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CÂMBIO: Dólar deve fechar o ano a R$ 1,75, estimam analistas do mercado financeiro

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Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) mantiveram em R$ 1,75 a estimativa para a cotação do dólar ao final deste e do próximo ano. Há quatro semanas, essa projeção estava em R$ 1,65, tanto para 2011 quanto para o próximo ano. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) subiu de US$ 26 bilhões para US$ 26,40 bilhões, este ano, e de US$ 18 bilhões para US$ 18,45 bilhões, em 2012. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o superávit comercial de janeiro até a primeira semana de outubro, com 194 dias úteis, foi de US$ 23,606 bilhões, crescimento de 81,2% em relação ao mesmo período de 2010 (US$ 13,030 bilhões), com 189 dias úteis.

 

Transações correntes - Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior) a estimativa passou de US$ 55,75 bilhões para US$ 55,30 bilhões, em 2011, e de US$ 68,20 bilhões para US$ 68 bilhões, no próximo ano. 

 

Investimento estrangeiro - A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) subiu de US$ 59 bilhões para US$ 60 bilhões, este ano, e segue em US$ 50 bilhões, em 2012.  Já a projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, caiu de 39,10% para 39%, este ano, e segue em 38%, em 2012.

 

Produção industrial - A expectativa para o crescimento da produção industrial este ano caiu pela sétima semana seguida, ao passar de 2,26% para 2,04%. Para 2012, a estimativa passou de 4,30% para 4,15%.

 

IPC-Fipe - A pesquisa do BC também traz a estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que passou de 5,58% para 5,65%, este ano, e de 5% para 5,10%, em 2012.

 

IGP-DI - A estimativa para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) caiu 5,95% para 5,92%, em 2011, e subiu de 5,08% para 5,15%, em 2012. No caso do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a estimativa foi mantida 5,87%, este ano, e subiu de 5,24% para 5,26%, em 2012.

 

Preços administrados - A estimativa dos analistas para os preços administrados segue em 5,80%, em 2011 e em 4,55%, no próximo ano. Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento, transporte urbano coletivo, entre outros. (Agência Brasil)

COOPERATIVISMO: Setor responde por cerca de 20% do PIB do Paraná

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Com 230 cooperativas distribuídas por vários ramos, o cooperativismo paranaense vai fechar o ano de 2011 com uma movimentação econômica superior a 30 bilhões de reais. Esse número ganha ainda mais destaque se levarmos em consideração que 11 cooperativas do estado são responsáveis por transações superiores a R$ 1 bilhão/ano. A análise foi feita pelo presidente da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), João Paulo Koslovski. “Quando falamos em agricultura, 55% do PIB do Paraná passa por cooperativas. E a nossa presença no processo agroindustrial chega a 42%”, pontuou Koslovski ressaltando a expressiva participação das cooperativas na economia do estado.

 

Números - Segundo o presidente, hoje o cooperativismo paranaense provê 1.450.000 postos de trabalho, diretos e indiretos, e envolve mais de 2.350.000 pessoas. Gera, em exportações, um volume de US$ 2 bilhões, divididos entre aproximadamente 45 produtos enviados para mais de 90 países, contribuindo de forma efetiva para o desenvolvimento local. E, para ele, a consolidação dessa representatividade será determinante para o contínuo crescimento do setor.

 

Formação - Koslovski, que também é presidente da unidade estadual do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/PR), defende a constante formação e atualização de todos os profissionais envolvidos no sistema cooperativista. “Foco na profissionalização. Esse é o ponto principal do trabalho do sistema Ocepar para que possamos melhorar cada vez mais a qualidade da gestão das sociedades cooperativas”, afirma. Ao elencar as principais ações da instituição, Koslovski ressalta a importância do trabalho realizado pelo Sescoop para garantir o contínuo desenvolvimento do cooperativismo paranaense: “O Sescoop foi o melhor instrumento que tivemos nos últimos 20 anos do cooperativismo. Com sua criação, foi possível dinamizar o processo de profissionalização e a previsão é encerramos o ano de 2011 com mais de 4.500 eventos realizados e mais de 120 mil pessoas treinadas”.

 

Radiocoop - Confira mais informações sobre o cenário do cooperativismo paranaense na entrevista de Koslovski à RádioCoop.  (Informe OCB)

RAMO CRÉDITO: 2º Pense Sicoob discute futuro do segmento no País

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Mais de 800 pessoas se reuniram, no dia 22 de setembro, em Brasília, durante o 2º Pense Sicoob, para falar sobre cooperativismo de crédito e mercado financeiro nacional O evento, que teve transmissão simultânea via internet, foi acompanhado por quase 2 mil pessoas. O encontro, realizado pelo Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) reuniu autoridades e representantes de cooperativas de todo o nets, além de líderes cooperativistas e especialistas do mercado financeiro nacional.

 

Integração - O encontro, que teve como mestre de cerimônia a jomalista Renata Vasconcelos, foi aberto com o discurso do presidente do Sicoob Confederação, José Salvino de Meneses, que ressaltou a importância em integrar o maior sistema de cooperativas de credito do Brasil. 'Tenho orgulho de dizer que somos a sexta maior rede de atendimento do sistema financeiro do país, com quase 2 mil pontos de atendimento e mais de 2 milhões de associados".

 

Futuro - O futuro da instituição e do cooperativismo de crédito no Brasil foram temas abordados no talk show mediado por Renata Vasconcelos, cujos participantes foram Jose Salvino de Menezes, Marco Aurélio Almada, presidente do Bancoob, e Ricardo Antônio de Souza Batista, diretor de tecnologia da informação do Sicoob Confederação.

 

Painel econômico - O painel econômico mediado pelo jornalista Paulo Henrique Amorin discutiu o mercado financeiro nacional e o futuro do cooperativismo de crédito. Os participantes do painel, Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central, o jornalista de economia, Luis Nassif, avaliaram com otimismo as perspectivas de crescimento e expansão do setor de crédito cooperativo no país, mesmo diante do atual cenário econômico global.

