Notícias economia

PROMOÇÃO DA CARNE

  • Artigos em destaque na home: Nenhum
Foi lançado ontem o Programa de Promoção da Carne Bovina Brasileira no Exterior, voltado ao mercado europeu, visando a ampliação das exportações de US$ 1,0 bilhão projetado para este ano, para US$ 1,2 bilhão em 2002. Será adotada a marca "Brazilian Beef" para promover a carne no mercado europeu, usando principalmente o argumento da qualidade sanitária e do sistema de criação baseado na alimentação natural. O programa conta com a participação das diversas entidades, dentre elas a OCB.

Debate da carne - Aproveitando o momento favorável da carne no mercado externo - bovina, suína e frango, mais as conquistas proporcionadas pela Lei Brandão no Estado do Paraná, a Ocepar em conjunto com a FAEP e Secretaria da Agricultura, com apoio do Fundepec-PR, realizarão um encontro, no próximo dia 28, intitulado "O Agronegócio da Carne em Debate". O objetivo desse evento será avaliar as oportunidades de investimentos no setor de carnes, principalmente tendo como foco a exportação.

ENTRE AS 40 MAIORES EXPORTADORAS, A COAMO

  • Artigos em destaque na home: Nenhum
A Coamo (Cooperativa Agropecuária Mourãoense), é a 39ª exportadora brasileira numa lista de 40, de acordo com levantamento efetuado pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, referente aos meses de janeiro a julho deste ano. A cooperativa exportou, segundo a Secex, US$ 116,7 milhões (FOB), sendo uma das oito empresas do setor de alimentos que surge na lista. As 40 empresas exportaram, no período, um total de US$ 28,9 bilhões, contra US$ 26,1 bilhões em igual período do ano passado. As cinco maiores exportadoras foram: Embraer, com US$ 1,543 bilhão; Petrobrás, com US$ 1,506 bilhão; Vale do Rio Doce, com US$ 799 milhões; Volkswagen, com US$ 648 milhões; e Bunge, com US$ 504 milhões. A Sadia, Perdigão, Seara e Coopersucar estão entre as exportadoras do setor de alimentos. No primeiro semestre deste ano as empresas brasileiras exportaram um total de US$ 45,2 bilhões.

PROTOCOLO GARANTE PREÇO MÍNIMO AO MILHO

  • Artigos em destaque na home: Nenhum
Representantes das entidades produtoras e consumidoras de milho no Estado do Paraná assinaram, ontem, na Ocepar, um protocolo que assegura ao produtor de milho R$ 10,00 por saca de 60 kg entre fevereiro e junho do próximo ano, mediante a instrumentalização de contratos de opção pelo Governo Federal. Desse valor serão descontados os custos operacionais, tributário e previdenciário. O protocolo foi assinado pela Secretaria da Agricultura, Ocepar, a Faep, o Sindicarne, a Associação Paranaenses dos Suinocultores (APS), o Sindileite, o Sindicato da Indústria do Arroz, Milho, Soja e Beneficiamento de Café do Estado do Paraná (Samisca) e Associação dos Abatedouros e Produtores Avícolas do Paraná (Avipar). O protocolo será entregue, no próximo dia 7, em Brasília, ao ministro da Agricultura Pratini de Moraes.

Entendimento - Para o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, a assinatura deste protocolo comprova o grau de amadurecimento das relações entre os dois setores (produtores e consumidores). "Este acordo, além de garantir um preço mínimo pela saca, evitando uma redução ainda maior da área plantada na próxima safra, fortalece as relações de todas estas entidades", diz. Para ele, o mais importante é que o protocolo reverte a condição pessimista que estava se instalando no setor, trazendo benefícios a toda a cadeia produtiva do milho. "Tanto o industrial como o produtor, terão um cenário estável, garantindo assim matéria-prima ao mercado e com um preço pré-estabelecido com antecedência, sem surpresas futuras", lembra. Na semana passada o Governo Federal já havia atendido ao pedido da Ocepar do aumento do custeio do milho de R$ 200 mil para R$ 250 mil por produtor, como também desvinculou o limite restritivo de teto máximo de financiamento da soja com o milho, permitindo a cumulação de limites para o financiamento de cada cadeia em separado.

