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A agropecuária foi a atividade que mais cresceu nos últimos dez anos. A média do Produto Interno Bruto (PIB) do setor, que representa a soma em valores monetários de todos os bens e serviços produzidos, no período de 2000 a 2010, aponta um crescimento anual de 3,67%, enquanto o PIB geral do país mostra avanço de 3,59% (média por ano). A análise da série história foi feita pelo coordenador de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, José Garcia Gasques, após a avaliação do resultado do último semestre de 2010 e a média final do mesmo ano, divulgados nesta quinta-feira (03/03), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Mudanças - "Podemos citar que os motivos desse crescimento alcançado pela agropecuária nos últimos dez anos são as grandes mudanças que ocorreram na agricultura e pecuária desde o final de 1999", destaca Gasques. Segundo o coordenador, a partir do ano 2000, políticas setoriais como o crédito rural foram destaque na economia brasileira, com a formação de uma curva de crédito em ascenção. Somente no período de 2003 a 2010, mais de R$ 270 bilhões foram aplicados em crédito no país. Os investimentos em modernas máquinas agrícolas, a mudança da política cambial de 1999 (que passou ao câmbio flutuante) e a inserção brasileira no mercado internacional, com o forte comércio de produtos em que antes o país não tinha tradição, como carnes, também foram responsáveis pelo desenvolvimento do setor na última década.
Desempenho em 2010 - A atividade agropecuária cresceu 6,5% em 2010, ocupando o segundo lugar dos setores que mais cresceram no país. O levantamento do IBGE mostra que a economia brasileira cresceu 7,5% no ano passado, e um dos setores que puxaram esse incremento foi o consumo familiar, com 7% de aumento. Em valores, o PIB brasileiro totalizou R$ 3,675 trilhões e, o PIB da agropecuária, R$ 180,8 bilhões. Para o coordenador, a valorização das commodities exerceu importante papel nesse desempenho. "Principalmente quando nos referimos à análise do último semestre de 2010, período em que grande parte das atividades agrícolas já foi encerrada devido ao ciclo da safra brasileira, as exportações são destaque", ressalta Gasques. Ele informa, ainda, que setores específicos, como café, laranja, trigo e cana-de-açúcar também elevaram a taxa deste ano.
Crescimento linear - "O resultado positivo apresentado tanto no último ano, quanto na análise da série histórica da última década, mostra que o setor agropecuário vem em um crescimento constante e linear que tende a se repetir nos próximos anos", explica Gasques. Segundo o coordenador de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, em 2011, o Valor Bruto da Produção (VBP), um dos índices que compõem o PIB do setor, pode alcançar, em valores, aproximadamente, R$ 184,2 bilhões, um crescimento de 4,5% em relação a 2010, quando o valor registrado foi de R$ 176,2 bilhões. Confira o estudo do IBGE. (Mapa)
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Ainda que a maior parte das projeções aponte para a ampliação da oferta de cereais e grãos no Hemisfério Norte na safra 2011/12, cujo plantio começará a ganhar força em abril, a FAO, agência das Nações Unidas para agricultura e alimentação, não descarta a possibilidade de novas altas das cotações internacionais de commodities agrícolas e pressão adicional sobre os índices inflacionários globais no curto prazo.
Incertezas - Em comunicado, David Hallam, diretor da divisão de comércio e mercado da FAO, diz que os atuais picos do petróleo - derivados da crise no Oriente Médio e no norte da África - ampliaram as incertezas na "já precária situação nos mercados de alimentos". A observação veio no contexto da divulgação de um novo levantamento do índice de preços de alimentos da agência, que bateu novo recorde em fevereiro. Sustentado por variações positivas nos grupos de cereais, lácteos, óleos e gorduras vegetais e carnes, o indicador atingiu 236 pontos, 2,2% mais que em janeiro e maior nível desde sua criação, em 1990. Só o açúcar caiu, mas, mesmo assim, pouco.
Efeitos - Além de estar presente na análise de Hallam, a palavra "incerteza" foi também muito utilizada por Caroline Atkinson, porta-voz do Fundo Monetário Internacional (FMI), em suas próprias considerações sobre os preços dos alimentos feitas em Washington. Nessa frente, o FMI, como a FAO, teme os efeitos das altas sobretudo nas populações mais pobres. Ela ressalvou, conforme relato da agência Dow Jones Newswires, que o petróleo também tem efeitos na inflação, mas principalmente nos países desenvolvidos.
Volatilidade - O fato é que a volatilidade perdura nos mercados de commodities agrícolas e que as cotações continuam elevadas, muito acima das médias históricas observadas até alguns anos atrás. Além das adversidades climáticas que prejudicaram as colheitas em países do Hemisfério Norte no ano passado, a demanda global segue firme, puxada por países emergentes.
Demanda - O fator demanda impulsionou os preços dos principais grãos negociados pelo Brasil no exterior na quinta-feira (03/03) na bolsa de Chicago, além de ter oferecido suporte às já estratosféricas cotações do algodão na bolsa de Nova York. Em Chicago, a boa procura por milho americano, com destaque para o apetite de Japão e México, provocou alta de 2,11% nos contratos com vencimento em maio - que ocupam a segunda posição de entrega, normalmente a de maior liquidez -, que fecharam a US$ 7,3675 por bushel e passaram a acumular valorização de 90,5% em 12 meses, conforme cálculos do Valor Data.
