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MUNDO: Queda global na demanda e nas commodities já reduzem inflação

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A inflação está em trajetória de queda quase em todo lugar, com os preços de commodities voltando a cair e a demanda mais fraca globalmente, levando analistas a prever que bancos centrais vão flexibilizar as políticas monetárias mais do que os mercados previram até agora, sobretudo nos emergentes. A alta de preços de commodities foi a principal fonte de pressão da inflação neste ano. Mas agora as cotações vêm caindo, e a expectativa é de que as matérias-primas vão ter o efeito oposto sobre a inflação no ano que vem.

 

Preços agrícolas - Os preços agrícolas, com forte influência na inflação principalmente nos emergentes, declinam desde abril, mas seus efeitos sobre o consumidor têm atraso de seis meses. A expectativa é de que a baixa de preço continue em 2012, afetada por colheitas recordes para alguns produtos e amplos estoques globalmente. Projeções apontam que a inflação nos alimentos cairá para 1% até o fim de 2012 nos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

 

Energia - Já o custo global de energia tem efeito mais imediato nos preços no varejo. No mercado, as projeções são de que esse item poderá acelerar a queda da inflação nos próximos meses. Na zona do euro, somente o menor preço de energia poderá cortar um terço da inflação de 3% em seis meses, segundo alguns analistas.

 

Reino Unido - Fora da zona, o Reino Unido anunciou nesta terça-feira (13/12) que a taxa anual de inflação caiu para 4,8% em novembro, contra 5% em outubro, ajudada por queda nos preços de alimentos e de petróleo. O Banco da Inglaterra espera forte declínio da taxa para 2% no ano que vem. O economista-chefe do banco central britânico, Spencer Dale, disse nesta terça que o banco está preparado para expandir seu programa de estímulo de US$ 429 bilhões para evitar mais deterioração da situação econômica.

 

Emergentes - A inflação tem sido mais problemática em economias emergentes, mas as projeções também apontam para declínio. Na China, a taxa baixou de 6,5% para 4,5% e pode baixar para 3% até o fim de 2012. A desaceleração na demanda global aumentou nos últimos meses, principalmente por causa da quase recessão na zona do euro. Economias emergentes começaram a sofrer os efeitos da situação combalida dos ricos. Pascal Lamy, diretor da Organização Mundial do Comércio (OMC), fala de ''desaceleração em todo lugar''.

 

Mercado de trabalho - Também não se espera que o mercado de trabalho seja fonte de pressão inflacionária no futuro, apesar de leve melhora nos EUA.

 

Analista - "A inflação está declinando rapidamente nos emergentes", afirma Andrew Kenningham, analista em Londres. O BC chinês deverá cortar ainda mais a exigência de compulsório e flexibilizar os controles de créditos, e bancos centrais na Ásia e América Latina vão continuar a política convencional de redução de juros, segundo o analista. Já nos países do Leste Europeu, há menos espaço para estimular a economia devido ao impacto da zona do euro. Na Polônia e Hungria, a inflação chegou a subir. (Valor Econômico)

COMÉRCIO II: Um terço da soja ainda sai do Porto na forma de grãos

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A agroindústria do Paraná se expande, mas ainda não dá conta de agregar valor à pauta de exportações do estado. De acordo com a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), de 30% a 40% da produção paranaense de soja são embarcados na forma in natura, índice que dá uma dimensão do crescimento possível da industrialização do agronegócio local. “É preciso agregar valor à produção antes do embarque no Porto de Paranaguá”, assinala o coordenador da Câmara Setorial de Agroindústria e Alimentos da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Joaquim Cancela Gonçalves. Ele considera que há necessidade de maior diversificação da agroindústria.

 

Apostas - Essa estratégia está ligada às apostas no atendimento ao mercado interno e ao desenvolvimento da agroindústria familiar. Outra saída é a busca de novos clientes no exterior e o estabelecimento de acordos que ampliem as exportações de produtos com valor agregado. Para a economista Júnia Peres, do Instituto de Pesquisa e Economia Aplicada (Ipea), a substituição na pauta de exportações de produtos primários por itens processados impulsionaria a agroindustrialização. Todavia, a atual conjuntura não indica que essa seja uma medida simples de se concretizar, ao menos no curto prazo.

 

China - Em sua avaliação, não há “ambiente” para o país exigir que a China – principal comprador da soja brasileira – troque as commodities por produtos de maior valor agregado. “Apesar da crise, a China mantém sua demanda, mas o risco de ela se retrair, existe”, salienta. No longo prazo, a mudança na pauta das exportações ao mercado chinês não é descartada.

 

Polo moageiro terá expansão - O maior polo de moagem de grãos do Paraná, localizado nos Campos Gerais, identifica a necessidade de novos investimentos. Atualmente, o complexo emprega, direta e indiretamente, 10 mil pessoas da região, e representa 50% do Produto Interno Bruto (PIB) em Ponta Grossa, onde está localizada a maior parte das moageiras campesinas.

 

Necessidade - “As empresas já viram essa necessidade [de agregar valor aos grãos] e o governo precisa terminar com as políticas de incentivo de simplesmente mandar grãos para fora”, diz o secretário de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional de Ponta Grossa, João Luiz Kovaleski. “Em médio prazo, o Brasil vai deixar de ser uma feira livre para se transformar em um restaurante classe A.”

 

Incremento - A Cargill, umas das principais empresas moageiras do Brasil – com 25 unidades na região dos Campos Gerais –, aguarda o desenrolar da crise na Europa e o possível incremento dos negócios com a Ásia para aumentar sua capacidade de produção. A unidade de Ponta Grossa, a maior entre as plantas da marca instaladas no estado, trabalha no limite de sua capacidade para processar 650 mil toneladas por ano. A prioridade da Cargill, no momento, é instalar uma indústria de milho de R$ 350 milhões anunciada para Castro. (Gazeta do Povo)

RAMO CRÉDITO I: Carteira de crédito rural do Sicoob já passa de R$4,7 milhões no PR

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Cumprindo mais urna etapa na implantação de operações de crédito rural no sistema Sicoob no Paraná, a área de Gestão de Crédito Rural da Central-PR, em conjunto com as singulares Sicoob Norte do PR, Sicoob Noroeste do PR, Sicoob Cascavel, Sicoob Arenito, Sicoob Sul e Sicoob Metropolitano liberaram o valor de R$ 4,782 milhões em operações com recursos controlados do crédito rural. As operações são de custeio agrícola e custeio pecuário e foram contratadas como piloto para o teste dos sistemas e das rotinas operacionais do crédito rural.

