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Estiveram reunidos nesta quinta-feira (03/05), na sede do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), em Brasília (DF), os membros do Comitê de Gestão, responsáveis pela construção da metodologia do Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC), previsto na Diretriz de Monitoramento da instituição. “A meta do grupo é concluir os trabalhos ainda no primeiro semestre para que seja iniciada a etapa de capacitações regionais. A ideia é que a metodologia esteja disponível para as unidades estaduais para aplicação a partir de 2013”, explicou a gerente de Monitoramento e Desenvolvimento de Cooperativas do Sescoop, Susan Miyashita Vilela.
Revisões - Segundo a gestora, o grupo, que conta com o apoio da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) na elaboração, já efetuou até o momento duas revisões no material, além da devolutiva junto às cooperativas que aderiram à Diretriz. “A metodologia para o PDGC vem para complementar a Diretriz”, afirmou. Sobre a colaboração da FNQ neste processo, Susan afirma ser fundamental para unir a expertise em cooperativismo, própria do Sescoop, com o know-how da FNQ no que diz respeito a excelência da gestão: “o objetivo é a construção de uma metodologia de excelência da gestão para as cooperativas alinhada aos princípios do cooperativismo”.
Reuniões previstas - De acordo com Susan, mais três reuniões do Comitê estão previstas até junho deste ano para finalização da metodologia. Em julho, o resultado deverá ser apresentado aos técnicos de monitoramento das unidades estaduais para, em 2013, ser aplicado pelas cooperativas. “Estamos trabalhando para fazermos o repasse para os técnicos até o final do ano. A ideia é realizarmos as capacitações regionais ainda no segundo semestre, para que eles possam ir a campo no próximo ano”, afirmou. (Informe OCB)
Um dos principais programas brasileiros de estímulo a redução de CO2, o Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) já registrou mais de 2,5 mil contratos entre julho de 2011 e março de 2012, com um volume total de R$ 611 milhões em empréstimos concedidos para produtores que adotem práticas agrícolas sustentáveis. Para ampliar ainda mais esses números, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estimula a criação de grupos gestores estaduais (CGEs) e a capacitação de técnicos, produtores e dos agentes das cadeias produtivas e bancárias.
Projetos - Um dos principais entraves para que o produtor tenha acesso ao crédito oferecido pelo Programa ABC é a elaboração de projetos, especialmente devido à falta de capacitação técnica. Segundo o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Erikson Chandoha, este problema foi diagnosticado ainda durante a construção do programa e tem sido uma das prioridades assumidas pelo Mapa desde então.
Grupos de Gestores - Para agilizar o desenvolvimento de projetos nos estados, o Ministério da Agricultura tem estimulado a criação dos Grupos Gestores Estaduais (GGEs), que são as instâncias responsáveis pelo estabelecimento do ABC nas unidades da federação. Esses grupos vão definir metas específicas a serem alcançadas a partir da implementação de tecnologias agrícolas financiadas pelo programa de crédito.
Multiplicadores - Outro aspecto importante é a promoção de eventos para a capacitação de multiplicadores, que tem o objetivo de levar informações referentes às tecnologias previstas no programa para os municípios do interior. “O programa vem sendo implementado em todo o território nacional de forma gradual, considerando as características e especificidades de cada região, o que requer um cronograma de metas e prioridades”, explicou o secretário Chandoha.
Saiba mais - O ABC é um dos programas do governo federal para fazer frente ao desafio assumido de reduzir a emissão de gases de efeito estufa, durante a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 15), em 2009. A meta é reduzir, até 2020, entre 133 a 162 milhões de toneladas de CO2. A proposta do programa é difundir uma nova agricultura sustentável, a ser adotada pelos agricultores, para reduzir os impactos do aquecimento global. Produtores rurais e cooperativas contam com limite de financiamento de R$ 1 milhão e taxas de juros de 5,5% ao ano. O prazo para pagamento é de 5 a 15 anos.
Recursos - Em 2012, o governo federal vai oferecer R$ 3,15 bilhões em crédito para agricultores que utilizem as práticas financiadas pelo programa. A região Sudeste foi a que mais recebeu recursos (R$ 211,8 milhões, ao todo), seguida pelas regiões Sul (R$ 188 milhões), Centro-Oeste (R$ 142,8 milhões), Norte (R$ 40,7 milhões) e Nordeste (R$ 27,8 milhões).