O protocolo - Para a viabilização do protocolo deverão ser asseguradas as seguintes condições de mercado, pelo Governo Federal: 1 - Disponibilização, aos produtores e cooperativas, de contratos de opção de venda de milho para os meses de fevereiro, março, abril, maio e junho época de colheita da safra; 2 - Disponibilização, às agroindústrias, cooperativas e produtores independentes, de contratos de opção de compra de milho para os meses de fevereiro, março, abril, maio e junho época de colheita da safra; 3 - Alocação de recursos para carregamento de CPRs (Cédula do Produto Rural) para as agroindústrias, cooperativas e produtores e implementação do PEP, se necessário; 4 - Disponibilização de linha de crédito EGF e NPR, para as agroindústrias e cooperativas, de conformidade com as práticas bancárias e com as normas específicas estabelecidas pelo Ministério da Agricultura; 5 - Disponibilização às agroindústrias e cooperativas, de linhas de crédito que contemplem investimentos no sistema de recebimento, secagem e armazenamento de milho, a juros de 8,75% ao ano com prazo de 07 (sete) anos.

DIMINUI CONGESTIONAMENTO NO PORTO

  • Artigos em destaque na home: Nenhum
De acordo com a Agência Estadual de Notícias, a fila de caminhões em direção ao Porto de Paranaguá, que chegou ao quilômetro 45 da rodovia na última sexta-feira, estava reduzida ao quilômetro 17 da estrada na manhã de ontem (30). O bom tempo dos últimos dias permitiu que os terminais de embarque de soja, milho, farelo e açúcar trabalhassem em período integral no sábado e domingo para agilizar o recebimento e o escoamento das cargas. Em dois dias foram liberados 2.325 caminhões. Desse total, 378 eram de milho, 1.108 de soja, 376 de farelo, 414 de açúcar e 49 de óleos vegetais. O número de navios ao largo também diminuiu no final de semana, de 34 para 26. Desses, 11 já estavam atracados ontem. Além de provocar a fila ao longo da BR-277, o mau tempo que prejudicou o embarque de produtos na semana passada também congestionou o pátio de caminhões que dá acesso ao porto, que tem capacidade para 1.000 veículos.

NOVAS REGRAS DO PRONAF

  • Artigos em destaque na home: Nenhum
A Ocepar, que integra o Conselho Executivo Estadual do Pronaf no Paraná, foi informada ontem que devem ser concluídas até o final desta semana as negociações para a implementação do Plano Safra da Agricultura Familiar para o ano agrícola 2001-2002. A informação foi repassada pela Secretaria Estadual do Pronaf no Paraná, que funciona junto à Secretaria da Agricultura. Na próxima semana deverá ser publicada resolução do Banco Central definindo as novas regras para o crédito rural do Pronaf. A previsão é que os agentes financeiros comecem a operar normalmente com crédito do Pronaf a partir do dia 10 de agosto.

O AUMENTO DAS EXPORTAÇÕES

  • Artigos em destaque na home: Nenhum
O Porto de Paranaguá movimentou 9,5 milhões de toneladas de granéis sólidos (soja, milho, cevada, açúcar e fertilizantes) durante o primeiro semestre, contra 6,6 milhões de toneladas de igual período de 2000. Em 2001, já foram exportadas 1,7 milhão de toneladas de milho contra 18 toneladas embarcadas durante todo o ano passado. As exportações de soja cresceram 15% nos primeiros seis meses desse ano. Foram exportadas 3,1 milhões de toneladas do grão entre janeiro e junho, contra 2,7 milhões de toneladas exportadas no mesmo período do ano passado. O embarque de farelo aumentou 20%, passando de 2 milhões de toneladas escoadas no ano passado para 2,4 milhões de toneladas neste ano. O balanço é da Administração do Porto de Paranaguá e de Antonina-APPA e mostra que em anos anteriores o escoamento da safra de grãos para exportação já tinha diminuído nessa época. Para o presidente da APPA, está havendo um prolongamento no escoamento em função da safra recorde de soja e também por causa do embarque de milho, situação que não era comum até o início de 2001.

