SANIDADE: Paraguai protesta contra ameaças a criadores de gado

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A Chancelaria do Paraguai protestou hoje contra as ameaças que alguns criadores brasileiros de gado com fazendas no Paraguai vêm recebendo de autoridades brasileiras para que declarem que seu gado tem febre aftosa, confirmaram hoje fontes oficiais. Autoridades da Agência de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do Mato Grosso do Sul ameaçaram processar os criadores de gado, caso surjam novos focos de aftosa na região. O serviço veterinário do Mato Grosso do Sul, Estado que no ano passado registrou vários focos de aftosa perto da fronteira com o Paraguai, argumenta que a doença existe em território paraguaio, e que ela chegou ao Brasil vinda de lá.

Queixa - O vice-ministro de Assuntos Econômicos Internacionais e Integração do Paraguai, Rubén Ramírez, confirmou que a ministra das Relações Exteriores Leila Rachid enviou uma carta ao chanceler brasileiro Celso Amorim, na qual reclama da pressão exercida sobre os criadores de gado. Segundo a fonte, a carta pede às autoridades brasileiras que tratem de maneira adequada o tema, no contexto das normas de organismos regionais como a Panaftosa ou a Organização Internacional das Epizootias. O vice-ministro acrescentou que não se pode fazer acusações que tenham como base denúncias anônimas, como autoridades do Mato Grosso do Sul vêm fazendo. Ramírez destacou que o diretor do Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (SENACSA), Hugo Corrales, apresentará, na reunião que o Comitê Veterinário Permanente (CVP) do Cone Sul fará em Montevidéu, um protesto formal contra as acusações brasileiras. “Isto não é casual, já que em menos de um ano eles tentaram nos culpar pelo menos cinco vezes por seus problemas de controle e presença de aftosa” afirmou Corrales. O Ministério de Agricultura e Pecuária lembrou que, através da vacinação, o Paraguai mantém o status de país livre da febre aftosa. (Zero Hora).

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