 

Risco menor - Gustavo Franco afirmou que o risco de uma cooperativa, se comparada a um banco, e infinitamente menor, neste contexto. “Momentos como esse, em que os bancos perdem competitividade, é a oportunidade que o cooperativismo tem de avançar. Ele cresce quando o mercado retrai, ganhando mais associados”, afirma. Luis Nassif reforçou o crescimento do cooperativismo de crédito e se mostrou otimista em suas perspectivas. “Se reduz a oferta de crédito no mercado, o cooperativismo cresce. Este cenário de ascensão continuará forte e consistente, pois é um setor que se solidificou e tem visão estratégica. Não vejo um fato que mude cose ritmo" (Preso Comunicação Empresarial)

EXPEDIÇÃO SAFRA 2010/11: Soja e milho socorrem Estados Unidos diante da crise

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Enquanto os Estados Unidos lutam para evitar que a economia nacional mergulhe em uma recessão, o Meio-Oeste do país atravessa o período de turbulências sem grandes solavancos e prospera em meio à crise. Ancorada no campo, a região é fortalecida pela alta dos preços agropecuários e exibe índices econômicos e financeiros melhores que os nacionais, conferiu a Expedição Safra 2011/12 Gazeta do Povo em sua primeira parada no Cinturão de Produção norte-americano.

 

Mais rica - Em Iowa, a safra que a imprensa local está chamando de “a mais rica da história do estado”, deve injetar cerca de US$ 33 bilhões na economia regional – 34% acima do ano passado e quase três vezes mais do que há dez anos. Desse total, US$ 20 bilhões (61%) vêm dos grãos e o restante das carnes.  “O agronegócio e as atividades relacionadas a ele movimentam perto de 25% da economia do estado. E, como o setor vai bem, isso nos dá sustentação e nossa economia está em melhor forma, inclusive em relação a situação nacional”, conta o Secretário de Agricultura de Iowa, Bill Northey.

 

Peso - Não por acaso, Iowa é um dos estados de maior peso no agronegócio norte-americano. Tem um dos maiores rebanhos bovinos dos EUA e encabeça o ranking de produção suína e de ovos. Também é o maior produtor nacional de soja e milho, o que, por si só, já quer dizer muita coisa, considerando que anualmente saem dos campos do país ao menos 400 milhões de toneladas desses dois grãos. Iowa participa com aproximadamente 18% desse total, algo como 70 milhões de toneladas, quase uma safra inteira de soja do Brasil.

 

Valor Bruto - Com VPB (Valor Bruto da Produção) estimado em 6,5 bilhões para este ano, é um dos estados que mais gera riquezas no campo. No ano em que o faturamento do agronegócio norte-americano ultrapassará, pela primeira vez, a marca dos US$ 100 bilhões, Iowa terá papel fundamental neste processo. O estado gera 6% da renda agrícola do país, que segundo previsão do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) deve somar US$ 103,6 bilhões em 2011.

 

Receita- Em 2010, a receita norte-americana com a produção agropecuária somou R$ 79,1 bilhões e a de Iowa US$ 5,1 bilhões. O avanço estimado para este ano é de, respectivamente, 31% (+US$ 24,5 bi) e 27% (+US$ 1,4 bi). Produção dribla o clima - Ironicamente, o salto de prosperidade nos campos norte-americanos vem em um ano considerado decepcionante para a produção de grãos. Do plantio à colheita, a safra de soja e milho dos EUA enfrentou todo tipo de desafio climático, mas conseguiu driblar os problemas. “Acho que tudo de ruim que poderia ocorrer aconteceu neste ano. Mas, apesar de tudo isso, o resultado não está sendo ruim”, relata o secretário Northey, que também é produtor rural.

 

Surpreendentes - Na propriedade de 250 hectares que administra em Spirit Lake, no Noroeste de Iowa, uma das regiões mais produtivas do país, Northey tem obtido média de 3,6 mil quilos por hectare de soja. No milho, cuja colheita deve começar nas próximas semanas, espera 11,3 mil quilos por hectare. “Os resultados são surpreendentemente bons”, diz enquanto pilota uma colheitadeira.

 

Segunda melhor safra - “Se continuar tudo como está, teremos neste ano a nossa segunda melhor safra de milho e talvez a melhor safra de soja”, revela o produtor Randy Caviness. A colheita do milho, iniciada há poucos dias na propriedade que mantém com o pai, Harold e o filho, Marritt, em Greenfiel, no Nordeste de Iowa, tem revelado produtividade surpreendente de 12,6 mil quilos por hectare. “Só em 2004 tivemos resultado melhor”, comemora Harold. No ano passado, os Caviness fecharam a temporada com média de 10 mil quilos do cereal por hectare. Na soja, esperam 4 mil quilos por hectare, desempenho que, se alcançado, “vai ficar para a história”, diz.

 

Renda - “Meu avô nunca ganhou tanto dinheiro assim”, diz Merritt, mirando o monitor da colheitadeira que pilota pela lavoura de milho. Há três anos, o menino, hoje com quinze anos de idade, ajuda a família com os trabalhos de campo. Sobre a declaração do neto, Harold confirma a afirmação com um sorriso largo no rosto. “Ainda lembro quando o bushel de milho [medida norte-americana equivalente a 25,4 quilos] valia US$ 0,10. E a gente achava bom. No outro dia, chegou a quase US$ 8. Tá muito bom mesmo”, diz. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

SESCOOP/PR: Palestra sobre cooperativismo é ministrada para cooperados da Cotranauta

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O analista econômico financeiro da Gerência de Desenvolvimento e Autogestão do Sescoop/PR, Emerson Barcik, ministrou uma palestra sobre cooperativismo, na última sexta-feira (23/09), na Escola Rural Nova Brasília, na Ilha do Mel, litoral paranaense. Ele falou para cooperados e filhos de cooperados da Cooperativa dos Transportadores Náuticos, Autônomos da Ilha do Mel (Cotranauta), além de outros profissionais da comunidade que estavam participando da última etapa do Curso de Formação de Marinheiro auxiliar de convés. A iniciativa teve como objetivo capacitar os condutores de embarcações para o transporte de passageiros e cargas e, consequentemente, proporcionar o desenvolvimento da comunidade. O treinamento, promovido pela Cotranauta, foi iniciado em setembro e teve como instrutores representantes da Capitania dos Portos de Paranaguá. “Em nossa explanação, nós apresentamos uma visão geral do cooperativismo. Também ressaltamos a importância do aprimoramento profissional e do papel do Sescoop na formação e qualificação do público ligado às cooperativas”, afirmou Emerson.