Contratos - Minas Gerais é o Estado que mais contratou pelo ABC, financiando R$ 118 milhões a partir de 580 convênios firmados, seguido pelo Paraná (R$ 90,5 milhões e 508 contratos) e Rio Grande do Sul (R$ 77,9 milhões e 387 contratos). (Mapa)
O Brasil deverá ser um dos grandes exportadores globais de milho pela terceira safra consecutiva, com vendas de 10 milhões de toneladas em 2012/13, 1 milhão de toneladas a mais do que em 2011/12, segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). O país tende a abocanhar 10% do comércio internacional de milho, estimado em 99 milhões de toneladas na próxima temporada, o mais alto volume desde 2007, conforme o relatório semestral "Perspectivas da Alimentação", no qual a FAO analisa os mercados mundiais.
Produção global - A produção global do grão é estimada em 916 milhões de toneladas, 4,1% a mais do que em 2011/12. A colheita nos EUA pode bater recorde, com 345 milhões de toneladas. Na China, segundo maior produtor, a safra deve ficar em 190 milhões de toneladas. Na Europa, há verá baixa de 65 para 45 milhões de toneladas. Por sua vez, o Brasil baterá recorde de produção com 66 milhões de toneladas, 17% a mais do que na safra anterior. Já a Argentina fica com 20,3 milhões de toneladas, queda de 11% por causa dos efeitos prolongados da seca que atingiu o país.
Maiores importadores - A Coreia, o Japão e a China vão importar maiores quantidades. A China, sozinha, deve aumentar suas compras em 5 milhões de toneladas comparados aos 3,7 milhões de toneladas do ano passado. Na África, a importação deve subir 8%, para 19 milhões de toneladas. Na América Latina e Caribe, as compras podem chegar as 26,7 milhões de toneladas.
Maior exportador - Os EUA continuam como o maior exportador, com 47 milhões de toneladas, e o Brasil será o quarto colocado neste ranking. Nesse cenário, o preço do milho no mercado internacional tende a cair ligeiramente. No mercado futuro para dezembro, a cotação média da tonelada era de US$ 213 em abril, 17% a menos em relação ao mesmo período do ano passado.
Carnes - Para o setor de carnes, a FAO projeta estagnação na produção global de carne bovina com 67,5 milhões de toneladas em 2012. A produção cresce na Ásia e América Latina e cai na América do Norte e Europa. A oferta apertada nos principais mercados alimenta as perspectivas de exportações e favorece a posição brasileira de maior exportadora mundial, conforme o relatório. Estados Unidos, União Europeia, Ásia e Oriente Médio aumentam a importação.
Países em desenvolvimento - Embora a Austrália, Nova Zelândia e Canadá devam abocanhar uma parte das exportações, a maior fatia das vendas externas será ganha pelos países em desenvolvimento, como Brasil e Índia. No caso da carne de porco, a expectativa é de declínio nas exportações globais, com menor demanda pela África. Para a carne de frango, o comércio será dominado por incertezas nas políticas de vários países. Porém, é possível uma alta de 2% nas exportações brasileiras mesmo com a lenta reabertura do mercado russo para o produto.
Açúcar - Em relação ao açúcar, a FAO aponta que a produção global pode alcançar 173 milhões de toneladas, 4,6% a mais do que na safra anterior. A queda de produção no Brasil, México e EUA deve ser compensada pela alta na União Europeia, Rússia e Paquistão. Na América do Sul, o declínio da produção é de 5%, refletindo a baixa no Brasil. O comércio mundial da commodity tende a contrair em decorrência da menor produção no Brasil - com 23 milhões de toneladas, 15,8% a menos do que em 2010/11 - e em razão da maior produção em países que são tradicionalmente importadores.
