Usineiros do Paraná adiam colheita para sustentar preços
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Pressionadas pelos
estoques elevados e pela seca que está prejudicando as lavouras, as usinas do
Paraná vão adiar em pelo menos 30 dias o início da colheita de cana-de-açúcar
prevista inicialmente para ocorrer em meados de março. A estratégia é tentar
evitar uma queda mais expressiva nos preços do álcool e do açúcar, que despencaram
em plena entressafra por conta da superoferta no mercado. Anísio Tormena, presidente
da Associação dos Produtores de Álcool e Açúcar do Paraná (Alcopar), diz que
os produtores deverão protelar a colheita também em razão da seca, que prejudica
o desenvolvimento dos canaviais. A entidade estima perdas de 5% a 6% na produção
se não voltar a chover regularmente.
Produção - Com a quebra da safra, a produção do Paraná deve ficar próxima
das 28,5 milhões de toneladas colhidas na safra 2003/04. No ano passado, foram
produzidos no estado 1,2 bilhão de litros de álcool de 1,8 milhão de toneladas
de açúcar. O estado responde por 6,8% da produção e 7,8% da exportação de açúcar
do Brasil e processa 8,3% do álcool nacional. Segundo a Alcopar, área plantada
permaneceu inalterada nessa safra em 324 mil hectares. O estado é o segundo
maior produtor nacional - atrás de São Paulo - e uma redução de produção pode
comprometer a expectativa de mais uma supersafra nacional. As estimativas iniciais
apontam para um crescimento na safra nacional de 5,7%, para patamares entre
315 milhões e 320 milhões de toneladas. (Fonte: Gazeta Mercantil)