Senador Mercadante analisa tributação de cooperativas
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O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, participou nesta quarta-feira (31/03) de reunião com o senador Aloízio Mercadante (PT/SP) para discutir as tributações impostas ao setor agropecuário. Freitas foi acompanhado pelo vice- presidente da OCB e representante nacional do Ramo Agropecuário, Luiz Roberto Baggio, além de representantes de cooperativas e produtores rurais. "Nas questões ligadas à importação, todo o setor do agronegócio é unânime em reduzir a tributação nos insumos e matérias-primas. Explicamos ao senador os aspectos específicos que afetam o cooperativismo como o regime de cumulatividade estabelecido pela Lei 10.833 que dá tratamento tributário diferenciado entre cooperativas e empresas mercantis", disse Baggio.
Distorções
- De acordo com o vice-presidente da OCB, a tributação sobre sementes
e insumos, principalmente no setor de fertilizantes e medicamentos veterinários,
impactam nas cooperativas agropecuárias com aproximadamente R$ 1,7 bilhão.
"É preciso corrigir as distorções geradas pela Medida
Provisória (MP) 164 que aumenta os custos das cooperativas agropecuárias
e causa preocupação em toda a cadeia produtiva", declarou.
Segundo ele, especialmente nas exportações, o aumento da tributação
causado pela MP representa perda de competitividade para as cooperativas. No
caso de 100 toneladas exportadas por cooperativas existe uma desvantagem de
2,98% em relação às empresas que realizem a mesma operação.
Na sua opinião, é imprescindível corrigir os efeitos da
MP 164 que foi aprovada na Câmara dos Deputados no último dia 17.
A medida foi transformada em Projeto de Lei de Conversão (PLV) nº
21 e agora segue para a votação no Senado. Outro ponto levantado
na reunião diz respeito à Contribuição Social sobre
o Lucro Líquido (CSLL). "Entendemos que na CSLL não há
fato gerador para a cobrança deste tributo, pois as cooperativas têm
sobras e não lucro", afirmou Baggio.