Trigo - No mercado de trigo, o peso da expectativa de uma seca desfavorável em regiões produtoras dos EUA foi maior e os contratos de segunda posição de entrega (maio) subiram 1,51%, para US$ 8,2350 por bushel. Em 12 meses, a alta é de 59,67%. Na soja, a escolha de importadores da China de um carregamento dos EUA em detrimento de outro sul-americano reanimou o mercado e a segunda posição (maio) subiu 1,27% e voltou a superar US$ 14 por bushel - fechou a US$ 14,12.
Algodão - Em Nova York, o algodão disparou por conta de uma lufada otimista sobre o comportamento da economia mundial e testou novas máximas históricas. A segunda posição (maio) registrou alta de 2,54%, para US$ 2,0570 por libra-peso. Em 12 meses, o salto alcança 147,92%, conforme o Valor Data. No Brasil, o indicador Cepea/Esalq para a libra-peso da pluma com entrega em 8 dias superou R$ 4, um novo recorde. (Valor Econômico)
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Com índice de 3,37, o Brasil ocupou no ano passado a 46.ª colocação num ranking que mede o grau de globalização das 60 maiores economias mundiais, posicionado atrás de quatro outras nações latino-americanas: Chile (29.º), México (36.º), Colômbia (40.º) e Peru (41.º). O Índice de Globalização de 2010, calculado pela consultoria Ernst & Young em parceria com a Economist Intelligence Unit (EIU), mede negócios, investimentos, tecnologia, trabalho e integração cultural com outras economias em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) de cada país. Na sondagem anterior, de 2009, o Brasil ocupava a 47.ª colocação, com índice de 3,13.
Capital - O Brasil se destacou na categoria "Capital" (índice 4,70), que indica que o fluxo de recursos para o País é intenso em relação a outras economias. O pior desempenho foi verificado no item "Tecnologia", com índice 2,72. A pesquisa foi feita com base em questionário aplicado a 1.050 executivos de todo o mundo, entrevistas com 20 executivos sênior e líderes de companhias. O primeiro do ranking é Hong Kong, com índice 7,48. O Irã ocupa o último lugar, com 2,27.
Investimento - De acordo com a Ernst & Young, 70% dos entrevistados disseram ter planos para aumentar o Investimento Estrangeiro Direto (IED) nos próximos três anos. E 17% dos executivos responderam que aumentarão esse valor em 20% neste período. Em relação aos mercados emergentes, o estudo revela que metade das empresas pesquisadas leva em conta apenas dois aspectos para o planejamento de investimentos: projeções de crescimento econômico e tributação. Além disso, direcionam só uma pequena parte dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D).
Desenvolvimento tecnológico - Para os autores do ranking, o desenvolvimento tecnológico continua sendo uma das principais chaves para o aumento do índice de globalização. E foi justamente no item "Tecnologia" que o Brasil recebeu sua nota mais baixa. Para a Ernst & Young, a rápida adoção da internet e de tecnologias móveis pelos mercados emergentes "é um poderoso mecanismo por trás da melhor integração de negócios, capitais e cultura".
Retomada da globalização - Em uma visão geral do estudo que acompanha o ranking "Vencendo em um Mundo descentralizado - A globalização e a mudança nos negócios", o índice de globalização dos países aumentou após a crise financeira de 2008 e, conforme a consultoria, essa tendência de alta deve continuar até 2014. Para Luiz Passetti, sócio no Brasil da Ernst & Young Terco, grandes oportunidades de negócios nos mercados emergentes são um dos motivos para a retomada da globalização.
Oportunidades - "Essas oportunidades, aliadas ao desenvolvimento da tecnologia e uma recuperação econômica mundial, garantirão um aumento no nível de globalização nos próximos anos", disse. Passetti explicou que, agora, o desafio para as empresas é buscar equilíbrio entre globalização e atuação local. Segundo ele, a convergência entre países desenvolvidos e emergentes eleva o número de mercados estratégicos para as multinacionais. (Agência Estado)
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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reajustou nesta quarta-feira (02/03), em 0,5 ponto percentual, a taxa básica de juros (Selic) para 11,75% ao ano. O novo índice ficará em vigor pelos próximos 45 dias, até nova reunião do colegiado de diretores do BC, agendada para dias 19 e 20 de abril. Foi o segundo aumento consecutivo de 0,5 ponto percentual depois da retomada do processo de ajuste monetário, iniciado em janeiro. Em nota divulgada logo depois da reunião, o Copom diz que "dando seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias, [o Copom] decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 11,75% ao ano, sem viés." A decisão foi em linha com a expectativa majoritária dos analistas financeiros, expressa no boletim Focus divulgado pelo BC na última segunda-feira (28/02). (Agência Brasil)
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As exportações de soja do Brasil em fevereiro ficaram em um terço do total embarcado em igual mês do ano passado, informa a Reuters, com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior. Segundo o órgão do Ministério do Desenvolvimento, o Brasil exportou 224,9 mil toneladas do grão no mês passado ante 663,8 mil toneladas em fevereiro de 2010. A queda reflete o atraso no plantio e na colheita de soja na safra 2010/11. Já os embarques de milho em fevereiro quase dobraram na mesma comparação, saindo de 553 mil toneladas há um ano para 1,18 milhão de toneladas mês passado. No caso do açúcar, a média de embarques elevados, de quase um milhão de toneladas, foi mantida, segundo a Reuters. (Valor econômico)
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Pesquisadores da Fapa (Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária) e empresas de maquinário e de insumos da agricultura apresentam, nesta quarta e quinta-feira (02 e 03/03), seda da Fapa, no distrito de Entre Rios, novidades para culturas de verão. Com foco em soja e milho, o Dia de Campo de Verão da Cooperativa Agrária, edição 2011, deverá mais uma vez se confirmar como referência na difusão de informações técnicas da agricultura. Isso porque os pesquisadores apresentam e debatem com os participantes resultados de experimentos realizados na região de Guarapuava. Para quem vive do campo, é a oportunidade de saber como superar desafios em suas condições geográficas específicas, como o combate a doenças da lavoura, a correta adubação do solo e a melhor utilização de variedades transgênicas, entre outros. Também participa do evento o Sindicato Rural de Guarapuava.
