TRIGO: Koslovski apresenta propostas do setor produtivo em audiência pública
- Artigos em destaque na home: Nenhum
{gallery}noticias/2011/Novembro/29/2011112914426/{/gallery}O presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, participou, na manhã desta terça-feira (29/11), de uma audiência pública realizada pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados para discutir a política para a triticultura - safra 2012. Koslovski apresentou as propostas do setor produtivo, agregadas em um documento que será encaminhado ao Ministério da Agricultura. O material foi elaborado em conjunto pela Ocepar, Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro/RS), Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Embrapa e Conab.
Apoio governamental - “O cultivo do trigo no Brasil tem importância fundamental”, salientam as entidades no documento. “O segmento produtivo vem buscando soluções político-econômicas junto ao governo federal desde a desregulamentação do setor no intuito de consolidar o cultivo de trigo no Brasil. O apoio governamental, por meio de políticas públicas, tem sido fundamental para ampliar a produção brasileira e reduzir a dependência externa”, acrescentam. Atualmente, o País produz pouco mais de 5 milhões de toneladas e necessita importar o cereal de outros países para cobrir a demanda de 10,4 milhões de toneladas.
Propostas - O material entregue hoje na audiência pública contém 25 propostas agrupadas em nove grandes temas: preço mínimo de garantia e instrumentos de comercialização; qualidade e padrão oficial de classificação do trigo; salvaguardas a importações; vigilância sanitária e meio ambiente; legislação de cabotagem; recursos e juros para custeio; seguro de produção; tributação do trigo e derivados e apoio às atividades de suporte à produção do cereal. Também foram incluídas sugestões relacionadas às culturas de aveia, cevada e triticale.
Frente – Ao final de sua apresentação, o presidente da Ocepar salientou a importância de se criar uma Frente em defesa da triticultura cuja finalidade seria fazer a interlocução com o governo para buscar a implementação efetiva de uma política para o trigo. “Nós precisamos de uma política de longo prazo que garanta renda ao nosso produtor e promova a integração da cadeia produtiva. Necessitamos ainda reverter a nossa posição histórica da produção, que ainda não é autossuficiente em nosso País. Precisamos de incentivos para que o produtor consiga produzir todo o trigo que o país consome e assim não dependermos mais da importação pois estamos gastando US$ 1,7 bilhão com a compra do cereal de outros países”, disse Koslovski. “Se atingirmos esse objetivo, vamos economizar divisas e gerar empregos no Brasil. Também é importante viabilizar a participação do Brasil como exportador de trigo e criar mecanismo para rever as regras do Mercosul”, frisou Koslovski.
Presenças – Também participaram do debate o coordenador geral da área de cereais e culturas anuais do Ministério da Agricultura, José Maria dos Anjos; a coordenadora de Crédito Rural e Normas da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Mônica Avelar; o chefe-geral da Embrapa Trigo, Sergio Roberto Dotto; o assessor econômico da Fecoagro/RS, Tarcísio José Minetto e o Assessor Institucional da Associação Brasileira da Indústria de Trigo, Reino Pécala.
Autor – A audiência pública foi realizada por solicitação do deputado Moacir Micheletto. De acordo com o parlamentar, o trigo é um produto considerado de segurança alimentar e merece mais atenção e apoio. “Deve ser tratado como política de Estado e não apenas de um governo e esses questionamentos serão levados ao conhecimento do ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, e da presidente Dilma Rousseff”, afirmou. O deputado acrescentou que é justo buscar e defender um novo modelo de política agrícola para incentivar a produção nacional. Ele ressaltou que cerca de 150 mil produtores se dedicam a essa cultura que gera em torno de 160 mil empregos diretos e 900 mil indiretos.