O consultor Giampietro Bontempi, representante da empresa ítalo-russa Meta, com escritório na região do Vêneto, na Itália, procura no Brasil fornecedores de açúcar para o mercados europeu, asiático e outros. Interessados podem enviar informações ? mesmo em língua portuguesa - para Giampietro Bontempi através do email . A empresa dá as garantias normais de mercado nos negócios.

A Federação das Indústrias do Paraná ? FIEP lançou ontem a ?Bolsa de Reciclagem?, através da qual, por sistema eletrônico, as empresa que tiverem resíduos industriais podem disponibilizar suas ofertas a empresas interessadas. As negociações serão feitas diretamente entre as empresas. Além disso a FIEP irá prestar consultoria de análise dos resíduos e de seus aproveitamentos.

O presidente da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos de Santa Catarina (ACCS), Paulo Tramontini, projeta um crescimento de até 40% nas exportações de carne suína para este ano. ?A expectativa é atingir 200 mil toneladas de carne exportada em 2001?, afirma Tramontini em entrevista ao jornal Diário Catarinense. Um dos fatores que leva a estimativas tão otimistas é o atual momento da pecuária internacional. Com todas estas crises geradas pelo mal da vaca louca e por focos de febre aftosa no mundo, a carne bovina deverá perder espaço na preferência dos consumidores, abrindo mercados para os suínos, pois a Europa não têm condições de atender a um aumento do consumo.

Para chegar a esses índices de perdas, a Embrapa monitora constantemente o desperdício em mais de 200 propriedades paranaenses, além de fazendas em outros Estados. Em entrevista à Folha de São Paulo, o pesquisador Nilton Pereira da Costa, da Embrapa Soja, em Londrina, afirma que o índice chega a quase 200 kg/ha em alguma regiões, enquanto as lavouras do Paraná têm melhor desempenho, chegando à média 66 kg/ha. "Mesmo assim, o número ainda é alto. É possível reduzi-lo para até 30 kg/ha", frisa. Para o técnico, o problema do desperdício é cultural. "Antes de pensar em reduzir essas perdas, o produtor tem de começar a medi-las", afirma. Nos últimos seis anos a Embrapa distribuiu mais de 100 mil conjuntos para auxiliar o produtor a fazer esse levantamento, "mas é raro encontrar alguém que os utilize". Para o pesquisador, a solução para o desperdício pode ser mais simples do que parece e, em geral, não demanda gastos por parte do produtor. "Muitas vezes basta regular uma peça na colheitadeira ou alterar a sua velocidade", conclui.

Máquinas desreguladas, equipamentos sem condição de uso, funcionários sem treinamentos e colheita na hora errada podem ocasionar um prejuízo equivalente de R$ 540 milhões aos produtores de soja brasileiros este ano. O alerta vem sendo feito pela Embrapa, que estima uma perda de de 6% sobre a safra brasileira de soja brasileira, calculada em 33 milhões de toneladas. Ou seja, do total a ser colhido, algo entre 1,62 a 1,9 milhão de toneladas será desperdiçado. Em média, cada propriedade brasileira deixa no chão, 120 kg/ha de soja. A produtividade média nacional é de cerca de 2.500 kg/ha, segundo a Conab.

As medidas de apoio governamental à comercialização do milho contribuíram para retirar do mercado 871 mil toneladas em fevereiro. Desse total, 409 mil toneladas foram comercializadas através de contratos de opção, 62 mil toneladas pelo PEP e 400 mil toneladas em AGF. Para o mês de março a previsão é de retirada de 1,8 milhão de toneladas, sendo 200 mil toneladas pelo PEP, 800 mil em AGF e 800 mil em opções.

Desde o último dia 23 de fevereiro o leite em pó importado do Uruguai está sujeito à uma taxa de 16,9% a título de direito antidumping, determinado por resolução da Câmara de Comércio Exterior ? Camex. Os uruguaios não concordam com a medida e ameaçam levar o Brasil para a Organização Mundial do Comércio. Em reunião na semana passada entre o ministro Alcides Tápias e o embaixador urugaio Agustín Espinosa, o ministro brasileiro apresentou uma sugestão para encerrar as discussões, que consiste na assinatura, pelas empresas urugauaias, de um acordo de preços mínimos, a exemplo do que fizeram as empresas argentinas. Como não houve aceitação por parte do embaixador uruguaio, o ministro Tápias sugeriu a realização de um encontro do grupo de assessores de alto nível com as autoridades econômicas do Uruguai, a ser efetivado ainda neste mês.

Este programa, que conta com o apoio da Ocepar, Faep, Seab, Emater, Senar, Sebrae e Banco do Brasil e tem por objetivo financiar a modernização da pecuária de leite e de corte do Estado, tem disponível R$ 120 milhões para projetos integrados a serem aplicados até junho de 2001. Até o momento foram aplicados apenas R$ 5 milhões. O baixo interesse dos produtores de leite é atribuído aos preços deprimidos do produto. Todavia, a expectativa é de que, com a perspectiva de melhora dos preços, os produtores venham a se interessar pelo programa.

Produtores rurais de Palotina, Assis Chateaubriand, Maripá, Nova Santa Rosa, Francisco Alves e Terra Roxa participaram nesta terça-feira (6) de um dia de campo sobre soja promovido pela cooeprativa. Os associados da cooperativa conferiram o desempenho de 36 cultivares plantadas em três épocas diferentes. Técnicos da C.Vale/Coopervale e de empresas produtoras de sementes de soja explicaram as características dos materiais aos produtores que foram até o Campo Experimental em Palotina.