SAFRA 2011/12: Desembolso de crédito rural deve se recuperar

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Primeiro indicativo financeiro do ânimo dos produtores rurais, o desembolso de crédito rural nos dois primeiros meses do atual ano-safra (2011/12) alcançou R$ 17 bilhões. Em relação ao mesmo bimestre da temporada anterior (2010/11), quando foram liberados R$ 20,4 bilhões, houve retração de 16,6%. Apesar disso, o governo estima superar, até junho do ano que vem, o recorde de todo o ciclo passado, quando os desembolsos somaram R$ 94 bilhões.

Extinção do Procer - O desempenho inicial, portanto, não indica necessariamente uma tendência negativa para a ampliação das lavouras e novos investimentos, segundo avalia o diretor de Agronegócios do Banco do Brasil, Ives Cézar Fülber. Conforme a instituição, a redução no ritmo de empréstimos nos dois primeiros meses da safra 2011/12 reflete, em grande medida, a extinção da linha de crédito Procer, responsável por R$ 2,872 bilhões em 2010/11. A linha, criada exclusivamente para financiar agroindústrias com juros subsidiados no ano-safra anterior, não está mais disponível agora. 

Desembolsos totais - O BB confirmou que seus desembolsos totais aumentaram 19,1%, passando de R$ 6,530 bilhões entre julho e agosto do ciclo anterior para R$ 7,778 bilhões nos dois meses deste ano - acima do crescimento médio previsto para 2011/12 como um todo, de 17%.

BB Agroindustrial - Outro motivo para a retração observada foi a queda de repasses da linha de crédito BB Agroindustrial, que emprestou R$ 2 bilhões em julho e agosto da safra passada e no mesmo período deste ano só desembolsou R$ 180 milhões. O banco acredita que tem demanda para mais R$ 2 bilhões até o fim do ano. A diminuição dos repasses já era esperada. "Os empréstimos nessa linha são realizados para dois anos. Ou seja, quem pegou empréstimos para a safra 2010/11, que totalizou R$ 10 bilhões em repasses, ainda está capitalizado hoje", explicou Fülber ao Valor.

Oferta - Ao todo, o Banco do Brasil ofertará R$ 45,7 bilhões para operações de crédito rural na safra 2011/12, 17% a mais que na safra anterior. Do total, R$ 10,5 bilhões financiarão a agricultura familiar e R$ 35,2 bilhões atenderão aos agricultores empresariais e cooperativas rurais, um incremento de 20% e 16%, respectivamente, na oferta de crédito.

Safra passada - Em 2010/11, o desembolso total do crédito rural foi de R$ 94 bilhões, ou 94% do total programado para o ciclo agrícola. Foi o melhor desempenho já registrado desde a safra 1999/00, período em que o governo iniciou o levantamento. O crescimento de desembolso da safra 2010/11 foi de 8,6% ante a safra anterior, quando foram liberados R$ 86,7 bilhões nas linhas de custeio, comercialização e investimento no setor. 

Participação BB - Foram desembolsados pelo Banco do Brasil, no ciclo 2010/11, R$ 39 bilhões, evolução de 12% em relação à safra 2009/10. Para a agricultura empresarial foram aplicados R$ 30,2 bilhões e para a agricultura familiar, R$ 8,8 bilhões. A participação do BB na safra 2010/11, levando em conta o Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR) no financiamento ao setor, somou 73% nos créditos destinados à agricultura familiar, 77% ao médio produtor rural e 40% aos demais agricultores. 

Linhas - Segundo o gerente-executivo da diretoria de Agronegócios, João Pinto Rabelo Júnior, o governo se preocupou, no atual ano-safra, em garantir mais dinheiro para três linhas: agricultura de baixo carbono, cooperativismo e inovação tecnológica. Um exemplo, de acordo com Rabelo Júnior, é o programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), que incentiva processos tecnológicos que neutralizam ou minimizam os efeitos dos gases de efeito estufa no campo. Os recursos para a safra 2011/2012 somam R$ 3,15 bilhões, sendo somente R$ 850 milhões do Banco do Brasil. O governo garantiu, dentro do plano, recursos a agricultores e cooperativas, com limite de financiamento de R$ 1 milhão por beneficiário. O crédito será financiado com taxa de juros de 5,5% ao ano e prazo de reembolso de até 15 anos. (Valor Econômico)

COCAMAR: Cooperativa sobe posições e se mantém entre as empresas mais inovadoras

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 A estratégia agressiva da Cocamar em trazer para dentro de casa inovações constantes na área de tecnologia de informação (TI), rendeu à cooperativa, sediada em Maringá (PR), um grande salto no ranking das 100 empresas mais inovadoras do país, segundo a revista especializada InformationWeek Brasil, edição de setembro. A escalada foi radical: a Cocamar saiu da 123ª posição em 2010 para o 37º lugar em 2011, integrando um seleto grupo de conglomerados do qual participam Petrobras, Rhodia, Votorantim, Grupo Abril, Yara Brasil, Ford Motor, Coca-Cola e outros. Entre as 50, ela se posiciona a frente de organizações como Renner, Chevron, Alcoa, Basf e Electrolux. Se considerado apenas o segmento agropecuário, a Cocamar aparece entre as três primeiras, abaixo apenas de Citrovita e Tortuga – respectivamente a 10ª e a 12ª no ranking geral. 

