FÓRUM DOS PRESIDENTES V: Para Koslovski, crise mundial deve ser acompanhada \"com lupa\"
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O presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, abriu o Fórum dos Presidentes das Cooperativas Agropecuárias alertando para a necessidade do setor cooperativista acompanhar de perto a evolução da crise internacional que assola os Estados Unidos e países de Europa. “Estamos preocupados com os reflexos dela para a economia brasileira. Não se trata de pessimismo, mas é necessário acompanhar com lupa os acontecimentos pois hoje as cooperativas são grandes empresas”, ressaltou. Ele destacou a necessidade do setor adotar medidas para consolidação de reservas, entre elas, controlar bem o fluxo de recursos, dimensionar os investimentos e procurar se fortalecer no mercado, além de orientar os cooperados. “Essa orientação é o mais importante”, sublinhou.
Evolução – Em sua explanação, Koslovski também falou sobre a evolução do cooperativismo paranaense. Ele iniciou ressaltando os investimentos realizados na formação e na profissionalização do setor. “Entre os anos de 2001 e 2011, o Sescoop investiu R$ 63 milhões em capacitação. Ao todo, 680 mil pessoas foram treinadas no cooperativismo. Somente neste ano, estamos com 33 MBAs em execução. São números que mostram o forte investimento que as cooperativas estão fazendo nessa área e isso representa um grande avanço”. O presidente da Ocepar lembrou ainda que as exportações das cooperativas vem aumentando e devem superar os US$ 2 bilhões em 2011. “Estamos vendendo mais de 45 produtos para mais de 100 países. Essa pauta pulverizada proporciona maior segurança em momentos de crise”, disse Koslovski.Ainda de acordo com ele, as cooperativas detém 42% do parque industrial no Estado e , no período de 2005 a 2011, elas somaram investimentos na ordem de R$ 7 bilhões. “Somente este ano devemos investir mais de R$ 1,1 bilhão, boa parte desse valor no processo de agroindustrialização e agregação de valor”. O presidente da Ocepar também destacou como avanços do cooperativismo paranaense os investimentos em armazenagem, com o setor respondendo por 55% da capacidade armazenadora do Estado, e o trabalho realizado em transferência de tecnologia, com cerca de 1400 profissionais orientando os agricultores. “O Paraná é um dos poucos estados no País com essa atuação tão abrangente de atendimento técnico ao cooperado”, frisou.