Na reunião de ontem (6) do Fundo de Defesa Agropecuária (Fundepec) ficou definido que será realizada campanha para esclarecer aos pecuaristas com objetivo de aumentar os índices de vacinação do gado contra a febre aftosa. A próxima vacinação ocorrerá em maio. Os produtores deverão recolher ao Fundepec R$ 0,25 por animal vacinado, criando um seguro com a finalidade de indenizar os criadores que tiverem seu rebanho afetado pela doença. Para divulgação da campanha, na segunda quinzena de abril serão realizadas reuniões com a presença das lideranças, quando os produtores serão orientados como proceder para contribuir ao fundo. O objetivo é intensificar a vacinação para se atingir praticamente 100% do rebanho, tendo em vista os recentes focos da doença ocorridos no Rio Grande do Sul, Argentina, Paraguai e na Europa. Na última campanha de vacinação(novembro/2000) foram vacinados 9,3 milhões de cabeças pertecentes a 199 mil produtores, correspondente a 98% do rebanho de bovídeos do Paraná.

As vendas de tratores agrícolas, após crescerem 44% em janeiro, apresentaram em fevereiro desempenho excepcional com aumento de 43% no atacado. As vendas gerais do setor, incluindo tratores, colheitadeiras, cultivadores e retroescavadeiras, cresceram 27% no mês passado. O sucesso das vendas é atribuído, segundo a Anfavea(Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) ao Moderfrota, programa de financiamento do BNDES que financia 100% do valor para produtores com renda bruta anual inferior a R$ 250 mil, a juros de 8,75% ao ano, com prazo de pagamento de seis anos para tratores e implementos e oito anos para colheitadeiras. Já para os produtores que apresentarem renda bruta anual igual ou superior a R$ 250 mil o valor financiado é de 90%, a juros de 10,75% ao ano e prazos de seis anos para tratores e implementos e oito anos para colhetadeiras.

O IPC calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas (Fipe) registrou em fevereiro uma variação de 0,11%, e o Índice de Preços no Atacado (IPA) industrial subiu 0,52%, enquanto o IPA agrícola apresentou variação negativa de 1,11%.

Estudo do professor da USP (Universidade de São Paulo) Marcos Jank, que está em Washington há oito meses para elaborar uma tese de livre docência sobre a agricultura norte-americana, revela que os subsídios aos agricultores dos Estados Unidos, que eram de US$ 9,3 bilhões por ano em 1990, atingiram US$ 32,3 bilhões em 2000. O documento entregue ao Ministro Celso Lafer (Relações Exteriores), revela que mais de 50% da renda líquida dos agricultores dos EUA é proveniente de pagamentos do governo. ?Os Estados Unidos estão fazendo uma política agrícola predatória?. O trabalho explica por que os assuntos ligados à agricultura são o ponto delicado nas negociações entre Brasil e Estados Unidos para a formação da Alca (Área de Livre Comércio das Américas). É bem provável que os norte-americanos não aceitem mudanças na sua política de subsídios, o que prejudicará os países do Mercosul.

A estimativa de produção da safra de grãos de verão do Paraná foi reavaliada pelo Deral (Seab) no mês de fevereiro, de 19,33 milhões para 19,66 milhões de toneladas. Comparando-se com a safra colhida no ano passado, 15,36 milhões de toneladas, a produção terá um crescimento de 28%. Milho normal: a produção foi reavaliada de 7,8 milhões para 8,3 milhões de toneladas. O clima favorável aliado à boa tecnologia utilizada e ao crescimento de 19% na área projetam um aumento de 40% na produção da 1ª safra de milho em relação ao ano passado. Milho safrinha: a safrinha de milho apresentou uma reavaliação na estimativa da área a ser plantada de 980.000ha para 898.000 ha, o que representa uma redução no plantio de 20,8%. A previsão de produção é de 2,85 milhões de toneladas. Confirmadas estas estimativas, o Paraná poderá produzir 11,15 milhões de toneladas de milho este ano. Soja: a produção foi confirmada em 7,67 milhões de toneladas, um aumento de 7% em relação à safra passada. Feijão 2ª safra: a área foi reavaliada de 71.420ha para 79.715ha. A estimativa de redução na área de plantio passa a ser de 2,8% comparando-se com a safra passada. O mercado firme, com preços mais remuneradores, é fator que justifica a reavaliação na área de plantio. A produção de feijão da 2ª safra está estimada em 104.000 toneladas. Feijão águas: praticamente encerrada a colheita. A produção foi confirmada em 331.000 toneladas, 15,3% inferior à do ano passado. A primeira pesquisa de intenção de plantio de trigo apontou uma estimativa de área de 760.00ha, com previsão de produção de 1,67 milhão de toneladas. Praticamente não há alteração na estimativa de plantio em comparação com a safra anterior. A pouca disponibilidade de semente é o principal justificativa para a manutenção da área. (tabela)

Será na segunda-feira, dia 12, quando os diretores almoçarão com o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Hermas Brandão, para tratar de assuntos de interesse do sistema cooperativista paranaense.

O ministro da Agricultura, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, anunciou na última segunda-feira uma série de medidas que serão adotadas pelo governo do Brasil para enfrentar a guerra comercial nas exportações de carnes. Ele informou que serão realizados contratações emergenciais de veterinários e agrônomos para controlar a produção das mercadorias brasileiras junto aos frigoríficos. Um concurso público deverá colocar no mercado 1,6 mil novos técnicos, selecionados entre agrônomos, veterinários, zootecnistas e laboratoristas. O ministro destacou ainda que um laboratório da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) será instalado na França, onde cinco pesquisadores acompanharão os estudos nos setores agropecuários vegetal e animal. O objetivo é, inclusive, aumentar a presença brasileira na Organização Mundial de Comércio, em Genebra e Bruxelas.(ZH).