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RAMO CRÉDITO II: Cooperativas de crédito respondem por 13% dos financiamentos de custeio

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Com base em dados do sistema cooperativista e do Banco Central, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) acaba de divulgar resultados de levantamento sobre a participação das cooperativas de crédito na liberação de crédito rural. Segundo o estudo, em 2010, de R$ 81 bilhões (volume total de recursos liberados no crédito rural), as cooperativas de crédito participaram com 13% do volume total emprestado em custeio, ultrapassando a cifra R$ 5,8 bilhões; com 7% do crédito para investimento (mais de R$ 1,3 bilhão) e com 4% do crédito para comercialização, ou cerca de R$ 511 milhões. (O Estado de São Paulo)

FINANCIAMENTO: Crédito rural pode superar 95% dos recursos programados

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A concessão do crédito rural, no período de julho de 2010 a junho de 2011, pode chegar a mais de 95% do valor de R$ 100 bilhões previstos. A confirmação deve ocorrer se for mantida a taxa de crescimento do ano passado para os meses de abril, maio e junho, no valor de R$ 26,7 bilhões. O diretor do Departamento de Economia Agrícola da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Wilson Araújo, explica que, se a previsão for confirmada, será o maior percentual da série histórica da agricultura empresarial. Desde a safra 1999/2000, quando atingiu R$ 11,8 bilhões, o valor aumenta consideravelmente. No ano passado, o percentual chegou a 91% do programado, com R$ 84,4 bilhões.

Custeio e comercialização - De julho de 2010 a março deste ano, os recursos para custeio e comercialização ultrapassaram os R$ 51 bilhões, o que representa 68,2% do valor previsto para a safra atual (R$ 75,5 bilhões). Os desembolsos dos programas de investimento chegaram a R$ 10,2 bilhões, o equivalente a um aumento de 39,8% em relação ao mesmo período do ano passado.

 

PSI - Lançado em 2009 para combater os efeitos da crise financeira mundial, o Programa de Sustentação de Investimento (PSI-BK) utilizou 107% dos valores previstos (R$ 4 bilhões), chegando a R$ 4,3 bilhões, de julho de 2010 a março deste ano. O montante corresponde a um aumento de 41,8% do valor financiado no mesmo período do ano passado. A contratação dentro desse programa ocorreria até o mês de março, mas foi prorrogada até dezembro de 2011 a fim de manter o ritmo do crescimento econômico. O programa tem como finalidade financiar bens de capitais, inclusive máquinas e equipamentos agrícolas e estruturas de armazenagem.

 

Médio produtor - O médio produtor rural também teve acréscimo nos desembolsos. Até março de 2011, foram liberados R$ 3,7 bilhões de recursos por meio do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp). No mesmo período do ano anterior, os recursos liberados haviam chegado a R$ 2,4 bilhões. "É um aumento de 52%, com perspectivas de aumentar ainda mais", estima Wilson Araújo.

 

Cooperativas - O crédito rural destinado às cooperativas também registrou um bom desempenho. É o caso do Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro), do qual foram utilizados 111% do programado, sendo aplicados R$ 2,2 bilhões dos R$ 2 bilhões previstos. "Essa é uma clara posição do governo de apoio ao sistema de cooperativas", explica o diretor.

 

Programa de Sustentação do Investimento (PSI-BK) - foi criado em 2009, durante a crise financeira internacional, para tornar viável a compra de máquinas. Cobra juros de 5,5%, menores que a média do crédito rural (6,75%). Os interessados podem acessar a linha de crédito até dezembro de 2011.

 

Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro) - linha de crédito direcionada às cooperativas de produção agropecuária, pesqueiras e aquícolas, para capital de giro, saneamento financeiro ou reestruturação patrimonial. São R$ 2 bilhões a juros de 6,75% ao ano.

 

Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) - destinado ao custeio e investimento pelo médio produtor rural, a juros de 6,25% ao ano. A classe média do campo é aquela que tem renda bruta anual de até R$ 500 mil. O programa, com dotação de R$ 5,65 bilhões, tem limites de financiamento de R$ 200 mil para investimento e de R$ 275 mil para custeio, por produtor. (Mapa)

SUSTENTABILIDADE I: Agricultura de Baixo Carbono é boa opção para produtores

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Criado em junho do ano passado, o programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) ainda não chegou ao conhecimento de grande parte dos envolvidos no agronegócio brasileiro. Muitos agricultores, técnicos e, até mesmo, instituições governamentais não possuem informações concretas sobre o funcionamento e os serviços oferecidos pelo ABC. O programa foi instituído pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) com o objetivo de estimular técnicas e atitudes que aliem produção de alimentos e bionergia com redução dos gases causadores do efeito estufa.

Crédito - O Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011 disponibiliza R$ 18 bilhões para crédito rural. Deste total, R$ 2 bilhões são destinados ao programa ABC, para investimento em técnicas que garantem balanço positivo entre sequestro e emissão de dióxido de carbono (CO2). O programa vai garantir recursos a agricultores e cooperativas, com limite de financiamento de R$ 1 milhão por beneficiário. O crédito será financiado com taxa de juros de 5,5% ao ano e prazo de reembolso de 12 anos. A carência pode variar de seis meses a três anos dependendo da tecnologia adotada pelo produtor.

Público -Segundo o Mapa, o ABC é destinado aos agricultores de todos os biomas brasileiros e pretende, em um prazo de 10 anos, deixar de emitir 165 milhões de toneladas equivalentes de CO2. Os recursos do programa são focados em cinco práticas sustentáveis de produção: plantio direto, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), plantio de florestas, recuperação de áreas degradadas e fixação biológica de nitrogênio.

Equilíbrio - Para Renato Viana Gonçalves, da divisão de cultivos florestais da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), o resultado do programa vai depender da percepção do produtor e da expectativa de retorno financeiro. ''O programa vai propiciar o equilíbrio entre produção e sustentabilidade ambiental'', avalia.

Remuneração - O diretor adjunto de pesquisa do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Augusto Guilherme de Araújo, lembra que a legislação ambiental está cada vez mais restritiva quanto ao uso de agrotóxicos e para o controle da erosão. ''Quando surge uma forma de transformar o impacto ambiental negativo em positivo, o produtor que se adequar pode ganhar com isso'', revela. Araújo acredita que essa iniciativa pode indicar um posicionamento favorável do governo à remuneração por serviços ambientais. ''A sociedade está começando a se conscientizar de que é preciso pagar o agricultor pelo serviço ambiental prestado. O ABC vem ao encontro desse anseio do produtor'', argumenta.

Código Florestal - De acordo com o responsável técnico da Master Ambiental, Fernando João Rodrigues de Barros, a indefinição para aprovação do novo Código Florestal dificulta o processo. Barros acredita que após a definição da nova legislação, deve se iniciar um processo de aproximação entre produtores e ambientalistas. ''Só existe um caminho: remunerar o produtor que protege a água e os recursos de sua propriedade'', reforça Barros, alegando que o Brasil só conseguirá atender a demanda mundial por alimentos se preservar sua água.