 

“Case” - O superintendente administrativo Alair Zago, que representou a cooperativa na última terça-feira (20) em evento organizado pela revista em São Paulo, observa que os critérios de avaliação incluíram, desta vez, a análise de um “case” de sucesso. Segundo ele, chamou a atenção dos especialistas a implantação de um software da Microsoft por parte da Cooperativa: o Hyper-V, que permite a virtualização de servidores.

 

Informações - Zago explica que a ferramenta gera economia, praticidade e agilidade de informações ao possibilitar que em um único servidor físico sejam instalados diversos outros servidores virtuais. “Antes, precisávamos de um servidor para cada aplicativo”, acrescenta o superintendente, lembrando que com essa forma de contingenciamento, o nível de segurança para a companhia se torna muito maior.

 

Pioneira - Os avaliadores constataram que, no segmento agropecuário, a Cocamar é pioneira no uso desse software, o que exigiu por parte da cooperativa não apenas investimentos financeiros, mas especialização profissional. “Os prestadores são certificados pela Microsoft para implementar a nova tecnologia”, cita Zago, salientando que a agressividade da corporação nessa área, definida como prioridade da gestão, tem a finalidade de identificar e incorporar as melhores tecnologias ao seu negócio.

  

Destaque - Em termos internacionais, o fato é tão representativo para a própria Microsoft que a companhia incluiu o “case” da Cocamar em sua página oficial.   De acordo com a gerente de TI da Cooperativa, Paula Rabelo, “a virtualização é uma ferramenta que propiciou agilidade nos negócios e uma estrutura de atendimento, produtos e serviços capaz de atender as demandas dos clientes”. (Imprensa Cocamar)

COMÉRCIO MUNDIAL: OMC rebaixa projeção de expansão em 2011

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A Organização Mundial do Comércio (OMC) cortou de 6,5% para 5,8% sua previsão de crescimento do comércio mundial, em volume, para 2011, comparado a um avanço de 14,5% no ano passado. Para a OMC, os riscos de deterioração da economia mundial se confirmam cada vez mais. Considera sua estimativa "prudente" levando em conta expansão econômica global, agora de apenas 2,5%. As economias desenvolvidas devem registrar aumento de 3,6% nas exportações e o PIB deve ter expansão de 1,5%.

 

Economias em desenvolvimento - Ao mesmo tempo, as economias em desenvolvimento vão ver suas exportações crescerem quase três vezes mais que as dos desenvolvidos. A projeção é de alta de 8,6% nas vendas externas e crescimento de 5,9% do PIB (comparado a mais de 6,5% antes). No ano passado, o comércio cresceu quase 15% comparado ao desastre dos anos anteriores em meio à crise financeira global.

 

Desaceleração - Agora, as novas previsões da OMC apontam desaceleração do comércio mundial, e não um recuo puro e simples, mas a entidade vê o cenário global excepcionalmente incerto por causa da situação da Grécia.

 

Contração do PIB - A OMC considera que os riscos de contração do PIB se intensificaram nos últimos meses e, quando a produção diminui, o comércio também declina. Para a OMC, a economia mundial está num "ponto de inflexão", onde o crescimento poderá se retomado se os responsáveis políticos encontrarem uma solução à crise da divida soberana que possa restabelecer a confiança no sistema financeiro.

 

Instabilidade - Em contrapartida, decisões ruins podem provocar maior instabilidade, como foi o caso na crise depois da quebra do banco americano Lehman Brothers, em 2008.

 

Exportações - As exportações desaceleraram recentemente em vários países industrializados e mesmo caíram de "forma inquietante" na Alemanha e na França. A expansão das exportações alemãs, motor da economia europeia, passou de 36% em maio para 20% em junho e foi de 16% em julho. No mesmo período, o crescimento das exportações francesas caiu de 44% para 14% e depois para 9%.

 

Fluxo comercial - Já o fluxo comercial da maioria das economias em desenvolvimento manteve-se "vigoroso".  O aumento do comércio da China chegou a acelerar em agosto, o que a entidade avalia que pode compensar, em parte, a desaceleração do comércio das economias desenvolvidas. O comércio exterior brasileiro vem crescendo ao redor de 25%, também pelos dados da entidade global. No caso da China, os últimos dados de consultorias e bancos mostram que as encomendas de exportações não mais aumentaram, mas, pelo menos, não caíram de ritmo.

 

Europa - Pelo momento, segundo a OMC, a desaceleração econômica se limita no essencial aos países desenvolvidos, sobretudo na Europa. "Isso nos leva a pensar que a resolução da crise da dívida soberana séria, sem dúvida, é o melhor meio de evitar uma contração maior do comércio", diz. Pascal Lamy, diretor-geral da OMC, alerta de novo contra medidas protecionistas e avalia que as regras da entidade são uma garantia contra barreiras. (Valor Econômico)

FINANCIAMENTO: Agricultura de baixo carbono deve ganhar nova linha de crédito

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O Conselho Deliberativo do Fundo do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel/FCO) deve aprovar amanhã, em Brasília, uma nova modalidade de financiamento para fomentar o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) no âmbito do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO). O diretor da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), Marcelo Dourado, disse que a linha é importante pois simplifica o modelo em vigor. “Vamos criar uma linha de financiamento para redução de gases de efeito estufa na região e ampliar os benefícios aos produtores”, diz Dourado.

 

Incentivo - A nova linha tem como objetivo incentivar projetos que visem à conservação e a proteção do meio ambiente à recuperação de áreas degradadas ou alteradas e ao desenvolvimento de atividades sustentáveis; disponibilizar recursos para investimentos necessários à implantação de sistemas de integração de lavoura-pecuária, lavoura-floresta, pecuária-floresta ou lavoura-pecuária-floresta; entre outros. (Valor Econômico)

SILVICULTURA II: Setor paga pela falta de infraestrutura e de crédito

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Considerada uma “poupança verde”, a silvicultura tem se revelado um grande negócio. Ainda assim, plantio de florestas comerciais encontra dificuldades para deslanchar no Brasil. Apesar do ganho de terreno nos últimos anos, o setor ainda está longe de alcançar a meta de 7,5 milhões de hectares estipulada para o ano que vem. Entre os maiores limitadores ao incremento de área está o alto investimento exigido para se produzir madeira, a falta de políticas governamentais de incentivo à atividade e a infraestrutura precária.