BNDES FINANCIA COOPERATIVAS DE ELETRIFICAÇÃO

  • Artigos em destaque na home: Nenhum
O BNDES aprovou financiamento para projeto de eletrificação rural de sete cooperativas do Rio Grande do Sul, com repasse de recursos através do Banrisul. O financiamento, de R$ 11,4 milhões, corresponde a 80% dos investimentos realizados pelas cooperativas (R$ 14,3 milhões) e será destinado a melhorias e reforço nas linhas de distribuição destas cooperativas. Os investimentos serão basicamente em condutores elétricos, ferragens, capacitores, substituição de condutores e postes, entre outros equipamentos. Na condição de agente financeiro do BNDES, o Banrisul repassará os recursos.

TREINAMENTO NA CAMDUL

  • Artigos em destaque na home: Nenhum
A equipe técnica da Gerência Técnica e Econômica da Ocepar está ministrando treinamento (ontem e hoje) para técnicos da Camdul (Dois Vizinhos). Sandro Back e Robson Mafioletti discutem, com os técnicos da cooperativa, aspectos ligados à administração rural e comercialização agrícola.

DIA DE CAMPO EM CIANORTE

  • Artigos em destaque na home: Nenhum
A Cocamar e o Instituto Agronômico do Paraná(Iapar) realizam amanhã, em Cianorte, um dia de campo sobre integração lavoura e pecuária, na Estação de Pesquisa, Validação e Difusão de Tecnologia. O tema central será opções de culturas de inverno e feijão. Entre outros assuntos os especialistas do Iapar vão abordar a) manejo de aveia forrageira para gado leiteiro, b) aveia granífera, opções para agroindústria, c) cultivo de triticale e trigo durum, d) centeio forrageiro, f) consórcio de gramínea e leguminosas de inverno, g) cultivares de trigo, canola e feijão, h) análise do projeto de ensaio de soja milho da safra 2000/2001. O dia de campo é uma promoção do Iapar, da Cocamar, da Syngenta e Prefeitura Municipal de Cianorte.

DESTAQUE DA MULHER RURAL

  • Artigos em destaque na home: Nenhum
Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA) entre 39 mil produtores rurais comerciais demonstra que, em média, as mulheres rurais possuem melhores índices de renda e grau de instrução do que os produtores em geral. Das entrevistadas, 45% das produtoras são viúvas, enquanto 33% são casadas. Os resultados demonstram que 44% das produtoras finalizaram o segundo grau, contra 34% dos produtores. As produtoras rurais, em média, têm renda auferida com a atividade rural superior à média dos produtores rurais. Resultado da pesquisa constatou que 60% das produtoras comerciais ganham acima de R$ 500,00 mensais com a atividade, contra 47% dos produtores.

Surpresas da pesquisa - A pesquisa, realizada em todo o Brasil, trouxe algumas surpresas, como a utilização da assistência técnica privada, baixo índice de eletrificação rural e uso do computador. Veja alguns números que destacamos da pesquisa da CNA:

* 34% dos produtores utilizaram assistência técnica nos últimos 12 meses, sendo que, deste total, 63% usaram assistência privada e 37% buscaram os serviços das empresas públicas.

* Dos produtores rurais que empregam trabalhadores em suas propriedades, 88% adotam o contrato temporário de trabalho.

* Apenas 30% dos produtores rurais que utilizam trabalhadores permanentes empregam mais de um trabalhador, enquanto 75% dos que utilizam mão-de-obra temporária possuem mais de um trabalhador contratado em sua propriedade.

* A pesquisa verificou que 68% das propriedades rurais não possuem tratores.

* Cerca da metade das propriedades rurais consultadas - 44% - não possui energia elétrica.

* Apenas 6% das propriedades rurais pesquisadas utilizam irrigação em suas atividades.

* O levantamento da CNA aponta que 17% dos produtores rurais possuem computador em casa, na cidade ou na fazenda, sendo que 25% destes estão interligados à Internet.

* Entre todos os meios de comunicação, a televisão é o veículo de informação mais utilizado pelos produtores rurais, com 37% da preferência entre o público pesquisado. Este índice supera significativamente os demais veículos, como o rádio, que atingiu o índice de 22%, seguido pelos jornais, com 24%.