Total - No total, as importações globais devem ficar em 49 milhões de toneladas, 5% a menos do que na safra anterior. As importações da China e Indonésia vão aumentar, mas cairão na União Europeia e Rússia. O preço do açúcar ganhou fôlego, mas entre janeiro e março, ainda estava 16% abaixo da cotação no mesmo período de 2011. (Valor Econômico)
Ampliação do crédito rural, incentivo à exportação e à pesquisa são apontados como fatores que impactaram positivamente o crescimento da agricultura brasileira nos últimos 30 anos, especialmente com o aumento da produtividade. Enquanto no Brasil a produtividade da agricultura cresce a taxa média de 3,56% ao ano, no mundo, essa taxa decresce. É o que aponta estudo realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Índices de produtividade - O trabalho estima os índices de produtividade total dos fatores (PTF) para a agropecuária brasileira para o período entre 1975-2011 e discute seu desempenho comparado com indicadores do mesmo gênero estimados para as principais agropecuárias mundiais, demonstrando posição de destaque do Brasil nesse contexto. Também são analisados os efeitos das políticas sobre a produtividade no Brasil, com destaque para as exportações, os investimentos em pesquisa e desenvolvimento e a evolução do crédito rural.
Gastos - Segundo o coordenador da Assessoria de Gestão Estratégica do ministério, José Garcia Gasques, o efeito mais forte sobre a produtividade está relacionado aos gastos com pesquisa. Um aumento de 1% nesses gastos resulta em acréscimo de 0,35% sobre a produtividade. Na sequência, vem o aumento dos desembolsos por conta do crédito rural a produtores, cooperativas e agricultura familiar de 0,25%. Já os resultados para as exportações da agricultura mostram um aumento de 1% das exportações do agronegócio em decorrência do aumento de 0,14% da produtividade.
Efeitos - Os efeitos do crédito rural sobre a produtividade ocorrem porque possibilita aos agricultores a aquisição de insumos de melhor qualidade, a adoção de melhores tecnologias e possibilita a ampliação da escala de produção pela aquisição de mais terra ou novos equipamentos. Por outro lado, as exportações afetam a produtividade por duas razões principais. A primeira é que a ampliação das vendas ao exterior requer o aprimoramento da qualidade dos produtos e com isso a incorporação de melhorias na produção que somente acontece com maior produtividade. A segunda razão é que, para exportar, é necessário o país ser competitivo e isso requer aumentos de produtividade para que seja possível produzir com menores custos. “A exportação na maior parte das vezes exige o aumento da escala de produção o que permite o uso de tecnologias mais avançadas”, destacou.
Pesquisa - A atuação da pesquisa sobre a produção se dá através das possibilidades que abre em termos de descobertas de novas variedades, mais resistentes e produtivas, técnicas de manejo mais aprimoradas, novas formas de plantio, aprimoramento da qualidade dos insumos, etc. Os efeitos da pesquisa não são imediatos, mas cumulativos, chama atenção o técnico. Por isso, os resultados ocorrem após certo período de tempo que depende do tipo de pesquisa, entre outros fatores. (Mapa)
O Projeto de Desenvolvimento Agropecuário que destinou, em um ano, R$ 500 milhões para produtores da região do Arenito Caiuá, servirá de modelo para outro a ser oferecido a 46 municípios do Norte Pioneiro. O projeto nasceu da parceria entre o Governo do Paraná e o Banco do Brasil, para potencializar cadeias produtivas da agropecuária.
Balanço - O gerente de Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS) do banco, Márcio Alexandre Rockenbach, fez o balanço do projeto, na quarta-feira (02/05), em reunião do grupo gestor do Fórum dos Promotores do Desenvolvimento do Agronegócio Paranaense, do qual participam 13 entidades parceiras do serviço público e da iniciativa privada.
Recursos - O banco já disponibilizou R$ 374 milhões e a expectativa é repassar o volume total de recursos previstos até junho, quando o projeto completa um ano de execução. “O programa foi formatado com base nas necessidades regionais. Para isso o Banco do Brasil fez um levantamento nos 107 municípios da região, verificando as carências de cada um”, explicou Rockembach. Os resultados obtidos incentivaram o estudo de um projeto semelhante para produtores do Norte Pioneiro.
Apoio – As ações financiadas pelo banco têm o apoio da Secretaria da Agricultura e suas empresas vinculadas, como Emater e Iapar, que atuam na assistência técnica e na pesquisa. Os valores variam de R$ 150 mil a R$ 2 milhões, por empreendimento, para as principais atividades produtivas de cada município, como bovinocultura de leite e de corte, produção de mandioca, avicultura de corte, cafeicultura e citricultura.
