EXPOLONDRINA: Renda no campo e na cidade

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Na relação entre campo e cidade, a fronteira definida dá lugar cada vez maior à integração. Globalizado, o produtor rural transforma o trabalho diário em negócio, garantindo alimentos, insumos e matérias-primas para a zona urbana. Na cidade, desenvolvem-se pesquisas e tecnologias que fomentam a produção, gerando a contrapartida necessária para mover a engrenagem do agronegócio que, no ano passado, garantiu um saldo positivo de US$ 60 bilhões na balança comercial brasileira.

Mote - O mote da 51ªExposição Agropecuária e Industrial de Londrina, que começou na semana passada e vão até domingo (17/04) no Parque Ney Braga, sintetiza esse cenário. O slogan ‘‘O show de quem produz'', de acordo com o presidente da Sociedade Rural do Paraná (SRP), Gustavo Andrade e Lopes, foi escolhido para celebrar toda a cadeia produtiva do setor - do produtor ao consumidor final - que frequenta a feira também como visitante e expectador da programação cultural. ‘‘A estrutura da Expo representa todos os setores da economia'', diz Lopes.

Interdependência - Para o presidente, cidade e campo são ‘‘interdependentes''. A relação entre as duas realidades é bastante evidente no Norte do Paraná, onde o clima favorece a diversidade do agronegócio, muitas pesquisas realizadas por universidades focalizam o setor e a forte presença da agroindústria reforça a ligação. ‘‘Garantir a força do agronegócio é garantir a distribuição de renda'', afirmou.

 

Público diverso - A programação da feira vai privilegiar a diversidade do público. Os encontros, simpósios e cursos enfocarão desde novas tecnologias até temas de interesse geral, como aproveitamento de alimentos ou a palestra programada pela Federação Paranaense de Cardiologia sobre mitos e verdades à respeito do consumo de carne.

 

Agroindústria - Para o gerente técnico e econômico do Sistema Ocepar, Flávio Turra, o crescimento do setor agroindustrial é um sinal evidente dos benefícios da parceria entre campo e cidade. ‘‘A agroindústria agrega valor na região produtora'', diz. Ele exemplifica que a exportação do frango - que consumiu soja e milho - gera mais impacto financeiro para a região do que a simples exportação da soja in natura. ‘‘O produtor tem resultados melhores e aquece toda a economia local.'' Conforme o gerente, 42% dos produtos recebidos são industrializados nas próprias cooperativas. A produção é totalmente consumida no mercado interno, que ainda tem muito espaço para crescer. ‘‘Nos últimos cinco anos, as cooperativas investiram R$ 5 bilhões na agroindústria'', complementa.

 

PIB - O assessor da diretoria da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Carlos Augusto Albuquerque, acrescenta que o agronegócio representa 35% do PIB do Paraná. Desse montante, 10% é relativo à agropecuária e os outros 25% são relativos ao valor agregado pela industrialização. ‘‘É o saldo positivo do agronegócio que sustenta a balança comercial brasileira'', enfatiza. (Folha de Londrina)

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