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O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, considerado um dos intelectuais públicos mais influentes do mundo, proferiu palestra a cerca de 2,5 mil pessoas na noite desta terça-feira (12/04), em Maringá, a convite da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (ACIM). O evento marcou a comemoração dos 58 anos da entidade.
Desafios maiores - Defendendo um "choque na educação", FHC, que completa 80 anos em junho e foi chefe do governo entre 1995 e 2002, disse que o país precisa preparar-se para desafios cada vez maiores. "Temos que fazer isso agora", afirmou, referindo-se a melhoria dos níveis de educação. "Hoje, diferente do que acontecia no meu tempo, a evasão escolar acontece por desinteresse dos alunos. Alguma coisa precisa mudar", comentou o ex-presidente, que fala também em uma flexibilização no ensino superior. "Está tudo muito quadradinho, tem que ser só o que eles oferecem, o estudante não tem opções na grade", acrescentou. FHC fez uma comparação com a realidade agrícola do país para justificar a criação de medidas pró-educação: "O café é o que é por causa do IAC [Instituto Agronômico de Campinas) e a agricultura é o que é por causa da Embrapa". "O mundo é dinâmico e nesse dinamismo podemos ser pegos no contrapé", advertiu.
No curto prazo - Mas, para o ex-presidente, o atual governo precisa estar atento, principalmente, "a um vírus que fica no organismo": a inflação. "É um problema que a economia brasileira necessita resolver no curto prazo." Segundo ele, a inflação já atinge níveis preocupantes e o governo não vai conseguir combatê-la rapidamente, pois há uma forte pressão ocasionada pela própria economia em crescimento. "Mas em um ou dois anos temos que ajustar para não perder o controle", argumentou.
Agricultura - Em sua palestra, FHC fez poucas citações à agricultura: ele se recordou do grande endividamento do setor no início de seu primeiro mandato, e ressaltou que atualmente o campo não consegue atender o crescimento da demanda por alimentos. "Na China, talvez umas 500 milhões de pessoas tenham melhorado de vida e passaram a colher melhor", ressaltou.
Infraestrutura - Sem fazer nenhuma crítica ao último e ao atual governo, ele disse que os aeroportos do país estão acanhados, as estradas deficientes e a energia elétrica em seu limite. "O capital privado precisa participar, o Estado não tem como fazer tudo sozinho. Temos pela frente o grande desafio da Copa e precisamos melhorar a infraestrutura." (Flamma)
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Depois de três dias sem chuva, navios graneleiros que aguardavam ao largo há mais de um mês finalmente conseguiram deixar o Porto de Paranaguá na tarde desta quarta-feira (06/04). A fila, contudo, não tem data para acabar. No final do dia, embarcações que chegaram à baía paranaense no dia 15 de março ainda esperavam vaga para carregar soja e farelo. No total, 30 navios aguardam liberação para atracar e outras 3 embarcações devem chegar nas próximas 48 horas, conforme informações da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa).
Um milhão de toneladas - Operadores portuários ouvidos pela Gazeta do Povo relataram à reportagem que, entre soja, milho, farelo e trigo, Paranaguá teria deixado de embarcar cerca de um milhão de toneladas de granéis em março por causa das chuvas. Quando começa a chover, os trabalhos são interrompidos. Em condições normais, os navios graneleiros precisam aguardar em média 120 horas para atracar em Paranaguá. Das 30 embarcações que estavam fundeadas ontem, entretanto, apenas cinco chegaram à baía paranaense nos últimos cinco dias. Entre chegada, atracação, carregamento e partida, o processo que levaria uma semana agora gasta um mês.
Capacidade plena - A Appa informou que os três berços do corredor de exportação de grãos de Paranaguá voltaram a operar com capacidade plena nesta semana, mas que, mesmo com clima bom nos próximos dias, a normalização dos embarques ainda deve levar mais "algum tempo". Sem chuva, o porto tem capacidade para embarcar até 100 mil toneladas de granéis por dia. Para encher os 30 navios fundeados atualmente em Paranaguá seriam necessários 1,8 milhão de toneladas de soja, o equivalente a cerca de 12% da produção paranaense neste verão, que segundo a Expedição Safra Gazeta do Povo soma 14,5 milhões de toneladas da oleaginosa. Esse volume está represado nos armazéns de cooperativas, cerealistas e tradings.
Acúmulo - Por meio de sua assessoria, a Appa relatou que o movimento "acumulou um pouco" neste mês por causa dos atrasos de março, quando as chuvas provocaram os desmoronamentos que interditaram a BR-277. Por outro lado, a concentração de navios é considerada "normal para este período do ano". As senhas do Carga On-Line, sistema que gerencia o fluxo de veículos até o porto, estão sendo distribuídas normalmente.
Apesar da fila de navios, não há concentração de caminhões no Porto de Paranaguá. Os operadores afirmam que será necessário ao menos uma semana de sol para aliviar o congestionamento no mar.
Exportações - O problema não deve prejudicar o desempenho das exportações de soja e milho por Paranaguá, dizem os analistas. "Houve cooperativa que não conseguiu cumprir contrato de exportação de 180 mil toneladas no prazo", disse Nilson Hanke, assessor técnico da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), sem citar o nome da empresa. "No geral, não tivemos problemas significativos até agora", ponderou.
Safra - De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), 15% da soja e 35% do milho ainda estão no campo no estado. Perto de metade da safra paranaense de grãos de verão já foi comercializada. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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Apesar do aumento de 5% na produção de soja no Paraná (14,57 milhões de toneladas), os armazéns estão menos sobrecarregados do que no ano passado. Isso porque a produção de milho caiu 18,5% (a 5,52 milhões de t), conforme a Expedição Safra Gazeta do Povo. Somando os dois produtos, o volume deste ano é 540 mil t menor.
Integrada - Na Cooperativa Integrada de Londrina, o planejamento para receber a safra ajudou a evitar prejuízos aos produtores rurais. Segundo o gerente de logística, Celso Otani, a cooperativa teve que ampliar os locais de recebimento dos grãos diante da colheita concentrada. "Tivemos atrasos no cronograma de saída também para o mercado interno", acrescenta. Isso porque, os processadores de grãos também não conseguiam escoar seus produtos.
Outras cooperativas - A Coopavel, de Cascavel, informou que não está enviando grãos ao Porto de Paranaguá. "O que nós tínhamos para enviar já foi", disse o presidente da cooperativa, Dilvo Grolli. Na C. Vale, de Palotina, a prioridade agora é o mercado interno, que está remunerando melhor. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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O governo deixou de pagar os subsídios ao seguro rural desde setembro de 2010. De lá para cá, acumulou uma dívida de R$ 162,7 milhões com seguradoras e resseguradoras nacionais e internacionais. As empresas cobrem os riscos do produtor, mas precisam receber do governo a subvenção de metade dos prêmios de cada apólice. O Ministério da Agricultura informa ter pago apenas R$ 35 milhões dos R$ 198 milhões contratados no ano passado. Os recursos foram cortados do orçamento do ministério porque essa rubrica não tem "blindagem" contra eventuais contingenciamentos, como ocorre com os recursos da Embrapa e da defesa agropecuária.
Bloqueado - Para piorar o cenário, o orçamento de 2011, estimado em R$ 406 milhões, também foi duramente bloqueado por determinação da presidente Dilma Rousseff. Desse valor, "sobraram" apenas R$ 132 milhões. E esses recursos foram liberados apenas no fim de março, bem depois do auge da demanda por seguro rural. Isso significa um risco para as lavouras de milho safrinha e trigo, sobretudo em Goiás e Mato Grosso do Sul. Se houver um "veranico" anormal neste inverno, os produtores correm "sérios riscos" de ter prejuízos. E, junto com eles, bancos, fornecedores e o próprio governo. No Sul do país, o seguro oficial (Proagro) tem uma cobertura mais ampla, o que diminui um eventual impacto meteorológico.
Análise - O Ministério da Fazenda informa que a questão está sob análise do Tesouro Nacional. O Ministério da Agricultura pressiona o Ministério do Planejamento a "desbloquear" parte do orçamento. Maior operadora do setor, a Aliança do Brasil, subsidiária do Banco do Brasil, tem buscado auxílio direto no governo para receber sua parte. As resseguradoras são as mais afetadas, já que assumem 90% dos riscos das operações. E também são credoras desses 90%.
Demanda - Para 2011, a demanda das empresas ao Ministério da Agricultura era de R$ 528 milhões. Mas o corte de metade do orçamento aprovado para este ano deve reduzir o total disponível para menos de R$ 40 milhões, estimam especialistas na área. "Estamos tentando resolver. O governo pode 'blindar' esses recursos", disse uma fonte graduada do governo. O "calote" oficial em um programa considerado fundamental pelo setor também prejudica a imagem do país como destino de investimentos de gigantes do setor segurador. Foram anos de vaivéns até o desenho do atual programa, criado em 2003.
Descaso - As seguradoras consideram um "sinal trocado" o descaso do governo com o programa de subsídios ao seguro rural. Isso porque o governo aprovou no Congresso um "fundo de catástrofes" para socorrer o setor em ocasiões de sinistros generalizados. Prometeu capitalizar o fundo em R$ 3 bilhões nos próximos anos.
Preocupação - "Isso nos preocupa muito porque pode assustar os projetos dos resseguradores no Brasil e os aportes de nova tecnologia", diz o consultor da francesa Scor Brazil, Frederico Domingues. O seguro precisa de "estabilidade legal e financeira" para garantir segurança aos investimentos. Nos bastidores, fontes das empresas seguradoras informam que "alguns novos projetos" de grandes companhias estavam prontos para aportar no Brasil. Mas algumas delas desistiram dos investimentos por falta de estabilidade no mercado nacional.
Habilitadas - Estão habilitadas a operar no programa as seguradoras Aliança do Brasil, Allianz, Mapfre, Nobre, Porto Seguro e UBF. As resseguradoras autorizadas são Catlin, Everest, Hannover, IRB Brasil, Lloyd's, Münchener, Partner, Scor Brazil, Swiss Re e XL Re. (Valor Econômico)
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As cooperativas do Paraná devem movimentar mais de R$ 30 bilhões em 2011, segundo estimativa da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar). O volume representaria um aumento de 10% em relação ao registrado em 2010, de R$ 28 bilhões. O valor representa cerca de 30% da movimentação econômica do cooperativismo brasileiro no ano passado, segundo a Ocepar. No comparativo com o montante de 2009 - R$ 24,9 bilhões - o setor apresentou um aumento de 12%. O Sistema Ocepar divulgou ontem sua prestação de contas, durante Assembléia Geral Ordinária que reuniu 71 dirigentes cooperativistas do Estado, em Curitiba.
Agropecuária - ''As cooperativas representam 56% de tudo o que produz a agropecuária do Estado'', salienta o superintendente da Ocepar, José Roberto Ricken. Segundo ele, o crescimento registrado em 2010 foi impulsionado pela safra com grande volume de produção e pelos investimentos feitos em agroindústria no Estado. ''As cooperativas investiram R$ 1,1 bilhão em infraestrutura'', informa. De acordo com Ricken, os investimentos também devem ser os responsáveis pelo bom resultado esperado para 2011, ''principalmente no setor de carne e frango'', relata.
Setor - Segundo o levantamento da Ocepar, o Paraná possui 236 cooperativas, de 11 diferentes segmentos da economia. No total, o setor reúne 632 mil cooperados, quantidade 10% maior do que em 2009. Apenas em 2010, 97 mil pessoas aderiram ao cooperativismo. O superintendente da Ocepar afirma que a cadeia de cooperativas do Paraná envolve cerca de 1,5 milhão de pessoas. Em 2010, o setor gerou 5.772 novos empregos.
Outros ramos - Segundo Ricken, apesar do segmento de agropecuária ser o de maior destaque dentre as cooperativas, o aumento no número de cooperados se deve, principalmente, ao crescimento das cooperativas de crédito. ''As cooperativas de crédito são o ramo que mais cresce e mais absorve cooperados'', ressalta.
Números - As exportações feitas pelo setor atingiram US$ 1,64 bilhão em 2010. De acordo com a Ocepar, o cooperativismo paranaense também recolheu R$ 1 bilhão em tributos e distribuiu R$ 662,25 milhões em sobras. Entre 2001 e 2010, o número de cooperativas passou de 193 para 236 e o de associados, de 246 mil para 632 mil. A geração de empregos diretos cresceu de 30.421 para 63.500 e o faturamento expandiu de R$ 7,95 bilhões para R$ 28 bilhões.
Diretoria - O presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, foi reconduzido ao cargo durante a Assembleia. A homologação ocorreu logo após a eleição e posse dos membros da nova diretoria da Ocepar para a gestão 2011/2015. (Folha de Londrina)
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O administrador de empresas Jorge Gomes Rosa Filho e o contador Nivaldo Assis Pagliari, servidores estaduais indicados pelo governador Beto Richa para representar o Estado na diretoria do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), assumiram os cargos nesta sexta (01/04), em Curitiba. Pagliari assumiu a Diretoria de Acompanhamento e Recuperação de Créditos e Rosa Filho a diretoria financeira. Eles foram empossados pelo presidente da instituição, Renato de Mello Vianna,em cerimônia com a presença do secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros; e do secretário Especial para Assuntos Estratégicos, Edson Luiz Casagrande.
Contatos - Os novos diretores começaram os trabalhos fazendo contatos para fortalecer e aumentar a atuação do banco. Pela manhã, junto com o presidente do BRDE, reuniram-se com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, para conversar sobre novos projetos e ampliação de parcerias entre as instituições.
Codesul - Na segunda-feira (04/04), os diretores paranaenses reúnem-se com os governadores do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), em Porto Alegre, para tratar de assuntos de interesse dos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Os novos diretores assumem no ano em que a instituição completa 50 anos. Em todos esses anos de trabalho, o BRDE trouxe mais de R$ 65 bilhões de recursos para a Região Sul. (AEN)
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O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) divulgou o Balanço 2010, que dá conta de um volume total de R$ 1,83 bilhões em novas operações de crédito. O Estado do Paraná foi o que obteve a maior participação nas contratações totais do BRDE (47,4%), num total de R$ 867,5 milhões, que devem gerar arrecadação anual adicional de R$ 76,1 milhões em ICMS, com geração de 32 mil empregos, sendo mais de 6 mil diretos.
Demandas de 2011 - Segundo o gerente de operações da Agência do banco de fomento no Paraná, Paulo César Starke Junior, o BRDE está pronto para atender as demandas por crédito em 2011. "A meta é atingir um bilhão de reais este ano em operações no Paraná e Mato Grosso do Sul, estado onde o banco opera desde 2009. Temos linhas como o PSI - Programa de Sustentação do Investimento que está garantida até o final do ano pelo BNDES, com juros fixos de 6,5% ao ano. Além disso, o BRDE vai intensificar as operações de investimentos em agroindústria, armazenagem e infraestrutura, incluindo o corredor de logística para exportação Curitiba-Paranaguá, redes de comércio varejista e energia. Financiar estes projetos é uma das especialidades do BRDE", conclui Paulo César Starke Junior.
Banco público - O BRDE é um banco público de fomento que atua no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A agência do Paraná contabiliza também a atuação do Banco em Mato Grosso do Sul, estado onde o BRDE se instalou em março de 2009. (Assessoria de Imprensa BRDE)
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"Sustentabilidade, ambiente que contagia" é o tema de uma reportagem publicada na edição deste mês da Revista Amanhã, de Porto Alegre, especializada na economia do Sul do país. A matéria relaciona 38 empresas que classifica como "a elite da governança climática" da região, entre as quais está a Cocamar Cooperativa Agroindustrial. A publicação ressalta nas páginas 42 e 43 que as companhias, cada vez mais, adotam critérios socioambientais para selecionar fornecedores e parceiros de negócios, com políticas bem definidas.
Ações - Na cooperativa, diversas ações integram um programa consistente que inclui desde campanhas voltadas para a comunidade, a iniciativas de grande dimensão ambiental. Entre estas, a integração lavoura e pecuária (de que a Cocamar é pioneira na região noroeste do Estado), que incorpora pastagens degradadas ao processo produtivo, recuperando a fertilidade do solo e revitalizando a economia regional. Por sua vez, a introdução do plantio de capim braquiária nos meses de inverno, de forma solteira ou em consórcio com o milho, se soma também à proteção do solo nesse período e, como palhada de cobertura, durante os meses de verão, o que ameniza o impacto das enxurradas e, por outro lado, de estiagens. Tudo isso sem falar da reciclagem de resíduos sólidos e de embalagens cartonadas, do fio socioambiental, da usina de cogeração de energia (cujo combustível é o bagaço de cana) e do premiadíssimo programa Cultivar, em que alunos da APAE e internos da Penitenciária Estadual de Maringá participam da produção de mudas que são destinadas a produtores, para a recomposição de matas ciliares. (Imprensa Cocamar)
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De campo infértil para um dos solos mais valorizados do Brasil. De região pobre e de futuro incerto para a bacia leiteira mais produtiva do país. A transformação dos Campos Gerais, que ajudou a estruturar a agropecuária do Paraná, é o principal motivo de comemoração da festa do centenário da imigração holandesa, que começa amanhã, em Carambeí.
