Faturamento da Capal apresenta crescimento de 22% em 2002
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Desempenho - Segundo Turra, “de um modo geral a cooperativa teve em 2002 um expressivo desenvolvimento o que comprova o excelente trabalho realizado pela diretoria”, afirmou. Devido ao bom recebimento de produtos agrícolas a diretoria informou durante a AGO que irá aumentar a sua capacidade de armazenagem em 30%, para tanto, irá construir uma nova bateria de nove silos de concreto em Arapoti e três no município de Itararé (SP), automação das fornalhas, construção de barracão de ensacados e outra bateria de silos para fábrica de ração, o total de recursos previstos para estes investimentos é da ordem de R$ 6 milhões, sendo que uma parte oriunda do Recoop (R$ 4,3 milhão) e o restante recursos próprios. Hoje a Capal tem em seu quadro social 176 cooperados, que no ano de 2002 entregaram na cooperativa 60 mil toneladas de milho, 40 mil de soja, 23 mil toneladas de trigo e 12 mil toneladas de suínos. Com uma fábrica de ração própria a cooperativa produziu no ano passado para seus cooperados 55 mil toneladas, além de atuar fortemente no fornecimento de insumos agrícolas e pecuários.
Lucro com o dólar - Na avaliação de Adilson Roberto Fuga, gerente geral da Capal, o bom resultado alcançado no ano passado, apesar da crise da suinocultura, para a agricultura foi positivo. “Nos últimos cinco anos a agricultura tem mostrado uma evolução e neste ano com a colheita da atual safra, certamente os produtores terão um bom lucro, afinal compraram os insumos com o dólar baixo e deverão vender a produção com o dólar em alta”, lembra. Fuga também afirma que o trabalho realizado pela atual diretoria da cooperativa e seus colaboradores, que deram continuidade às metas traçadas em anos anteriores, fez com que a cooperativa superasse todas as dificuldades enfrentadas, principalmente a partir de 1995.
Leite – Há vários anos que a Capal deixou de receber ou comercializar o leite produzido pelos seus associados, fato este que, na opinião do gerente geral, deverá ser resgatada com o passar do tempo. “Para se ter uma idéia, se toda produção de nossos associados, que hoje gira em torno de 120 mil litros de leite por dia estivesse sendo captado pela cooperativa, com certeza nosso faturamento em 2002 teria sido de R$ 120 milhões e não R$ 94 milhões. A média de produção dos nossos associados é de 2.500 litros de leite/dia, na sua grande maioria médios e grandes produtores. Hoje, todo este leite está sendo vendido fora do sistema cooperativista o que é uma pena”, lembra Adilson. Pensando nesta importante fatia do mercado, a diretoria da Capal já está desenvolvendo um planejamento estratégico para resgatar esta atividade dentro da cooperativa, mas com foco voltado para o incremento a atividade agrícola. O primeiro passo para ampliar ainda mais sua área de ação, hoje presente em 10 municípios da região, foi tomada pela assembléia geral realizada na quinta-feira (27), quando foi aprovada a criação de uma espécie de fundo rotativo com parte das sobras para financiar aquisição de áreas para cooperados e filhos de cooperados.
Sobras – Foi colocada a disposição da AGO sobras de R$ 1 milhão e os cooperados decidiram que R$ 400 mil seriam capitalizados e o restante, R$ 600 mil, uma parte será devolvida em dinheiro para os cooperados e outra parte capitalizada para fomentar o fundo rotativo. Adilson faz questão de ressaltar de que a diretoria aproveitou a assembléia para demonstrar aos produtores da importância de participarem do sistema cooperativista. “Uma das preocupações dos cooperados é com relação ao pagamento de taxas junto a cooperativa. Demonstramos a eles através dos números que durante todo o ano de 2002 os cooperados recolheram em taxas junto a Capal cerca de R$ 1 milhão, só que em contrapartida receberam cerca de R$ 1,3 milhão pela melhor comercialização executada pela cooperativa, o que prova que ser cooperado é um bom negócio”, frisou.