COTREFAL PASSA A SE CHAMAR COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL LAR

  • Artigos em destaque na home: Nenhum
O que já era marca registrada dos produtos industrializados pela Cotrefal, agora passa a ser também a sua identificação oficial. Na assembléia extraordinária, realizada na última sexta-feira (27), em Medianeira, os associados aprovaram - apenas com um voto contrário - a reforma estatutária da cooperativa, que entre os diversos assuntos altera a denominação da Cooperativa Agropecuária Três Fronteiras Ltda. (Cotrefal) para Cooperativa Agroindustrial Lar. Para o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, que participou da assembléia, "a cooperativa segue uma tendência natural, pois a marca Lar já vinha sendo identificada, tanto pelos cooperados como pelos consumidores, como sinônimo da própria cooperativa. Agora, Lar será uma coisa só", afirma.

Mudança de perfil - Segundo Irineo da Costa Rodrigues, presidente da "Lar" a primeira alteração diz respeito ao fato da cooperativa passar de agropecuária para agroindustrial. "Hoje, nossa principal fonte de renda vem da agroindustrialização da matéria prima. Com nossas indústrias estamos agregando maior valor à produção e é daí que vem nossa principal receita. Nosso perfil econômico mudou, precisamos também nos moldar a ele, por isso decidimos incorporar de uma vez por todas a marca Lar, e que foi muito bem aceito por nossos cooperados. Estamos apenas consolidando um sentimento coletivo", disse. Hoje, todos os produtos industrializados pela cooperativa recebem a marca Lar e estão sendo exportados, inclusive, para outros países. Irineo argumenta que o nome Lar resume muito bem o que a cooperativa representa para os produtores cooperados. "Somos uma cooperativa voltada exclusivamente para o desenvolvimento da família rural, produzimos alimentos que são industrializados pela cooperativa e seguem para centenas de lares, portanto, o Lar está relacionado em todas estas etapas", afirma. Os cooperados também aprovaram a alteração do nome da Cooperativa de Crédito Rural Três Fronteiras (Sicredi Medianeira), para Cooperativa de Crédito Rural Cataratas do Iguaçu (Sicredi Cataratas do Iguaçu).

Nova indústria Lar - Para marcar a mudança de denominação da Cotrefal para Lar, a diretoria da cooperativa realizou no sábado (28), a inauguração da Unidade Desativadora de Grãos (UDG) para a produção de soja desativada e farelo integral de soja, com capacidade para até 500 toneladas/dia. O processo é de pré-cozimento a vapor e retirada do vapor a vácuo, evitando assim as impurezas e as toxinas, tornando o produto mais palatável e de melhor digestão para os animais, dispensando a proteína animal na formulação de rações para aves, suínos e gado leiteiro. Com estes produtos, a Cotrefal pretende dinamizar a produção de animais "biológicos", ou seja, carne sem hormônios e proteína animal (farinhas de osso, vísceras, penas). Esta é a segunda unidade em funcionamento no Paraná, a primeira pertence a Castrolanda. Para o presidente da Lar, Irineo da Costa Rodrigues, "com esta nova indústria, estamos valorizando o nosso principal produto, a soja, além de agregar um maior valor a ela. Por serem altamente energéticos, com a soja desativada e o farelo integral de soja, nossos cooperados podem substituir parte do farelo de soja e do milho nas rações destinadas para engorda de suínos e frango de corte e na alimentação complementar para gado de leite. Podem até substituir totalmente o farelo tradicional de soja. Foi por isso que decidimos investir neste sistema de desativação de grãos com a inauguração desta importante unidade", destacou.

Vantagens - Entre as principais vantagens para utilização da soja desativada e farelo integral está a redução da contaminação da população bacteriana termofabril, através da ação da temperatura. Elimina quase a totalidade dos resíduos de agrotóxicos, se houver, bem como os odores de mofo e fumaça, provenientes de armazenagem e secagem. Maior palatibilidade e melhor compactação na peletização. Além disso, melhora a homogeneização na mistura de ingredientes sólidos e líquidos. Outro fator preponderante é que a soja desativada e o farelo integral de soja são rentáveis e vantajosos em diversos tipos de rações para animais quando se deseja um alto desempenho, valor energético, proteína solúvel e baixa atividade das enzimas antinutricionais.