Rodovias vicinais - “O cultivo de florestas se concentra em regiões onde as rodovias vicinais, que geralmente não são asfaltadas, são o único canal de escoamento. Por isso, é comum ver os produtores gastando tempo e dinheiro para recuperar estradas”, cita Carlos Mendes, diretor executivo da associação que representa os produtores no Paraná, a Apre.

Linhas de financiamento - O setor sofre também com a falta de linhas de financiamento específicas para o plantio de florestas. “Hoje, maior parte das instituições financeiras do país limita com burocracia a liberação de recursos para o plantio de pinus ou eucalipto [únicas espécies cultivadas]”, revela. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

SOJA I: Cultura em franca expansão no Paraguai

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O Paraguai caminha para colher no próximo ano uma safra de soja de 9 milhões de toneladas, o que deve confirmar o país como o palco de uma das maiores expansões proporcionais de produção da oleaginosa no mundo, o que já o coloca como o quarto exportador mundial. O crescimento da produtividade, que atingiu este ano 2.917 quilos por hectare, apenas 100 quilos a menos que o Brasil, é a principal alavanca.

Maior da história - A safra passada (2010/11) já foi a maior da história. A colheita alcançou 7,4 milhões de toneladas, mais que o dobro do volume colhido em 2000 (3,5 milhões de toneladas). "A perspectiva de crescimento para a próxima safra [2011/12] é de 20%, já que a área semeada deve atingir 3 mil hectares", comentou o produtor rural Luis Cubillas, assessor técnico da associação paraguaia de produtores (Capeco). Do total da safra passada, 5,5 milhões de toneladas foram exportadas, ante as 2,1 milhões que saíram do Paraguai em 2006. A expansão não tem relação com a demanda chinesa. O país não exporta para a China e 54% de suas vendas têm a União Europeia como destino. 

Impacto - Com a alta das cotações do produto, o impacto na economia local desta explosão da soja foi direto, com grande influência sobre o crescimento do PIB paraguaio no ano passado, que foi de 15,3% - o maior da América Latina. A vitalidade do mercado é tão grande que fez com que os agricultores do país até se beneficiassem de medidas restritivas às exportações paraguaias tomadas nos últimos anos pela Argentina e pelo Brasil.

Ampliação das bases - A decisão argentina de proibir que a indústria esmagadora importasse soja paraguaia para moer no país, em 2009, fez com que a indústria de óleos ampliasse suas bases no Paraguai. "A capacidade de esmagamento hoje é de 6,5 mil toneladas diárias. Dentro de dois anos, esse número vai para 14,5 mil toneladas", afirmou o diretor da associação da indústria de óleos vegetais do Paraguai (Cappro), Eduardo Tessari, que também é o diretor comercial da Louis Dreyfus no país.

Investimentos - É a Louis Dreyfus que está fazendo um dos dois maiores investimentos no segmento no Paraguai, com a montagem de uma nova unidade com capacidade de esmagamento de 4 mil toneladas diárias. Atualmente, a empresa esmaga 530 toneladas. Com a nova fábrica, que consumirá aproximadamente US$ 150 milhões em sua implantação, a múlti de origem francesa será a maior esmagadora no Paraguai. Sem presença no país até este ano, a ADM também está montando uma unidade para moer 3,3 mil toneladas. Tessari calcula o investimento total da indústria esmagadora no Paraguai em cerca de US$ 400 milhões. 

Modal alternativo - Já o Brasil fez com que o Paraguai desenvolvesse um modal alternativo para o escoamento da safra, desde que o então governador paranaense, hoje senador Roberto Requião (PMDB), passou a impedir o embarque de soja transgênica pelo porto de Paranaguá, em 2004. O escoamento da safra paraguaia por terra em um primeiro momento desceu a quase zero e o país resgatou a estrutura da hidrovia Paraná-Paraguai. Usa atualmente 27 portos fluviais, sendo 16 no rio Paraná e onze no Paraguai. Hoje, 80% do escoamento se faz pelo rio. Cerca de 1 milhão de toneladas serão escoadas este ano pelo porto paranaense. 

Fôlego curto - Mas a "explosão" da soja no Paraguai tende a ter fôlego curto. "Ainda restam de 500 mil a 1 milhão de terras agricultáveis para incorporar e os problemas com movimentos sociais são crescentes", comentou Tessari, que prevê um incremento de apenas 2% na produção a partir de 2012. "Com muito otimismo, pode se pensar em uma produção de 14 milhões de toneladas em 2020, mas a expansão esbarra na resistência violenta de grupos organizados", afirmou ao Valor o transportador paraguaio Pablo Ferres. (Valor Econômico)

CRISE: Comissão Europeia reduz projeção de crescimento para zona do euro e UE

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A Comissão Europeia reduziu suas estimativas para o crescimento da zona do euro e da União Europeia como um todo nesta quinta-feira (15/09), por causa da piora das perspectivas em meio à crise de dívida soberana do bloco. “O horizonte para a economia europeia deteriorou-se”, disse o comissário para assuntos econômicos e monetários, Olli Rehn, em comunicado. “A crise de dívida soberana piorou e a turbulência no mercado financeiro deverá prejudicar a economia real.”

 

UE - Para a União Europeia, a Comissão projeta expansão de 0,2% do PIB tanto no terceiro quanto no quarto trimestres deste ano, o que significa uma queda de 0,2 ponto e 0,3 ponto porcentual, respectivamente, ante à previsão anterior. As estimativas para o PIB da zona do euro diminuíram na mesma magnitude, recuando para 0,2% no terceiro trimestre e 0,1% no quarto. “As recuperações após crises financeiras são geralmente lentas e conturbadas”, disse Rehn. “Para que a recuperação volte aos trilhos, é fundamental garantir a estabilidade financeira e colocar os orçamentos em um caminho sustentável. As reformas estruturais continuam mais importantes do que nunca para construir o potencial de crescimento do amanhã”, acrescentou.