Destaques - Um dos destaques da programação será a palestra do agrônomo Dirceu Gassen, que vai abordar o tema "Processos de produção para altos rendimentos", no dia 2, às 11h30, e às 13h30 e no dia 3, às 11h30.
A Agrária também vai lançar, pela primeira vez, uma cultivar de soja com sua marca (AFS 110 RR). O material já poderá ser conhecido pelos visitantes em lavouras experimentais na Fapa.
Programação - Com atividades das 8h às 17h, o primeiro dia do evento é dedicado exclusivamente aos cooperados. O segundo é aberto ao público em geral (cooperados que desejarem também podem comparecer no dia 3). Todos os anos, o dia de campo tem atraído produtores rurais, agrônomos e estudantes de cursos superiores ou de nível médio ligados à produção agrícola.
Horários - As palestras serão ministras de manhã, das 9h às 9h30 e das 10h30 às 11h. À tarde, das 15h30 às 16h e das 17h às 17h30. Os temas são Manejo de doenças na cultura do milho, com Heraldo R. Feksa; Impacto e contribuição dos novos eventos transgênicos no controle de pragas na cultura do milho, com Celso Wobeto; População de plantas e adubação em cultivares de soja, com Sandra M. V. Fontoura e Vitor Spader e Alternativa para melhoria da qualidade do plantio de milho / Plantio de milho a taxa variável, com Thiago M. Machado. (Imprensa Agrária)
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*Geraldo Barros
À medida que a crise no mundo árabe se alastra, seus efeitos sobre o restante do globo vão sendo sentidos. Trata-se de região importante produtora de petróleo e altamente dependente de importações, inclusive do agronegócio. Os altos preços de alimentos, aliás, foram relevantes para o surto de revoltas nessa região de elevada concentração de renda e marcante pobreza.
Quando o turbilhão atingiu a Líbia, ficou sob risco direto o suprimento de petróleo, especialmente na Europa, com destaque para Itália, França e Alemanha. O mercado mundial reagiu com expressiva elevação de preços. Permanecendo esse quadro, ficaria caracterizado um choque de oferta, com o conhecido resultado de aumento da inflação e queda da atividade econômica.
O aumento do petróleo aprofunda as dificuldades decorrentes de já se acharem altos os preços de produtos vinculados a recursos naturais (alimentos, fibras, minérios, metais), cuja oferta não acompanha o crescimento da demanda mundial. Como os desarranjos produtivos no Norte da África, com possível extensão para a Ásia, dificilmente serão superados com brevidade, paira sobre a economia global o espectro de recaída numa crise, ainda em processo de superação.
É importante, porém, ter em conta que os impactos de aumentos no preço do petróleo hoje são menores do que no passado. Muitos países têm atualmente um sistema produtivo bem mais eficiente no uso da energia. É, pois, provável que, embora prossiga a ressaca da crise anterior, os maiores estragos da nova crise se restrinjam aos próprios países árabes.
Para o agronegócio, importa saber que boa parte do crescimento esperado na demanda de alimentos na próxima década está associada aos países da África e Oriente Médio. Daí que, em sequência imediata ao agravamento da crise na Líbia e seus reflexos sobre o preço do petróleo, os mercados de grãos - como trigo, soja e milho - reagiram com forte baixa. Na mesma direção atuaram as notícias de que China e Índia buscavam uma pequena frenagem em suas locomotivas econômicas.
O que a experiência ensina é que os preços de alimentos e petróleo - e commodities em geral - tendem a se movimentar nas mesmas direções embora a curtíssimo prazo possam seguir rumos discrepantes. Tanto na crise dos anos 1970 como na de 2008, distúrbios na produção de petróleo e transtornos climáticos levaram a altas substanciais de preços de ambos. Imprevidências na condução de políticas macroeconômicas agravaram os efeitos perversos do choque de oferta.
Tudo isso considerado, é provável que a crise no Norte da África traga alguma turbulência sem, porém, alterar significativamente o quadro de alta de preços tanto de petróleo como de alimentos, enquanto for mantido o atual crescimento rápido mesmo face ao aumento da inflação mundial.
Após a queda, os mercados de grãos, prudentemente, parecem ter entrado em ritmo de espera para melhor avaliar a extensão dos danos da crise e dos ajustes em andamento.
*Professor titular da USP/Esalq e coordenador científico do Cepea/Esalq/USP
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Com a expectativa de produzir 47 milhões de toneladas, o Paraná começa nesta semana o corte de cana-de-açúcar da safra 2011/12. A operação inicia nesta terça-feira (1º/03), nas unidades do Grupo Melhoramentos em Jussara e Jacarezinho e, ainda nesta semana, o Grupo Sabarálcool, com indústrias em Engenheiro Beltrão e Perobal, também estarão trabalhando. Até o final do mês, 14 das 30 unidades produtoras de açúcar e etanol entram em atividade. O Paraná é o quarto maior produtor de cana, açúcar e etanol, atrás de São Paulo, Minas Gerais e Goiás.
