linha de crédito de R$ 50 milhões foi criada em agosto de 2010. Os recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) do Ministério da Agricultura podem ser usados para o financiamento de margens de garantia e de ajustes diários em operações de vendas futuras, realizadas por bolsas de mercadorias e de futuros. A margem de garantia é o valor exigido de todos os clientes para cobrir os riscos dos contratos em aberto. Os ajustes diários são decorrentes das oscilações de preços do produto negociado, com base nas expectativas de oferta e demanda desse mercado. O crédito também pode ser utilizado na aquisição de prêmios de contratos de opções de venda. Opção é uma modalidade de contrato futuro em que se negocia determinada commodity por um preço pré-fixado.
       
Estoques públicos - O CMN aprovou também a ampliação do prazo para que indústrias de café possam acessar o recurso do Fundo de Aquisição de Café (FAC) para compra de estoques públicos do produto. O prazo passou de 30 de janeiro para 30 de abril de 2011. Hoje, existem 486 mil sacas de café no estoques do Funcafé. O Conselho ainda criou linha de crédito de investimento para a recuperação de lavouras de café atingidas por granizo em Minas Gerais, a partir de 1º de outubro do ano passado. Cada produtor terá R$ 400 mil de limite de empréstimo com prazo de pagamento de seis anos. O fundo tem R$ 40 milhões disponíveis para a concessão do crédito. O novo prazo é até 30 de abril deste ano. "Temos que ficar atentos a problemas climáticos que podem atingir regiões localizadas e estarmos prontos a agir para proteger os produtores afetados", diz Silva.
 
Cacau - A renegociação de dívidas dos produtores de cacau também teve seu prazo alterado pelo CMN. Os interessados terão agora até 31 de maio de 2011 para manifestarem interesse em aderir ao processo de renegociação; até 30 de junho de 2011 para a liquidação da operação ou amortização mínima exigida do mutuário como condição para renegociação de suas dívidas; e os agentes financeiros até 31 de julho de 2011 para formalizarem as renegociações. Acesse a íntegra dosvotos agrícolas do Conselho Monetário Nacional (Mapa)

EXPECTATIVA: Emergentes tiveram destaque no primeiro dia do Fórum de Davos

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As economias emergentes tiveram destaque no primeiro dia de encontro do Fórum Econômico Mundial de Davos (Suíça). Em sua inauguração, o fórum ressaltou que o crescimento global foi possível pelos impulsos das economias emergentes asiáticas e latino-americanas, da Alemanha e pela recuperação dos Estados Unidos. Mas o fórum também deu destaque à crise de endividamento da zona do euro e aos problemas dos países periféricos da Europa. Os economistas reunidos em Davos ressaltaram que as expectativas de crescimento para este ano são positivas, apesar de ainda existir um elevado nível de incerteza.

Crescimento fraco - O professor de Economia da Universidade de Nova York Nouriel Roubini - famoso por ter antecipado a crise financeira mundial - previu um crescimento fraco nos próximos três anos nos Estados Unidos, Europa e Japão e manifestou dúvidas em relação à Alemanha, apesar de o país ter crescido 3,6% no ano passado. Segundo Roubini, o mercado imobiliário teve uma nova queda nos EUA e não há perspectivas de redução do elevado déficit fiscal americano a longo prazo.

Espanha - Além disso, o analista alertou no Fórum de Davos, assim como no ano passado, para o perigo de que a Espanha necessite de um resgate, devido às graves consequências que isso teria para a coesão da zona do euro, já que se trata de sua quarta economia. Em um dos primeiros encontros do fórum de Davos, no qual se analisou a situação da economia global, Roubini afirmou que "a Espanha é muito grande para cair".

Subprime - O analista econômico americano, um dos destaques no fórum de Davos, previu a recessão econômica pelo colapso das hipotecas lixo (subprime), algo que foi considerado exagerado na ocasião, mas que um ano depois foi confirmado com a eclosão da crise financeira. Em 1971, o fundador do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, convidou cerca de 440 empresários de todo o mundo a Davos para debater a situação da economia global. Após 40 anos, são 2,5 mil os convidados, entre executivos de grandes empresas e líderes políticos, econômicos e financeiros.