 

Política de crédito - Além disso, as experiências obtidas através da liberação destas operações estão norteando a elaboração da Política de crédito rural do Sicoob no Paraná, atualmente em estágio avançado de discussão nas instâncias competentes. A implantação definitiva dos sistemas e rotinas operacionais está prevista para a primeira quinzena de dezembro deste ano, quando todas as cooperativas singulares do Sicoob no Paraná que estão autorizadas a operar crédito rural pelo Bacen poderão demandar recursos e contratar operações. (Informativo Central Sicoob PR)

IBGE: Agropecuária é o único setor que apresenta aumento no PIB

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (06/12), o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) acumulado no terceiro trimestre de 2011. A variação geral foi nula (0,0%), se comparada ao segundo trimestre de 2011. A agropecuária foi o único setor que apresentou crescimento (3,2%) no mesmo período analisado. Os setores de indústria e serviços tiveram variação negativa (-0,9%) e (-0,3), respectivamente.


Produção - O setor agropecuário também cresceu (6,9%) se comparado o terceiro trimestre de 2011 ao mesmo período de 2010. A elevação pode ser explicada pelo desempenho de alguns produtos da lavoura, que possuem safra relevante no terceiro trimestre e apresentaram crescimento da produtividade, como é o caso da mandioca (estimativa de crescimento de produção em 2011 de 7,3%), feijão (6,1%) e laranja (3,1%).


Valores - “Em valores correntes, o setor agropecuário alcançou R$ 46,6 bilhões no terceiro semestre de 2011”, ressalta o coordenador de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, José Gasques. No mesmo período de 2010, o valor acumulado foi de R$ 43,5 bilhões. Segundo Gasques, o crescimento se deve à ampliação dos investimentos em tecnologia, o que garante uma lavoura maior e mais rentável ao produtor. Confira os dados do PIB. (Mapa)

ENCONTRO ESTADUAL III: Cooperativas crescem o quádruplo do PIB

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As 240 cooperativas do Paraná devem fechar 2011 com faturamento de R$ 30 bilhões, anunciaram na sexta-feira (02/12) os representantes do setor, em encontro que reuniu em Curitiba 1,8 mil cooperados e, entre as autoridades, o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro. A expansão será de aproximadamente 14% – quatro vezes maior que a do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, cujas projeções vão de 3% e 3,5%.

 

Exportações - “O volume das exportações aumentou e os preços em real se mantiveram altos. O mercado interno se mostrou aquecido e também ajudou”, disse o presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), João Paulo Koslovski. As exportações devem render R$ 2,2 bilhões ao cooperativismo do estado – 7,33% do faturamento anual e 34% a mais que em 2010.

 

Agroindústrias - O que tem feito a diferença são os investimentos em agroindústrias, disse o presidente da Coamo, Aroldo Galassini. Maior cooperativa agrícola da América Latina, a empresa deve faturar R$ 5,6 bilhões neste ano, R$ 1 bilhão a mais do que em 2010, quando a renda não atingiu o valor esperado e ficou em R$ 4,58 bilhões (4,3% acima de 2009).

 

Novos investimentos- “Estamos programando novos investimentos para os próximos três anos, que vão ampliar nossa capacidade de armazenagem e industrial”, revelou. As cooperativas estão investindo perto de R$ 1,1 bilhão em 2011 e devem lançar aposta de peso similar no ano que vem, conforme a Ocepar, seguindo o movimento de verticalização verificado há três décadas.

 

Cobranças - O Encontro Estadual de Cooperativistas Paranaenses não foi só de comemorações e projeções. O setor cobrou investimento de R$ 7 bilhões em infraestrutura no estado pelos governos estadual e federal. Só o Porto de Paranaguá espera R$ 2 bilhões. Faltam recursos também para rodovias, ferrovias e aeroportos, disse o presidente da Ocepar. Ele disse que as cooperativas pretendem ampliar sua participação na indústria de 42% para 50% até 2015.

 

Aumento de renda - A ampliação da renda das cooperativas ajuda a estruturar o mercado e reflete a elevação do faturamento também dos produtores. Henrique e Diva Ruthes, de Rio Negro, que acessam recursos da cooperativa Sicredi, contaram que, neste ano, faturaram R$ 0,50 por frango – 20 centavos a mais que o índice do ano passado. Eles entregaram 125 mil aves aos frigoríficos do setor, em cinco lotes. “Nos tornamos cooperados quando financiamos os aviários. Queremos quitar o financiamento até o ano que vem”, disse o avicultor da Região Metropolitana de Curitiba.

 

Assembleias - As cooperativas que dividem parte de seus lucros com os cooperados devem iniciar uma série de assembleias nas próximas semanas. A expectativa é de ampliação dos repasses aos produtores proporcional ao crescimento do faturamento das empresas.

 

Empresas recorrem a novos arranjos - O Paraná inaugura arranjos que vêm sendo chamados de cooperativismo de segunda geração. São associações entre cooperativas para a exploração de um novo negócio. Neste ano, duas experiências foram confirmadas: o sistema de comercialização conjunta de leite montado por Batavo (Carambeí) e Castrolanda (Castro) e o frigorífico que vai receber aves da Copacol (Cafelândia) e da Coagru (Ubiratã).

 

Leite - No caso das cooperativas do leite, as duas empresas de origem holandesa optaram por trabalhar juntas ao invés de disputarem clientes. A união foi confirmada logo após a Batavo ter inaugurado sua unidade industrial, a Frísia, em setembro. Com uma indústria de dois anos, a Castrolanda avalia que a união representa economia.