DESPERDÍCIO, ROÇA E RENDA

  • Artigos em destaque na home: Nenhum
Roberto Rodrigues

Ainda falta um ano e meio para o governo FHC terminar, de modo que é um pouco cedo para fazer um balanço completo do seu desempenho. Mas já se pode ter uma boa idéia dele e talvez a palavra mais adequada para defini-lo seja desperdício. É inegável que o Presidente Fernando Henrique conseguiu extraordinários avanços nestes 7 anos. A estabilização da moeda, o ajuste fiscal, a retomada dos assentamentos rurais, a lei de responsabilidade fiscal, as privatizações, entre outros, são pontos mais que conhecidos.

Mas, o Presidente, desperdiçou talento nas privatizações ao deixar muitas dúvidas como, por exemplo, o uso de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para financiar empresas estrangeiras para comprar ótimas estatais como a Vale do Rio Doce, ou áreas estratégicas, como a energética, que não investiu e nos deixou no escuro. Além disso, onde estão a fundamental reforma tributária, a reforma política, o ajuste previdenciário? E, sobretudo, onde está um plano de desenvolvimento? O Presidente tem desperdiçado inteligência, sua cultura, carisma e liderança, atendendo a um grupo de ministros burocratas. Gente séria, bem intencionada (mas, como sabemos, o inferno está cheio deles), cuja grande preocupação é fazer fluxo de caixa. Toda empresa precisa de um bom contador, mas ela só vai para a frente se tiver gente visionária, capaz de criar condições de investimentos para gerar receita, emprego, produção.O mesmo é necessário com governos.

O que lhe faltou então, para FHC fazer um governo que o colocaria na posição de um líder mundial? Teve apoio popular, teve apoio no Congresso, teve tudo para fazer um governo fantástico e desperdiçou a oportunidade.

Quem sabe ? No caso específico da agricultura, a explicação pode ser claramente compreendida através de um incidente político. Recentemente, o Presidente, desgostoso com a atuação de um determinado partido da base aliada, disse que os integrantes deste partido possuidores de cargos no governo deveriam "tomar o caminho da roça". É o subconsciente funcionando? É assim que ele vê a agricultura, como um setor marginal, atrasado , o desterro ideal para desafetos. Desconsidera que o agronegócio representa 25% do total da produção nacional, gera 37% dos empregos do país e 40% das nossas exportações, sendo o único grande setor superavitário da balança comercial. Por isto não implantou as Dez Bandeiras do Agronegócio definidas, a seu pedido, pelo Fórum Nacional da Agricultura que ele mesmo criou.

Menos mal que, neste resto de governo, e graças ao esforço extraordinário do Ministro Pratini de Morais, da Agricultura, temos um pouco mais de crédito para a safra 2001/2002. Mérito para o Ministro que venceu as barreiras da área econômica. Mas o Presidente, mais uma vez, errou quando disse que, com este recurso, a agricultura realizaria seu antigo sonho de produzir 100 milhões de toneladas. O sonho é dele. Porque os agricultores sonham em produzir 300, 400 milhões de toneladas e alimentar o mundo todo. Mas, para tanto, é preciso uma política de renda para o campo. E isto já é um problemão para os burocratas, porque implica em desenvolvimento ...

Não se pode, contudo, perder a esperança pois ainda há tempo para fazer coisas definitivas, como o seguro rural e subvenções sociais para o pequeno produtor. Além disso, o Presidente continua inteligente, culto, tem poder e tem feito um discurso muito bom no que tange às negociações internacionais (OMC, Alca). Vale lembrar, ainda, que haverá eleição no ano que vem, e, para ganhá-la , é preciso fazer coisas que gerem emprego, produção, renda, impostos, excedentes exportáveis e riqueza para o País. E FHC sabe que só a agropecuária e os agronegócios podem fazer isto com rapidez. (OESP - SUPLEMENTO AGRÍCOLA - 25.07.2001)

*Roberto Rodrigues é engenheiro agrônomo e agricultor, presidente da ACI - Aliança Cooperativa Internacional e da ABAG - Associação Brasileira de Agribusiness e professor de economia rural da UNESP/Jaboticabal.