Delegações - A crescente importância de economias emergentes como China e Índia se reflete no aumento de suas delegações em Davos, cuja presença este ano é mais forte do que nunca. Os EUA têm o maior grupo de participantes, apesar de a presença da Índia ter aumentado para 140 pessoas e a da China já representar 5,3% do total. O modelo econômico da China, que vivenciou um extraordinário crescimento, é insustentável, segundo o ex-vice-presidente do Banco Central chinês, Zhu Min, atualmente assessor do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Presenças - Estão presentes em Davos alguns executivos-chefes e presidentes de grandes bancos internacionais que estiveram ausentes por dois anos por causa da crise financeira. Participam do fórum os presidentes do banco americano JP Morgan, Jamie Dimon; do suíço UBS, Oswald Grübel; e do Citigroup, Vikram Pandit.

Elite empresarial - A elite empresarial do Fórum Econômico Mundial de Davos constatou o avanço da América Latina na nova ordem mundial, em meio à migração do poder das potências tradicionais do Ocidente para as economias emergentes do sul e do leste. "Esta é a década da América Latina, com o Brasil organizando a Copa do Mundo (de 2014) e os Jogos Olímpicos (2016). E na Ásia, não se trata apenas de Índia e China, mas também de lugares como Paquistão, Bangladesh, Tailândia", disse o diretor-executivo da WPP, o segundo maior grupo de publicidade do mundo, Martin Sorrell, em um dos painéis de debate de Davos.

Otimista - No mesmo sentido, o presidente do Citibank, William Rhodes, afirmou estar "otimista" sobre a situação econômica da América Latina, região a qual qualificou "sem dúvidas" como o mercado emergente da década, juntamente à Ásia. "O que estamos vendo é uma desaceleração no mundo ocidental e o crescimento dos mercados emergentes. É uma mudança completa na balança do poder", assegurou, por sua vez, o presidente da companhia indiana de informática Wipro, Azim Premji.

Dez mercados emergentes mais atrativos - Em meio aos diversos sinais sobre o avanço latino-americano, um estudo divulgado em Davos dos grupos de logística Agility e Transport Intelligence afirma que três países da região - Brasil, México e Chile - estão entre os dez mercados emergentes mais atrativos do mundo para investimentos no setor. O Brasil ocupa o terceiro lugar nesta lista, atrás de China e Índia, enquanto o México está em sétimo lugar e o Chile em nono, segundo o relatório "Olhando além dos BRIC: novas estrelas do amanhã". (G1.com / Gazeta do Povo)

FAO: Organismo já vê crise alimentar e mais instabilidade

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O mundo caminha para uma crise alimentar que ameaça causar instabilidade política, e é necessário impedir a especulação com o preço das commodities. O diagnóstico é de Jacques Diouf, diretor-geral da FAO, o braço das Nações Unidas para agricultura e alimentação, e vem na esteira da pressão na mesma direção exercida pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, que ocupa a presidência do G20 em 2011 e fez do tema uma de suas principais bandeiras.

Preços - "Os preços mais altos e voláteis continuarão nos próximos anos se deixarmos de combater as causas estruturais dos desequilíbrios no sistema agrícola internacional", afirmou Diouf ao jornal japonês "Nikkei". Em entrevista por escrito, o senegalês disse que o mundo pode estar à beira de outra grave crise alimentar, e que os subsídios e tarifas sobre produtos agrícolas têm papel importante na distorção do equilíbrio entre oferta e procura. A França é o país da União Europeia que mais concede subsídios a seus agricultores.

Relatório - Em relatório publicado recentemente, a FAO informou que seu índice global de preços de alimentos bateu recorde em dezembro, superando inclusive os níveis de 2008, quando uma alta generalizada no custo da alimentação desencadeou distúrbios em diversos países. Devido a adversidades climáticas em países produtores e exportadores, os preços de vários grãos, que já estão elevados, podem subir ainda mais neste ano.