 

Novo frigorífico - “Vamos inaugurar o novo frigorífico com a Coagru no final do ano que vem”, disse Valter Pitol, diretor-presidente da Copacol, primeira cooperativa do Paraná a investir na industrialização de frango. Ele prefere chamar a cooperativa Unitá, que vai administrar o abatedouro, de “parceria”. A Copacol abate 330 mil aves ao dia. A nova indústria, quando em plena atividade, atingirá 320 mil abates ao dia (50% para a Copacol e 50% para a Coagru). No início das operações, será usada uma única marca (Copacol). O investimento conjunto é de R$ 260 milhões.

 

Previsão é de crescimento menor em 2012 - Os dirigentes das cooperativas do Paraná preveem que o crescimento do setor em 2012 será menor que o deste ano, mas acreditam que haverá expansão no faturamento. Apesar da queda nos preços internacionais das commodities agrícolas, verificada nos últimos três meses, a Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) trabalha com projeção de que a arrecadação será 10% maior, mesmo índice informado pela Coamo, responsável por 18,7% da renda do setor.

 

Patamar estável - “A produção agrícola chegou a um patamar que pode ser considerado estável em nosso estado, não vai aumentar muito. A renda das cooperativas depende muito dos preços e da agroindústria”, disse o presidente da Coamo, José Aroldo Galassini. Ele confia que as cotações internas não vão refletir, nos próximos meses, o movimento baixista registrado na Bolsa de Chicago: a saca de soja caiu de US$ 31 para US$ 25 (20%) na CBOT desde agosto. O setor precisa vencer também a ameaça de seca no verão relacionada ao fenômeno La Niña.

 

Expectativa - O faturamento do cooperativismo do Paraná pode atingir R$ 33 bilhões em 2012, escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Ano Internacional das Cooperativas. O slogan da campanha, que reconhece a importância do sistema cooperativista para o desenvolvimento social, será: “Cooperativas constroem um mundo melhor”. (Gazeta do Povo)

EGF: CMN facilita crédito para produtor rural e agroindústria

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O Conselho Monetário Nacional (CMN), em sessão realizada na terça-feira (29/11), aprovou mudanças na comprovação do valor do produto oferecido em garantia pelo produtor rural ou de aquisição pelas agroindústrias nas operações de EGF (Empréstimo do Governo Federal).

 

Ágio e deságio - A partir de agora, a operação poderá ser realizada com base nos ágios e deságios sobre o preço mínimo, definidos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de acordo com o tipo e qualidade do produto. Essa medida ajusta financiamentos de comercialização de produtos agrícolas e facilita o acesso ao crédito tanto pelo produtor rural quanto pela agroindústria.

 

Regra anterior - A regra anterior exigia que a referida comprovação fosse feita somente pelo preço mínimo básico. A medida torna possível a contratação de EGF com recursos controlados do crédito rural vinculadas a produtos cuja qualidade seja inferior ao tipo básico definido pelo CMN, no âmbito da Política de Garantia de Preços Mínimos.

 

EGF - O Empréstimo do Governo Federal (EGF) é uma linha de crédito utilizada para financiar a estocagem de produtos agrícolas incluídos na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) para a venda futura em melhores condições de mercado e o beneficiamento/industrialização de animais (aves e suínos). Clique aqui e confira o voto do CMN. (Mapa)

BNDES: Banco se prepara para suprir escassez no crédito à exportação

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Acendeu a luz amarela no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O banco vem monitorando o mercado de crédito à exportação e tem conversado com agentes privados para definir, ainda no primeiro trimestre de 2012, se será necessária uma ação mais forte da instituição no apoio ao exportador por meio das linhas de pré-embarque, que financiam a produção do bem a ser embarcado. A análise se dá em um cenário de recuo da oferta e da demanda por linhas comerciais, caso do Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC).

 

Preocupação - "Olhamos os sinais [do mercado] com preocupação, mas sem senso de urgência", disse Luciene Machado, superintendente da área de exportações do BNDES. Um indicativo para o banco analisar eventuais mudanças no pré-embarque é justamente a redução das linhas comerciais que financiam o comércio exterior. Nos últimos meses, o BNDES manteve reunião com a comissão de repasses da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que reúne os agentes financeiros do BNDES.

 

Linha pré-embarque - Se for preciso, como já ocorreu no passado, inclusive na crise de 2008, o BNDES pode melhorar o custo da linha de pré-embarque, aumentar o prazo e incluir um maior número de produtos em condições mais vantajosas. O pré-embarque financia bens de capital com prazo de 24 meses e no Revitaliza, programa lançado este ano para apoiar setores mais afetados pelo câmbio, como têxteis e calçados, o prazo é de 18 meses.

 

Recursos - O Revitaliza teve destinados R$ 2 bilhões para apoiar exportações, via pré-embarque, até 2013, dos quais o BNDES já recebeu cerca de R$ 1 bilhão em pedidos de crédito. A expectativa do banco é desembolsar esse valor ainda este ano. O programa tem juro fixo de 9% ao ano em reais, mas a contratação está limitada a US$ 50 milhões por grupo econômico.

 

Mudança nas condições - Caso o BNDES venha a alterar as condições do pré-embarque, estará repetindo ações semelhantes tomadas no passado para sustentar a economia em períodos adversos. Após a crise de 2008, foi lançado o Programa de Sustentação do Investimento (PSI) com juros de 5,5% ao ano para bens de capital na linha de pré-embarque. O apoio à exportação de máquinas e equipamentos foi renovado no PSI, mas o custo subiu para 9% ao ano.

 

Condições de mercado - Luciene Machado disse que o banco deve continuar a analisar as condições de mercado por dois ou três meses para ter um diagnóstico mais preciso e poder formular proposta à diretoria, possivelmente em março. Ela disse que o comitê de planejamento da instituição vai se reunir este mês para definir o horizonte de 2012.