BANCO DO BRASIL AMPLIA EM 25 % RECURSOS PARA O PARANÁ

  • Artigos em destaque na home: Nenhum
O superintendente do Banco do Brasil no Paraná, João Carlos de Mattos, afirmou ontem ao Paraná Cooperativo que o aumento em 25% na oferta de crédito para o plantio da safra 2001 - 2002 no Estado visa atender a pedido feito pelo próprio setor produtivo, através da Secretaria da Agricultura, que estimou uma demanda de R$ 1,9 bilhão. O Banco do Brasil, visando atender com folga a demanda dos agricultores do Paraná, disponibilizará um total de R$ 2 bilhões. Até a semana passada as agências do Banco do Brasil no Paraná haviam liberado R$ 190 milhões em pré-custeio. Dos recursos previstos para o Estado, R$ 340 milhões serão destinados para investimentos e o restante para custeio e comercialização.

Pronaf investimentos - O Paraná deverá continuar recebendo a maior fatia dos recursos do Pronaf Investimentos: cerca de 60% do total de recursos oferecidos em todo o Brasil, ou R$ 84 milhões. Cada produtor pode obter de R$ 1.500,00 a R$ 4.000,00 por operação.

Pronaf custeio - O banco aguarda a publicação, pelo Banco Central, das normas de equalização das taxas de juros pelo Tesouro, para então passar a operar. Na última safra foram aplicados no Paraná R$ 284 milhões e espera-se que esse montante seja mantido. "Não sabemos ainda o montante correto; estimamos que teremos pelo menos o mesmo montante do ano passado. Acreditamos que em 15 dias deve estar publicada a portaria que normatiza a equalização das taxas", frisou o superintendente do Banco do Brasil no Paraná, João Carlos de Mattos. Ele considera que esses recursos têm um grande alcance social, pois beneficiaram, na última safra, 108 mil famílias.

Arenito Caiuá - O Banco do Brasil também anunciará, nas próximas semanas, a liberação de recursos para o projeto do Arenito Caiuá e Programa Paraná Pecuária.

COTREFAL REALIZA AGE

  • Artigos em destaque na home: Nenhum
Nesta sexta-feira 27, a Cotrefal e a Sicredi Medianeira realizarão assembléias gerais extraordinárias para, entre outros assuntos, promover reforma de seus estatutos sociais. A reforma prevê a mudança da razão social e da sigla de ambas: de Cooperativa Agropecuária Três Fronteiras Ltda - Cotrefal, para Cooperativa Agroindustrial Lar - Lar; de Cooperativa de Crédito Rural Três Fronteiras - Sicredi Medianeira, para Cooperativa de Crédito Rural Cataratas do Iguaçu - Sicredi Cataratas do Iguaçu.

Nova indústria - No dia 28, sábado, a Cotrefal inaugurará a Unidade Desativadora de Grãos para a produção de soja desativada e farelo integral de soja, com capacidade para até 500 toneladas/dia. O processo é de pré-cozimento a vapor e retirada do vapor a vácuo, retirando também as impurezas e as toxinas, tornando o produto mais palatável e de melhor digestão para os animais, dispensando a proteína animal na formulação de rações para aves, suínos e gado leiteiro. Com estes produtos, a Cotrefal pretende dinamizar a produção de animais "biológicos", ou seja, carne sem hormônios e proteína animal (farinhas de osso, vísceras, penas).

EXPORTAÇÕES DE CARNES

  • Artigos em destaque na home: Nenhum
As exportações de carnes atingiram US$ 1,238 bilhão de janeiro a junho deste ano. Deste montante, a carne bovina exportou US$ 434 milhões, a de frango US$ 644 milhões e a de suínos US$ 160 milhões. O crescimento verificado em relação a igual período do ano de 2000 na carne bovina foi de 9%, na de frango 70% e na de suínos 177%. Os volumes exportados em toneladas foram os seguintes: bovina 203 mil toneladas 26% maior; frangos 597 mil toneladas, 44% superior e suína 109 mil toneladas, 157% a mais que no ano passado, em igual período. A previsão é de que no 2001 as exportações do setor cheguem a US$ 2,8 bilhões e para 2002 US$ 3,6 bilhões.