Fotossíntese - O pesquisador do Iapar, Sérgio José Alves, explica que, por meio da fotossíntese, a produção agrícola retira o carbono da atmosfera e o fixa nas plantas. Ao utilizar o produto na alimentação animal - como o farelo de soja - parte do carbono volta a ser liberado na atmosfera e parte é fixada no animal. ''O objetivo é deixar esse balanço positivo, que ocorre quando o volume de carbono retirado da atmosfera e fixado nas plantas e no solo é maior do que o emitido'', esclarece. Segundo ele, o programa ABC é uma oportunidade para o produtor. ''É uma oportunidade de ganhar mais e praticar agricultura de menor impacto ambiental'', avalia.

Mais investimentos - Além do ABC, recursos do Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011 são investidos no Programa de Incentivo à Produção Sustentável do Agronegócio (Produsa), que inclui a cultura da palma entre os itens financiáveis, quando cultivada em áreas degradadas, e o Programa de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas (Proflora), direcionado à implantação de florestas e à recomposição das áreas de Reserva Legal e Preservação Permanente. (Folha Rural / Folha de Londrina)

ALIMENTOS: Brasil sob pressão para ajudar países mais pobres

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O Brasil e outros emergentes estão sob pressão para aumentar em bilhões de dólares a ajuda para as nações mais pobres do planeta, e compensar o corte que países desenvolvidos estão fazendo nas suas doações aos mais vulneráveis. Uma aliança exótica envolvendo os países ricos e os mais pobres busca arrancar dos emergentes compromissos firmes de ajuda já na quarta conferência das Nações Unidas sobre os países menos desenvolvidos, dentro de duas semanas em Istambul (Turquia).

Estoque alimentar - No curto prazo, essa aliança quer que exportadores agrícolas, como o Brasil e Argentina, ajudar a manter o estoque alimentar de urgência para as nações mais pobres, seja com dinheiro ou produtos. No médio prazo, o objetivo é que os emergentes se juntem aos países ricos para "coordenarem as políticas de desenvolvimento", um modo de dizer que os dois lados devem dividir a conta da luta contra a pobreza, especialmente na África.

 

Recursos - A necessidade de recursos é enorme. Só para investimentos em infraestrutura na África subsaariana faltam mais de US$ 43 bilhões por ano. Para aumentar a produção agrícola em 70% e poder atender a demanda, a estimativa é de US$ 83 bilhões de investimentos.

 

Sinais - O ministro de Cooperação da França, Henri de Raincourt, disse em Genebra que ouviu nas reuniões do FMI e do Banco Mundial sinais perigosos de alguns países ricos se orientando para cortes da Ajuda Oficial ao Desenvolvimento (ODA, na sigla em inglês). A Agência da ONU para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad) confirma que, apesar de "sinais encorajadores" em 2010, a indicação agora é de "forte queda" da ajuda dos ricos para os pobres entre 2011-2013. Europeus e americanos alegam a necessidade de reduzir seu déficit orçamentário. O compromisso dos ricos é de dar 0,7% do seu PIB para ajuda aos países pobres, mas esse percentual não passou de 0,5%, uma diferença de vários bilhões de dólares.

 

Japão - Na Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), espécie de clube dos ricos, o Japão defende a ideia de contabilizar a cooperação Sul-Sul como ajuda global ao desenvolvimento e assim compensar a redução da contribuição dos desenvolvidos.

 

Reação - Emergentes como o Brasil reagem dizendo que a cooperação Sul-Sul segue padrões diferentes da ajuda dada pelo Norte rico ao Sul pobre e não pode ser "válvula de escape" para o recuo na ajuda europeia e americana. Em recente reunião em Nova York, o Departamento Econômico da ONU (Desa) insistiu que, para a conferência de Istambul, só faltava a "contribuição dos emergentes". Todos os lados concordam que os efeitos de menos ajuda aos 48 países mais pobres serão desastrosos. (Valor Econômico)

EXPEDIÇÃO SAFRA: Atraso à expansão no MaToPiBa

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A falta de infraestrutura está prejudicando a expansão da produção de grãos na região formada por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia (MaToPiBa) e deixando milhões de hectares de terras economicamente inativos. A Expedição Safra Gazeta do Povo apurou que a ampliação das áreas de soja e milho ocorre em ritmo bem mais lento do que o programado pelo setor. Nos quatro estados, técnicos e jornalistas do projeto se depararam com estradas em condições precárias, balsas sobrecarregadas e ferrovias ainda em construção. A produção crescente se afunila em terminais portuários cada vez menores para a demanda.

Área - Na safra 2010/11, as lavouras foram ampliadas em apenas 170 mil hectares. A região precisaria plantar 650 mil hectares extras por ano para chegar a 10 milhões de hectares em uma década, conforme projeção lançada em 2008. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estima em 20 milhões de hectares o tamanho da área agricultável na "nova fronteira agrícola" do país.

 

Terminal de grãos - Apontada pelos agricultores como a obra mais urgente, o Terminal Público de Grãos do Maranhão (Tegram) deve ser concluído em 2013, conforme a Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap). O projeto, que ainda depende de aprovação da Agencia Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), contempla a construção de quatro armazéns, cada um com capacidade para 125 mil toneladas, e nova estrutura para recepção e carregamento dentro do Porto do Itaqui, em São Luis (MA). Com apenas um silo para armazenagem, o Porto movimenta atualmente 2 milhões de toneladas de grãos por ano, volume que deve chegar a 6 milhões ainda nesta década.

 

Prazos - As obras de infraestrutura ganham novos prazos de conclusão em cada gestão do governo federal. A ferrovia Transnordestina - que terá 1,7 mil quilômetros entre Eliseu Martins (PI) e os portos de Suape (PE) e Pecém (CE) - está em andamento e deve ser concluída em 2013, prometeu a presidente Dilma Rousseff. A construção da ferrovia Norte-Sul avança em Tocantins, mas os trechos já concluídos ainda são pouco usados para o escoamento da produção da região de Pedro Afonso e Porto Nacional, por exemplo. O asfaltamento da Transcerrado - rodovia que atravessa o polo de grãos do Piauí - passa por estudo há mais de um ano.

 

Maior problema - O superintendente do Sistema Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) no Maranhão, Antonio Luiz Figueiredo, considera que a falta do terminal de grãos é o maior problema do MaToPiBa. "Hoje, muitos caminhoneiros aguardam até três dias para descarregar no porto porque falta armazém", reclama. Com a construção de ferrovias, estados do Centro-Oeste que hoje usam os portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR) devem utilizar estrutura intermodal - mais barata e menos poluente que a exclusivamente rodoviária -, para escoar a produção pelos portos do Norte e Nordeste.

 

Infraestrutura - A infraestrutura determina em boa medida a expansão da produção agrícola. A série histórica de dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostra que, na última década, o Paraná - que conta com mais estrutura de escoamento que o MaToPiBa - ampliou as lavouras em 1,17 milhão de hectares (20%), apesar de ter bem menos áreas disponíveis. Em Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, o avanço foi de 1,4 milhão de hectares no período (55%), ou seja, só 240 mil hectares a mais do que nos campos paranaenses, onde as pastagens precisam ser reduzidas para dar lugar aos grãos.

