José Dirceu promete nova MP ao Refis
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Isenção do Cofins - Em troca da aprovação da medida, que era do interesse do hoje presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aceitou-se negociar alguns dos pontos vetados, entre eles a reabertura do Refis, a ampliação do Simples - um sistema de redução de carga tributária para pequenas empresas - e a isenção do Cofins para cooperativas. "O governo hoje vive o risco de perder muitos aliados", comentou outro integrante do grupo, Osvaldo Biolchi (PMDB-RS). Ontem, o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, esteve no Congresso e afirmou que o governo deverá editar uma nova medida provisória para resolver o impasse, talvez já na próxima semana. O ministro e o líder do governo na Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), deixaram claro, entretanto, que não haverá a reabertura do programa de recuperação fiscal feito no passado. Eles sinalizaram que o Executivo poderá criar um novo programa, com moldes diferentes do Refis, dando prioridade para as micro e pequenas empresas. (Fonte: Valor Econômico).
Negociação - "Vamos negociar dentro do espírito da MP 66, mas sem copiar o conteúdo dela. Será uma outra fórmula", disse Rebelo. "Temos que chegar a um meio termo. Eu e o Palocci (Antonio, ministro da Fazenda) vamos quebrar a cabeça", acrescentou Dirceu. Segundo o líder do governo, além da prioridade às pequenas empresas, o Executivo pode incluir nesse novo programa fiscal mecanismos para auxiliar empresas de setores produtivos estratégicos que estão em situação econômica delicada. "Mas a negociação ainda não está feita", ponderou o deputado. A Casa Civil e parlamentares formaram há duas semanas um grupo de trabalho para construir uma proposta consensual em relação a esses temas. A iniciativa surgiu depois de uma primeira ameaça de obstrução dos trabalhos do Congresso. Os deputados pressionam o atual governo a reabrir os prazos de adesão ao Refis, permitindo a reinclusão de empresas que foram retiradas do programa, e a ampliar o Simples para oito categorias da cadeia produtiva.