Pioneiros - Os primeiros imigrantes chegaram dois anos antes de 1911 à região, mas foi nesse ano que as famílias começaram a se aglomerar nas terras hoje cercadas de prosperidade. A partir de uma fazenda de 10 mil hectares comprada em pedaços, eles literalmente reconstruíram, na nova pátria, a terra que cultivam desde então, mostram relatos dos descendentes e documentos expostos no Parque Histórico de Carambeí, onde ocorrem as comemorações. "Depois do fracasso da imigração para Irati (1909), onde não se conseguiu estruturar a produção rural e houve muitas mortes e desistências, as famílias holandesas procuraram campos abertos. E vieram para cá.
Primeiras terras - Com um novo grupo de imigrantes, compraram as primeiras terras. Tudo começou do zero, sem qualquer planejamento", relata Dick Carlos de Geus, filho de imigrantes e ex-presidente da cooperativa Batavo. Ele conta que, junto com seus pais, trabalhou na época em que o leite era tirado à mão. Atualmente, a Batavo investe R$ 35 milhões numa usina de beneficiamento de leite em que o produto não terá contato com o ar da ordenha às embalagens.
Produção de leite - A atividade mais tradicional - a produção de leite - começou com vacas mestiças, de baixo rendimento. Só três décadas depois da formação do aglomerado de imigrantes foram trazidas da Holanda, por um novo grupo de famílias, animais da raça holandesa. Desde então, o rebanho vem sendo geneticamente melhorado anualmente. Hoje o índice médio chega a 20 litros de leite por animal, alcançando 40 litros em algumas propriedades - recorde nacional.
Grãos - A produção de grãos, que hoje é a principal fonte de renda dos descendentes holandeses, se expandiu só a partir da década de 1950, quando os produtores começaram a plantar arroz. As áreas foram mecanizadas e a agricultura entrou em crise com a degradação dos solos, na década de 60. Só a partir de 1976, com a adoção do plantio direto na palha - que dispensa o revolvimento e aumenta a fertilidade do solo - a colônia ampliou a produtividade, que hoje beira 10 mil quilos por hectare de milho e 3,5 mil quilos/ha de soja.
Valorização das terras - A 200 quilômetros do Porto de Paranaguá e a 30 quilômetros do polo moageiro de Ponta Grossa, as fazendas se valorizaram a ponto de raramente trocarem de mãos. O preço de um hectare passa de R$ 30 mil, valor comparado ao da região mais fértil do Paraná (Oeste). Os 150 mil hectares que pertencem aos cooperados da Batavo se tornaram intocáveis, pelo cuidado exigido no sistema do plantio direto e pelo valor de cada área.
Recorde - "Levamos 60 anos para ter o melhor rebanho leiteiro do país e um dos mais competitivos do mundo. Neste ano, a produção de grãos deve bater nossos recordes", afirma Gaspar de Geus, vice-presidente da Batavo, que deixa a sede da empresa diariamente para trabalhar nos preparativos da festa do centenário no Parque Histórico. Ele relata que a cooperativa deve faturar R$ 850 milhões neste ano - R$ 170 milhões a mais que em 2010.
Serviço - A festa do centenário da imigração holandesa que inaugura o Parque Histórico de Carambeí começa nesta sexta-feira (01/04) à noite com encontro das lideranças do cooperativismo e palestra com Carlos Alberto Sardenberg. A programação segue até segunda-feira 04/04), incluindo campeonato de dirt jump bike, free style motocross e show com Sérgio Reis. Mais informações: www.parquehistoricodecarambei.com.br. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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A Fazenda Santa Brígida, pertencente a Marize Porto Costa, no município de Ipameri, possui 900 hectares, dos quais 600 são mantidos com cultivo de grãos (soja e milho basicamente) e 150 com integração lavoura, pecuária e florestas, sob a coordenação da Embrapa. Na safra que acabou de ser colhida, a média foi de 55 sacas de soja e 150 de milho. Segundo o pesquisador João Kluthcouski, o sistema adotado pela fazenda representou uma quebra de paradigma em relação às demais fazendas na região. Cerca de 80% das pastagens goianas são degradadas. "É inadmissível que essa situação se mantenha, o índice de atraso ainda é muito grande", disse.
Capim - "A braquiária é um santo remédio", afirmou Kluthcouski, afirmando que esse capim melhora a cobertura do solo, garante mais matéria orgânica, há menor evaporação de água e menor demanda por fertilizantes minerais. Nas lavouras de milho da fazenda, a braquiária é plantada junto com feijão guandu, garantindo um alimento de mais qualidade ao rebanho. "A solução da agricultura está nela mesma", disse o pesquisador, ressaltando: "a matéria orgânica é o coração da agricultura".
Eucalipto - Além de faturar mais com a produção de grãos, e de poder explorar a atividade pecuária de forma consorciada, tendo alimento em abundância para isso, o proprietário de uma fazenda que desenvolve a integração pode acrescentar o cultivo de eucalipto, "que é mais uma opção de renda". O eucalipto permite corte já a partir do sexto ano, possibilitando um lucro de R$ 1 mil por hectare, segundo o pesquisador. (Imprensa Cocamar)
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O Sicredi conta, a partir de agora, com novas formas de pagamento das parcelas em seu Consórcio de Imóveis. Os associados podem escolher se as parcelas do imóvel pretendido, na faixa de crédito de R$ 115 mil a R$ 230 mil, serão pagas em valores constantes, progressivos ou regressivos. "Com as novas opções de pagamento há uma estimativa de aumento de 20% na procura da modalidade", avalia Romeo Balzan, superintendente de Consórcios do Sicredi.