 

Parada obrigatória - A Expedição Safra Gazeta do Povo percorre a nova fronteira agrícola formada por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia há quatro safras, acompanhando de perto o desenvolvimento da região, puxado pela soja. Para Giovani Ferreira, coordenador do projeto, e gerente do Núcleo de Agronegócio do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom), se houvesse melhor estrutura logística, "com certeza o ritmo de crescimento seria mais intenso". Ele acrescenta que o aquecimento do mercado nordestino de carnes, que absorve boa parte da produção de grãos, tende a estimular o cultivo cada vez maior. "A indústria cresceu muito e tem oferecido bons preços aos produtores. Isso supera, em parte, a deficiência logística", observa.(Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

ECONOMIA: Mantega defende gradualismo no câmbio e contra inflação

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O ministro da Fazenda Guido Mantega defendeu nesta segunda-feira o gradualismo das medidas do governo no combate contra a inflação e a valorização cambial. "Não podemos nos apressar e tomar excessivas medidas no curto prazo porque pode derrubar a economia", disse Mantega durante reunião com investidores, referindo-se ao combate à alta de preços. Defendendo a declarada intenção do Banco Central de perseguir o centro da meta de inflação, de 4,5 por cento, apenas no ano que vem, visto que há um choque patrocinado pela alta das commodities, o ministro mostrou-se contrário a medidas mais agressivas. "É justificável (perseguir centro da meta em 2012) porque estamos vivendo um choque de oferta", afirmou. "Não estamos sendo tolerantes, mas também não adianta tomar medidas que não levam a nada".

Pressão - Segundo ele, apesar da pressão atual nos índices de preços, o teto da meta, de 6,5 por cento, não deve ser ultrapassado. Mantega considerou desnecessária uma alta imediata do preço da gasolina. Mas se ela ocorrer o governo deve neutralizar esse aumento com uma queda da Cide, taxação que incide sobre os preços de combustíveis. Mantega repetiu que o governo tem tomado medidas no sentido de reduzir o ritmo de expansão da economia e que o crescimento do país é sustentável. Para este ano, ele espera um aumento de cerca de 10 por cento dos investimentos e que o déficit nominal fique em torno de 1,7 por cento do PIB. No câmbio, Mantega afirmou que o governo continuará tomando medidas para impedir valorização excessiva do real, mas que não se pode tomar uma "medida por dia". (Reuters / RPC)

EXPOLONDRINA II: Bancos financiaram R$ 118 milhões até sexta

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Os três agentes financeiros presentes na Expo Londrina 2011 - Banco do Brasil, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e a cooperativa Sicredi - fecharam até sexta-feira (15/04) R$ 118 milhões em financiamentos. Com linhas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Tesouro Nacional, os negócios envolvem a aquisição de maquinário agrícola e animais. Mas não foram beneficiados somente os produtores rurais. O BRDE atendeu empresários de diversos segmentos.

Parcial - O levantamento parcial do Banco do Brasil, feito a pedido da FOLHA, mostra que a instituição já havia aprovado R$ 40 milhões em financiamento até ontem. Mas com as operações do final de semana e o pós-feira, que vai até dia 29, a estimativa é alcançar R$ 70 milhões. Se comprovado, este valor vai representar um crescimento de 75% frente ao ano passado. ''Além desses negócios já fechados, ainda temos muitos cientes em compasso de espera, pesquisando taxas'', afirma o superintendente regional do banco, Flávio Mazzaro. Segundo ele, as taxas giram em torno de 6,75% ao ano. E, para quem fecha negócio durante a feira, há mais prazo para pagar. ''Para aquisição de matrizes (gado), por exemplo, estamos oferecendo 3 anos de carência e 5 anos para o pagamento de 100% do valor do animal'', afirma. Fora da feira, o prazo de pagamento é de 3 anos e o valor financiável e de até 80% do animal. De acordo com Mazzaro, a explicação para um aumento tão grande nos negócios é a melhora da renda e a redução do endividamento dos produtores. ''A safra foi muito boa, ninguém pode reclamar'', afirma.

 

Sicredi - No Sicredi, já estavam garantidos até sexta R$ 35 milhões em negócios entre financiamento de maquinário e gado. Mas a estimativa também era fechar várias outras operações no fim de semana e no pós-feira. ''Estimamos um total de negócios 50% maior que o do ano passado'', disse o superintente regional da Cooperativa, Rogério Machado. Em 2010, o Sicredi aprovou apenas R$ 28 milhões em financiamento. ''A safra foi muito boa e o produtor rural está bem mais confiante. Então, acaba investindo mais. Esta é a melhor feira da qual participamos'', diz Machado.

 

BRDE - Já no BRDE, a maioria dos beneficiados foram empresários de outras áreas, com exceção da Integrada Cooperativa Agroindustrial, que tomou R$ 12 milhões dos R$ 43 milhões já negociados pelo banco. ''O balanço até agora é muito positivo. Tivemos oportunidade de atender não só os visitantes da feira, pois fizemos visitas a várias empresas da região'', explicou o diretor de Acompanhamento e Recuperação de Crédito, Nivaldo Assis Pagliari. No ano passado, o banco financiou somente R$ 18 milhões.

 

Campo - Apesar de ter atendido principalmente o empreendedor urbano, segundo Pagliari o banco fez uma 'boa' divulgação dos produtos do BNDES voltados para o campo, como o ABC, que visa à redução de emissão de gases pela agricultura incentivando a plantação de pinus e a recuperação das pastagens. Pelo programa, com juros de 5,5% ao ano, o produtor pode financiar até R$ 1 milhão, com carência de 6 anos para ínicio do pagamento.

 

Otimismo - A ExpoLondrina terminou neste domingo (17/04) em clima de otimismo. O balanço geral só será divulgado na próxima semana, mas o presidente da Sociedade Rural do Paraná (SRP), Gustavo Andrade e Lopes, disse ter convicção que o evento baterá a meta de movimentação estimada em R$ 200 milhões. Também espera-se um recorde de público, acima de 480 mil pessoas nos 10 dias de feira. (Folha de Londrina)

CONJUNTURA I: G-20 cria plano para evitar desequilíbrios econômicos

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As economias desenvolvidas e emergentes reunidas no G-20 concordaram em criar um plano para corrigir os desequilíbrios macroeconômicos que levaram à crise econômica recente, durante encontros realizados nos últimos dias em Washington. Mas ainda há muitas dúvidas sobre a eficácia desse entendimento, pois faltam mecanismos para obrigar os países a seguir as recomendações que serão feitas até outubro.

Desequilíbrios em conta corrente - A maior preocupação do G-20 são os fortes desequilíbrios em conta corrente, considerados a principal causa macroeconômica da crise recente, com altos superávits em países como China e Alemanha espelhados por déficits excessivos nos EUA. Para os americanos, a valorização da moeda chinesa é parte obrigatória de um ajuste, enquanto a China sustenta que os juros extremamente baixos nos EUA são o centro do problema.

 

Subvalorização cambial - Em reunião dos ministros da fazenda do G-20 na sexta (15/04), foi definido um plano que não toca nesses dois problemas diretamente, mas poderá levar à correção pelo menos da subvalorização cambial chinesa. O Fundo Monetário Internacional (FMI) analisará desequilíbrios fundamentais das principais economias do mundo, como baixa taxa de consumo e alta poupança na China e excesso de consumo e baixa poupança nos EUA. "Completamos o primeiro passo", disse a ministra da economia da França, Christine Lagarde. "Agora vamos mover para o passo dois, que vai nos ajudar a fazer recomendações para os chefes de Estado em nossa reunião de outubro."