Previsão - A previsão para o novo ciclo é 8,8% maior que o anterior, quando foram produzidas 43,3 milhões de toneladas, mas não há expansão da área cultivada. "No ano passado tivemos uma redução significativa em razão da seca, quando muita cana deixou de ser colhida porque não se desenvolveu a tempo", explica Miguel Rubens Tranin, presidente da Alcopar (Associação Paranaense de Produtores de Bionergia). Há 670 mil hectares plantados com cana no Estado, cerca de 3,5% do total da superfície agricultável.
Mais açúcar - Com um mix mais açucareiro, o Paraná espera produzir 3,4 milhões de toneladas de açúcar, volume 13,3% maior que o do ano anterior. A produção de etanol também vai crescer para 1,7 bilhão de litros, contra 1,6 bilhão da última temporada. Além do aumento no total de cana processada, segundo Tranin, o crescimento da produção de açúcar é consequência também do início de operação de duas novas unidades produtoras: a de Cambuí, no município de Marialva, que pertencia à Cocari e hoje integra o grupo indiano Renuka Vale do Ivaí, e a Dacalda, de Jacarezinho. Ambas só trabalhavam com etanol.
Sabarálcool - Uma das primeiras indústrias a entrar em operação, a Sabarálcool prevê esmagar entre 2,2 milhões a 2,3 milhões de toneladas nas duas unidades, priorizando o açúcar: 170 mil toneladas de açúcar e 50 milhões de litros de etanol, segundo afirma o diretor presidente Ricardo Albuquerque Rezende.
Na economia - No Paraná, a atividade canavieira está presente em cerca de 140 municípios, gerando 85 mil postos de trabalho diretos e 500 mil indiretos, segundo números da Alcopar. Um terço da colheita é feita por máquinas. A entidade calcula que, indiretamente, o setor movimente mais de R$ 16 bilhões na economia estadual, 50% diretos e 50% indiretos. No ano passado, 2,7 milhões de toneladas de açúcar e 420 milhões de litros de etanol foram exportados. A expectativa para 2011 é que esses números sejam ampliados, mas isso, segundo a entidade, depende ainda de vários fatores, entre eles o desenrolar dos conflitos em países produtores de petróleo, caso da Líbia. (Imprensa Alcopar)
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No Paraná a safra de grãos de verão e de inverno 2010/11 está se consolidando e poderá atingir 30,95 milhões de toneladas, volume 5% inferior à produção da safra passada quando foram colhidas 32,71 toneladas de grãos no Estado. A previsão, divulgada nesta quinta-feira (24/02) pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, inclui também a primeira intenção de plantio para o trigo da safra 2011.
Oscilação - O diretor do Departamento de Economia Rural (Deral), Otmar Hubner, disse que a safra de grãos 2010/11 ainda poderá oscilar para mais ou menos dependendo da colheita do milho safrinha que ainda está sendo plantado e do desempenho das lavouras de trigo, cujo plantio inicia dia 11 de março. "Por enquanto a safra 2010/11 está abaixo da anterior, que foi recorde. As chuvas deram uma trégua na colheita de grãos da safra de verão e algumas lavouras poderão surpreender", afirmou.
Sondagem - De acordo com a pesquisa realizada pelo Deral, a primeira sondagem sobre o plantio de trigo da safra 2011 sinaliza uma redução de 11% na área plantada na comparação com o cultivo realizado na safra passada. A redução foi motivada pelo desestímulo dos produtores com a queda nos preços do grão. Mesmo assim, a redução não foi tão acentuada porque a alternativa mais viável para o plantio de grãos na região Sul e Centro-Sul do Paraná durante o inverno é o trigo.
Primeira safra - Só a produção de grãos de verão deve totalizar 20,03 milhões de toneladas, volume 6% inferior ao obtido em igual período do ano passado, que foi de 21,38 milhões de toneladas. Segundo o Deral, o clima permanece chuvoso, mas ainda não há modificação da produção esperada, exceto com o feijão da primeira safra que já apresentou perdas de 9%.
Soja - O carro-chefe da produção de verão é a cultura da soja, que deverá apresentar um volume de produção estimado em 13,94 milhões de toneladas, praticamente o mesmo produzido na safra passada, que foi de 13,93 milhões de toneladas. Este ano, a área de plantio atingiu 4,5 milhões de hectares, considerada recorde. Em relação à área plantada no ano passado houve um aumento de 130 mil hectares.
Chuva - As chuvas ocorridas no início de fevereiro atingiram a soja em final de ciclo em algumas regiões e muitos produtores chegaram a registrar perdas expressivas antes mesmo da colheita por causa da umidade de grãos. Porém o diferencial de 3% na expansão da área plantada poderá compensar essa queda na produtividade, acredita a engenheira agrônoma do Deral, Margorete Demarchi.
Fatores adversos - De acordo com a agrônoma, o produtor que plantou soja se deparou com fatores adversos durante o desenvolvimento da lavoura como noites frias, dias nublados e no final do ciclo, com a incidência de doenças. "Por tudo isso é bem possível que ele venha a ter prejuízos no rendimento da lavoura. Mas eles só poderão ser dimensionados à medida que avança a colheita", disse Demarchi.
Produtividade - Na safra passada, a produtividade obtida com a soja foi de 3.184 quilos por hectare. Na atual safra, que ainda está em início de colheita, a produtividade caiu para 3.097 quilos por hectare. A agrônoma alerta que a produtividade da lavoura ainda pode mudar com a intensificação da colheita da soja.
