Missão negociadora do governo na Rússia
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Comitiva de negociadores - O Ministro chefiará uma comitiva com 54 representantes de diversos setores da economia brasileira. Cerca de 34 é dirigentes de empresas de pequeno, médio e grande porte, dez de setores institucionais e dez de entidades de classe. O grupo se reunirá durante três dias na capital russa para negociar parcerias bilaterais que possibilitem a produção e inserção de produtos brasileiros, de preferência com alto valor agregado, nesse mercado em expansão.
Setores a serem negociados - O campo para novos acordos de cooperação entre Brasil e Rússia é muito amplo. Ele vai além do tradicional comércio de vendas de carnes, açúcares, calçados e vestimentas, setores de grande competitividade externa. A Rússia é uma potência petrolífera, mas seu parque industrial está deteriorado. Isso possibilita que empresas brasileiras de engenharia tenham chances de atuar em obras de manutenção e modernização das indústrias russa. No setor aeroespacial, a Rússia tem uma tecnologia bastante desenvolvida e também pode colaborar com os projetos brasileiros para o setor.
Comércio entre Brasil e Rússia - Os mecanismos de cooperação existentes entre os dois países são um eficiente instrumento para a ampliação de novos projetos bilaterais. O comércio é o aspecto mais visível dessa relação, que nos últimos anos vêm registrando um sucessivo incremento, com cifras de US$ 1 bilhão em 2000, US$ 1,5 bilhão em 2001 e US$ 1,7 bilhão em 2002.
Neste ano - Nos quatro primeiros meses deste ano, as exportações brasileiras para a Rússia somaram US$ 374 milhões, o que representa um aumento de 35,5% sobre igual período do ano passado, quando as vendas externas totalizaram US$ 276 milhões. A Rússia já é o 14º no ranking de importadores de produtos brasileiros. No ano passado, nesse mesmo período, a Rússia ocupava a 23ª posição.
Pauta de exportações - A pauta de exportação brasileira para a Rússia, de janeiro a abril, concentrou-se, principalmente, nos setores de carnes - representando 46% do total -, o que equivale a US$ 172 milhões. O açúcar vem em segundo lugar com 34,1%, correspondendo a US$ 127,5 milhões. Há ainda o incremento nas exportações de aparelhos e instrumentos elétricos e eletrônicos, que de 2002 a 2003 teve um aumento de 1.900%.