 

Indicadores - Em fevereiro, numa reunião em Paris, o G-20 já havia concordado em selecionar três grupos de indicadores para determinar se as economias estavam em desequilíbrio: 1) déficit e dívida e pública; 2) poupança e divida privada; 3) externos, incluindo balança comercial e fluxos de investimentos. Dessa vez, em Washington, foi definido quais são os parâmetros usados para julgar se as economias estão em equilíbrio dentro desses parâmetros.

 

Metodologias - Foram adotados quatro conjuntos de metodologias, incluindo modelos econométricos que vão projetar a evolução das economias dentro desses indicadores, além de três parâmetros puramente estatísticos que basicamente servem para verificar como as economias estão evoluindo em comparação aos seus padrões históricos.

 

Avaliação - Todos os países do G-20, incluindo Brasil, vão ser avaliados de acordo com essa metodologia. Mas foi selecionado um grupo de sete economias que representam pelo menos 5% do PIB do conjunto das economias do G-20 para receber uma análise mais aprofundada. Os nomes dessas economias e os critérios de sua seleção não foram divulgados. Mas, de forma reservada, autoridades no encontro revelaram que o grupo é formado por EUA, China, Japão, Alemanha, França, Reino Unido e Índia.

 

Passo seguinte - De agora em diante, o G-20 avança para o segundo passo, que consiste basicamente em avaliar as economias com base nesses indicadores, num trabalho a ser feito pelo FMI. Em outubro, os chefes de Estado receberão as recomendações de como corrigir os desequilíbrios. Mas estão livres para não segui-las, pois não há nenhum mecanismo que os obrigue a fazê-lo. O G-20, porém, aposta no poder de pressão dos demais países para avança nessa agenda.

 

Versão - No fim, o mecanismo adotado é uma versão muito mais complicada, penosa e obscura do que o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, havia proposto em fins do ano passado. Ele queria apenas um indicador, o resultado de conta corrente, para apontar mecanicamente os países que precisam reequilibrar sua economia. O Brasil também tem interesse na flexibilidade da moeda chinesa, para evitar efeitos colaterais como a aguda valorização do real, por isso está se alinhando com os EUA nesse debate.

 

Solução - O caminho cheio de curvas adotado pelo G-20 foi a única solução aceita pelos chineses, que fizeram tudo ao seu alcance para selecionar indicadores que estivessem o mais longe possível de sua taxa de câmbio. Nos últimos dias em Washington, a China também exigiu que fossem mantidos em segredo os nomes dos países que vão receber analise mais rigorosa do G-20. A China já vem valorizando sua taxa, mas num ritmo muito lento, e o país anunciou um plano em fins do ano passado para corrigir os problemas do baixo consumo doméstico, alta poupança e excessiva dependência de exportações para puxar o seu crescimento. (Valor Econôico)

EXPOLONDRINA: Renda no campo e na cidade

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Na relação entre campo e cidade, a fronteira definida dá lugar cada vez maior à integração. Globalizado, o produtor rural transforma o trabalho diário em negócio, garantindo alimentos, insumos e matérias-primas para a zona urbana. Na cidade, desenvolvem-se pesquisas e tecnologias que fomentam a produção, gerando a contrapartida necessária para mover a engrenagem do agronegócio que, no ano passado, garantiu um saldo positivo de US$ 60 bilhões na balança comercial brasileira.

Mote - O mote da 51ªExposição Agropecuária e Industrial de Londrina, que começou na semana passada e vão até domingo (17/04) no Parque Ney Braga, sintetiza esse cenário. O slogan ‘‘O show de quem produz'', de acordo com o presidente da Sociedade Rural do Paraná (SRP), Gustavo Andrade e Lopes, foi escolhido para celebrar toda a cadeia produtiva do setor - do produtor ao consumidor final - que frequenta a feira também como visitante e expectador da programação cultural. ‘‘A estrutura da Expo representa todos os setores da economia'', diz Lopes.

Interdependência - Para o presidente, cidade e campo são ‘‘interdependentes''. A relação entre as duas realidades é bastante evidente no Norte do Paraná, onde o clima favorece a diversidade do agronegócio, muitas pesquisas realizadas por universidades focalizam o setor e a forte presença da agroindústria reforça a ligação. ‘‘Garantir a força do agronegócio é garantir a distribuição de renda'', afirmou.

 

Público diverso - A programação da feira vai privilegiar a diversidade do público. Os encontros, simpósios e cursos enfocarão desde novas tecnologias até temas de interesse geral, como aproveitamento de alimentos ou a palestra programada pela Federação Paranaense de Cardiologia sobre mitos e verdades à respeito do consumo de carne.

 

Agroindústria - Para o gerente técnico e econômico do Sistema Ocepar, Flávio Turra, o crescimento do setor agroindustrial é um sinal evidente dos benefícios da parceria entre campo e cidade. ‘‘A agroindústria agrega valor na região produtora'', diz. Ele exemplifica que a exportação do frango - que consumiu soja e milho - gera mais impacto financeiro para a região do que a simples exportação da soja in natura. ‘‘O produtor tem resultados melhores e aquece toda a economia local.'' Conforme o gerente, 42% dos produtos recebidos são industrializados nas próprias cooperativas. A produção é totalmente consumida no mercado interno, que ainda tem muito espaço para crescer. ‘‘Nos últimos cinco anos, as cooperativas investiram R$ 5 bilhões na agroindústria'', complementa.

 

PIB - O assessor da diretoria da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Carlos Augusto Albuquerque, acrescenta que o agronegócio representa 35% do PIB do Paraná. Desse montante, 10% é relativo à agropecuária e os outros 25% são relativos ao valor agregado pela industrialização. ‘‘É o saldo positivo do agronegócio que sustenta a balança comercial brasileira'', enfatiza. (Folha de Londrina)

FOMENTO: BRDE oferece R$ 100 milhões em crédito na Expolondrina

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O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul - BRDE anunciou que está disponibilizando cerca de R$ 100 milhões em diversas linhas de financiamento durante a ExpoLondrina, de 7 a 17 de abril. Segundo o gerente de planejamento do banco, Thiago Tosatto, estão disponíveis durante a feira todos os programas agrícolas operados pelo BNDES e que permitem financiamentos de máquinas e equipamentos, modernização, benfeitorias e demais investimentos necessários nas propriedades rurais. Além disso, linhas de financiamentos para empresas industriais, como por exemplo, construção, ampliação e modernização das instalações, aquisição de máquinas e equipamentos industriais e capital de giro.