Milho - Para o milho da primeira safra o Deral prevê uma produção de 5,39 milhões de toneladas de grãos. Esse volume é 21% inferior à produção no mesmo período do ano passado, mas é decorrente da redução de área plantada. Na safra 2010/11, os produtores paranaenses plantaram cerca de 735 mil hectares de milho, considerada a menor área plantada desde a década de 60. As chuvas também estão atrapalhando parte da colheita do milho que ainda está incipiente no Paraná. Até agora apenas 5% da área plantada foi colhida quando deveria ser de pelo menos 15% da área plantada.
Feijão - Para o feijão das águas, ou primeira safra, as chuvas ocorridas em janeiro e fevereiro deste ano foram prejudiciais e provocaram queda de 9% na produção esperada. O levantamento do Deral para o mês de fevereiro aponta uma produção de 522 mil toneladas, quando estava sendo esperada uma produção de 541 mil toneladas. Mesmo assim a produção é 7% maior que a obtida no mesmo período do ano passado que atingiu um volume de 489.588 toneladas.
Segunda safra - O plantio da segunda safra de grãos já iniciou no Paraná. A área ocupada pelo milho safrinha (segunda safra) está superando a área cultivada na safra de verão porque o produtor apostou na cultura em função da melhora nos preços do grão no segundo semestre de 2010. A previsão é que a que a área plantada seja 15% maior em relação ao ano passado.
Início - No início o plantio estava prejudicado pelas chuvas. O produtor não consegue colher a soja e consequentemente não pode plantar o milho. Mas o Ministério da Agricultura autorizou a prorrogação do plantio, a pedido do governo do Paraná, e a área cultivada pode atingir 1,57 milhão de hectares, 210 mil hectares acima do que foi plantado o ano passado. Cerca de 1¨7% da área foi plantada quando o normal seria 35% da área estar ocupada. A expectativa é que a produção deve ser de 6,86 milhões de toneladas, superando o volume produzido na primeira safra e 1,3% acima do volume obtido em igual período da safra passada que foi de 6,77 milhões de toneladas.
Área plantada - A segunda safra de feijão apresenta redução de 3% na área plantada, devendo cair de 191 mil hectares ocupados no ano passado para 186 mil hectares este ano. Apesar disso, a produção de feijão da segunda safra pode surpreender, informa o relatório do Deral. Se as condições de clima se mantiverem normais a produção de feijão da segunda safra pode ser 13% maior, em torno de 330 mil toneladas contra 295 mil toneladas colhidas em igual período do ano passado. De acordo com a agrônoma do Deral, muitos médios e grandes produtores com boa tecnologia investem no plantio de feijão da segunda safra e a produção costuma apresentar excelentes resultados.
Trigo - A primeira intenção de plantio de trigo da safra 2011 prevê uma redução de 11% na área plantada. O plantio que se inicia oficialmente, de acordo com o zoneamento agrícola, em 11 de março no Paraná poderá atingir 1,05 milhão de hectares, a menor área plantada nos últimos três anos no Estado. No ano passado foram plantados 1,17 milhão de hectares. A expectativa de produção, considerando condições normais de clima, deve atingir 2,52 milhões de toneladas, 26% a menos que o ano passado, quando o volume colhido foi de 3,42 milhões de toneladas. (AEN)
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As contratações do crédito rural passaram de 56% do total programado entre julho de 2010 e janeiro de 2011. Nesse período, os produtores contrataram R$ 56,3 bilhões dos R$ 100 bilhões previstos para a agricultura empresarial. O número mostra que os financiamentos do Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011 superaram em 20,5% o volume contratado em período igual no ano passado (R$ 46,7 bilhões). "O resultado reflete o bom cenário para a agricultura no Brasil e no mundo, com os preços das commodities valorizados. A situação estimula tanto o empreendedor como os agentes financeiros que operam o crédito rural", avalia o diretor de Economia Agrícola do Ministério da Agricultura, Wilson Araújo.
Recursos - Os recursos para custeio e comercialização ultrapassam R$ 42 bilhões, o que representa quase 56% do valor previsto para safra atual (R$ 75,5 bilhões). Os desembolsos dos programas de investimento chegam a R$ 8,3 bilhões. Além desses recursos, o governo colocou à disposição linhas especiais de crédito. Destaque para o Programa de Sustentação do Investimento (PSI-K), voltado à compra de máquinas de equipamentos agrícolas. Até janeiro, 93% do programado já estavam nas mãos dos produtores. São R$ 3,7 bilhões dos R$ 4 bilhões direcionados a essa linha de financiamento.
Cooperativas - O crédito rural destinado a cooperativas também está com bom desempenho. Por meio do Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro) já foram liberados R$ 1,7 bilhão, 88,2% do programado no Plano Agrícola e Pecuário. Outros R$ 869 milhões foram contratados pelo Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop), o equivalente a 43,5% do previsto para safra.
Médio produtor - Já para o médio produtor foram liberados cerca de R$ 3,2 bilhões dos R$ 5,65 bilhões, entre julho de 2010 e janeiro de 2011, pelo Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp). No segmento de custeio e comercialização, esse valor chega a R$ 2,4 bilhões, ou 63% do programado. Para investimento, as contratações alcançaram R$ 700 milhões contra R$ 436 milhões no mesmo período do ano anterior. (Mapa)
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O governador Beto Richa lançou nesta quinta-feira (23/02), em Londrina, as primeiras medidas do programa Paraná Competitivo, ao assinar dois decretos que alteram a política fiscal do Estado. "Com os novos incentivos vamos reinserir o Paraná na agenda dos investidores", afirmou. "Queremos retomar a trajetória de atração de investimentos produtivos - nacionais e internacionais - e dar total apoio para as empresas locais que queiram expandir suas atividades", afirmou o governador.
