ZONA DE AMORTECIMENTO: Paulo Bernardo e Samek garantem apoio a pedido das cooperativas
Em visita ao presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, na manhã desta sexta-feira (11/08), o ministro Paulo Bernardo (Planejamento, Orçamento e Gestão) e o presidente licenciado da Itaipu, Jorge Samek, garantiram apoio ao pedido das cooperativas para que seja incluído em uma Medida Provisória (MP), um artigo que reduza os impactos da Lei nº 10.814, que em seu artigo 11 proíbe o cultivo de OGM em áreas de amortecimento, próximo dos parques estaduais e federais.
Exagero - Paulo Bernardo disse que há uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente que veda o plantio de soja transgênica ao redor dos parques. “E há uma avaliação do setor agropecuário de que isso é um exagero. Conversei com o ministro da Agricultura (Luís Carlos Guedes Pinto), com a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) e com Marina Silva (Meio Ambiente) e vamos conversar, na semana que vem, dentro do governo, para avaliar se há realmente este exagero e o que pode ser feito. Daremos um retorno para o setor o mais rápido possível”, adiantou ele.
Solução - O diretor geral licenciado da Itaipu Binacional, Jorge Samek também disse que este tema sobre as zonas de amortecimento, já havia sido tratado com o próprio ministro da Agricultura, Luis Carlos Guedes Pinto, durante sua presença na inauguração da nova unidade da Cooperativa Lar no Paraguai no mês de julho. “Manifestamos a ele esta nossa preocupação nesta rigidez da lei em proibir plantio de sementes geneticamente modificadas e isso está consubstanciado num plano de financiamento elaborado pelo Banco do Brasil, para financiar a próxima safra e a há um estudo de que da forma que está colocado trará prejuízos para o estado e queremos trabalhar em conjunto com a Ocepar e cooperativas e o ministro Paulo Bernardo para chegarmos a uma solução”, disse.
Estruturantes – Durante o encontro com João Paulo Koslovski, também foi feita uma avaliação das últimas medidas anunciadas pelo governo em relação às questões estruturantes para a agricultura. O ministro Paulo Bernardo enfatizou de que “tem procurado resolver essas questões. É evidente que há alguma demora em função da burocracia, da dificuldade técnica que algumas medidas apresentam, mas temos procurado trabalhar para agilizar”, afirmou. “Estamos agora já prestes a editar a Medida Provisória que trata da renegociação do PESA/Recoop e Securitização e de outras modalidades de financiamento que foram autorizadas para renegociação. Além disso, estamos acompanhando algumas coisas específicas”, completou o ministro.
BNDES - “Por exemplo, o João Paulo Koslovski me ligou na semana passada reclamando que havia uma certa demora do BNDES em regulamentar através de Carta Circular o trabalho de renegociação dos bancos junto aos agricultores. Nós ligamos para o BNDES e isso já foi resolvido, já foi publicada a circular e, portanto acho que dando as mãos, fazendo essa parceria com o setor agropecuário e principalmente com o cooperativismo paranaense estamos conseguindo fazer avançar e resolver pontos importantes dessas questões que afligem o agronegócio”, comentou Bernardo.
Estiagem – Samek também comentou sobre as dificuldades enfrentadas pela agricultura brasileira, especialmente no Paraná. “Vivemos uma das maiores e mais sérias estiagem, onde, em algumas regiões, os prejuízos se arrastam por dois e até três anos. Outro problema da agricultura é a questão cambial, que tem interferido em alguns setores como o da agricultura. Sabemos que existem diversos pleitos neste sentido e pretendemos caminhar juntos com a Ocepar para uma solução”. Samek também lembrou que já está sendo agendada uma vinda do presidente Lula ao Paraná, provavelmente para o mês de setembro para debater com o setor da agricultura os principais problemas. “Lula tem um carinho especial pelo cooperativismo paranaense, visitou a Cocamar por diversas vezes e sabe do vigor, da competência e a grande contribuição que o sistema cooperativista dá para o desenvolvimento da região, do estado e do País e tem vontade de conhecer outras cooperativas, quem sabe um grande evento no interior ou aqui mesmo na Ocepar para que na oportunidade possam ser anunciadas medidas quem venham ao encontro e aos interesses do setor”, salientou.
Vale Pedágio - O presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski avaliou esses dois encontros, tanto com o ministro Paulo Bernardo como Jorge Samek extremamente positivos pelo fato de saber que ambos irão levar o assunto para conhecimento do presidente Lula e também das áreas envolvidas. Outro assunto abordado na reunião com o ministro Paulo Bernardo. foi um pleito específico das cooperativas de transportes, que desejam uma flexibilização na atual lei para que os caminhoneiros possam pagar o pedágio em dinheiro e não apenas com vale pedágio. Hoje eles estão impedindo disso sendo obrigados a pagar o pedágio com o sistema de cupom que agrega 5% de custos para sua aquisição.
Convite - Koslovski aproveitou para convidar o ministro Paulo Bernardo para participar do próximo Fórum dos Presidentes de Cooperativas que acontecerá no mês de setembro, em Curitiba e prontamente o ministro confirmou presença.