Mais pobres - Diouf lembrou que as populações mais pobres novamente serão as mais afetadas, e que isso "vai gerar instabilidade política em [alguns] países e ameaçar a paz e a segurança mundiais". Como Sarkozy, Diouf afirmou que há "uma necessidade premente de novas medidas de transparência e regulamentação para lidar com a especulação sobre os mercados futuros de commodities agrícolas". O presidente francês destacou no início da semana que até no mercado financeiro há mais controle do que nas commodities.

Aumento - A FAO estima que nos próximos 40 anos será necessário um aumento de 70% na produção agrícola mundial e de 100% nas nações em desenvolvimento para atender à demanda derivada do aumento populacional. Para isso, calcula Diouf, é preciso uma verba de US$ 44 bilhões por ano em ajuda oficial ao desenvolvimento agrícola. Os investimentos privados, por sua vez, terão de passar de US$ 60 bilhões para US$ 200 bilhões por ano. Esses recursos, acrescentou, devem ser usados para financiar pequenas obras de controle hídrico, silos, estradas vicinais, portos pesqueiros e abatedouros nos países em desenvolvimento. (Reuters / Valor Econômico)

INFRAESTRUTURA II: Seminário define estratégias para sistema viário do Paraná

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A Secretaria de Infraestrutura e Logística realiza, nos dias 2 e 3 de fevereiro, o Seminário de Diagnóstico Institucional, que discutirá ações para desenvolver o sistema viário paranaense nos modais rodoviário, marítimo, ferroviário, hidroviário e aéreo. O evento terá a participação dos dirigentes das secretarias de Transportes e Obras, órgãos que deram origem à nova pasta, da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), da Ferroeste S.A. e do Departamento de Estradas de Rodagem (DER). "É o momento de assumir uma nova identidade com valores calcados na ética, na busca de resultados, na motivação e no trabalho de equipe", destaca o diretor-geral da Infraestrutura e Logística Aldair Wanderley Petry. Segundo ele, o encontro visa a integração entre as unidades e a modernização da gestão pública através da agilidade, inovação e criatividade.

Características - O Diagnóstico Institucional foi elaborado com a finalidade de identificar as características estruturais dos órgãos e seu funcionamento. O trabalho, coordenado pelo gabinete do secretário José Richa Filho, compreende o sumário executivo, visão sistêmica do órgão, aspectos estratégicos, aspectos econômico-financeiros, administrativos e operacionais, situações críticas, projetos, propostas e prioridades. "A importância do Porto de Paranaguá e dos rios navegáveis para a economia, o trabalho da ferrovia estadual em favor dos produtores, a necessária facilitação da circulação de pessoas e mercadorias pelas rodovias e a agilidade que os aeroportos trazem para a logística estadual serão potencializados com o Plano de Governo da secretaria de Infraestrutura e Logística na gestão 2011-2014", ressalta Petry.

Ações - O Diagnóstico Institucional da Secretaria de Infraestrutura e Logística dará suporte ao processo de consolidação das informações internas e auxiliará na definição de rumos da administração. Entre os pontos estratégicos que os técnicos detalharão nos dias 2 e 3 de fevereiro, no auditório do DER, estão as ações fundamentais para o desenvolvimento econômico como a implantação de sistemas de transporte de alta eficiência, incluindo dutos. A ampliação da capacidade de exportação, o aumento do fluxo de cargas aéreas e as facilidades viárias necessárias para aumentar a competitividade das empresas paranaenses também serão temas abordados.

Outros temas - O evento discutirá ainda as instalações para o aumento do fluxo de turistas, incluindo demandas para a Copa do Mundo de 2014 e das viagens de negócios, e a eliminação de gargalos logísticos. Com o Diagnóstico Institucional a secretaria estabelecerá o contrato de gestão com os dirigentes, baseado na cobrança de resultados. (AEN)