Projetos - De acordo com o gerente do BB, já são 111 os projetos em acompanhamento, sendo 44 para bovinocultura de leite; 39 para bovinocultura de corte; e 28 para mandiocultura. A maioria dos financiamentos foram destinados para reforma de pastos, plantio direto e programas do Agricultura de Baixo Carbono (ABC).
Resultados - Segundo o diretor-geral da Secretaria da Agricultura, Otamir César Martins, que coordena o grupo gestor do fórum, é muito importante que os recursos cheguem aos produtores e produzam resultados, como a agregação de valor e a melhoria da renda. “No caso da pecuária, investindo na melhoria genética, tecnologia, organização e gestão da propriedade, os produtores do Arenito terão mais condições de aumentar a renda da família e gerar novos postos de trabalho”.
Arenito – O Noroeste abrange 107 municípios, representando cerca de 16% da área territorial do Estado. O solo da região apresenta textura arenosa e alta vulnerabilidade a erosões, com teores de areia que chegam a 90%. Os baixos níveis de nutrientes, como fósforo, potássio, cálcio, magnésio e matéria orgânica, comprometem a agricultura e o plantio das diversas culturas. O objetivo da parceria entre Governo do Estado e Banco do Brasil é transformar a região em área de produção sustentável e geradora de renda e emprego.
Protocolo - O protocolo de intenções envolve ainda o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério da Agricultura, Emater, Iapar, Sebrae e Senar. (AEN)
Decidido a abrir caminho para novas quedas da taxa de juros básica, o governo retirou nesta quinta-feira (03/05) o maior obstáculo legal para que possa cumprir esse objetivo: mudar as regras de remuneração da aplicação financeira mais popular do país, a caderneta de poupança. Pelo novo sistema, a caderneta passa a ser remunerada em 70% da taxa Selic quando ela for inferior a 8,5%, e pelo sistema atual, quando for superior. Nada muda para as contas já existentes.
Juros futuros - A mudança derrubou ainda mais os juros futuros, que passaram a apontar uma taxa Selic de 8% a 8,25% para o ano. A taxa real de juros - de 360 dias, descontada a inflação projetada em 12 meses, de 5,53% - atingiu nova mínima histórica, aos 2,45% ao ano.
Pressão - Ao mesmo tempo em que abriu caminho para juros menores, a medida ainda mantém a pressão sobre os fundos de investimentos que cobram taxas altas de administração. Uma simulação que leva em conta a nova fórmula da poupança mostra que cerca de 40% dos fundos DI e de renda fixa distribuídos no varejo vão continuar perdendo da poupança. Com o juro de hoje - 9% ao ano -, praticamente metade dessas carteiras já rendem menos do que a caderneta.
Carteiras mais baratas - O governo preservou a atratividade dos fundos com taxa de administração de até 0,75% para aplicações em seis meses e taxas de até 1% para investimentos a partir de um ano, conforme simulação do Valor Data. São nessas carteiras mais baratas que estão cerca de 80% do patrimônio dos fundos DI e de renda fixa
Plano original - O plano original do Palácio do Planalto era de só alterar a rentabilidade da poupança após as eleições de outubro. O cenário externo, que voltou a piorar, a demora na reação da atividade econômica doméstica e os sinais da última ata do Copom, de que os juros podem cair mais, motivaram a antecipação da medida. Ela foi anunciada após seguidas reuniões da presidente Dilma Rousseff com o Conselho Político, com dirigentes de centrais sindicais e com um grupo de empresários ao longo do dia. Dilma procurou se cercar de um amplo apoio político para mexer em um tema tão delicado.
Passo fundamental - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que as alterações na caderneta são "um passo fundamental na direção de remover resquícios herdados do período de inflação alta". (Valor Econômico)
"A mudança na remuneração da caderneta de poupança foi feita de maneira habilidosa e é compatível com a queda dos juros", avaliou nesta sexta-feira (04/05) Luiz Gonzaga Belluzzo, diretor da Faculdade de Campinas (Facamp) e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda.Em sua visão, a antiga forma de remuneração da poupança era um resquício do período de hiperinflação e, portanto, precisava ser alterada."Estamos caminhando na direção de uma economia normal", disse, antes de palestrar em evento sobre os rumos da economia, organizado pela Revista Brasileiros, em São Paulo.
