Multinacionais pagarão taxas de juros iguais à nacionais

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O governo decidiu revogar, após aprovação do presidente Lula, norma do BNDES que discrimina empresas de capital estrangeiro na concessão de empréstimos. Em operações diretas, a taxa de juro cobrada atualmente de uma empresa estrangeira é um ponto percentual superior à das nacionais. Nas operações indiretas, chega a ser 1,5 ponto percentual superior. Na quinta-feira, o diretor do BNDES Fabio Erber informou que haveria diferenciação de custos dentro da nova política industrial. No Prosoft, as grandes companhias nacionais pagariam juros de 3% e as estrangeiras, de 4% (além da TJLP). No Profarma, as taxas seriam de 4,5% para as nacionais e 5% para as estrangeiras. A principal razão da decisão em acabar com a diferenciação foi tomada em função do esforço do presidente Lula em atrair investimentos estrangeiros. Além disso, em função das complexas formações societárias e acordos de acionistas, está cada vez mais difícil identificar se o controle de um grupo é nacional ou estrangeiro, a exemplo da aliança com a Interbrew. Por último, não há escassez de recursos atualmente no banco, cujo orçamento para 2004 é de R$ 47,3 bilhões, 43% superior ao do ano passado.

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