 

Medidas insuficientes - A comissão disse que as medidas adotadas para acalmar a crise, incluindo a extensão da capacidade de empréstimo da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) e a reintrodução de medidas emergenciais pelo Banco Central Europeu (BCE), podem não ser suficientes.

 

Economia global fraca - Embora a comissão acredite que uma nova recessão seja “improvável”, o órgão destacou que a economia global está fraca e que o pior pode ainda estar por vir. “A correção dos preços das ações parece ir além do que se esperaria apenas de uma reavaliação da perspectiva de crescimento e pode refletir uma mudança geral no sentimento de risco”, apontou a comissão. “Embora a turbulência financeira já tenha causado um impacto sobre a confiança, uma contaminação mais substancial de outros segmentos do mercado e da economia real não pode ser descartada.” (Valor Econômico, com Dow Jones Newswires)

RAMO CRÉDITO III: Lideranças visitam o Centro Administrativo do Sicredi

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PRODUÇÃO NACIONAL DE GRÃOS: Safra alcança 162,9 milhões de toneladas

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ECONOMIA: Projeção de Selic fica estável mas estimativa de PIB cai, aponta Focus

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O mercado manteve a projeção da taxa básica de juros (Selic) para este ano para 12,50%, de acordo com a estimativa de mercado levantada pelo Boletim Focus, divulgado nesta segunda feira (29/08) pelo Banco Central (BC). Esta é a terceira semana consecutiva de manutenção da taxa de juros neste patamar, no boletim.

 

Câmbio - Para a taxa de câmbio houve manutenção nas previsões de R$ 1,60 para o fim do ano, pela décima primeira semana consecutiva. Para o próximo ano, os analistas consultados pelo BC esperam taxa a R$ 1,63, o que representa estabilidade em relação as duas últimas projeções do levantamento.

 

PIB - Já a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) caiu para 3,79% neste ano, recuando na comparação com os 3,84% esperados para o indicador na leitura da semana passada. Para o ano que vem os analistas consultados pelo BC estimam avanço de 3,90%, o que representa queda em relação aos 4,0% constantes das últimas quatro projeções anteriores a divulgação atual do relatório. (Valor Econômico)

OPINIÃO: O cooperativismo dos meus sonhos

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·      Ademar G. Bianchi

·      Sabemos da necessidade de adaptação constante do cooperativismo, para atuar em um mercado cada vez mais globalizado e competitivo, onde a força do capital fala mais alto. Neste cenário, apesar de todos os desafios, o cooperativismo continua seu trabalho como uma “revolução silenciosa”, gerando inúmeros benefícios  a economia e a sociedade através de suas  13 (treze) formas/segmentos.

·      Nos últimos anos, observamos crescimento em vários setores, principalmente no agropecuário, crédito, infraestrutura, transporte, saúde e trabalho, mostrando que a sociedade está entendendo que não é somente pela simples competição, mas também pela cooperação e união de forças, que podemos resolver nossos problemas coletivos de uma forma mais  humana e inteligente.

·      E, nesta caminhada,  utopias de ontem já viraram realidade, entre elas: a organização da representatividade, as conquistas constitucionais que  asseguraram o fomento do Governo Federal, através dos Ministérios da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e outros, a lei das sociedades cooperativas e as resoluções complementares, a formação e atuação  das frentes parlamentares cooperativas, a criação do serviço nacional de aprendizagem do cooperativismo, o reconhecimento do cooperativismo de crédito como integrante do sistema financeiro nacional, convênios e intercâmbios internacionais, faculdades de tecnologia do cooperativismo e pós graduação em várias instituições de ensino e outros desafios que ainda fazem parte de meus sonhos, entre eles:

·      - As escolas, de todos os graus, precisam mudar o foco da competição como sendo o  único caminho e orientar para a alternativa da cooperação, organização das pessoas e fortalecimento das instituições, somando esforços parceiros,  racionais e solidários  na solução de  problemas comuns no desenvolvimento das regiões.

·      - O desenvolvimento sustentável de uma cooperativa, município, estado ou país, somente acontece com educação, capacitação, disciplina  e trabalho, para isto todos devem estar envolvidos  e fazer sua parte, no campo e nas cidades. A história de grandes potências mundiais servem de exemplo

·      - A forma amadora de administrar precisa ser mudada de forma urgente por uma  gestão  profissional  e de resultados.

·      - As novas lideranças precisam ser preparadas para dar continuidade à missão maior da cooperativa no cumprimento de seus objetivos, com eficiência e transparência, evitando a longevidade excessiva das diretorias e seus vícios decorrentes.

·      - Cooperativas não devem ser usadas para promoção particular e nem servir de trampolim político. Podem, sim, apoiar lideranças e  instituições identificadas com suas causas e necessidades.

·      - A assistência técnica, educação, capacitação e marketing precisam ser desenvolvidas e apoiadas efetivamente pelas diretorias. Sem este comprometimento, estas práticas serão tratadas sem prioridades, com sérios prejuízos para todos, colocando em risco a existência da própria entidade.

·      - As cooperativas devem ser fiscalizadas de forma permanente pelo conselho fiscal e auditorias internas e externas, exercendo um trabalho preventivo, apontando problemas e desvios, os quais devem ser punidos com rigor conforme a lei e estatutos.

·      - A sustentabilidade deve ser preocupação permanente, inclusive no planejamento estratégico a médio e longo prazo, com ações concretas, buscando respostas  econômicas, sociais e ambientais em sintonia com a  comunidade.