Ganho - Segundo Belluzzo, que já foi professor da presidente Dilma Rousseff na Universidade de Campinas (Unicamp), com a nova regra, investidores apenas "vão deixar de ganhar o que não deveriam ganhar" na poupança, que, em sua origem, era um depósito a prazo remunerado, e não à vista, como acabou se tornando.
Novo sistema - Pelo novo sistema, anunciado nessa quinta, a caderneta passa a ser remunerada em 70% da taxa Selic quando esta for inferior a 8,5% ao ano, e pelo sistema atual, quando for superior. Nada muda para as contas já existentes. A alteração, acrescentou Belluzzo, vai ao encontro do processo de estabilização da economia, que está se completando no governo Dilma.
Necessária - Também um dos palestrantes do evento, o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann, avaliou que a mudança nas regras da poupança era necessária, porque permite a queda da taxa de juros e abre espaço para um crescimento maior do país, com maior geração de empregos e investimentos alocados não no setor financeiro, mas no produtivo. "O Brasil será favorecido com essa medida", afirmou.
Meta plausível - Perguntado sobre se o objetivo de Dilma, de trazer o juro real a 2%, é compatível, Pochmann disse que essa é uma meta plausível. "Se 2% de juro é compatível em outros países, porque não no Brasil? Não somos uma jabuticaba.” (Valor Econômico)
O bacharel em Ciências Contábeis e Administração de Empresas, e pós-graduado em Cooperativismo, Dorly Dickel, estará orientando os profissionais das cooperativas paranaenses que atuam nas áreas contábil e de auditoria interna sobre a Declaração do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (DIPJ), nos dias 15 e 16 de maio, na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba. A ideia é promover uma atualização sobre as às alterações na legislação tributária, normativos fiscais e de contabilidade relacionados à DIPJ.
Inscrições - As inscrições devem ser feita até o dia 05 de maio pelo Agente de Desenvolvimento Humano responsável da cooperativa por meio do site www.ocepar.org.br. Mais informações com Anderson Helpa ( 41 3200-1149 /
anderson.helpa@sescooppr.org.br ) ou Stella Soliman (41 3200-1129 /stella@sescooppr.org.br ).Clique aqui e acesse na íntegra a programação do Curso de DIPJ 2012

Para o deputado federal Reinhold Stephanes (PSD/PR), a sanção do novo Código Florestal não significará o fim dos impasses ambientais no país.
Foi divulgada nesta quarta-feira (02/05) a redação final do novo Código Florestal (PL 1.876/99), aprovado pela Câmara dos Deputados na última semana. Fundamental para regulamentar a atividade rural no Brasil, a aprovação do novo Código é vista pelo sistema cooperativista brasileiro como um avanço na busca por uma efetiva segurança jurídica no campo, já que alia a preservação à produção. A presidenta Dilma Roussef tem, agora, 15 dias para sancionar ou vetar, no todo ou em parte, a matéria. Para acessar a redação final, clique aqui. (Informe OCB)
Aconteceu, na tarde do ultimo dia 27 de abril, mais uma edição do Seminário Anual de Produtores de Leite da Copagril, em Marechal Cândido Rondon, Oeste do Estado. O evento, que já é uma tradição, vem se consolidando a cada ano como grande atrativo entre os produtores, já que é uma excelente oportunidade de aprimorem seus conhecimentos sobre a atividade e ainda absorverem novas informações que certamente irão contribuir para a melhoria da qualidade e produtividade.
Programação - Na edição 2012 o Seminário Anual de Produtores de Leite reuniu 650 pessoas entre produtores, familiares e funcionários que puderam acompanhar a programação que iniciou as 13h30, com o pronunciamento do Diretor Presidente da Copagril, Ricardo Silvio Chapla, que levou até aos presentes as informações sobre a evolução da pecuária de leite na cooperativa. Na sequência foi a vez do professor da Universidade Federal do Paraná, doutor Patrick Schmidt que abordou o tema Produção de Silagem de Alta Qualidade.
Febre aftosa - Com o objetivo de orientar os produtores sobre a importância da vacinação contra a febre aftosa, a Copagril convidou o médico veterinário Nilson de Freitas Gouveia, responsável pelo escritório regional da Seab, para repassar detalhes sobre a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Febre Aftosa que vai de 1 a 31 de maio de 2012. Para encerrar o cronograma de palestras o Consultor Técnico da Nutron Alimentos, Renato Palma Nogueira, falou sobre Lucro Máximo na Ponta do Lápis.
