INDÚSTRIA: Setor pode ter um 2012 mais animador, preveem economistas

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O início de 2012 pode ser mais animador para a indústria do que foram os últimos meses. Após uma safra de indicadores desalentadora para o setor, economistas começam a projetar uma retomada para a atividade no próximo ano, ainda que moderada. “Trabalhamos com um quadro um pouco mais otimista para 2012, quando a indústria deve ter recuperação”, afirmou Rafael Bacciotti, economista da Tendências Consultoria.

 

Capacidade instalada - Como evidência de um cenário menos preocupante do que o atual, Bacciotti aponta a Utilização da Capacidade Instalada (UCI), que caiu entre agosto e setembro, de 82,2% para 81,6%, na série com ajuste sazonal, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Para o economista, esse recuo é causado pelo desaquecimento da atividade, mas em certa medida é também devido à maturação de investimentos realizados na ampliação da capacidade, o que prepara a indústria para um eventual aumento de produção no futuro.

 

Pouco previsível - José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator, espera crescimento da indústria em torno de 3% em 2012, mas ressalta que a base de comparação será baixa – avanço inferior a 2% da produção em 2011 – e que o cenário continua pouco previsível. “No ano que vem, [o comportamento] vai depender do andar na Europa, que é absolutamente incerto. Se a crise afetar o câmbio, e segurá-lo acima de R$ 1,75, pode ajudar um pouco, paradoxalmente, porque protege a indústria das importações e permite alguma exportação com câmbio mais favorável”, comentou. Por outro lado, uma recessão mais profunda no continente teria como efeito queda nas exportações. “Trabalhamos com situação em que o câmbio não explode e a Europa não acaba, então a indústria deve crescer em relação a este ano”, disse.

 

Ritmo das vendas - Thiago Carlos, economista da Link Investimentos, projeta crescimento nulo da produção industrial em outubro, mas modesta recuperação já entre novembro e dezembro. Para o próximo ano, no entanto, avalia que os empresários do setor irão observar primeiro o ritmo de vendas no fim de ano para então planejar a produção no início de 2012. (Valor Econômico)

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