·      - A intercooperação precisa ser exercida efetivamente como uma estratégia de competição nos mercados, trocando produtos, serviços e formando redes e centrais,  independente de  bairrismos  locais ou regionais

·      - Buscar e manter o equilíbrio permanente entre o econômico e o social, não esquecendo a filosofia e princípios  que identificam  o sistema cooperativo.

·      - As entidades fomentadoras, públicas e privadas, precisam dialogar mais, trocar informações sobre os programas de apoio em atendimento as  demandas, buscando melhores resultados e  evitando trabalhos paralelos. 

·      - Os benefícios do cooperativismo precisam ser melhor  divulgados à sociedade através de campanhas permanentes, principalmente seu diferencial de valorização do trabalho e do ser humano, organização das pessoas para a solução de problemas coletivos, equilíbrio de mercado, combate a intermediação, geração e distribuição de renda, atendimento da necessidade de economia de escala para viabilizar empreendimentos, representatividade, inclusão e responsabilidade social.

·      - O trabalho cooperativo deve ajudar as pessoas e a sociedade a entender que a missão do ser humano não é apenas nascer,  produzir, competir, consumir, poluir e morrer. A esperança está na nova geração para continuar trabalhando por um mundo mais equitativo, com menos violência, produzindo alimentos saudáveis e cuidando melhor do  meio ambiente para deixar  um mundo um pouco melhor.

·      *Ademar G. Bianchi é Engenheiro de Operações do Cooperativismo do  Ministério da Agricultura de Passo Fundo (RS) / Pós Graduado em Gestão de Cooperativas

CENÁRIOS: Câmbio 'corrói' a valorização das commodities desde 2000

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A valorização do câmbio praticamente anulou a alta das commodities agrícolas no mercado internacional ao longo da última década. Segundo levantamento elaborado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), a pedido do Valor, os preços em reais dos produtos exportados pelo agronegócio brasileiro - o que o Cepea chama de índice de atratividade - subiram apenas 5% de 2000 até o primeiro semestre de 2011, enquanto os preços em dólares aumentaram 128,3%. Nesse período, o real acumulou uma valorização de 54%.

 

Diferença - Se levados em consideração apenas os 12 meses encerrados em junho, o índice de atratividade das exportações agropecuárias registrou um aumento de 5%, embora os preços internacionais, denominados em dólares, tenham avançado quase seis vezes mais. Isso não significa que o setor tenha perdido lucratividade ou se tornado menos competitivo, como sua própria expansão nos últimos anos evidencia. Ganhos de volume, produtividade e eficiência mantêm o cenário extremamente favorável aos produtores.

 

Compensação - Para a pesquisadora do Cepea, Andréia Adami, uma das autoras do estudo, os incrementos de produtividade no campo mais do que compensaram as frustrações cambiais. "O diferencial do agronegócio brasileiro é o crescimento contínuo de sua produtividade", afirma. Ela observa que a produtividade do setor cresceu mais de 70% ao longo da última década "considerando-se todos os fatores de produção".

 

Poder de compra - "Embora afete mais a produção e a exportação, o câmbio valorizado aumenta o poder de compra do produtor na hora de adquirir os insumos", lembra Vinícius Ito, analista de commodities da corretora Newedge USA, em Nova York. Uma parte importante das matérias-primas usadas na agricultura, como os fertilizantes e os agroquímicos, que respondem por até 70% dos custos operacionais de produção, tem preços fortemente influenciados pelo câmbio.

 

Custo de produção - Para se ter uma ideia desse impacto, dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea) mostram que o custo em reais para um agricultor plantar soja em Sorriso (MT) caiu 8,4% entre maio de 2009 e maio deste ano - período no qual a cotação do dólar cedeu de R$ 2,21 para R$ 1,61 - embora os custos denominados em dólar tenham subido 16%.

 

Ganhos de escala - Para Anderson Galvão, CEO da consultoria Céleres, a maior concentração no setor ocasionou ganhos de escala significativos. "Mais do que aumento de produtividade nas lavouras, observamos um aumento de eficiência na gestão. Os produtores de hoje são maiores e mais organizados do que os de ontem", diz.

 

Percepção - Dados do Imea corroboram essa percepção. De acordo com o órgão, os 20 maiores grupos agropecuários do Mato Grosso mais do que dobraram sua área plantada nos últimos anos, embora a área agricultável total não tenha crescido mais que 2%. Hoje, esses grupos controlam cerca de 1,3 milhão de hectares.

 

Efeitos distintos - José Vicente Ferraz, diretor técnico da Informa Economics FNP, lembra que o comportamento do câmbio não exerce o mesmo efeito sobre todos os elos da cadeia, e cita o mercado de carnes como exemplo. "O pecuarista, que vende o boi no mercado interno, viu o preço da arroba quase dobrar de 2005 para cá. Ele está ganhando dinheiro. Mas a indústria frigorífica, que exporta, tem uma situação bastante difícil e que decorre em boa parte do câmbio valorizado", observa.

 

Privilegiados - Ferraz propõe ainda uma inversão no raciocínio. "A valorização do câmbio não compensou, mas foi compensada pela alta dos preços internacionais, em resposta às restrições na oferta e à demanda aquecida nos países em desenvolvimento, além do componente especulativo. Quase sem exceção, as commodities estão com preços historicamente altos, e isso faz com que os produtores dessas mercadorias sejam privilegiados."

 

Mercados financeiros - Nos mercados financeiros, a valorização das commodities é, em parte, uma resposta ao enfraquecimento do dólar em relação a moedas como o real e o dólar australiano nos últimos anos. Fundos de investimento aumentaram de modo expressivo suas aplicações nesse segmento, interessados não apenas em capturar os lucros com o aumento da demanda global, mas também em se proteger contra a desvalorização da moeda americana em um cenário de estagnação e juros reais negativos nos Estados Unidos.

 

Correlação - O raciocínio dos gestores é simples: a queda da moeda em que as commodities são denominadas obriga os preços nominais a subir para viabilizar a produção nos países de origem, onde o câmbio tem se fortalecido. Não à toa, a correlação inversa entre o comportamento do real e os preços das commodities é tão elevada.