Comércio e serviços - Também há financiamentos disponíveis para o setor de comércio e serviços. Os juros, informa Tosatto, giram entre 6,5% e 11,5% ao ano. O presidente da Sociedade Rural do Paraná (SRP), Gustavo Andrade e Lopes, ressaltou que o foco da feira é o agronegócio regional, mas há oportunidades em todos os segmentos econômicos. Como exemplo, ele citou o fato de o BRDE ofertar financiamentos de qualquer tipo de produção. "Isso movimenta toda a economia regional, pois são financiamentos em várias linhas de crédito", afirmou. (AEN)

PROJEÇÃO: Cooperativas do PR querem movimentar R$ 30 bi em 2011

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As cooperativas do Paraná devem movimentar mais de R$ 30 bilhões em 2011, segundo estimativa da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar). O volume representaria um aumento de 10% em relação ao registrado em 2010, de R$ 28 bilhões. O valor representa cerca de 30% da movimentação econômica do cooperativismo brasileiro no ano passado, segundo a Ocepar. No comparativo com o montante de 2009 - R$ 24,9 bilhões - o setor apresentou um aumento de 12%. O Sistema Ocepar divulgou ontem sua prestação de contas, durante Assembléia Geral Ordinária que reuniu 71 dirigentes cooperativistas do Estado, em Curitiba.

Agropecuária - ''As cooperativas representam 56% de tudo o que produz a agropecuária do Estado'', salienta o superintendente da Ocepar, José Roberto Ricken. Segundo ele, o crescimento registrado em 2010 foi impulsionado pela safra com grande volume de produção e pelos investimentos feitos em agroindústria no Estado. ''As cooperativas investiram R$ 1,1 bilhão em infraestrutura'', informa. De acordo com Ricken, os investimentos também devem ser os responsáveis pelo bom resultado esperado para 2011, ''principalmente no setor de carne e frango'', relata.

 

Setor - Segundo o levantamento da Ocepar, o Paraná possui 236 cooperativas, de 11 diferentes segmentos da economia. No total, o setor reúne 632 mil cooperados, quantidade 10% maior do que em 2009. Apenas em 2010, 97 mil pessoas aderiram ao cooperativismo. O superintendente da Ocepar afirma que a cadeia de cooperativas do Paraná envolve cerca de 1,5 milhão de pessoas. Em 2010, o setor gerou 5.772 novos empregos.

 

Outros ramos - Segundo Ricken, apesar do segmento de agropecuária ser o de maior destaque dentre as cooperativas, o aumento no número de cooperados se deve, principalmente, ao crescimento das cooperativas de crédito. ''As cooperativas de crédito são o ramo que mais cresce e mais absorve cooperados'', ressalta.

 

Números - As exportações feitas pelo setor atingiram US$ 1,64 bilhão em 2010. De acordo com a Ocepar, o cooperativismo paranaense também recolheu R$ 1 bilhão em tributos e distribuiu R$ 662,25 milhões em sobras. Entre 2001 e 2010, o número de cooperativas passou de 193 para 236 e o de associados, de 246 mil para 632 mil. A geração de empregos diretos cresceu de 30.421 para 63.500 e o faturamento expandiu de R$ 7,95 bilhões para R$ 28 bilhões.

 

Diretoria - O presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, foi reconduzido ao cargo durante a Assembleia. A homologação ocorreu logo após a eleição e posse dos membros da nova diretoria da Ocepar para a gestão 2011/2015. (Folha de Londrina)

RAMO CRÉDITO III: Atraídos pelas vantagens do cooperativismo

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Ser cliente e dono ao mesmo tempo é uma das vantagens do cooperativismo de crédito elencadas pelo empresário Gustavo Calderaro e Silva, proprietário do Mr. Cuca que há cerca de sete anos é cooperado do Sicoob Norte do Paraná. ''São inúmeros os benefícios desse sistema com relação às instituições financeiras tradicionais'', considera.

Sobras - Enquanto as despesas com taxas de serviço em bancos convencionais não retornam ao cliente, na cooperativa parte delas é compensada por meio da divisão das sobras. ''Dependendo do número de cotas, com o valor distribuído é possível cobrir todas as despesas do ano e ainda resta um excedente'', afirma Calderaro.

 

Maior proximidade - Outra vantagem, segundo ele, é o relacionamento mais próximo com a diretoria, o que facilita o acesso e aprovação aos serviços, como linhas de crédito, por exemplo. ''Além disso, os recursos captados pelo banco ficam na própria cidade para fomentar os negócios locais, o que desenvolve a economia'', pontua. O horário de atendimento estendido é outro diferencial positivo.

 

Capitalização - Na divisão das sobras realizada pelo Sicoob Norte do Paraná na semana passada, o microempresário Reinaldo Garcia da Silva, do Depósito Maria Cecília - Zona Norte de Londrina, cooperado há 10 meses, recebeu R$ 350, que já investiu na capitalização. ''Com a quantidade excessiva de impostos e contribuições que pagamos atualmente, qualquer dividendo que venha a sobrar já é lucro'', considera. Ele acredita que para esse ano o lucro será maior devido à prospecção geral da cooperativa e também porque pretende investir mais.

 

Cooperativismo - O conceito de cooperativismo, no qual os serviços são oferecidos em melhores condições para os associados, motivou Marcos Fabian Holzmann, da Teixeira Holzmann, a migrar do serviço bancário convencional para o Sicoob, há dois anos. ''A prática de taxas mais favoráveis e menos impactantes são outro ponto bastante positivo'', diz. Holzmann acredita que, a exemplo da Alemanha e outros países, a tendência é que em alguns anos as cooperativas ocupem grande espaço do setor financeiro. (Folha de Londrina)

INSTITUTO DE ENGENHARIA: Toma posse o novo Conselho Diretor

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Foi realizada, na noite desta segunda-feira (28/03), no Centro de Eventos, em Curitiba, a solenidade de posse do novo Conselho Diretor do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) para o biênio 2011/12. Na presidência assumiu Jaime Sunye Neto, tendo como vice-presidente Cássio José Ribas Macedo. Também foram empossados Nelson Luiz Gomes (vice-presidente administrativo); Celso Pasqual (vice-presidente administrativo adjunto); Alexandre Mattar Sobrinho (vice-presidente financeiro); Celso Fabrício de Melo Jr. (vice-presidente financeiro adjunto). Raul Munhoz Neto (vice-presidente técnico) e Henrique Alberto Mehl (vice-presidente técnico adjunto). No Conselho Deliberativo houve a renovação do terço para o período de 2011 a 2013, sendo que os titulares são Omar Sabbag Filho, Nivaldo Almeida Neto, Rui Medeiros e Walfrito Victorino Ávila e o  suplente Waldir Pedro Xavier Tavares.

BOLSA DE CHICAGO I: Pânico após terremoto derruba preço dos grãos

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Dividido entre fundamentos e especulações, o mercado de grãos vive dias de alta volatilidade na Bolsa de Chicago. O terremoto que atingiu o Japão na semana passada e a crise nuclear que ameaça o país estão fazendo as cotações da soja e do milho trabalharem em ritmo de montanha russa, reagindo com oscilações intensas a cada notícia que chega do oriente. A oleaginosa, que começou o mês na casa dos US$ 14, atingiu o limite de baixa e rompeu a barreira dos US$ 12 na terça (15/03), voltou a operar acima de US$ 13 nesta quarta-feira (16/03) e terminou o dia valendo US$ 12,87 por bushel (27,2 quilos), o equivalente a US$ 28,39 a saca de 60 quilos. O cereal recuou ao menor patamar em mais de dois meses, saindo de mais de US$ 7 no início de março para US$ 6,165 o bushel (25,4 quilos) nesta quarta, ou US$ 14,56 a saca.