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Premiação - Para valorizar os produtores e incentivar a melhoria nos processos de qualidade e produtividade na pecuária de leite, a Copagril realizou ao final do Seminário Anual de Produtores de Leite a premiação dos melhores produtores da atividade no ano de 2011. Foram premiados os melhores nas categorias: Melhor qualidade do leite e Maior quantidade produzida. Ao final do evento todos receberam um kit de produtos Frimesa como brinde. (Imprensa Copagril)
Aplicar capital no meio ambiente se tornou peça chave para o sistema cooperativista. Tais ações são fundamentais para melhorar as condições de sustentabilidade em todas as suas áreas de atuação. De acordo com levantamento realizado pela Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), em 2010, as 236 cooperativas registradas na época no Estado investiram R$ 24,3 milhões em ações voltadas para o meio ambiente. Em 2011 foram aplicados R$ 42 milhões.
Áreas - De todo o montante investido em 2010, 54,3% - em torno de R$ 13,2 milhões - foi aplicado em áreas de reflorestamento. Na sequência, com 16% (R$ 3,8 milhões), ficaram as ações de combate à poluição do ar, seguido de tratamento de efluentes (R$ 2,8 milhões), melhoria de qualidade da água (R$ 2,4 milhões) e projetos de geração de energia renovável (R$ 1 milhão). Para executar alguns desses projetos é necessário parcerias com a sociedade, órgãos governamentais, organizações não-governamentais, funcionários e cooperados.
Evolução - No que diz respeito às áreas reflorestadas, houve uma evolução no número de hectares entre 2009 e 2010, saltando de 2,1 milhões para 2,6 milhões de hectares, crescimento que gira em torno de 22%. Outros pontos importantes como o das cooperativas com áreas próprias de reflorestamento também evoluíram ao longo destes dois anos: um salto de 17% nas áreas de preservação.
Dobro - O superintendente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, relata que no ano passado o valor aplicado em ações ambientais atingiu R$ 42 milhões. Já o ativo florestal das cooperativas vale em torno de R$ 420 milhões atualmente. ''O investimento dobrou em menos de dois anos. Hoje investir em ações ambientais não é mais apenas pensamento, e sim uma necessidade. Quem não faz, não consegue as autorizações ambientais necessárias para movimentar seus projetos no campo'', salienta Ricken.
Regiões - Grande parte do capital é aplicado nas regiões onde estão alocadas as agroindústrias: Oeste, Noroeste e Centro-Sul do Estado. Estas cooperativas investem, normalmente, em projetos ligados ao tratamento de efluentes, poluição do ar (emissão de gases nocivos) e reflorestamento. ''São temas que as agroindústrias estão diretamente ligadas, pois envolve a produção. Enquanto mais se produz, mais se deve investir nestes pontos'', relata o representante da Ocepar.
Legislação - Na opinião de Ricken, a aprovação do Código Florestal deve fomentar ainda mais os trabalhos voltados ao meio ambiente para as cooperativas. Para ele, os produtores estão cientes de que a preservação é importante, mas é necessário que a legislação seja viável. ''O investimento é pesadíssimo e não há como escapar, porque é uma necessidade. Hoje temos uma legislação forte, que tem poder de inviabilizar ações das cooperativas que não estão cumprindo a lei nestes quesitos.'' (Folha de Londrina)
É o sétimo princípio das cooperativas a preocupação com a comunidade, o que inclui a preservação do meio ambiente. Muitas delas realizam parcerias para que os projetos ambientais saiam do papel e atinjam os cooperados e a comunidade de forma eficiente. A Integrada Cooperativa Agroindustrial, em parceria com a Bayer Cropscience, lançou em 2006 o Projeto Nossa Água, instruindo seus cooperados a preservar a mata ciliar de suas propriedades.
Plantio - Em seis anos, por meio do projeto que já custou cerca de R$ 400 mil foi realizado o plantio de aproximadamente um milhão de mudas - recuperação de 625 hectares - e viabilizada a soltura de peixes nos principais rios do Estado. ''A ideia surgiu de uma discussão em 2005 de que uma propriedade sem água é uma propriedade sem valor. Como não se faz nada sozinho, buscamos parceiros como o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e a Bayer. A parceria fortalece a ação, inclusive dando uma visibilidade maior aos trabalhos'', explica Ana Lúcia de Almeida, assessora de acessibilidade socioambiental da Integrada.
