Números mostram desigualdade social

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Os números divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram as desigualdades social e econômica da população brasileira. Os dados, baseados em informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2001, revelam que a desigualdade por cor foi mais forte que por gênero. Os homens pretos e pardos ganhavam 30% a menos que as mulheres brancas. Do total de pessoas que faziam parte do 1% mais rico da população, 88% eram de cor branca, enquanto que entre os 10% mais pobres, quase 70% se declararam de cor preta ou parda. Os 1% mais ricos têm os mesmos rendimentos dos 50% mais pobres, e os 10% mais ricos ganham 18 vezes mais que os 40% mais pobres. Na região Nordeste, a mais pobre do País, a proporção chega a 60%. A população que trabalha no Brasil somou 75,4 milhões de pessoas, e o rendimento médio da população ocupada foi de somente R$ 595,40. O rendimento médio dos mais ricos da população ocupada ficou em R$ 2.744,30, enquanto a dos mais pobres atingiu somente R$ 149,85.

Previdência e carteira assinada - A Síntese de Indicadores Sociais 2002 aponta que mais da metade da população brasileira que trabalha não contribui para a Previdência. A taxa de contribuição é de 45,7% - 46,1% entre os homens e 45,1% entre as mulheres. O percentual, que corresponde a cerca de 34,5 milhões de brasileiros, reforça a idéia de que há muitas pessoas no mercado informal. O total de 75,47 milhões de pessoas ocupadas é composto, além daqueles com carteira assinada, de trabalhadores por conta própria, pelos que estão na economia informal e por empregadores. Ainda segundo o instituto, , 61,5% dos empregados têm carteira de trabalho (65,4% mulheres e 59,6% de homens). O percentual de trabalhadores domésticos com carteira assinada aumentou nos últimos anos, chegando a 26,1% em 2001, percentual ainda considerado baixo. Os trabalhadores autônomos têm a menor taxa de contribuição previdenciária (14,9%), enquanto que os empregadores constituem a segunda categoria ocupacional com maior índice de contribuição: 58,1%. Os empregadores são a segunda categoria ocupacional com a maior taxa de contribuição: 58,1% - mulheres 63% e homens 56,6%.

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