Onda de venda - "O terremoto causou colapso não apenas nos reatores nucleares da usina de Fukushima, mas também nos preços futuros dos grãos. Especuladores acharam mais seguro vender primeiro e perguntar depois. Isso provocou uma onda de venda de contratos agrícolas na terça e outra no final do pregão de quarta, após leves altas na sessão noturna e durante boa parte do pregão diurno", relata o analista Jack Scoville, vice-presidente do grupo Price Futures, de Chicago.

 

Impacto - Ele explica que, num primeiro momento, a tragédia japonesa impactou os preços dos grãos em duas frentes: alimentando a aversão ao risco nos mercados financeiros globais e disseminando preocupações com uma possível diminuição ou até suspensão temporária das importações de commodities agrícolas pelo país asiático.

 

Fuga de capital - Após a primeira explosão na usina de Fukushima, no sábado (12/03), fundos de investimento procuraram por ativos mais seguros, provocando fuga massiva do capital especulativo das commodities agrícolas. O movimento teria sido engrossado por seguradoras, que precisam liquidar suas posições enquanto os preços ainda estão altos para fazer caixa a fim de honrar as pesadas indenizações a que serão submetidas.

 

Demanda - Do lado da demanda, o temor inicial era de que o comércio de grãos fosse comprometido pela destruição de portos, armazéns e indústrias de processamento de grãos no Nordeste do Japão. A agência Reuters reportou nesta quarta que o desembarque em Kashima e outros portos japoneses foi suspenso e que, por isso, cargas de milho vindas dos Estados Unidos e de soja da América do Sul estariam tendo dificuldade para chegar ao país. Maior importador mundial de milho, o Japão detém 17% do comércio global do cereal. Por isso, uma interrupção nas compras teria impacto severo para os exportadores de milho, como Estados Undidos, Brasil e Argentina.

 

Opiniões divididas - Agora, contudo, as opiniões começam a se dividir. "É possível que parte da demanda seja perdida no curto prazo, mas os piores cenários apontam para uma redução de 2,5 milhões de toneladas. Se isso ocorrer, elevaria os estoques de milho dos EUA para algo entre 19,1 milhões e 19,7 milhões de toneladas, uma situação ainda muito apertada e, portanto, positiva para os preços", ameniza Scoville. Ele explica que, ainda que haja redução nas importações japonesas, a queda deve ser pontual e momentânea."Eventualmente essa demanda vai voltar, ao menos parte dela. Afinal, as pessoas precisam comer e os japoneses vão querer alimentos limpos", pontua.

 

Fim - Há quem acredite que o tsunami japonês terá vida ainda mais no mercado de grãos. É o caso de Terry Roggensack, da consultoria Hightower Report, de Chicago, para quem a temporada de liquidações já teria chegado ao fim. "Acredito que, no médio prazo, as commodities agrícolas não serão significativamente afetadas pela situação no Japão", considera. Para Roggensack, o agravamento da crise nuclear seria positivo para o mercado de grãos. "Se uma nuvem de radiação se propagar no Japão, atingindo também a Coreia do Sul e a Ásia como um todo, mudaria a psicologia do mercado, que passaria a ver os Estados Unidos como uma fonte segura de alimentos livres de radioatividade", explica. Nesse caso, o Brasil também poderia ser beneficiado, pois colhe neste ano uma safra recorde de grãos e tem excedente exportável de soja e milho para atender a parte da demanda extra. (Gazeta do Povo)

OPINIÃO: O Paraná e a agricultura brasileira

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* Zeca Dirceu

Nesta semana, o IBGE confirmou que o Paraná retomou a posição de liderança na produção nacional de grãos. São 31 milhões de toneladas na safra 2010/2011. Mais do que espetacular, é sempre bom lembrar que o Estado, com apenas 2,3% do território nacional, participa com 20% na produção e já chegou a representar 25% na última década.

A performace paranaense exemplifica o ótimo momento da agropecuária brasileira. Nos últimos anos, o setor contribui, e muito, com o desenvolvimento, com a geração de empregos e com o crescimento da economia do país. É a atividade que mais cresceu nos últimos dez anos. A média do PIB (Produto Interno Bruto) do setor aponta um crescimento anual de 3,67%, enquanto o PIB geral do país mostra avanço de 3,59% (média por ano). Em 2010, o PIB brasileiro totalizou R$ 3,7 trilhões, e o PIB da agropecuária, R$ 180,8 bilhões.

Esse desempenho é resultado do empenho e do esforço dos produtores, somados às grandes mudanças da última década no setor. Entre elas, notadamente, o aumento do crédito rural. Foram mais de R$ 270 bilhões entre 2003 e 2010. O governo federal, atento às mudanças, aumentou ainda mais o volume de recursos ao crédito para acompanhar o crescimento da produção. Nesta safra, os produtores rurais têm R$ 100 bilhões em crédito para custeio e investimentos. A agricultura familiar tem R$ 16 bilhões. Na safra passada, o total do crédito agrícola foi de R$ 107,5 bilhões.

Além do crédito, as mudanças vieram com a modernização do parque de máquinas e com a inserção brasileira no mercado internacional.  O país se fortaleceu no comércio de produtos em que antes não tinha tradição, como o de carnes e sucos, entre outros. No setor, as exportações brasileiras chegam hoje em 215 países.

Todas as medidas e ações, das empresas e do setor público, potencializaram o agronegócio brasileiro, que fechou 2010 com superávit superior a U$ 60 bilhões. O setor é responsável por quase metade das exportações brasileiras, que totalizaram US$ 72 bilhões, enquanto as importações foram de US$ 12 bilhões.

No entanto, há gargalos consideráveis que precisam ser enfrentados para baixar os custos de produção e tornar o produto brasileiro mais competitivo no mercado internacional. É preciso investimentos significativos em logística, armazenamento, nas estradas rurais, nas rodovias e em novos modais no transporte de safras, substituindo, por exemplo, o transporte rodoviário por ferrovias, portos e aeroportos.

Na outra ponta se faz necessário, além do crédito e de incentivos, dotar os pequenos e médios produtores de informação, tecnologia e assistência técnica. São ações que vão assegurar à agricultura familiar atributos e qualidades empresariais, evitando que ela degenere numa agricultura de subsistência.

Há bons exemplos nos municípios brasileiros. Em Cruzeiro do Oeste, no Noroeste do Paraná, o programa Terra Fértil subsidia a produção, reduz custos, aumenta a produtividade, aumenta a renda e o emprego no campo. A doação de mudas, a distribuição de calcário e adubo, a adequação das estradas rurais, a mecanização agrícola trazem resultados significativos e de excelência nas pequenas e médias propriedades.

Com investimentos em vários níveis nas duas pontas da produção - do pequeno ao grande produtor -, o país vai resolver seus gargalos e se tornar, como prevê a FAO, o maior produtor de alimentos do mundo. A produção agrícola brasileira aumentará 40% até 2019 - crescimento superior ao da Rússia, Ucrânia, China e Índia, que devem registrar percentual médio superior a 20% no mesmo período.

É esse o desafio que se apresenta nesta década.