Simulação - Em uma simulação com um imóvel no valor de R$ 115 mil, o valor progressivo para 120 meses seria de R$ 689,89, na primeira, e R$ 1.552,39 na última. Na opção regressiva o cenário se inverte: a primeira parcela partiria de R$ 1.552,39, enquanto a última apareceria no valor de R$ 689,89, conforme demonstrativo abaixo.
Sobre o Sicredi - O Sicredi é um conjunto de 120 cooperativas de crédito, integradas horizontal e verticalmente. A integração horizontal representa a rede de unidades de atendimento (mais de 1.000 unidades de atendimento), distribuídas em 10 Estados* - 881 municípios. No processo de integração vertical, as cooperativas estão organizadas em cinco Cooperativas Centrais, uma Confederação, uma Fundação e um Banco Cooperativo, que controla as empresas específicas que atuam na distribuição de seguros, administração de cartões e de consórcios. Mais informações no site sicredi.com.br. (Banco Cooperativo Sicredi - Porto Alegre/RS)
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Os secretários da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, e da Infraestrutura e Logística, Pepe Richa, iniciam nesta sexta-feira (25/03) a primeira reunião da câmara de Infraestrutura do programa Paraná Competitivo, que busca aumentar a competitividade da economia do Paraná nos mercados nacionais e internacionais. O objetivo é diagnosticar e debater soluções para os principais gargalos logísticos e de infraestrutura do Estado. O encontro vai reunir cerca de 30 representantes do poder público estadual, federal e municipal; das federações, associações e sindicatos; do setor privado entre eles concessionárias, empresas de telefonia; usuários e outras entidades ligadas ao tema.
Linha de ação - A câmara de infraestrutura é a terceira linha de ação do Paraná Competitivo. Ao todo são cinco vertentes, a primeira, concluída recentemente, foi a parte fiscal que modernizou e flexibilizou a política fiscal do estado. A câmara de Internacionalização, que foca no aumento da representatividade do Paraná nos mercados internacionais, deve ser concluída em breve com a criação da Agência de Internacionalização do Paraná. Há também mais duas linhas do programa que devem iniciar em breve: a de mão-de-obra para qualificar melhor os trabalhadores e a de desburocratização que vai trabalhar na agilidade dos trâmites legais para as empresas instaladas no Estado.
Serviço - Reunião do Paraná Competitivo de Infraestrutura / Data: sexta-feira (25/03) / Horário: 15h /
Local: Rua Iguaçu, 420 - Secretaria de Infraestrutura e Logística / 5º andar - Sala 18. (Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul)
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A superação das dificuldades enfrentadas pela agricultura familiar no Paraná depende da unificação das agendas das instituições do governo do Estado, do governo federal, dos municípios e das instituições que representam a iniciativa privada e os movimentos sociais. A mensagem defendendo a união de ações é do secretário da Agricultura e presidente do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Cedraf), Norberto Ortigara, que nesta terça-feira (22/03) presidiu a primeira reunião do conselho.
Composição - O Cedraf é composto por 33 entidades do governo, iniciativa privada e movimentos sociais, e deverá ganhar mais duas representações com a entrada da Câmara Setorial da Juventude Rural e da Cooperativa Central dos Assentados da Reforma Agrária.
Fórum qualificado - Para Ortigara, o Cedraf é o fórum qualificado para discussões que tem como objetivo o avanço da agricultura familiar. Ele salientou que vai conduzir as ações em nome do Estado, o que é responsabilidade do governo, independente das questões partidárias. Assim como Ortigara, 50% dos integrantes do conselho estavam participando da reunião pela primeira vez, em função do processo de renovação do órgão.
Presenças - Participaram da reunião o delegado do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) no Paraná, Reni Denardi, o presidente da Associação dos Municípios do Paraná e prefeito de São Jorge do Patrocínio, Claudio Palozi, entre outras lideranças.
Assistência técnica - A preocupação dos conselheiros é a manutenção da assistência técnica pública nos municípios. Ortigara lembrou que o governo do Estado autorizou a reposição de quadros da Emater-PR, numa programação de 100 novos técnicos por ano até atingir o limite de funcionários que a legislação permite.
Estratégias - Como representante do governo, Ortigara expôs as estratégias que vão favorecer o desenvolvimento da agricultura familiar e o enfrentamento de suas dificuldades no Paraná. Ele destacou a necessidade de levar uma condição de vida melhor para as famílias do campo, proprietários e trabalhadores rurais. Segundo o secretário, haverá mais atenção aos jovens e idosos no campo, por meio de programas de qualificação técnica e geração de renda para complementação de aposentadorias dos idosos.
Estradas rurais - Na questão da infraestrutura, Ortigara anunciou que a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento vai concentrar esforços na readequação de estradas rurais, que ajudam as propriedades a ganhar competitividade. Assumiu o compromisso de constituir cerca de 60 patrulhas rurais por meio de consórcios municipais que irão atuar na readequação de estradas.
Outras preocupações do governo que deverão ser enfrentadas para melhorar a competitividade da agricultura familiar são o investimento em transporte por ferrovias e em armazenagem. Ortigara admitiu que atualmente o déficit de armazenagem ultrapassa 10 milhões de toneladas e que a intenção do governo é atrair investimentos para ajudar a conservar e proteger a safra e evitar a armazenagem em caminhões. (AEN)
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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento redefiniu nesta terça-feira (22/03), os procedimentos de vigilância veterinária que serão executados nas áreas de fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai e a Bolívia. A medida foi publicada no Diário Oficial da União, por meio da Instrução Normativa n° 13. As mudanças estão relacionadas ao reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em fevereiro de 2011, da região de fronteira internacional do estado (antiga Zona de Alta Vigilância - ZAV) como livre de febre aftosa com vacinação.