Grupos empresariais -Segundo o governador Beto Richa, cerca de 40 grupos empresariais já procuraram o Paraná neste ano para conhecer os incentivos oferecidos pelo governo. "Houve uma mudança no conceito de governança e uma nova postura de governo, com diálogo e respeito. Isso está sendo percebido pelos investidores, que também procuram segurança jurídica", afirmou Richa na solenidade realizada na Associação Comercial e Industrial de Londrina (ACIL).
Moderna - Richa destacou que a nova política fiscal é moderna, leva em conta os interesses do Estado na concessão de benefícios e torna mais flexível a negociação com os investidores. "Vamos analisar caso a caso. Todos os pedidos de incentivos vão passar por trêss comitês, um técnico, um consultivo e um decisório. Eles é que vão estabelecer o tipo de apoio fiscal possível, de acordo com critérios como o tipo do investimento, impacto econômico e grau de inovação", explicou.
Percentual - A nova política fiscal altera também o percentual do ICMS a ser diferido. Antes os valores eram fixos e estabelecidos de acordo com as regiões do Estado. A partir de agora o benefício vai variar de 10% a 90%, inclusive para cidades que não possuíam o benefício, como Curitiba, São José dos Pinhais e Araucária. O índice a ser aplicado será definido nos comitês formados por técnicos e secretários de Estado. Além disso, haverá um conselho consultivo formado por entidades representativas da indústria, comércio, agricultura, transporte e das cooperativas.
Prazo - A mudança no prazo de dilação do ICMS é outra novidade. Fixado por decreto, o tempo de dilação era de quatro anos, mais quatro para pagamento. Com a nova política o período foi flexibilizado e varia de dois a oito anos, e até oito anos para recolhimento.
Energia elétrica - O imposto que incide sobre energia elétrica acompanha a mesma lógica. Além disso, o mesmo benefício poderá ser concedido para o tributo incidente sobre o uso do gás natural. "Outra alteração inovadora é a possibilidade de beneficiar com dilação de ICMS indústrias que estejam em recuperação judicial", informou o secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros.
Recuperar tempo perdido - Para o secretário da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, o programa de incentivos vai ajudar a recuperar o tempo perdido em relação ao crescimento econômico do Paraná. Ele lembrou que de 2003 a 2009 a participação paranaense no PIB nacional caiu de 6,4% para 5,9%, e a participação nas exportações encolheu de 9,8% para 7%. "Perdemos ritmo e ficamos para trás neste início de século, que foi um tempo de expansão da economia em todos os níveis", avalia.
O Programa - O lançamento da nova política fiscal é a primeira etapa do programa Paraná Competitivo e se enquadra na linha de ação denominada Fomento, Incentivos e Crédito. Além dessa há mais três: qualificação e capacitação da mão de obra; infraestrutura e internacionalização, incluindo atração de investimentos, e comércio exterior.
Participação - Além das secretarias de Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul e da Fazenda, também participam da elaboração do Paraná Competitivo as secretarias de Assuntos Estratégicos, Planejamento, Meio Ambiente, Trabalho e Emprego, Infraestrutura e Logística, a Agência de Fomento, BRDE, Copel, Compagás, Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Lactec, Ipardes. A formatação fiscal contou ainda com sugestões do setor produtivo e dos municípios. (AEN)
Link para acessar tabela com as principais mudanças na política fiscal.
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A Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) vai lançar o Prêmio de Escoamento do Produto (PEP) para o feijão para enxugar a produção nos estados produtores onde o preço pago ao produto caiu abaixo do preço mínimo. O Paraná é o maior estado produtor e um dos mais penalizados com a queda nas cotações. Nos últimos quatro meses, os preços pagos aos produtores caíram 54%, segundo acompanhamento do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento.
Oferta - O superintendente da Conab no Paraná, Lafaete Jacomel, afirmou que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento vai ofertar R$ 39 milhões para as indústrias comparem o feijão nos estados produtores e levar a mercadoria para outros estados consumidores. Jacomel disse que a data do leilão e o valor do prêmio ainda estão indefinidos. Mas ele salienta que a informação sobre liberação do PEP é importante para os agricultores se organizarem para vender os lotes de feijão para as empresas, assim que as regras forem divulgadas.
Prêmio - Os recursos serão aplicados no pagamento de prêmio à empresa que comprar o feijão no Paraná ou outro estado produtor, pagar o preço mínimo de R$ 80,00 a saca de 60 quilos ao produtor e entregar em outras regiões não produtoras. "A Conab fará o pagamento assim que a empresa comprovar a entrega da produção de feijão nos estados consumidores", explicou Jacomel.
Reivindicação - Para o secretário da Agricultura, Norberto Ortigara, a medida atende a reivindicação do Paraná, que recentemente enviou pedido ao Ministério da Agricultura para intervir na comercialização do feijão, que está desestimulando o produtor. Conforme a previsão do Deral, este ano a safra das águas deverá ser em torno de 11% maior do que a safra anterior. A expectativa é que sejam produzidas 542 mil toneladas de feijão na safra das águas 2010/11, contra 490 mil toneladas produzidas em igual período do ano passado.