*Zeca Dirceu, 32 anos, é deputado federal pelo PT do Paraná - www.zecadirceu.com.br / www.twitter.com/zeca_dirceu

EXPEDIÇÃO SAFRA I: O levante da soja no Paraguai

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Beneficiado pelo clima, o Paraguai registra nova expansão da safra de soja, commodity que sustentou o crescimento de 14,5% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2010 - o maior índice registrado no continente americano. As 8,1 milhões de toneladas que estão sendo colhidas são recordes e consolidam um levante capaz de mudar o perfil socioeconômico do país.

Arrendamento - A cada 500 hectares plantados, os produtores estão arrecadando cerca de R$ 1 milhão, com rentabilidade que passa de 50% nas áreas mais produtivas, apurou a Expedição Safra Gazeta do Povo. A equipe de técnicos e jornalistas percorreu 800 quilômetros em território paraguaio e encontrou o setor em clima de euforia, pela produção e pelos bons preços da commodity.

 

 

Invasões - A ligação do presidente Fernando Lugo, eleito em 2008, com os movimentos sociais paraguaios não agravou o quadro de invasões de terras por campesinos como temiam os produtores de soja. O governo estaria dando mais atenção à população pobre - um terço dos 6 milhões de habitantes. A onda de invasões anunciada para esta safra vem sendo controlada pelo governo, conforme o ABC Color, jornal de maior tiragem no Paraguai.

 

 

Capitalização - Os produtores e cooperativas querem aproveitar o bom momento para se capitalizar e ganhar legitimidade enquanto alicerce da economia. A Federação de Cooperativas de Produção (Fecoprod) defende que uma das saídas para o desenvolvimento é o fortalecimento do campo, onde se concentram os casos de extrema pobreza. "A expansão da atividade agrícola favorece os pequenos produtores, que são a maioria", argumenta a diretora-executiva da Fecoprod, Ruth Martínez.

 

 

Entidade - A entidade representa 33 cooperativas agrícolas, que têm 18 mil associados. Mais da metade deles são produtores familiares, com menos de 50 hectares, e estariam melhorando de renda no embalo da cadeia da soja, em atividades como a produção de leite, carne e grãos. Eles plantam 300 mil hectares do grão, e colhem média de 3,5 mil quilos/ha, índice comparado às áreas mais produtivas dos Estados Unidos, Brasil e Argentina.

 

 

Fortes - As próprias cooperativas estão cada vez mais fortes, afirma Ramón Gauto, coordenador de Desenvolvimento Rural. A Fecoprod acaba de inaugurar sede de US$ 1 milhão em Assunção. O desafio do país é agregar valor à produção. O ministro da Agricultura, Enzo Cardozo Jiménez, sonda cooperativas agroindustriais do Paraná, como a Agrária, de Guarapuava, em busca de investidores. "Fomos ao país e avaliamos a situação. O interessante seria não só industrializar, mas também produzir", afirma Arnaldo Stock, diretor financeiro da Agrária.

 

 

Brasileiros - Em boa medida, o levante da soja é puxado por brasileiros, que representam 60% dos produtores. E também por seus filhos, muitos deles nascidos no Paraguai. Aos 24 anos, o brasiguaio Fabiano Borges Bizugnin está entre os líderes em produtividade. Passou de 4 toneladas por hectare e planeja ampliar em 10% a lavoura de 500 hectares na próxima safra. "O clima do último ano foi perfeito", resume ele, agricultor desde a adolescência.

 

 

Novas áreas - Quem quer se firmar na agricultura tem pressa em comprar novas áreas. As terras estão cada vez mais valorizadas no Paraguai. O hectare custa o equivalente a R$ 25 mil na região da soja, faixa leste do país. O valor se equipara ao do Oeste paranaense, região que concentra os solos mais produtivos do estado, compra o agrônomo Carlito Ganja, a Lar Paraguay.

 

 

Serviço - Acompanhe a Expedição Safra no blog www.gazetadopovo.com.br/expedicaosafra. Nesta semana as equipes passam por SC, RS, MA e TO. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

COMMODITIES: Pressão a vista sobre os preços

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Em alta acentuada desde meados de 2010, os preços da maior parte das commodities agrícolas negociadas pelo Brasil no exterior registraram fortes quedas na semana passada nas bolsas americanas e passaram a acumular perdas neste mês, ainda que os patamares praticados continuem elevados mesmo em meio à crescente volatilidade. Se já não havia sinais concretos de que a instabilidade poderia arrefecer, em boa medida por causa do forte aumento da carga especulativa nos mercados agrícolas nos últimos anos, com as turbulências no Oriente Médio e no norte da África e o terremoto no Japão na semana passada eles se tornaram mais nebulosos.

Incógnita - "É preciso esperar o inesperado", insistia Antonio Sartori, da corretora gaúcha Brasoja, quando o foco da tensão no mundo árabe estava no Egito, não na Líbia, e os japoneses ainda conseguiam se concentrar na busca de saídas para a sua já combalida economia, não de corpos. "O futuro do mundo das commodities é uma grande incógnita", afirma Fabio Silveira, da RC Consultores.

 

Longo prazo - A consideração de Silveira foi feita com o olhar no longo prazo, no qual ele confere ao mercado de petróleo um papel fundamental para a definição das futuras oscilações agrícolas. Mas pode ser adaptada perfeitamente bem para esta semana que se inicia, na qual o viés da instabilidade parece ter se invertido. Se de julho de 2010 a fevereiro de 2011 a intensa volatilidade produziu resultantes em geral altistas para as commodities agrícolas, graças a seus fundamentos, o quadro mudou - pelo menos para os próximos dias.

 

Petróleo - Isso porque a tensão estacionada sobre poços de petróleo passou a atrair mais investimentos financeiros às bolsas do "ouro negro" - maximizando suas altas e tirando peso das commodities agrícolas, apesar da demanda global aquecida e dos recentes problemas climáticos que afetaram as ofertas - e o alcance dos reflexos da tragédia no Japão nas economias do país e do mundo ainda é incerto.

 

Nova York e Chicago - Cálculos do Valor Data baseados nas variações de contratos futuros de segunda posição de entrega (normalmente a de maior liquidez) de produtos negociados nas bolsas de Nova York (açúcar, café, cacau, suco de laranja e algodão) e Chicago (soja, milho e trigo) mostram que apenas o café resistiu à erosão e subiu na semana passada (0,59%). Os demais registraram quedas, que variaram de 2,95% (suco) a 13,64% (trigo). Com isso, só café (0,99%) e algodão (1,06%) passaram a acumular valorizações em março. Em 2011, unem-se a ambos no terreno positivo de variações o cacau, o suco, o algodão e o milho, e nos últimos 12 meses as oito commodities que fazem parte do levantamento registram altas acumuladas, que vão de 12,12% (suco) a 143,76% (algodão). (Valor Econômico)

BATAVO: Evento técnico vai reunir mulheres cooperativistas

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Na próxima segunda-feira (14/03), as mulheres cooperativistas da Batavo Cooperativa Agroindustrial estarão reunidas para uma tarde técnica, a partir das 13h30, na sede da  Associação do Parque Histórico de Carambeí, na região dos Campos Gerais.  A primeira palestra será ministrada pelo presidente da Associação do Parque Histórico de Carambeí (APHC), Dick Carlos de Geus, que fará um breve relato sobre a história da imigração holandesa na região, além de apresentar a Vila Histórica e o Projeto do Parque, em 3D. Segundo Dick, a vinda das mulheres cooperativistas para o parque será de grande valia para vivenciarem o projeto e conhecerem mais detalhadamente como serão as festividades no início de abril.

