SANIDADE ANIMAL III: Novo status sanitário é positivo para toda a cadeia produtiva, diz presidente do Sindiavipar
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O novo status sanitário do Paraná como área livre de febre aftosa sem vacinação, concedido na manhã desta quinta-feira (27/05) pela Organização Mundial para a Saúde Animal (OIE), repercutiu de forma positiva no setor avícola. “Este reconhecimento internacional é benéfico para todo o setor produtivo de proteína de origem animal, pois comprova a qualidade do serviço veterinário paranaense e confere um valioso “passaporte” no comércio mundial”, afirmou o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), Irineo da Costa Rodrigues.
Conquista - A febre aftosa é doença de alto impacto econômico, que acomete animais de cascos fendidos, principalmente bovinos, suínos, ovinos, caprinos e búfalos, sem comprometer a produção de aves. Mas, a chancela de qualidade do novo status sanitário traz reflexos para toda a cadeia produtiva de carnes. “O setor avícola comemora também essa conquista e soma-se aos esforços para a manutenção e abertura de novos mercados para os produtos paranaenses, pois é bom para a economia do estado, para geração de empregos e renda no campo e na cidade, além de bem-estar para a população”, disse Rodrigues, que é também presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial, com sede em Medianeira, no Oeste do Paraná.
Produção - Líder nacional na atividade avícola, respondendo por um terço do abate de aves no País no ano passado, a produção de carne de frango no Paraná teve crescimento de 3,9% em 2020 com relação ao ano anterior. O volume total foi de 4,49 milhões de toneladas, 33,4% das 13,7 milhões de toneladas produzidas pelo Brasil em 2020, com mais de 2 bilhões de aves abatidas, segundo dados da Estatística da Produção Pecuária, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), também confirmados pelo Sindiavipar.
Exportação – Além de principal produtor, o Paraná é também o estado que mais exporta carne de frango no País. Responde por 40,9% das exportações brasileiras no setor e vende para cerca de 160 países. É quase o dobro das exportações de Santa Catarina, que fica em segundo lugar, com 21,6% das exportações. Na sequência vem o Rio Grande do Sul, com 16,9%. Juntos, os três estados do Sul concentram 79,4% do frango brasileiro comercializado para outros países.
Indicadores - O frango, segundo principal produto nas exportações, atrás apenas da soja em grão, é a principal proteína animal exportada pelo Paraná. Em 2020 respondeu por 21,6% de todo o comércio exterior paranaense, com a venda de 1,59 milhão de toneladas no ano passado. Esse total representou US$ 2,56 bilhões na balança comercial estadual, ou R$ 14,71 bilhões na cotação atual.
Mercados - O principal destino é a Ásia, sendo que a China compra um quarto da carne de frango do Estado, ou 410,18 milhões de toneladas. Outros importantes mercados são os Emirados Árabes Unidos (117,77 milhões), Japão (114,1 milhões), Arábia Saudita (92,92 milhões) e Coreia do Sul (63 milhões). Os dados foram compilados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), com base nas informações da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia. (Com informações da AEN)
FOTO: Assessoria Lar