Ocepar recebe \"Prêmio Mobilização 2002\"

"Uma economia só presta, só faz sentido, só vale, se ela existir para alimentar, educar e empregar as pessoas. Todas as empresas públicas ou privadas sejam grandes ou pequenas, nacionais ou multinacionais, só prestam, só fazem sentido, só valem a pena, se elas contribuírem para construir um país onde todos possam ter o atendimento de suas necessidades fundamentais". Com esta mensagem deixada pelo sociólogo Herbert de Souza, Betinho, aconteceu na noite da última terça-feira (17), no auditório do Cietep/Fiep, em Curitiba a entrega do “Prêmio Mobilização 2002”. Neste ano, foram escolhidas 30 entidades, entre elas o Sistema Ocepar, que na ocasião foi representada pelo superintendente, José Roberto Ricken.

Indicação - A indicação da Ocepar se deve ao apoio dado a todas as iniciativas realizadas pelo Coep-Paraná desde a sua fundação. Ao comentar a homenagem, Ricken lembrou que tudo isto é resultado da soma de esforços de cada uma das entidades junto ao Comitê no Paraná. “Estamos muito felizes pela escolha do Sistema Ocepar para receber esta honrosa premiação. Na verdade esta homenagem é de todas as cooperativas paranaenses que hoje desempenham um importante papel de distribuição de renda e geração de emprego, fatores essenciais para também combatermos a fome no País. Gostaria na oportunidade, além de agradecer, cumprimentar a cada um dos representantes técnicos pelo excelente trabalho que realizaram neste ano de 2002, todos sob a importante liderança da secretária executiva do Coep-Paraná, Conceição Maria Contin”, frisou Ricken.

Compromisso social - O Coep instituiu, no ano de 1999, com o patrocínio da Oficina Social, o Prêmio Mobilização (bi-anual), que visa mobilizar as entidades associadas a entidade para a institucionalização de seu compromisso social. Na primeira edição foram premiadas as ações na área social, desenvolvidas em parceria empresa/empregados. No ano 2001, o prêmio buscou incentivar o desenvolvimento e a qualificação das iniciativas de promoção da cidadania, implementadas pelas associadas e neste ano o prêmio tem como objetivo estimular as entidades associadas para que ampliem suas ações de combate à fome e à miséria; mobilizar as entidades para uma auto-avaliação sobre a efetivação de seu compromisso social e possibilitar o reconhecimento público destas para que assumam sua responsabilidade institucional na promoção da cidadania.

Início e desafios - O primeiro Comitê foi fundada no ano de 1993 por Betinho e hoje é uma das mais importantes redes nacional de mobilização social e que atua em 20 estados, entre eles no Paraná e que reúne 44 empresas públicas e privadas no combate as desigualdades e à fome. Segundo André Spitz, diretor executivo do Coep Nacional, que veio prestigia a entrega do “Prêmio Mobilização 2002” é necessário fortalecer ainda mais a atuação no combate à pobreza, agregando cada vez mais instituições e incorporando pessoas nessa rede. “Temos a certeza de que é preciso fazer mais, sensibilizar e mobilizar mais gente, mais entidades, para o enfrentamento da pobreza no Brasil. Hoje a sociedade e as empresas, de modo geral, estão mais conscientes de sua responsabilidade para com os problemas sociais do país. O Coep, desde sua criação, em 1993, trabalhou a articulação de parcerias para o desenvolvimento de projetos conjuntos de combate à pobreza. Mas acho que trabalhar em parceria não é muito simples”, disse.

Diferencial - Segundo André Spitz, hoje, a atuação social das empresas é considerada um diferencial competitivo de mercado. “Então, valorizar as marcas em um determinado projeto ou ação ficou muito importante. Mas não podemos esquecer que estamos lidando com solidariedade, compromisso social, luta contra a pobreza, onde não se pode reproduzir as leis do mercado, a competição desenfreada. O grande desafio é valorizar a cooperação, o respeito às marcas na atuação conjunta”, lembrou Spitz. Outro desafio importante segundo Spitz é mobilizar as entidades para institucionalizar sua participação no COEP, valorizar o trabalho na área social de seus empregados, não no discurso, mas criando procedimentos administrativos a serem incorporados aos manuais da organização, considerar, nos processos de treinamento de seus recursos humanos, a capacitação para a cidadania e finalmente, incluir o seu compromisso social em sua missão.