Unidade - "O serviço veterinário oficial manterá uma unidade veterinária em cada município da região de fronteira com, no mínimo, dois médicos veterinários, além de postos fixos e equipes móveis de fiscalização atuando de forma permanente", informa o diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Guilherme Marques. A partir de agora, a região será denominada zona livre de febre aftosa, porém continuará contando com atenção especial, para evitar a reintrodução da doença. Os pecuaristas dessa região terão mais agilidade nos processos de comercialização do rebanho e poderão destinar os animais a mercados que exigem procedência de áreas livres da febre aftosa.
Disponíveis - A identificação de todas as propriedades rurais e mapas com os limites da região deverão estar disponíveis nos escritórios de atendimento à comunidade. Além disso, esses locais deverão dispor de adequada estrutura e comunicação. "O serviço veterinário oficial também deverá manter o cadastro georreferenciado de todas as propriedades e a identificação individual de bovinos, búfalos, ovinos e caprinos", acrescenta Marques.
Sistema - O sistema de fiscalização e acompanhamento da vacinação contra a doença continuará efetivo, porém com maior delegação de responsabilidades aos produtores e entidades privadas. O serviço veterinário estadual terá de estabelecer um plano específico de monitoramento que deverá conter, por exemplo, inspeção em propriedades consideradas de maior risco sanitário e fiscalização de trânsito, com definição de procedimentos e metas. O plano será submetido à avaliação da Secretaria de Defesa Agropecuária.
Limites - Os limites da nova zona livre de febre aftosa permanecerão inalterados, abrangendo uma faixa de aproximadamente 15 km de largura, a partir da fronteira internacional em 13 municípios. São eles: Antônio João, Aral Moreira, Bela Vista, Caracol, Coronel Sapucaia, Corumbá, Japorã, Ladário, Mundo Novo, Paranhos, Ponta Porá, Porto Murtinho e Sete Quedas. (Mapa)
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Um fator interessante em relação ao mercado do milho é que não havia nenhuma perspectiva para a melhoria dos preços como acabou acontecendo. Segundo Robson Mafioletti, analista técnico econômico da Ocepar, existem diversos fatores internos e externos que influenciaram neste espaço de tempo. Entre os pontos a serem destacados, estão a intervenção governamental quando os estoques estavam elevados e a queda de produção na safra dos Estados Unidos, que ao invés dos 339 milhões de toneladas aguardados, acabou ficando na casa dos 316 milhões. ''O apoio governamental para a exportação, principalmente relacionado à produção do Mato Grosso, foi muito importante'', analisa Mafioletti.
Quebra de safra - Outro fator que acabou auxiliando nos preços foram a quebra de safra na Rússia, Cazaquistão e Argentina. ''Quem plantou se deu muito bem, tanto o milho quanto a soja, não ficou ruim para ninguém. Muito disso é pelo fato do La NiÀa não ter se concretizado. Neste momento, o cenário é extremamente positivo, mas não podemos deixar de pensar nos próximos seis meses'', ressalta Robson.
Japão - A cautela do especialista é justificada principalmente porque o Japão é o maior comprador de milho do mundo, importando por volta de 16 milhões de toneladas anualmente. Após o desastre natural que atingiu o país, além do eminente problema nuclear que a região está enfrentando, fica a incógnita de como vão continuar essas importações. ''Pode ser que nada mude, mas não sabemos qual é a situação exata dos portos no país''. (Folha Rural / Folha de Londrina)
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O advogado Renato de Mello Vianna tomou posse como presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), nesta quinta-feira (17/03), na sede da instituição em Porto Alegre. Renato Vianna irá ocupar o cargo até 14 de julho de 2012, período que cabe ao Estado de Santa Catarina à presidência do BRDE, levando em conta o sistema de rodízio que regra a ocupação do quadro diretivo do banco entre os Estados controladores da instituição (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).
Honra - "Tenho a honra de retornar a presidência do banco no ano em que a instituição completa 50 anos. Ninguém tem dúvida sobre o importante papel do BRDE como banco de fomento, e na promoção do desenvolvimento dos três Estados do Sul e também de Mato Grosso do Sul9. Nesse momento, temos que manter nosso objetivo tanto na oferta de crédito a médio e longo prazo, como também, no aumento do número de nossas operações. O nosso elogiável quadro técnico, tenho certeza, é que nos garantirá sucesso nessa missão", garantiu Renato Vianna, que também irá acumular a Diretoria Financeira.
Sucesso - Ao transmitir o cargo ao novo presidente, José Moraes Neto, ex-presidente do BRDE, que assume a Diretoria de Acompanhamento e Recuperação de Créditos, desejou ao novo mandatário do cargo sucesso no comando do Banco nos próximos 16 meses, lembrando que "essa é uma prática democrática da instituição e que respeita o rodízio entre os Estados controladores", disse José Moraes. (Imprensa BRDE)
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O mercado de commodities parece ter superado o susto do início da semana, quando o preço de todos os grãos negociados nas bolsas americanas tiveram quedas expressivas. O temor que os recentes desastres ocorridos no Japão atrapalhassem a recuperação da economia mundial deu lugar novamente aos efeitos dos fundamentos que já vinham garantindo suporte às cotações e voltaram a se destacar. Na bolsa de Chicago, os preços da soja para entrega em julho subiram 3,7% a US$ 13,435 por bushel. Essa foi a maior alta em dois meses, sustentada pela expectativa de que a demanda por soja americana aumentará, isto que a produção no Brasil será prejudicada pelo excesso de chuvas que atinge o país. Analistas disseram à Bloomberg que as chuvas foram fortes o suficiente para danificar as estradas que ligam as regiões produtoras aos portos, limitando os embarques.
