MAPA: Cooperativismo manifesta apoio a Guedes
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Representantes do cooperativismo agropecuário, liderados pelo presidente das Organizações das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, estiveram ontem (09/08), no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para manifestar apoio ao ministro Luís Carlos Guedes Pinto e à sua equipe técnica e entregar um documento que avalia as medidas para superação da atual crise agrícola. “O Mapa é o interlocutor oficial do governo com as cooperativas e viemos agradecer alguns pleitos atendidos dentro do Programa Brasil Cooperativo, lançado no primeiro ano do governo do presidente Luis Inácio Lula da Silva”, disse o presidente da OCB. Entre as medidas citadas pelo dirigente estão o lançamento de linhas especiais de crédito para o setor cooperativista e Coopfat Giro, cujo primeiro contrato foi assinado esta semana com uma cooperativa de leite de Ribeirão Preto (SP).
Grupo de Trabalho – O presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, e o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, apresentaram ao ministro o rol das reivindicações de medidas emergenciais pendentes visando a solução da crise agrícola e as medidas estruturantes, fruto de discussão junto ao Grupo de Trabalho constituído pelo Ministério da Fazenda, do qual o Sistema OCB faz parte. Entre as medidas emergenciais pendentes foram apresentadas o Programa de Capitalização das Cooperativas Agropecuárias, as dificuldades na operacionalização do FAT Giro Rural, renegociações das dívidas antigas - pendente de regulamentação pelo BNDES -, padrão de identidade e qualidade da soja, necessidade de Prop (Contrato Privado de Opção de Venda) para o setor lácteo e leilões de PEP (Programa para o Escoamento de Produto) de milho.
Medidas estruturantes – Durante a reunião, foi solicitado apoio do ministro junto ao Grupo de Trabalho com relação às seguintes medidas estruturantes: liberação de garantias das dívidas de Securitização, Pesa e Recoop, Programa de Captação de Recursos Externos, Programa de Garantia de Renda, desoneração tributária da cadeia produtiva, liberação de registro de agroquímicos, problema da cabotagem, alocação de recursos para a defesa agropecuária, restabelecer o quorum da CTNBio e agilizar os processos pendentes, estender benefícios tributários a todos os agricultores de biodiesel e solução urgente para o problema do plantio de soja transgênica em áreas de amortecimento (parques).
Frigoríficos do TO - O presidente da OCB Tocantins, Ruiter Luiz Andrade Pádua, entregou ao ministro da Agricultura um documento que solicita a inclusão dos frigoríficos daquele Estado no roteiro das visitas de missões estrangeiras que fazem a avaliação visando o credenciamento para a exportação de carne. Outros dirigentes fizeram perguntas específicas sobre problemas que afligem os seus Estados.
Posição do ministro - Em seguida, o ministro Guedes Pinto fez diversas considerações sobre os pleitos e seus encaminhamentos. Enfatizou que está estudando um novo conjunto de políticas para o setor, que permitam a garantia de renda. Segundo o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, é dentro desta vertente que está sendo feito o trabalho de discussão de medidas estruturantes pelo grupo constituído pelo Ministério da Fazenda e que conta com a participação da OCB, da CNA e da Comissão da Agricultura da Câmara Federal e do Ministério da Agricultura.
Coopfat Giro – O Coopfat, uma das medidas de apoio ao cooperativismo anunciadas recentemente, financiará capital de giro para beneficiamento, industrialização e comercialização de produtos agropecuários. “Com o Coopfat, com juros de aproximadamente 14% (TJLT + 6,8%), o produtor deixa de descontar duplicatas nos bancos e factoring ao custo de 32%. São ferramentas que ampliam o ganho do associado, que pode agregar mais renda à sua atividade”, destacou Freitas. O dirigente comentou ainda a importância do setor cooperativista no enfrentamento da crise vivida pelo agronegócio brasileiro. “Se o produtor está em dificuldade, pode contar com um cooperativismo eficiente, evoluindo e capaz de minimizar os impactos desta crise”, afirmou. (OCB e Ocepar).