 

Desembolso - A previsão da área de exportação do BNDES é desembolsar este ano cerca de R$ 11 bilhões, entre operações de pré-embarque e de pós-embarque, que financiam obras de infraestrutura e bens de capital pesados. A estimativa considerou um câmbio médio de R$ 1,65 por dólar. Em dólares, o desembolso do BNDES-Exim, como é conhecida a área de exportação do BNDES, deve ficar em US$ 6,7 bilhões, dos quais US$ 4 bilhões no pré-embarque e US$ 2,7 bilhões no pós-embarque. De janeiro a outubro, os desembolsos dos Exim totalizaram US$ 4,8 bilhões.

 

Queda - Caso a projeção se confirme, os desembolsos cairão cerca de 40% sobre 2010. A queda será motivada pelo fato de o banco ter feito tranche importante de desembolsos no pré-embarque, no ano passado, a taxas de juros mais baixas, para um grupo de produtos de bens de consumo.

 

Linhas externas - Um executivo que preferiu não se identificar disse que o BNDES vem conversando com agentes financeiros para sentir a situação das linhas externas. Essas linhas escassearam com as turbulências na Europa. Recente matéria do Valor mostrou que o financiamento à exportação caiu quase pela metade na última semana de outubro e na primeira de novembro. A conta considerou a média diária de concessão de ACCs.

 

Receio - A fonte disse que muitas empresas estão receosas de assumir compromissos de exportação frente à crise mundial. E previu que se o banco abrisse novamente o pré-embarque para um leque amplo de bens de consumo haveria grande demanda, mas disse não acreditar nessa hipótese. (Valor Econômico)

JUROS: Copom reduz Selic em 0,5 ponto percentual e taxa termina o ano em 11%

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Em decisão unânime e em seu último encontro do ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu nesta quarta-feira (30/11) reduzir a Selic em 0,50 ponto percentual. A taxa que estava em 11,5%, fecha 2011 no patamar de 11% ao ano. O movimento, o terceiro corte seguido dessa magnitude, era amplamente esperado pelo mercado. O atual ciclo começou em agosto passado. "Dando seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias, o Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 11% ao ano, sem viés", disse o colegiado em comunicado.  "O Copom entende que, ao tempestivamente mitigar os efeitos vindos de um ambiente global mais restritivo, um ajuste moderado no nível da taxa básica é consistente com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012."

 

Retomada - No começo deste ano, o colegiado de diretores do BC retomou o processo de aperto monetário como forma de combater o aumento da inflação, fenômeno verificado desde outubro do ano passado. Com isso, o Copom elevou a Selic por cinco reuniões seguidas até atingir o pico de 12,5%, no dia 20 de julho. O aumento acumulado do período foi 1,75 ponto percentual.

 

Hora de afrouxar - A partir do segundo semestre, o comitê entendeu que era hora de afrouxar a política monetária, uma vez que a deterioração da economia externa – notadamente na Europa e nos Estados Unidos – contribuía para a redução de pressões inflacionárias no mercado interno. Mesmo contra críticos do mercado financeiro, e até de dentro do próprio BC, o Copom aprovou, por 5 a 2, a primeira redução de 0,5 ponto percentual no final de agosto.

 

Dosagem - Dosagem igual foi repetida ao fim da reunião de 18 e 19 de outubro, já com unanimidade do colegiado, pois o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) que serve de parâmetro para a inflação dava sinais de declínio. O IPCA acumulado em 12 meses, findos em setembro, somava 7,31%. O índice acumulado até outubro caiu para 6,97%, mais próximo do teto da meta anual de inflação, que é 6,5%.

 

Mais uma - Depois da redução acumulada de 1,5 ponto percentual, promovida nas duas últimas reuniões, a maioria dos analistas financeiros consultados pelo BC acredita na possibilidade de pelo menos mais duas reduções na taxa Selic, no início de 2012, como reflexo dos últimos pronunciamentos do presidente do BC, Alexandre Tombini, nos quais ele tem acenado com a possibilidade de “ajustes moderados”. (Reuters e Agência Brasil)

FEIJÃO: Iapar lança em Ponta Grossa nova variedade

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O secretário da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, entrega aos produtores nesta quinta-feira (01/12), em Ponta Grossa, a variedade de feijão IPR Campos Gerais, desenvolvida pela área de melhoramento e genética vegetal do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). O evento terá início às 9 horas, na unidade experimental da instituição situada no km 496 da Rodovia do Café. O IPR Campos Gerais reúne ótimos atributos agronômicos e tem grãos – do grupo comercial carioca – de boa qualidade culinária e nutricional, conforme a pesquisadora Vânia Moda Cirino. Ela explica que a nova variedade foi desenvolvida por método convencional de melhoramento genético (sem uso de transgenia).

 

Características – IPR Campos Gerais é adaptada para plantio nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Seu potencial produtivo chega bem próximo de quatro toneladas por hectare, ficando pronta para colheita em menos de 90 dias. As plantas têm porte ereto e podem ser colhidas mecanicamente, segundo Vânia Cirino.

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Tolerância - A nova variedade é moderadamente tolerante à seca e a situações de altas temperaturas na fase de florescimento e começo da formação de vagens. Suas plantas se desenvolvem de modo eficiente em solos ácidos e com baixa disponibilidade de fósforo, de acordo com a pesquisadora.

 

Resistência - No aspecto doenças, é resistente à ferrugem, oídio e vírus do mosaico comum e apresenta resistência moderada à antracnose, murcha de fusário, crestamento bacteriano comum e murcha de curtobacterium. É, no entanto, suscetível à mancha angular, alerta Vânia Cirino.

 

Culinária - Do ponto de vista culinário, os grãos de IPR Campos Gerais cozinham em cerca de 22 minutos. Apresenta ainda bom teor de proteína, ferro e zinco, explica a pesquisadora.

 

Sementes - Sementes da nova cultivar estarão disponíveis a partir de janeiro. Interessados podem obter mais informações pelo telefone 43 3376-2482 ou no endereço eletrônico Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo.. (AEN)

EXPEDIÇÃO SAFRA II: Um milhão de toneladas a mais

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O Indicador da Expedição Safra aponta produtividade média de 3 mil quilos por hectare para a soja e de 2,6 mil kg/ha para o milho no MaToPiBa. Os rendimentos ficam ligeiramente abaixo dos obtidos na temporada passada, quando o clima foi considerado perfeito. Mesmo assim, com a ampliação das lavouras, a produção estimada para os quatro estados da região deve crescer 1 milhão de toneladas e alcançar a marca de 11 milhões de toneladas, num avanço de 9,7% ante 2010/11.