Comercialização - Até agora, foram comercializadas 39% da produção prevista para a safra das águas 2010/11. Com isso, imagina-se que o PEP será feito para os 60% restantes da safra que ainda está nas mãos dos produtores no Paraná, informou o engenheiro agrônomo Carlos Alberto Salvador, do Deral. Com a retirada de parte desses estoques, certamente os preços voltam a se estabilizar num patamar melhor ao produtor, acredita o técnico.
Preço - Em outubro do ano passado, o produtor vinha recebendo uma média de R$ 127,55 a saca de 60 quilos pelo feijão de cor. Atualmente, o produto está cotado a R$ 60,61 a saca ao produtor, uma queda de 52%. O feijão preto teve uma queda de 30%. O produtor recebeu em média R$ 88,09 a saca de 60 quilos e hoje a cotação caiu para R$ 61,88 a saca de 60 quilos. (AEN)
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O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, disse que o governo conta com a possibilidade de a reforma do Código Florestal não ser votada antes de 11 de junho, quando termina o prazo para averbação da reserva legal das propriedades rurais. Ele acrescentou que, neste caso, será necessário adiar novamente a data limite, estendida em 2009. As articulações neste sentido estariam sendo iniciadas.
Data limite - O assuntou voltou à tona nas últimas semanas, pela aproximação da data limite e pela previsão de que o tema deve ser votado no Congresso em março. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) sustenta que, se todos os produtores averbarem ao menos 20% de suas propriedades como reserva, o setor terá de abandonar 20 milhões de hectares. Os ambientalistas defendem que, da forma como foi arrematada pelo relator, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), a reforma anistia os desmatadores.
Consenso - O ministro da Agricultura disse estar em busca de um consenso com a área ambiental. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, declarou na última semana que ainda não há um acordo. Ela afirma que não vai aceitar anistia a desmatador que derrubou florestas sabendo estar infringindo a legislação.
Proposta - Na avaliação de Rossi, para que o assunto passe no Congresso, é primeiro necessário uma proposta sem pontos radicais. Ele disse que o governo não vai apresentar uma segunda proposta, mudando a relatada por Rebelo, como foi cogitado. "Há coisas que precisam ser alteradas simplesmente no modo como foram escritas." Por outro lado, disse que há risco de confrontos no Congresso e que, se a bancada rural ou a do meio ambiente não estiverem dispostas a ceder, a reforma não deve passar antes de junho. "Se a reforma não for concluída, teremos de trabalhar com novos prazos para os produtores", acrescentou.
Área - Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a área das lavouras passou de 40 milhões para 77 milhões de hectares entre 1975 e 2006. Mesmo assim, a de matas e florestas teria aumentado de 70 milhões para 100 milhões de hectares no mesmo período. Essas florestas abrangem vegetação natural e plantada mantida nas propriedades rurais para pastoreio, preservação permanente ou reserva legal.
Banco do Brasil - O Banco do Brasil recuou da posição de alerta em relação ao prazo. Principal agente financeiro do crédito rural, havia lançado circular avisando que, a partir de 12 de junho, não liberaria mais financiamentos para produtores que não tenham averbada a reserva legal. A medida provocou reação do setor produtivo, que alega que a instituição não pode considerar as propriedades irregulares antes de uma definição do governo. Até que novos prazos sejam afixados, a questão tende a ficar indefinida. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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À medida que as colheitadeiras avançam, os produtores da Região Sudoeste do Paraná percebem que os altos e baixos dos efeitos do fenômeno La Niña sobre a agricultura se anulam. As áreas mais problemáticas estão, ao contrário do que se previa, em regiões onde sobrou água. A tarefa de retirar a produção do campo, no entanto, depende neste momento de uma pausa nas chuvas.
Preocupação - As previsões de pancadas de chuva em todas as regiões do estado para esta semana preocupam o setor. Por outro lado, a tendência é de redução nas precipitações a partir de agora, permitindo que a colheita finalmente saia da casa de 1% e ultrapasse os 5%. O problema é a queda na qualidade dos grãos, com casos concretos de perda, e a expansão da ferrugem. Dos 612 casos registrados até ontem, 260 ocorreram no Paraná.
Bons rendimentos - Com cerca de meio milhão de hectares plantados com soja, o equivalente a 11% da área total destinada à cultura no Paraná, o Sudoeste iniciou a colheita de milho e soja com bons rendimentos. As marcas mais comuns são superiores às alcançadas na temporada passada. No entanto, o alto volume de chuvas registrado em janeiro e fevereiro agora é problema concreto. Em pontos isolados, chegou a chover mais de 400 milímetros em 12 dias, relataram os produtores. Em 700 hectares de soja de Nelson de Bortoli, 500 estariam perdidos. Ele estima prejuízo de R$ 1,5 milhão.
Produtividade - A avaliação geral, porém, é que casos isolados não devem derrubar o índice médio de produtividade do Sudoeste. Presidente de um os maiores grupos sementeiros do país, com fazenda no município de Renascença, Fernando Guerra revela que os agricultores da região não pouparam esforços ao investir em alta tecnologia neste ano. Ele acredita que irá colher até 70 sacas por hectare nesta safra, contra 60 colhidos ano passado. A esperança está sustentada na aparência das plantas da região. Muitas vagens apresentam formação de quatro grãos de soja.
