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Expectativa de safrinha recorde derruba preço do milho

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Uma mudança quase radical nas perspectivas para a safra de milho este ano e o recuo do dólar derrubaram os preços do grão no país do início do ano até agora. Na região de Cascavel, uma das principais praças de comercialização do Paraná, a saca acumula queda de 25,2% (ver gráfico) no mercado disponível desde janeiro, conforme o Cepea/USP. Quando a safra de verão começou a ser plantada, a aposta era em queda da área de milho, mas isso não aconteceu. Depois veio a safrinha, cuja área cresceu 10% e que o governo estima em 9,1 milhões de toneladas, um volume recorde. Confirmado esse número, a safra total também será recorde: 42,7 milhões de toneladas. "A safrinha começa a se definir e a previsão é de uma produção maior", observa Leonardo Sologuren, analista da Céleres/M.Prado. Mas ele estima uma safrinha de 8,8 milhões de toneladas, um pouco abaixo da projeção da Conab.

Cenário - Essa mudança de cenário - que depende da continuidade das boas condições climáticas - levou os consumidores a se retrair na expectativa de novas quedas no preço de milho, afirma Edivaldo Radigonda, da área comercial da cooperativa Coopervale, de Palotina (PR). Flávio Turra, da área econômica da Ocepar (Organização das Cooperativas do Paraná) acrescenta que as indústrias compraram no início da safra, direto de produtores, e por isso não estão agressivas agora. Ele avalia, no entanto, que a queda do dólar foi decisiva para a baixa no preço de milho porque desestimulou os negócios na exportação. Como o milho tornou-se um produto de mercado externo nos últimos anos, os preços domésticos passaram a ser balizados pela exportação. Assim, quando o câmbio cai, reduzindo a receita em reais com a venda externa, o preço também recua no mercado interno. Foi o que ocorreu no Paraná, principal exportador de milho do Brasil. (Fonte: Valor Econômico)

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