 

Tecnologia - Mesmo que o clima não seja tão bom para todas as regiões, investimentos em tecnologia devem sustentar índices de produtividade elevados. Numa região em que solos com apenas 15% de argila são comuns, não é difícil encontrar rendimentos que não deixam nada a desejar às lavouras de soja de Toledo (Oeste do Paraná), onde o solo argiloso favorece rendimentos recordes. No MaToPiBa, quando o solo não ajuda muito, entra em campo a agricultura de precisão, que está virando regra, e não exceção.

 

Agricultura de precisão - É o caso do produtor Renato Strassburger, de Luis Eduardo Magalhães, na Bahia. Ele encontrou na agricultura de precisão o caminho para driblar as deficiências naturais do solo. “Não trabalho com adubo formulado e nunca abro mão da rotação”, revela. Consorciado com a braquiária para reduzir a temperatura do solo, aumentar a palhada e o teor de matéria orgânica, o milho chega a render 10,8 mil kg/ha na sua propriedade, e a soja, 3,9 mil kg/ha.

 

Investimento - “Este é o quarto ano que faço adubação de precisão. É um investimento que vale muito a pena, porque a produtividade tem aumentado a cada ano”, considera Marcos Sandri. Com a ajuda do clima, ele espera fechar a safra 2011/12 com média de 3,3 mil quilos de soja/ha e 9,6 mil quilos de milho/ha na propriedade que mantém com o pai, Dércio, em Riachão, na região de Balsas, no Maranhão. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

NEGÓCIO: Holanda quer ampliar relações comerciais com o Brasil

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A Holanda deverá intensificar suas relações comerciais com o Brasil para fugir da crise na Europa, disse nesta segunda-feira o ministro holandês da Agricultura e Comércio Exterior, Henk Bleker. O país europeu está hoje entre as três economias mais sólidas da zona do euro, ao lado da Alemanha e da Finlândia, mas possui entre 30% a 40% do seu PIB baseado em exportações, o que torna os mercados de fora do continente ainda mais atraentes para suas empresas. “Nós precisamos intensificar nossas trocas comerciais com outros países fora da União Europeia e essa é a  razão pela qual o Brasil é tão importante para nós”, afirmou o ministro.

 

Interesse - Ao lado de China, Índia e Rússia o Brasil é atualmente um dos países que atraem grandes interesses das empresas holandesas, mas em áreas diferentes, ressalta o ministro. “Nós focamos mais na China quanto ao crescimento do mercado consumidor, mas o Brasil é mais interessante para as companhias investirem e cooperarem com as empresas locais”, disse Bleker, destacando que as empresas de seu país não buscam resultados de curto prazo.

 

Pontos principais - Segundo ele, relações de longo prazo, cooperação com empresas locais e investimentos em desenvolvimento sustentável são os três pontos principais para o governo holandês estimular negócios no Brasil, onde o ministro vê possibilidades de investir em áreas em que as empresas holandesas se destacam, como energia, logística, portos e offshore. “Setores que são muito importantes também na economia crescente do Brasil”, destaca.

 

Negociações bilaterais - Bleker lembra ainda que as negociações bilaterais para um acordo entre o Mercosul e a União Europeia já duram vários anos, e afirma que a Holanda exerce um papel favorável à aprovação do acordo nas negociações que se desenrolam dentro do bloco europeu.

 

Boa opção - Ele também ressaltou que a Holanda pode ser boa opção para a internacionalização de empresas brasileiras. Cerca de três quartos das exportações do Brasil para a Europa passam pelo porto holandês de Rotterdam, o maior do continente. Um fator que, segundo o ministro, torna o “país muito interessante para companhias brasileiras que queiram instalar-se na Europa”. (Valor Econômico)

COAMO I: Cooperativismo de resultado em 41 anos de existência

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INFRAESTRUTURA II: América do Sul discute 30 projetos de integração

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Os países da América do Sul terão uma nova carteira de 30 projetos de infraestrutura, com investimentos que superam US$ 18 bilhões, para promover a integração física da região. Pelo menos dez empreendimentos envolvem o território brasileiro, como a implantação de um corredor ferroviário de Paranaguá ao litoral chileno, a recuperação da rodovia Manaus-Caracas, a construção da ponte internacional Jaguarão-Rio Branco e a reativação do transporte fluvial na Lagoa Mirim e na Lagoa dos Patos - os dois últimos compartilhados pelo Rio Grande do Sul e o Uruguai.

 

Aprovação - Essa carteira deverá ser aprovada por ministros de 12 países que compõem o Conselho de Infraestrutura e Planejamento (Cosiplan) da Unasul, em reunião na quarta-feira (30/11), em Brasília. Além de avaliar os 30 projetos, eles vão criar grupos de trabalho responsáveis pela implantação de um mega-anel de fibra óptica na América do Sul e pela análise do financiamento a essas obras. Até o Banco do Sul, com capital subscrito de US$ 7 bilhões e possível alavancagem de até US$ 20 bilhões, pode ter participação em projetos considerados "pilotos".

 

Desenvolvimento regional - "Estamos substituindo a lógica dos eixos de exportação pela dos eixos de desenvolvimento regional", diz João Mendes Pereira, chefe da coordenação-geral de assuntos econômicos da América Latina e do Caribe no Ministério das Relações Exteriores. Ele lembra que na origem da Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA), nascida em 2000 em meio às negociações para a criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), predominava a aposta em grandes corredores para facilitar as exportações.

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Listas de obras - A lista de obras escolhidas para a Agenda Prioritária de Projetos (API) demonstra esse enfoque. O segundo principal empreendimento em volume financeiro, orçado em US$ 3,3 bilhões, é o corredor viário Caracas-Bogotá-Quito. Projetos como a melhoria da navegabilidade na Bacia do Rio da Prata e a passagem de fronteira Infante Rivarola-Cañada Oruro, entre o Paraguai e a Bolívia, têm a mesma característica.

