Reunião da cadeia produtiva tranqüiliza consumidor de milho

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Representantes da cadeia produtiva do milho reuniram-se nesta sexta-feira (29/11), na Ocepar, para discutir a questão do abastecimento do produto. O encontro teve como objetivo discutir o cenário atual do milho, na intenção de acalmar o mercado e tranqüilizar o produtor que tem o milho como principal insumo em sua propriedade. A conclusão, segundo Célio Porto, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, é de que o pior momento já passou. “Agora, os produtores que retiveram milho a espera de melhores preços estão conscientes de que os preços já estão na paridade de importação”, disse o secretário. Depois, explicou, começa a se aproximar a nova colheita, e quem ainda tem milho, sabe que esse é o momento de vender. “Do ponto de vista do comprador, ele passa a ter maior tranqüilidade, com a certeza de que vai ter o produto suficiente até chegar a nova safra”, conclui Célio Porto.

Leilões – Por outro lado, como forma de garantir esse equilíbrio na oferta e demanda, a Conab irá realizar cinco leilões (o primeiro será dia 4 de dezembro) para aquisição de 150 mil toneladas do produto. A intenção é comprar 90 mil toneladas no Paraná, 30 mil em Goiás, 10 mil em Santa Catarina, 10 mil no Rio Grande do Sul e outras 10 mil em São Paulo. O milho a ser adquirido no Paraná e Goiás será destinado para o Nordeste. O Governo irá adquirir pelo melhor preço e repassará para o nordeste com apoio financeiro a ser definido. O milho a ser comprado em São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul será destinado para venda de balcão pela Conab.

Impactos - O Ministério da Agricultura acredita que essas medidas terão um impacto positivo no mercado. O entendimento, é que o produtor terá que vender o milho que ainda resta, uma vez que em algumas semanas começa a colheita da nova safra e milho importado deve chegar em janeiro, situações que devem ter um impacto negativo no mercado com a queda de preço. Na avaliação de Vilmondes Olegário da Silva, presidente da Conab, o produtor não tem outra saída, a não ser vender o seu milho. Como o preço no mercado interno está melhor que para exportação, cerca de R$ 26,00 com R$ 23,00 a saca, não existe mais motivo para segurar o produto.

Participantes - Além do presidente da Conab e do representante do Ministério da Agricultura, participaram do encontro Deni Schwartz, secretário de Agricultura do Paraná; Otto Luiz Kiehn, secretário de Agricultura de São Catarina; José Roberto Ricken, superintendente da Ocepar; e Nelson Costa, gerente técnico da Ocepar.

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