Milho e trigo - Ainda em Chicago, as cotações do milho e do trigo retomaram o movimento de alta, depois da queda dos últimos dois dias. Os contratos de milho para julho subiram ontem 4,8% para US$ 6,5375 por bushel, enquanto os de trigo com o mesmo vencimento subiram 7,1%, a US$ 7,4525 por bushel. O relatório semanal de exportações americanas divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apresentou dados animadores para os dois cereais. As exportações de trigo foram de 858,2 mil toneladas na semana encerrada em 10 de março, aumento de 31% sobre a semana anterior.
Vendas em dobro- No caso do milho, as vendas semanais mais que dobraram de uma semana para outra, sendo que um único negócio de 116 mil toneladas foi fechado para ser entregue até o fim de agosto para um destino desconhecido. "Os dados de exportação sugerem que a demanda está melhorando", disse Mark Schultz, analista da Northstar Commodity à Bloomberg.
Nova York - Em Nova York, o café subiu pelo segundo dia seguido, resultado do tom positivo do mercado. Os contratos para maio subiram 2,1% (555 pontos) para US$ 2,709 por libra-peso. Sobre o Japão, o mercado já começa a reduzir os temores em relação a um possível desastre nuclear. "Quando a situação se estabilizar no Japão, eles terão que elevar suas compras durante o processo de reconstrução das áreas mais atingidas", disse Tim Hannagan, analista da PFGBest à Bloomberg. (Valor Econômico)
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A emissão das senhas para caminhões carregados de granéis irem ao Porto de Paranaguá já está normalizada. Com a liberação da BR-277 no Km-26 para tráfego contínuo em pista simples, a expectativa é que nesta sexta-feira (18/03) a estrada volte a receber fluxo normal de veículos. "O esforço conjunto do Governo do Paraná, da Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística e da Ecovia permitiu que fosse realizado um rápido restabelecimento das vias de acesso ao porto. Nossa operação não foi prejudicada em nenhum momento e, a partir de agora, vamos começar a recompor os nossos estoques", disse o superintendente Airton Vidal Maron.
Carga Online - As senhas estão sendo liberadas pelo sistema Carga Online, que faz o gerenciamento do fluxo logístico dos veículos até o porto, estabelecendo quotas diárias de recebimento de caminhões e vagões para cada terminal/operador, dimensionando os fluxos e diminuindo filas. As cargas só são liberadas para virem ao porto quando existe local disponível em armazém para receber o produto e navio nominado para receber a carga.
Pátio de triagem - O pátio de triagem do Porto de Paranaguá recebeu 522 caminhões da meia-noite do dia 16 até às 7h desta quinta-feira (17/03). Durante a manhã, 200 caminhões ocupavam o pátio de triagem, sendo que o normal neste período do ano é receber 1.200 caminhões/dia. O corredor de exportação embarcou 35,5 mil toneladas de granéis na quarta-feira (16/03), produtividade ainda baixa se comparada com o dia anterior e causada pela chuva que prejudicou os embarques. Em dias normais, com condições climáticas adequadas, são movimentadas 100 mil toneladas por dia de granéis no porto.
Tráfego - De acordo com as informações da Ecovia, na quarta-feira, 3.960 caminhões passaram pela BR-277 nos dois sentidos, o que representa 60% do fluxo normal para o período. Com a liberação para tráfego nos dois sentidos no km-26, a BR-277 continuará com 17 quilômetros de lentidão e tráfego em pista simples. Mas a expectativa da concessionária é diminuir este trecho gradativamente no menor espaço de tempo possível.
Trem - A ALL segue fazendo testes nos trechos de instabilidade da ferrovia ao longo da Serra do Mar. A previsão é de retomada das atividades nesta sexta-feira (18/03). (AEN)
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Dividido entre fundamentos e especulações, o mercado de grãos vive dias de alta volatilidade na Bolsa de Chicago. O terremoto que atingiu o Japão na semana passada e a crise nuclear que ameaça o país estão fazendo as cotações da soja e do milho trabalharem em ritmo de montanha russa, reagindo com oscilações intensas a cada notícia que chega do oriente. A oleaginosa, que começou o mês na casa dos US$ 14, atingiu o limite de baixa e rompeu a barreira dos US$ 12 na terça (15/03), voltou a operar acima de US$ 13 nesta quarta-feira (16/03) e terminou o dia valendo US$ 12,87 por bushel (27,2 quilos), o equivalente a US$ 28,39 a saca de 60 quilos. O cereal recuou ao menor patamar em mais de dois meses, saindo de mais de US$ 7 no início de março para US$ 6,165 o bushel (25,4 quilos) nesta quarta, ou US$ 14,56 a saca.
Onda de venda - "O terremoto causou colapso não apenas nos reatores nucleares da usina de Fukushima, mas também nos preços futuros dos grãos. Especuladores acharam mais seguro vender primeiro e perguntar depois. Isso provocou uma onda de venda de contratos agrícolas na terça e outra no final do pregão de quarta, após leves altas na sessão noturna e durante boa parte do pregão diurno", relata o analista Jack Scoville, vice-presidente do grupo Price Futures, de Chicago.
Impacto - Ele explica que, num primeiro momento, a tragédia japonesa impactou os preços dos grãos em duas frentes: alimentando a aversão ao risco nos mercados financeiros globais e disseminando preocupações com uma possível diminuição ou até suspensão temporária das importações de commodities agrícolas pelo país asiático.