 

Desafio - O desafio será tirar do papel obras que são anunciadas, só nos fóruns de presidentes sul-americanos, há mais de uma década. A IIRSA tinha uma lista original de 524 projetos. Em 2004, os presidentes da região decidiram criar uma "agenda de implementação consensual", com 31 obras prioritárias. Mas poucas avançaram e agora vão ser redimensionadas.

 

Suporte - "A IIRSA não ofereceu uma solução efetiva e de alto nível para a integração voltada ao desenvolvimento dos nossos países", afirma João Mendes Pereira. "Ela deu suporte enorme a estudos e projetos, mas falhou para encontrar mecanismos de financiamento." Um exemplo é a ligação terrestre entre Boa Vista (Roraima) e Georgetown (Guiana). A ponte internacional sobre o rio Tacutu, na fronteira entre os dois países, foi construída com orçamento do Tesouro Nacional e inaugurada em 2009. Tem 230 metros de extensão e o projeto de iluminação da ponte coube ao governo estadual. Para completar a ligação, no entanto, é preciso pavimentar 450 quilômetros de rodovia no trecho guianês entre Linden e Lethem. O projeto é orçado em US$ 250 milhões, mais de 10% do PIB da Guiana, e o país não consegue financiamento.

 

BID - Na IIRSA, o maior papel de agente financiador coube ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Para a nova carteira de projetos, entidades como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Corporação Andina de Fomento (CAF), o Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata) e até instituições nacionais de menor porte - o venezuelano Bandes e os argentinos Bice e La Nación - deverão ganhar mais peso.

 

Armadilhas - O diretor da área internacional do BNDES, Luiz Eduardo Melin, avalia que é preciso "escaparmos da armadilha de submeter a agenda de integração da infraestrutura à lógica corporativa de apenas uma instituição financeira". Até mesmo o Banco do Sul, que surgiu com a proposta venezuelana de funcionar como um emprestador de última instância para socorrer países em crises de balanço de pagamentos, mudou seu propósito e "pode ser importante para suprir lacunas, apesar do porte relativamente pequeno".

 

Quatro países - Venezuela, Equador, Argentina e Uruguai - já ratificaram em seus parlamentos a adesão ao Banco do Sul, que se dedicará a complementar o financiamento de projetos de infraestrutura. Ele deve fazer seus primeiros desembolsos, provavelmente em 2013, em projetos-piloto. O orçamento para esses financiamentos pode não ultrapassar US$ 200 milhões a US$ 250 milhões, no início. Em 2012, os técnicos vão se debruçar sobre a estruturação do banco: tipos de obras elegíveis para financiamentos, critérios para a liberação de recursos e funcionamento administrativo. Já se sabe que a instituição terá sede em Caracas e uma subsede em La Paz, mas ela ainda não possui uma diretoria.

 

Garantias financeiras - De acordo com Melin, a dificuldade que havia para financiar obras na América do Sul diminuiu, mas deve-se olhar com atenção a questão das garantias financeiras. "Hoje há mais facilidade de crédito disponível do que mecanismos de garantia desses projetos", afirma o diretor do BNDES. "Vale a pena até explorarmos fontes privadas de financiamento, já que o horizonte de rentabilidade dos fundos de investimento estrangeiros caiu com a crise no hemisfério norte."

 

Leque de possibilidades - Melin reconhece que os países sul-americanos vão analisar um leque amplo de possibilidades para emitir garantias, possivelmente até com novos fundos, que deverão ter alavancagem de seis a sete vezes. Isso significa que, para uma carteira de US$ 18 bilhões, os governos precisarão oferecer pelo menos US$ 3 bilhões de lastro para essas obras. (Valor Econômico)

FÓRUM FINANCEIRO: Mestre em Economia discute impactos da crise internacional no Brasil

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O mestre em Economia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Robson Ribeiro Gonçalves, estará na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba, nesta sexta-feira (25/11), para discorrer sobre os cenários e desdobramentos da atual crise internacional e os possíveis impactos para o Brasil. Será durante o Fórum Financeiro, evento promovido pelo Sescoop/PR e dirigido a diretores, gerentes e analistas da área financeira das

cooperativas do Paraná. O palestrante também é consultor da Fundação Getúlio Vargas, professor do Ibmec-São Paulo e especialista em análise e elaboração de cenários macroeconômico e empresarial.  

 

ABCO Fórum também vai debater o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), com a participação do gerente de Agronegócios da superintendência de varejo do Banco do Brasil, Pablo Ricoldy.

 

Informações - Mais informações com Marcelo Martins (Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. / 41 3200-1122) ou

Devair Mem (Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. / 41 3200-1131).

 

Serviço – Fórum Financeiro / Data: 25 de novembro / Horário: 14h às 17h30 / Local: Sistema Ocepar

Av. Cândido de Abreu, 501- Curitiba (PR)

EXPEDIÇÃO SAFRA: Analista da Ocepar acompanha levantamento no Matopiba

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O engenheiro agrônomo e assessor da Gerência Técnica e Econômica da Ocepar (Getec), Robson Mafioletti,

acompanhou, entre os dias 10 e 18 de novembro, o levantamento realizado pela Expedição Safra na região conhecida como Matopiba, da qual fazem parte os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. O grupo, formado ainda pela jornalista do Jornal Gazeta do Povo, Luana Gomes, e pelo fotógrafo Jonathan Campos, visitou propriedades, participou de eventos e conversou com profissionais e representantes de entidades ligadas ao agronegócio para verificar o andamento da safra 2011/12 naquela região. As reportagens completas sobre a sondagem serão publicadas na próxima terça-feira (29/11), no Caderno Caminhos do Campo, da Gazeta do Povo.

 

Relato - Mafioletti fez um breve resumo da viagem onde conta que a região do Matopiba experimenta mais um “boom” de expansão de áreas para cultivo de grãos. “Esta ampliação é puxada pelos produtores já instalados na região, bem como, por novos que estão chegando do Sul e Sudeste. A última leva de expansão ocorreu nos anos safras 2000/01 e 2001/02, propiciado pelos excelentes resultados das safras no Sul, o que, possibilitou os produtores ir principalmente para os Estados do Tocantins e Piauí e adquirir áreas já em produção e principalmente novas com vegetação de cerrados”, afirma. Ainda de acordo com ele, os quatro estados já chegaram a plantar mais de dois milhões de hectares de soja e o milho, principalmente o da segunda safra, está sendo cada vez mais cultivado. Como nas demais regiões do País, o Matopiba também sofre com problemas de infraestrutura e logística. Mas, da porteira para dentro, os produtores são eficientes, utilizam muita tecnologia de precisão. “A região apresenta elevado potencial de produção. A Expedição Safra esteve pela primeira vez no Matopiba na safra 2007/08 e, com base nas informações levantadas junto aos produtores e entidades de representação, estimou um potencial de crescimento é de até 6,5 milhões de hectares dependendo da continuidade da forte demanda por soja e milho, tanto no mercado interno quanto no externo, o que propícia preços estimuladores para ampliação das áreas de cultivo”, ressalta o assessor da Ocepar.

 

Clique aqui para conferir na íntegra o resumo executivo da Expedição Safra no Matopiba

BANCO CENTRAL: Novo mínimo eleva renda em 3% com reflexo no PIB

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O já contratado reajuste de 14% do salário mínimo em janeiro de 2012 terá um impacto adicional de cerca de três pontos percentuais na massa de rendimentos do trabalho, que exclui os ganhos com a Previdência. A estimativa do Banco Central, publicada nesta terça-feira (22/11) no Boletim Regional, foi feita com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE, cuja amostragem é maior que a da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do mesmo instituto.

 

Diferentes impactos - Em um box dentro do boletim, o BC calcula diferentes impactos do aumento do mínimo, dependendo da indexação do reajuste sobre faixas salariais que vão até dois mínimos. Caso ele alcançasse todos os trabalhadores com rendimentos até dois salários mínimos, a massa de rendimentos poderia crescer até 4,5% em 2012, somente como efeito do reajuste. Mas o estudo do BC, com base no que aconteceu em outros anos, conclui que o impacto deve ser de 3%.

 

Aquecimento da demanda - O diretor de política econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo, avalia que o reajuste deve provocar um aquecimento da demanda no ano que vem. "Certamente o aumento do salário mínimo, na medida que aumenta a massa de rendimentos, terá um impacto sobre a demanda agregada. Mas em termos de inflação, esse impacto já está contemplado no nosso cenário [de evolução dos preços]", disse durante apresentação do Boletim Regional em Belo Horizonte.

 

Efeito no rendimento - Economistas ouvidos pelo Valor consideram forte o efeito do mínimo na massa de rendimentos projetado pelo BC e, consequentemente, na atividade econômica em 2012. A estimativa da autoridade monetária, no entanto, não provocou alteração das projeções feitas para o ano que vem, já que o fôlego extra dado pelo mínimo à economia já estava quantificado.

 

Mitigação - Em um momento de recrudescimento do cenário global, o aumento do mínimo ajudará a mitigar uma desaceleração forte da renda dos trabalhadores e também dos aposentados cujos rendimentos são reajustados pelo mínimo, jogando a favor da economia junto com o ciclo de afrouxamento monetário e com a reversão das medidas macroprudenciais. E o impacto não é apenas para os empregos privados. Há categorias no setor público cujos salários são calculados em múltiplos do mínimo.

 

Mercado de trabalho - "A impressão que se tinha é que o impacto do salário mínimo era apenas fiscal, mas esse aumento de 3% na massa projetado pelo BC mostra sua relevância no mercado de trabalho", avalia o economista-chefe da corretora Convenção Tullett Prebon, Fernando Montero. "Se considerarmos um ano com crescimento da economia em torno de 3,5%, esse impacto é muito grande", diz.

 

PIB - Segundo os cálculos de Fernanda Consorte, economista do Santander, esse impacto na massa de rendimentos do trabalho deve representar 0,5 ponto percentual do crescimento de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) projetado pelo Santander para 2012. "Cerca de 40% do PIB é referente aos salários. Considerando os reajustes para o próximo ano e os dissídios, chegamos a 0,5 ponto, o que é bem alto", afirma.

 

Menos - O economista Fabio Romão, da LCA Consultores, também considera o impacto no PIB, mas calcula que ele será um pouco menor. A consultoria estima que a economia crescerá 3,1% em 2012, apresentando ligeira aceleração em relação a 2011, quando a expansão deve ser de 2,8%. "Sem o mínimo, o PIB também iria crescer 2,8% no ano que vem", calcula.

 

Aposentados - Romão afirma que não projetaria um aumento da renda real dos trabalhadores parecido com o deste ano para 2012 sem o impulso extra do mínimo. Com base em dados da PNAD, o economista espera que, descontada a inflação, o crescimento médio real da renda será de 3% em 2012, diante de 2,6% em 2011. Ele lembra que o cálculo do BC não leva em conta a renda dos aposentados, que representam nada menos do que 21,4% da massa total de rendimentos do país. "Dois terços dos aposentados ganham um salário mínimo e terão seu benefício reajustado em 14%. É mais um impulso de renda e consumo", diz.

 

Consumo das famílias - Segundo Rafael Bacciotti, da Tendências Consultoria, o reajuste do mínimo terá importante influência no consumo das famílias, que crescerá mais em 2012 do que em 2011. Para um PIB de 3,7% no ano que vem, Bacciotti projeta que a demanda das famílias crescerá 4,4%, frente a um avanço de 4,2% neste ano, com PIB de 3,3%. "Ainda que o investimento sofra com o cenário global, a renda e o consumo domésticos parecem estar contratados", diz Montero.