Produtor - O produtor de cereais e eucalipto no Distrito de São Luiz, José Toshio Okubo, abraçou a ideia do Projeto Nossa Água logo no primeiro ano. Na sua propriedade de 140 hectares, a cooperativa apoiou o plantio de duas mil mudas de espécies nativas na margem do Ribeirão dos Apertados. ''Era uma área de pasto, na qual eu não tinha pretensões de reflorestar. Se fosse realizar por minha conta, talvez demorasse mais, até por não saber quanto este trabalho poderia custar'', comenta Toshio.
Área regularizada - Hoje, com mais de 200 metros de área recuperada, além de toda a preservação ambiental, o produtor comenta a importância de estar com toda a área regularizada. ''O meu ADA (Ato Declaratório Ambiental) está correto e quando necessito de recursos financeiros consigo com facilidade. Não teria pensado desta forma se não fizesse parte da cooperativa'', conclui Okubo. (Folha de Londrina)
A Copacol, de Cafelândia, é exemplo de como é importante as agroindústrias aplicarem capital no meio ambiente, aliás, fundamental. A cooperativa abate por volta de 320 mil aves diariamente, além de peixes e suínos. Com um consumo de água que chega a 6,5 mil metros cúbicos por dia, a agroindústria deve tratar dos resíduos do abatedouro com muita atenção.
Obrigatório - O assessor de qualidade do meio ambiente da Copacol, Celso Brasil, comenta que cada processo tem seus volumes e demandas e por isso o investimento para não causar danos ao meio ambiente é obrigatório. ''Só neste sistema de tratamento de água, investimos por volta de R$ 1,5 milhão por ano, atendendo todos os requisitos legais, atingindo 98,5% de eficiência no tratamento'', explica Brasil.
Investimento anual - No total, a cooperativa de Cafelândia investe por volta de R$ 9,7 milhões ao ano para evitar que a poluição dos processos atinja a natureza. ''A cada processo de produção ampliado, uma nova fábrica que começa a funcionar, os investimentos têm que ser maiores'', relata o assessor ambiental.
Adequações - De forma geral, é praticamente impossível um produtor associado a uma grande cooperativa não buscar adequações ambientais. A diferença, segundo Brasil, é que algumas vezes é mais complicado realizar o controle dos cooperados antigos. ''A necessidade de investimento em algumas propriedades é grande, o que pode inibir os produtores. Já os novos, que estão começando, normalmente iniciam nas atividades adequadamente'', completa. (Folha de Londrina)
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estimou nesta quarta-feira (02/05) que o Valor Bruto da Produção (VBP) do setor agropecuário deve crescer 5,3% em 2012, atingindo R$ 351,7 bilhões. Deste valor, o VBP da agricultura deve crescer 1,5%, para R$ 205,42 bilhões. O faturamento bruto dos produtos pecuários deve chegar aos R$ 146,3 bilhões neste ano, alta de 11,2%, em comparação aos R$ 131,5 bilhões registrados em 2011. O destaque deverá ser o valor bruto da carne bovina, que deve chegar a R$ 60,2 bilhões neste ano, 6,3% superior a 2011.
Março - A CNA também divulgou dados sobre a balança comercial do agronegócio em março. O saldo foi de US$ 6,2 bilhões no mês passado, alta de 4% em relação ao mesmo período de 2011. Os embarques dos produtos do complexo soja (grão, farelo e óleo) cresceram 31,2% no mês. O principal destino dos embarques foi a China, com três milhões de toneladas, o que representa 55% do total exportado pelo País.
Importações - Os gastos com as importações do agronegócio somaram US$ 1,5 bilhão em março, alta de 6,8% em relação ao mesmo mês de 2011. A menor produção de arroz no Brasil, devido à redução da área plantada com o grão e a forte seca no Sul do Brasil graças ao fenômeno climático La Niña, aumentou as importações brasileiras do cereal. Durante o mês de março, foram compradas 88 mil toneladas de arroz, com crescimento de 93,7% em relação ao mesmo mês de 2011 - um aumento de 108% dos gastos com a compra do produto, que totalizaram US$ 39 milhões. (Valor Econômico)