Vigor - Em Coronel Vivida, as lavouras também mostram vigor. Com 550 hectares semeados com soja, Euclides Munaretto pretende retirar 65 sacas por hectare do campo, ante 58 sacas por hectare colhidos na safra 2009/10. "Fiz três aplicações de fungicidas e garanti o sono", conta o produtor, que deve dar a partida nas colheitadeiras até o final deste mês. Na mesma região de Munaretto, os produtores também identificaram problemas com ardido. "A maioria aplicou dessecante para conseguir fazer a safrinha logo em seguida. Depois de aplicar o produto, choveu 10 dias seguidos, potencializando o problema", explica Munaretto. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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A Cocamar finaliza detalhes para a realização, nesta quarta-feira (23/02), em Iporã, do dia de campo sobre integração lavoura e pecuária. A programação começa às 14h na Unidade de Difusão de Tecnologia (UDT) da cooperativa. O trabalho tem a participação da Embrapa e do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). O acesso é restrito a cooperados convidados. A integração é apresentada, na região, como uma forma de potencializar a receita das propriedades e também a economia da região do arenito caiuá, onde se vê, em maior parte, pastagens degradadas. (Imprensa Cocamar)
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O produtor paranaense de soja não vê a hora da chuva dar uma trégua para iniciar a colheita da safra 2010/2011. Com preços excelentes, a commoditie agrícola já atingiu a casa dos R$ 48 para a saca de 60 kg, uma elevação de 42% comparado ao mesmo período do ano passado, quando o agricultor negociou o grão na média de R$ 33,29. Os dados são do Departamento de Economia Rural da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab/Deral).
Mercado aquecido - De acordo com Margorete Demarchi, engenheira agrônoma do Deral, o mercado está bem aquecido devido à elevada demanda mundial por alimentos, inclusive dos insumos para a produção de carne. Além disso, o aumento do consumo chinês - principal comprador de soja em grãos do Brasil - garante a base dos preços internacionais. ''A safra no Paraná deste ano deve fechar em 13,79 milhões de toneladas. Um pouco abaixo da safra do ano passado, que ficou em 13,93 milhões'', calcula a especialista.
Início imediato - Entretanto, é preciso que a colheita inicie imediatamente. Devido às fortes chuvas de fevereiro, até agora foi colhido apenas 1% de toda a safra, sendo que o ideal seria dez vezes esse valor. ''Não adianta o produtor ter preço, mas não ter produto para comercializar. Dia a dia essa situação vai se agravando e isso pode impactar nos preços diretamente. Há produtores que já perderam dinheiro, mas ainda não é possível dimensionar os prejuízos'', explica Margorete.
Ponto de maturação - No oeste do Estado, por exemplo, a soja já está em ponto de maturação há pelo menos dez dias. Em todo o Paraná, 26% da safra está nessa fase, ideal para a colheita. Um dos fatores que ocasionou este problema foi o plantio antecipado da soja no ano passado, que agora com ciclos menores devido à tecnologia das sementes, acabou atingindo o ponto de colheita neste período chuvoso. ''O produtor está certo em fazer esse calendário, já que ele quer iniciar o plantio do milho o quanto antes, evitando as geadas na cultura'', relata a engenheira agrônoma do Deral.
Venda antecipada - Pelos cálculos do Deral, 21% da safra do Paraná já está vendida. Como base no retrospecto dos últimos três anos, cerca de 45% da produção de soja em grãos do Estado vai para o mercado internacional. ''No ano passado, o produtor não deixou de faturar com a commoditie a R$ 33,29. Os preços dessa safra estão realmente interessantes'', complementa Margorete.
Custo operacional - Robson Mafioletti, engenheiro agrônomo da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), comenta que o custo de produção operacional da soja ficou estável em comparação ao ano passado, entre R$ 28 e R$ 30. ''A safra está boa, e deve fechar com uma produção de 48 sacas por hectare. Não há motivo para tanto desespero. Se a chuva parar, em menos de dez dias já é possível entrar na lavoura para a colheita'', finaliza. (Folha Rural / Folha de Londrina)
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A queda nas exportações de soja dos Estados Unidos e a possibilidade de a China substituir importações do grão americano pelo produzido na América do Sul fizeram com que as cotações em Chicago recuassem no pregão de sexta-feira (18/02). Os contratos com vencimento em maio terminaram o dia a US$ 13,81 por bushel, em queda de 35,50 centavos de dólar. Segundo a Bloomberg, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que as vendas semanais americanas somaram 396,3 mil toneladas, queda de 59% ante a semana anterior. Além disso, a China cancelou uma compra de 120 mil toneladas de soja americana. No mercado interno, a saca de soja foi cotada a R$ 46,87 na sexta-feira no Paraná, queda de 0,99%, segundo levantamento do Seab/Deral.
Trigo - Os preços do trigo fecharam em baixa no pregão de sexta-feira na bolsa de Chicago, diante das especulações de que as medidas do governo chinês para conter a inflação do país possam ter efeitos sobre a importação do grão. A expectativa de analistas ouvidos pela Bloomberg é que a preocupação da China em controlar os preços internos possa fazer com que a economia do país desacelere, fato que pode reduzir as importações de trigo, em especial dos Estados Unidos. Na sexta, em Chicago, os contratos com vencimento em maio fecharam o dia a US$ 8,5575 por bushel, em queda diária de 27,75 centavos de dólar. Em Kansas, os papéis com mesmo vencimento caíram 23,25 centavos, para US$ 9,4075 por bushel. No Paraná, a saca foi cotada a R$ 25,77, alta de 0,08%, segundo o Seab/Deral. (Valor Econômico)