Apresentação cultural - Um momento especial foi preparado às participantes em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 08/03. O grupo folclórico holandês mirim, composto de alunos da Escola José Pedro, fará uma apresentação alusiva ao centenário, com os integrantes trajados tipicamente com roupas e tamancos holandeses.

Palestra técnica - O evento também contará com a palestra do empresário e administrador em Finanças e Engenharia Financeira, Altemir Farinhas, que há 24 anos atua no mercado financeiro. Autor de dois livros, ele abordará o tema Equilíbrio Financeiro, dirigindo atividades práticas na área de controle orçamentário domiciliar e familiar. De acordo com a comissão organizadora, o evento é uma oportunidade das participantes visualizarem os gastos e despesas mensais e criarem uma sistemática própria de controle, já que a mulher desempenha um papel importante neste processo também dentro da propriedade rural. Segundo o palestrante, este trabalho também representa uma chance das mulheres aprenderem a conduzir suas próprias finanças pessoais de forma equilibrada, com competência suficiente para melhorar a sua qualidade de vida e das pessoas a sua volta. (Imprensa Batavo)

SEBRAE: R$ 2,5 milhões serão investidos em projetos de cooperativas de crédito

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O Sebrae vai apoiar projetos de cooperativas de crédito de micro e pequenas empresas voltados para o desenvolvimento de boas práticas. Para isso, acaba de lançar um edital no qual estão previstos um total de recursos não reembolsáveis da ordem de R$ 2,5 milhões. As cartas-consulta, documento de apresentação do projeto, deverão ser entregues pelas unidades estaduais do Sebrae até o próximo dia 13 de abril.

 

Aperfeiçoamento da gestão - No universo de mais de 1,4 mil cooperativas de crédito existentes no Brasil algumas se destacam em criatividade, inovação, desempenho e devem ter suas experiências replicadas, pondera o diretor técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos. "Esta chamada representa importante instrumento para acelerar o amadurecimento e aperfeiçoar a gestão das cooperativas que atuam com os pequenos negócios", destaca. Desde 2003, a instituição desenvolve atividades de articulação institucional e disseminação de conhecimento e melhores práticas do cooperativismo de crédito.

 

Público-alvo - O público-alvo do edital são as cooperativas de crédito, já constituídas, em constituição e/ou em transformação, que atuem com pequenos negócios, por meio de projetos das unidades estaduais do Sebrae e em regiões desassistidas de serviços financeiros. O edital encontra-se disponível no site www.uasf.sebrae.com.br. Serão aceitos os projetos com soluções inovadoras que contemplem, isoladamente ou em conjunto, os seguintes atributos: atuação em novos territórios ainda não atendidos; criação e/ou adequação de novos produtos e serviços financeiros para empreendedores individuais e micro e pequenas empresas; novos nichos de atuação dos pequenos negócios; e novas ferramentas e tecnologias de gestão.

 

Avaliação - Uma comissão interna irá avaliar os projetos. O julgamento será baseado em critérios estabelecidos em duas etapas: uma de enquadramento, eliminatória, e outra de classificação. Cada unidade estadual do Sistema Sebrae poderá apresentar apenas uma única proposta, sendo de até 70% a participação financeira total da instituição nacional, limitado a R$ 250 mil, e participação mínima estadual de 30% do valor total do projeto. As propostas aprovadas receberão apoio técnico e financeiro pelo período de três anos, por meio do Sebrae em seus respectivos estados. (Sebrae)

RAMO CRÉDITO: Sicredi União inaugura a sua maior unidade em Londrina

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Londrina vai ganhar, nesta sexta-feira (11/03), a maior unidade de atendimento da Sicredi União na cidade. Com mais de mil metros quadrados de área construída, está situada em local considerado estratégico pela cooperativa de crédito: a confluência das Avenidas Tiradentes e Maringá. A inauguração, com a presença de autoridades e convidados, será às 19 horas. Desde o início do ano passado, já foram inauguradas três unidades de atendimento na cidade: uma na Avenida Higienópolis, outra na Avenida Santos Dumont e mais uma na Ceasa, sem contar a de Cambé. Antes da fusão, a cooperativa possuía três unidades em Londrina: uma na Avenida Duque de Caxias, outra na avenida Tiradentes  e no distrito de Guaravera. O investimento no município, desde então, é estimado em mais R$ 20 milhões. As novas dependências compreendem dois pavimentos: no térreo, espaço de atendimento, projetado inclusive com acesso e serviço especial para deficientes; no andar superior, vai funcionar a sede regional da cooperativa, com salas para setores de apoio, diretoria e reuniões.

Potencial - O presidente da Sicredi União, Wellington Ferreira, destaca o grande potencial de Londrina para o fortalecimento do cooperativismo de crédito. Segundo ele, a principal meta é chegar nos próximos anos ao patamar de 10% dos depósitos do sistema financeiro no município. Esse índice já é praticado pela cooperativa em outras cidades, como Maringá, Paranavaí e Cianorte. "A receptividade dos mais diversos setores tem sido grande, pois a cooperativa não apenas oferece produtos e serviços de alta qualidade, como tem compromisso com o desenvolvimento regional", afirma.

Diferencial - Segundo Ferreira, a grande diferença da cooperativa de crédito para com as demais instituições está no fato de que "o associado é dono, participando de suas decisões, diferente do simples cliente". Por outro lado, acrescenta ele, "os resultados retornam aos associados em forma de estruturas, serviços e taxas mais competitivas". E, por fim, os recursos financeiros ficam na própria região, "apoiando o crescimento econômico".

Associados - Outro objetivo é ampliar nos próximos anos a base de associados para 100 mil. Para isso, é realizada desde o ano passado a Campanha "Sorte em Dobro", em que o novo associado, bem como o que o indicou, concorre a uma casa cada um.  "Vamos continuar ampliando também o número de unidades", cita Ferreira: "as oportunidades são muitas para uma cooperativa que está voltada à sua comunidade".

Números - Em 2010, a Sicredi União ampliou em 38% o número de associados, no comparativo com 2009, saltando de 33.903 para 46.966. Os ativos totais passaram de R$ 503,433 milhões para R$ 624,938 milhões. No mesmo período, a expansão do número de unidades foi de 20%, passando de 51 para 61, enquanto o quadro de colaboradores cresceu 13%, de 390 para 440 integrantes. De 2010 para 2009, o volume de depósitos evoluiu de R$ 267,117 milhões para R$ 325,392 milhões. Por sua vez, os recursos totais passaram de R$ 410,202 milhões para R$ 503,254 milhões.

Outros dados - Na mesma comparação, as operações de crédito subiram de R$ 331,713 milhões para R$ 432,811 milhões; o crédito rural, de R$ 167,131 milhões para R$ 216,84 milhões; o crédito geral de R$ 108,889 milhões para R$ 139,150 milhões, e os recursos repassados pelo BNDES, de R$ 55,693 milhões para R$ 77,576 milhões. Em 2010, o patrimônio líquido da Sicredi União chegou a R$ 76,794, contra R$ 68,509 milhões do ano anterior. (Imprensa Sicredi União)