Fuga de capital - Após a primeira explosão na usina de Fukushima, no sábado (12/03), fundos de investimento procuraram por ativos mais seguros, provocando fuga massiva do capital especulativo das commodities agrícolas. O movimento teria sido engrossado por seguradoras, que precisam liquidar suas posições enquanto os preços ainda estão altos para fazer caixa a fim de honrar as pesadas indenizações a que serão submetidas.
Demanda - Do lado da demanda, o temor inicial era de que o comércio de grãos fosse comprometido pela destruição de portos, armazéns e indústrias de processamento de grãos no Nordeste do Japão. A agência Reuters reportou nesta quarta que o desembarque em Kashima e outros portos japoneses foi suspenso e que, por isso, cargas de milho vindas dos Estados Unidos e de soja da América do Sul estariam tendo dificuldade para chegar ao país. Maior importador mundial de milho, o Japão detém 17% do comércio global do cereal. Por isso, uma interrupção nas compras teria impacto severo para os exportadores de milho, como Estados Undidos, Brasil e Argentina.
Opiniões divididas - Agora, contudo, as opiniões começam a se dividir. "É possível que parte da demanda seja perdida no curto prazo, mas os piores cenários apontam para uma redução de 2,5 milhões de toneladas. Se isso ocorrer, elevaria os estoques de milho dos EUA para algo entre 19,1 milhões e 19,7 milhões de toneladas, uma situação ainda muito apertada e, portanto, positiva para os preços", ameniza Scoville. Ele explica que, ainda que haja redução nas importações japonesas, a queda deve ser pontual e momentânea."Eventualmente essa demanda vai voltar, ao menos parte dela. Afinal, as pessoas precisam comer e os japoneses vão querer alimentos limpos", pontua.
Fim - Há quem acredite que o tsunami japonês terá vida ainda mais no mercado de grãos. É o caso de Terry Roggensack, da consultoria Hightower Report, de Chicago, para quem a temporada de liquidações já teria chegado ao fim. "Acredito que, no médio prazo, as commodities agrícolas não serão significativamente afetadas pela situação no Japão", considera. Para Roggensack, o agravamento da crise nuclear seria positivo para o mercado de grãos. "Se uma nuvem de radiação se propagar no Japão, atingindo também a Coreia do Sul e a Ásia como um todo, mudaria a psicologia do mercado, que passaria a ver os Estados Unidos como uma fonte segura de alimentos livres de radioatividade", explica. Nesse caso, o Brasil também poderia ser beneficiado, pois colhe neste ano uma safra recorde de grãos e tem excedente exportável de soja e milho para atender a parte da demanda extra. (Gazeta do Povo)
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A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) recomeçou nesta quarta (16/03) a liberar senhas para caminhões que transportam a safra de grãos voltarem a deixar os armazéns dos exportadores em direção ao terminal paranaense. A liberação de senhas estava interrompida desde o dia 9, primeiro em razão da fila que tinha se formado ao longo do acostamento da BR-277 e, depois, devido às chuvas que derrubaram pontes e provocaram deslizamento de terra sobre a pista.
Gradativa - Segundo a Appa, as senhas serão liberadas de forma gradativa, conforme a necessidade do estoque nos armazéns do porto. O maior problema enfrentado pelos caminhoneiros fica entre os quilômetros 26 e 29 da BR-277, em razão de problemas estruturais em uma ponte. Nesse local, os carros precisam se deslocar um a um pela única pista que permite passagem. A subida e a descida são alternadas.
Fila - De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), havia fila até o km 30. Havia um intervalo no trecho de serra e a fila voltava a se formar do km 50 ao 59. Uma nova interrupção ocorria por conta do posto da PRF e da praça de pedágio e os caminhões voltavam a se acumular no km 61.
Caminhões - De acordo com o Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas (Setcepar), cerca de três mil caminhões circularam em direção a Paranaguá nesta terça (15/03), nos dois sentidos. Esse volume é 48% da movimentação normal da safra.
Armazenagem - O recomeço do transporte da safra, ainda que de forma lenta, pode ajudar os produtores e cooperativas que já começavam a ficar preocupados com o armazenamento dos grãos. O maior problema era sentido nas regiões oeste, centro-oeste e sudoeste do Paraná, onde a colheita já ultrapassa 70%. De acordo com o analista técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Robson Mafioletti, o Estado tem capacidade para 25,5 milhões de toneladas, dos quais 55% estão em cooperativas.
Gargalo - "Se houvesse um fluxo normal não teríamos problemas este ano", acredita Mafioletti. De uma safra prevista de cerca de 31 milhões de toneladas, aproximadamente 22 milhões entram no primeiro semestre. Mas nos armazéns já há produto de safras anteriores. Por isso a interrupção do transporte para Paranaguá preocupa. "A situação tem que se resolver o quanto antes, senão dá gargalo", disse o analista da Ocepar.
Trens - Os trens da América Latina Logística (ALL), que também estavam impedidos de descer ao litoral desde sexta-feira passada, em razão de problemas causados pelas chuvas, voltaram a fazer o transporte hoje, segundo a assessoria de comunicação da empresa. Os trens levam cerca de 30% da safra. Além disso, o tempo permaneceu bom no litoral do Paraná, garantindo que os embarques de grãos em navios fossem feitos normalmente.
Embarques - Nos últimos dias, em razão da chuva, eram embarcadas, em média, 25 mil toneladas, o que representa 25% da capacidade diária. Nesta terça (15/03), com a melhora do tempo, já foi possível embarcar 48,6 mil toneladas. De acordo com a assessoria da Appa, dois navios de soja e um de milho estão sendo carregados nesta quarta. Ao largo, 24 navios aguardavam a vez para atracar no cais e carregar granéis. Todos estão dentro do prazo de contratação. (Agência Estado)