 

Pressão inflacionária - Fernanda, do Santander, também considera uma pressão inflacionária. "Considerando esse impulso adicional sobre a renda para o ano que vem, acredito que a inflação fique em torno de 6,0%, acima do centro da meta." Na contramão, o economista da LCA diz que seus cálculos já previam o impacto do mínimo. "Já era sabido que o aumento real do mínimo no ano que vem seria de 7,5%. Essa nova conta do BC só vem confirmar nossas estimativas. Minha projeção de inflação está em 5,2% para 2012, já quantificando o efeito do aumento de 14% do salário mínimo", diz Romão. (Valor Econômico)

AGENDA: Mestre em Economia discute impactos da crise internacional no Brasil

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O mestre em Economia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Robson Ribeiro Gonçalves, estará na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba, no dia 25 de novembro, para discorrer sobre os cenários e desdobramentos da atual crise internacional e os possíveis impactos para o Brasil. Será durante o Fórum Financeiro, evento promovido pelo Sescoop/PR e dirigido a diretores, gerentes e analistas da área financeira das

cooperativas do Paraná. O palestrante também é consultor da Fundação Getúlio Vargas, professor do Ibmec-São Paulo e especialista em análise e elaboração de cenários macroeconômico e empresarial.

 

ABCO Fórum também vai debater o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), com a participação do gerente de Agronegócios da superintendência de varejo do Banco do Brasil, Pablo Ricoldy

 

Inscrições e informações - As inscrições devem ser feitas até o dia 21 de novembro, por meio do site www.ocepar.org.br. Mais informações com Marcelo Martins (Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. / 41 3200-1122) ou

Devair Mem (Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. / 41 3200-1131).

 

Serviço – Fórum Financeiro / Data: 25 de novembro / Horário: 14h às 17h30 / Local: Sistema Ocepar

Av. Cândido de Abreu, 501- Curitiba (PR)

MDA: Governo cria crédito para renegociar dívidas com Pronaf e Proger

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O governo federal criou uma linha de crédito para agricultores inadimplentes com o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e Programa para Geração de Emprego e Renda Rural (Proger Rural). A medida foi aprovada sexta-feira (18/11) pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), segundo nota divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

Custeio e investimento - O objetivo é recompor e renegociar dívidas de agricultores familiares em operações de custeio e investimento. O limite de crédito por agricultor é de R$ 30 mil, com prazo para pagamento de até 10 anos e taxa de juros de 2% ao ano. O mínimo estabelecido para quitação da dívida é de 3% do valor total.

 

Em dia - Mesmo o agricultor com todos os pagamentos em dia pode acessar a linha de crédito para prolongar os prazos e reduzir as prestações dos recursos já contratados.

 

Prazo para inadimplentes - Para renegociar os débitos, o agricultor inadimplente tem prazo para solicitar o crédito é até o dia 28 de fevereiro de 2013. No caso dos adimplentes, a data limite é 29 de fevereiro do próximo ano. Para acessar a nova linha, é preciso apresentar Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) dentro do prazo de validade. “A linha vai beneficiar um conjunto de famílias, tanto inadimplentes, como as adimplentes com dificuldade de pagamento. É uma nova chance para os agricultores familiares voltarem a acessar o crédito, melhorar a produção e gerar renda”, explicou, em nota, o secretário de Agricultura Familiar do MDA, Laudemir Müller.

 

Dívidas - O ministério explica ainda que as dívidas que podem ser quitadas com a linha de crédito são: contratações de custeio do Pronaf até 30 de junho de 2010; e de custeio ou investimento do Proger Rural Familiar até 26 de junho de 2003 a 28 de junho de 2004. Os agricultores sem dívidas com os programas têm direito aos recursos se tiverem feitos contratos de investimento do Pronaf até 30 de junho de 2008. (Valor Econômico)

FOCUS: Mercado reduz para 5,55% estimativa para inflação em 2012

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O mercado financeiro reduziu levemente a projeção para a inflação em 2012, segundo o Boletim Focus, divulgado na manhã desta segunda (21/11) pelo Banco Central (BC). A expectativa para a inflação oficial no ano que vem caiu de 5,56% para 5,55%, em um patamar ainda acima do centro da meta de inflação para o ano, que é de 4 50%. A meta tem margem de tolerância de dois pontos porcentuais para cima ou para baixo.

 

2011 - A projeção para a inflação em 2011 seguiu em 6,48%. A previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro deste ano permaneceu em 0,50%. A estimativa para o IPCA de dezembro também seguiu em 0,50%.

 

PIB - O mercado financeiro também manteve a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011, em 3,16%, segundo o boletim Focus. Para o ano que vem, a projeção para o crescimento da economia seguiu em 3,50%. A estimativa para o crescimento da produção industrial em 2011 recuou de 1,55% para 1,37%. Para 2012, a projeção para a expansão da indústria recuou de 3,74% para 3,68%.

 

Juros e dólar - De acordo com a pesquisa Focus, os analistas mantiveram a previsão para a Selic (a taxa básica de juros da economia) para o fim de 2011 em 11,00% ao ano. Já a projeção para a Selic no fim de 2012 permaneceu em 10,00% ao ano. Para o mercado de câmbio, os analistas preveem que o dólar encerre 2011 em R$ 1,75, patamar igual ao estimado na semana anterior. A projeção do câmbio médio no decorrer de 2011 seguiu em R$ 1,66. Para o fim de 2012, a previsão para o câmbio permaneceu em R$ 1,75. A média prevista para o dólar no ano que vem permaneceu em R$ 1,75.

 

Contas externas - A previsão do mercado financeiro para o déficit em conta corrente neste ano seguiu em US$ 55,00 bilhões. Para 2012, o déficit em conta corrente do balanço de pagamentos estimado seguiu em US$ 68,63 bilhões. A previsão de superávit comercial em 2011 seguiu em US$ 28,00 bilhões. Para 2012, a estimativa para o saldo da balança comercial passou de US$ 18,90 bilhões para US$ 18,00 bilhões. Analistas mantiveram a estimativa de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2011 em US$ 60,00 bilhões. Para 2012 a previsão passou de US$ 54,00 bilhões para US$ 55,00 bilhões. (Agência Estado)