Agronegócio brasileiro - O analista da Informa FNP lembra que o agronegócio brasileiro ainda tem "imensas vantagens competitivas" em relação a outros lugares do mundo, como escala, baixos custos da terra e da mão de obra. "Os produtores podem não ser tão privilegiados quanto poderiam ser, caso tivessem um câmbio mais desvalorizado, mas o cenário ainda é muito atraente. É como um time de futebol que, roubado pelo juiz, ganha de cinco em vez de oito a zero", compara. (Valor Econômico)

PARANÁ COMPETITIVO: Governo negocia investimentos de R$ 12 bilhões

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O Governo do Estado negocia a concessão de incentivos fiscais do programa Paraná Competitivo com cerca de 70 grupos empresariais nacionais e estrangeiros. Os investimentos previstos chegam a R$ 12 bilhões. São empreendimentos em setores como tecnologia da informação, cadeia automotiva, madeira, papel e celulose, combustíveis, energia, reciclagem, alimentos, química e outros.

 

Caterpillar - Com o recente anúncio do investimento de R$ 170 milhões da multinacional Caterpillar no município de Campo Largo, o programa Paraná Competitivo já contabilizou inversões de R$ 2 bilhões para implantação ou ampliação de plantas industriais no Estado, com a geração de 6.600 empregos diretos. O programa foi lançado no final de fevereiro com o objetivo de tornar o Paraná mais competitivo e atraente para receber investimentos nacionais e estrangeiros.

 

Mudança de postura - “Os anúncios sistemáticos de instalação de novas empresas de porte em várias partes do Paraná demonstram a mudança de postura do governo, que está aberto ao entendimento com a iniciativa privada”, afirma o governador Beto Richa. Segundo ele, todas as empresas que tenham interesse em trazer riquezas e gerar empregos no Estado serão bem recebidas. “Todas as regiões paranaenses têm condições de atrair investimentos e é isso que vai garantir que o Paraná volte a ser uma terra da promissão, uma terra de oportunidades”.

 

Ambiente para negócios - Para o secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, os resultados do programa Paraná Competitivo demonstram uma nova atitude na condução de assuntos do interesse dos paranaenses. “O Paraná criou o melhor ambiente para negócios no Brasil. Estamos competitivos para atrair empresas nacionais ou estrangeiras. Temos um Governo que é amigo do capital e que garante segurança jurídica para os investidores”, acrescenta.

 

Atributos decisivos - O secretário da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, destaca que além de incentivos fiscais as condições geográficas e econômicas do Paraná são atributos decisivos para receber empresas. “O governo tem fortalecido as empresas e cooperativas do Estado, ao mesmo tempo em que apóia as corporações estrangeiras. É com esse entendimento, e seguindo orientação do governador Beto Richa, que vamos buscar novos investimentos para o Paraná”, completa.

 

Anunciados - Entre os principais empreendimentos enquadrados no Paraná Competitivo desde fevereiro estão a Sumitomo, empresa japonesa que vai investir mais de R$ 500 milhões na fabricação de pneus em Fazenda Rio Grande; a chilena Arauco que vai ampliar a produção de placas de MDF em Jaguariaíva, com aporte de R$ 272 milhões; a norte-americana Cargill vai construir uma unidade de processamento de milho com a aplicação de R$ 360 milhões em Castro.

 

Outras empresas- A alemã Supremo Cimento constrói uma unidade no município de Adrianópolis, no Vale do Ribeira, com mais R$ 290 milhões. A Volvo, em Curitiba, investe R$ 200 milhões na ampliação da sua linha de produção e a chilena Masisa já anunciou o investimento de R$ 278 milhões para a expansão da linha de MDF em Ponta Grossa. Ainda há a paranaense Potencial Combustíveis que está construindo uma Usina de Biodiesel na Lapa, com investimentos de R$ 100 milhões. No Litoral, a italiana Techint foi a primeira empresa a anunciar o início das atividades de fornecimento para a indústria do pré-sal. A empresa investe R$ 25 milhões na modernização da unidade em Pontal do Paraná para construir, de imediato, duas plataformas de extração de petróleo na costa paranaense.

 

Geração de renda emprego - Na avaliação de Ricardo Barros, o trabalho apresentado até agora é só um início de um grande processo de geração de renda e emprego que atingirá todo o Estado. “O Paraná vive hoje um novo ciclo de industrialização”, diz. Ele reforça que uma das principais preocupações do governador Beto Richa é a distribuição dos investimentos pelo interior do Estado, principalmente nos pequenos e médios municípios. “Mesmo sabendo que a localização é uma decisão do empresário - que leva em conta a infraestrutura, a qualificação da mão de obra e a realidade sócio-econômica do local - estamos trabalhando para criar alternativas para distribuir melhor os investimentos pelo interior do Paraná”, destaca o secretário.

 

Linhas de ação – O Paraná Competitivo foi criado para articular diferentes linhas de ação para tornar o Estado mais atraente ao setor produtivo. São cinco vertentes principais: política fiscal, qualificação de mão de obra, infraestrutura, internacionalização e desburocratização. Além da secretaria de Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, também participam do Paraná Competitivo as secretarias da Fazenda, Assuntos Estratégicos, Planejamento, Meio Ambiente, Trabalho e Emprego, Infraestrutura e Logística, a Agência de Fomento, BRDE, Copel, Compagás, Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Lactec, Ipardes. “É um grande programa de Governo que também leva em consideração as demandas e sugestões do setor produtivo. Temos boas parcerias com as Federações e Associações”, frisa Ricardo Barros.

 

Números PR Competitivo - Investimentos anunciados: R$ 2 bilhões / Postos de Trabalho: 6,6 mil empregos diretos / Principais empresas - Arauco do Brasil S.A. , Caterpillar, Cargill, Sumitomo, Potencial, Supremo Cimento, Techint, Volvo e Masisa/  Investimentos em negociação: R$ 12 bilhões. (AEN)