Soja transgênica vai alavancar os negócios da Cotriel e Cotrisel
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Relações humanas - "Nosso segredo é investir nas relações humanas", resume Fernando Crapez Osório, presidente da Cotrisel, que está entre as cooperativas emergentes que mais cresceram no país entre 2000 e 2002. Nesse período, sua receita operacional líquida aumentou 108,28% (44,32% ao ano), para R$ 112,798 milhões, e sobras (lucros) foram sempre colhidas. No ano passado, por exemplo, foram distribuídos aos seus mais de 4 mil cooperados R$ 1,5 milhão, valor que deve crescer para até R$ 1,9 milhão no acumulado deste ano. O faturamento também segue engordando em ritmo acelerado, e, segundo Osório, deverá alcançar quase R$ 200 milhões em 2003. O arroz, que se transformou no carro-chefe da Cotrisel durante uma longa reestruturação levada a cabo entre 1978 e 2000, responde atualmente por 70% das vendas, mas a soja ganhou fôlego com a liberação, por medida provisória do governo, da comercialização das últimas safras transgênicas do país e já representa 23% da receita. Também pesam nas vendas os quatro supermercados e o posto de gasolina controlados pela cooperativa.
Cotriel - No caso da Cotriel, que também se sobressaiu entre as emergentes entre 2000 e 2002, a soja já é a locomotiva do crescimento da receita operacional líquida, que no período registrou incremento de 87,35% (36,88% ao ano) e atingiu R$ 160,037 milhões. De acordo com Daniel Vicente Colombo, presidente do grupo, a soja já representa 80% do faturamento com grãos (trigo e milho completam os 100%). E o faturamento com grãos responde por aproximadamente 60% de um total composto, ainda, por insumos, supermercados, posto de combustíveis, farmácia veterinária e ferragens e industrialização de arroz, farinha de trigo, carnes e rações animais. Para Colombo, o "pulo do gato" da Cotriel aconteceu quando as sobras da cooperativa começaram a ser distribuídas entre os associados (são 3,5 mil atualmente), em 2001. Em 2002, as sobras representaram 1,8% do faturamento, percentual que deve se manter em 2003, quando as vendas deverão totalizar entre R$ 210 milhões e R$ 220 milhões. O executivo destaca, também, que neste ano foram batidos os recordes de recebimento de soja e de trigo da Cotriel - 3,25 milhões de sacas e 1,050 milhão, respectivamente -, marcas obtidas depois de investimentos de R$ 5 milhões nos últimos dois anos. (Fonte: Jornal Valor Econômico)