FÓRUM DA CARNE ABRE NOVAS PERSPECTIVAS DE MERCADO

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Produtores e industriais do setor de carnes do Paraná conheceram, ontem, as limitações e perspectivas dos mercados interno e externo, durante o fórum ?Agronegócio da carne em debate?, realizado no auditório da Ocepar. Mais de 130 pessoas compareceram ao fórum, promovido conjuntamente pela Ocepar, Faep e Secretaria da Agricultura, com apoio do Sescoop-PR e Fundepec-PR. ?O evento foi interessante na medida que propiciou conhecimento geral das três cadeias. A agora nos devemos partir para um aprofundamento de cada cadeia especificamente, discutindo os aspectos da produção, da tributação, da industrialização e verificando os entraves do processo comercial a nível interno e externo?, afirmou o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski. Os secretários da Agricultura e da Indústria e Comércio, respectivamente Antonio Poloni e Eduardo Sciara, o presidente da Faep, Ágide Meneguette, e os presidentes ou representantes das várias entidades do setor de carnes compareceram ao fórum: Hugo Rodacki (Apac); Paulo Muniz (Avipar); Romeu Royer (APS), Péricles Salazar(Sindicarne); Iwao Miamoto (Apasem) José Lupion (Ceasa); Newton Pohl Ribas (APCBRH); Evaldo Barbosa (Codapar) e José Geraldo Alves (Emater).

Qualidade para ganhar mercado ? Depois de ganhar a batalha da sanidade no caso do gado bovino, o Paraná, como os demais Estados, precisa ganhar a batalha da qualidade, superando todos os problemas referente à produção, industrialização, embalagens, transportes, comercialização, inclusive certificação dos produtos. Esse pode ser o resumo das conclusões tiradas das várias conferências proferidas durante o simpósio da carne. Amilcar Gramacho, diretor de comercialização do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, falou da atuação sanitária; Aloísio Tupinambá relatou a ação governamental na reconquista de bons mercados perdidos. Há muito que aprender e corrigir para ?arrumar a casa?, permitindo que se inicie um sério programa de exportações, mostraram Cláudio Martins, da Abipec e Abef, e Milton Dalari, consultor de empresas. Ênio Marques, da Abiec, discorreu sobre o programa de promoção às exportações que está sendo desenvolvido, com a missão, entre outras, de dizer aos europeus que produzimos carne de boi alimentado com capim e que o ?Brazilan Beef? tem qualidades inigualáveis. Hoje vende-se carne commoditie e não produto com marca, o que traria grandes vantagens econômicas.

Ocupar espaços ? É preciso ocupar o espaço perdido, especialmente na União, por países que tiveram problemas sanitários. Para isso, a Ocepar, Seab e Faep vão continuar discutindo a questão, agora com seminários específicos para cada um dos sub-setores de carnes: bovinos, suínos e aves. Ao mesmo tempo, a Ocepar pretende estimular as cooperativas do Paraná a ampliarem o nível de industrialização de seus produtos. Uma das estratégias é desenvolver programas de estímulo à exportação de carnes, considerando que o Paraná tem matéria-prima (soja e milho) abundante e conseguiu superar a barreira da sanidade animal, disse o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski. Esses espaços já vêm sendo ocupados: levantamento da Secretaria de Produção e Comercialização mostra que o volume de exportações de carnes do Brasil já cresceu 31% nos últimos 12 meses, passando de 1,37 milhão para 1,8 milhão de toneladas. Mas o faturamento não evoluiu nessa proporção, apesar da desvalorização cambial. O Brasil faturou o equivalente a US$ 2,4 bilhões com a exportação de carnes nos últimos 12 meses que corresponde a um incremento de 26% sobre o período anterior, quando o faturamento foi de US$ 1,9 bilhão.

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