MANDIOCA: Audiência pública acontece sábado em Paranavaí
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Os deputados federais que integram a Comissão Especial criada na Câmara dos Deputados para elaborar o parecer ao projeto de lei 4.679/2001, do deputado federal Aldo Rebelo (PcdoB-SP), que dispõe sobre a obrigatoriedade de adição de derivados de mandioca à farinha de trigo, vão promover uma série de audiências nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e Acre. O objetivo dos encontros é ouvir opiniões dos produtores de mandioca sobre a proposta. No Paraná, a audiência pública acontece neste sábado, dia 10/06, em Paranavaí, das 9h às 12h, no Teatro Municipal Dr.Altino Afonso Costa. O encontro será conduzido pelo deputado federal Moacir Micheletto (PMDB-PR), presidente da Comissão Especial.
Fatia de mercado - O setor da mandioca, em busca de novos mercados, principalmente o do trigo importado, que representa mais de 60% da demanda interna do Brasil, efetuou no mês de maio deste ano quatro audiências públicas em Brasília com o intuito de ouvir entidades diversas sobre o projeto de lei do deputado Aldo Rebelo. Agora, a meta é se deslocar para as bases de produção de mandioca e ouvir os produtores rurais e os vários agentes da cadeia produtiva da mandioca do interior do Brasil. Da reunião em Paranavaí devem participar produtores rurais, e agentes da cadeia produtiva, prefeitos e vereadores das microrregiões produtoras.
Consumo - O Brasil consome de 10 a 11 milhões de toneladas de trigo. Desse volume, produz em torno de quatro milhões de toneladas. O restante - 6 a 7 milhões – provém de importação, o que gera perda de divisas para o Brasil. A partir dessa consciência, os integrantes da cadeia produtiva da mandioca estão reivindicando, apenas, que se adicione de 10% a 20% de derivados de mandioca ao trigo importado, o que gerará economia de importação, e provocará a valorização de um produto, genuinamente, nacional, cultivado de Norte ao Sul, e de Leste a Oeste do Brasil. A proposta do setor da mandioca não se trata de uma imposição a ser aplicada de uma hora pra outra. A sugestão é de se flexibilizar a adição nos próximos cinco anos, se adicionando 2% ao ano, até se chegar ao quinto ano com a adição de 10%, e, ao fim de 10 anos, ao percentual máximo de 20%. Está comprovada, tecnicamente, a viabilidade da mistura no trigo, sobretudo da fécula/amido de mandioca. Diversos órgãos de pesquisa do País já realizaram testes nesse sentido, e deram seu aval à adição. (Fonte: Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca)