EVENTO: Sistema Ocepar realiza o 1º Encontro Estadual de Agentes de Autogestão em Maringá

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“Um time integrado, disposto, dando aquele algo mais para construir alguma coisa grande. E é isso que a gente vem observando: agentes em todas as áreas, um pessoal que se dedica e nos cobra muito, porque é assim que se consegue construir”, frisou o superintendente do Sescoop/PR, Leonardo Boesche, durante a abertura do 1º Encontro Estadual de Agentes de Autogestão, no início da tarde dessa quarta-feira (16/08), no Maringá Metrópole Hotel, em Maringá, na região Noroeste do Paraná. Promovido pelo Sistema Ocepar, por meio do Sescoop/PR, o evento continua na manhã desta quinta-feira (17/08), com a participação de dezenas de representantes de cooperativas de diversos ramos do estado.

 

Suporte - Boesche destacou que “o que a gente tem aqui é o cooperativismo que dá certo, onde a gente consegue se entender, trocar experiências e propor melhorias para que as coisas possam acontecer e isso dá suporte ao crescimento que o setor vem tendo”.

 

PRC - Ele comentou ainda que o Sistema Ocepar está no segundo ciclo de planejamento nos moldes “PRC”, que começou com o Plano Paraná Cooperativo 100 (PRC100), em 2015, concluído em 2020, quando o cooperativismo estadual atingiu a meta de R$ 100 bilhões de faturamento. Em 2021, foi iniciado o PRC 200, que projetava dobrar a meta até 2024 ou 2025, mas que será alcançada neste ano de 2023, com os 200 bilhões de faturamento.

 

Insumo - “Agora, estamos discutindo o novo ciclo e ainda não sabemos qual será o seu tamanho”, pontuou, ao salientar que a base do monitoramento é um insumo extremamente importante para que se possa discutir junto ao governo as políticas públicas que interessam ao cooperativismo, assim como a própria reforma tributária.

 

Relevância - “Muitas das ações das cooperativas, que estão alimentadas no nosso sistema, servem como base para que possamos fazer projeções que vão causar impactos e propor medidas importantes para que se possa garantir pelo menos o mínimo necessário para que as cooperativas possam continuar atuantes no mercado e atendendo seu público”, disse Boesche, ao enfatizar que quando se fala em ESG, é algo de grande relevância para o setor.

 

ESG+Coop - Boesche destacou “Temos atualmente 52 cooperativas que já preencheram o diagnóstico inicial do Programa ESG+Coop do Cooperativismo Paranaense e, dessas, 34 deram início à etapa de formação”. Ele lembrou também que, no  dia 29 de agosto, a Frimesa fará  a apresentação do Road Map em ESG, sendo a primeira cooperativa a manifestar publicamente sua intenção no que se refere à sustentabilidade.

 

Metodologia - “O programa de formação é para que a gente possa construir juntos uma mesma metodologia para demonstrar que o cooperativismo desenvolve ações de sustentabilidade”, assinalou, lembrando que o compliance “é também importante para que se tenha segurança de toda a estrutura da cooperativa, pois ela precisa ser íntegra”.

 

Demonstrar - “Não basta a gente praticar, é preciso demonstrar isso ao mercado. “Vocês são peças fundamentais nesse processo”, disse Boesche, referindo-se aos agentes, e completou: “agradecemos o empenho de cada um nesse trabalho pelas suas cooperativas. O somatório constrói o cooperativismo que orgulha a todos nós”.

 

Nova estrutura I - Na sequência, o titular da Gerência de Monitoramento e Consultoria do Sescoop/PR, João Gogola Neto, apresentou o novo organograma da estrutura da entidade, que passou a contar com três áreas: Monitoramento, Consultoria, e Contábil e Tributária, coordenadas respectivamente por Jessé Rodrigues, Emerson Barcik e Devair Mem.

 

ESG+Coop - “A base de dados auxilia na construção do planejamento estratégico, bem como no desenvolvimento de um programa de tanta importância como o ESG+Coop”, comentou Gogola, afirmando que estão sendo discutidos agora indicadores, que vão para dentro do sistema de autogestão, “o que acaba se tornando uma referência não só no Paraná, mas em âmbito nacional”.

 

Autogestão - “Este é o primeiro de vários eventos que pretendemos planejar. O nosso trabalho inicia neste encontro de autogestão, porque hoje temos autogestão e monitoramento, autogestão consultoria, autogestão ESG e autogestão compliance e todos dependem um do outro”, ressaltou.    

 

Agenda - Na quarta-feira, após a abertura, o professor Carlos Piazza, do Isae (Instituto Superior de Administração e Economia), fez uma palestra sobre o profissional do futuro e, na sequência, o grupo de agentes participantes realizou discussões por tema, que foram: monitoramento, ESG + Coop/PegCoop/Compliance e Consultoria..

 

Na sequência - Na manhã desta quinta-feira, a programação começou com uma palestra técnica sobre Controladoria e ESG, a cargo de Jerry Kato, do Isae, seguido do fechamento das discussões em grupo e apresentação de cases das cooperativas Integrada (Rota 843), Frimesa (ESG) e Intercooperação – Indicadores (Agrária, Capal, Castrolanda e Frísia), finalizando com a palestra Criatividade é vida, com Rodrigo de Barros da RDB.  

 

Produzir - Em sua palestra, Carlos Piazza disse ser “divertido falar sobre o futuro porque a gente não para pra pensar”, citando que do ponto de vista do agro, o último relatório da ONU sobre a fome menciona que a agricultura no mundo terá que produzir nos próximos quarenta anos, tudo o que ela produziu em oito mil anos passados.

 

Tecnologia - “Isso significa um crescimento populacional desproporcional que deve chegar a 11 bilhões de pessoas, o limite máximo que o planeta aguenta, e não haverá comida para todo mundo”. Segundo Piazza, “é claro que a gente precisa enxergar o apoio que a tecnologia terá que dar, e justamente ela vai se apresentar, para poder contemporizar a produção, porque se sabe que o sistema tradicional não conseguirá dar isso sozinho”.  

 

Complementares - Piazza disse não haver um modelo produtivo em detrimento de outro, “são todos complementares, o que significa que a melhoria contínua da tecnologia sobre o sistema tradicional da agricultura, permanecerá”, citando como exemplo o uso de drones, de inteligência artificial, bem como de sistemas preditivos e algoritmos para se poder controlar uma produção inteira, logística e tudo mais.

 

Inovação - O palestrante destacou ainda que a Holanda está trabalhando com fazendas verticais, fundamentalmente culturas hidropônicas de hortaliças e legumes. “São experiências inovadoras porque o país não tem território”, observou. Já na Finlândia há a iniciativa de uma empresa, a Sola Food, que trabalha convertendo carbono inorgânico em carbono orgânico e constituindo proteína com isso, ou seja, fazendo comida a partir de gás de efeito estufa, sem falar da comida impressa em desenvolvimento na Universidade da Colúmbia.  

 

Laseres - Quanto à comida impressa, se por um lado os humanos gostam de prato quente e o alimento impresso só pode ser frio, a questão foi resolvida, explica o professor, a partir do emprego dos laseres azuis, cozinhando a comida enquanto ela é impressa. “Essa é uma comida que não tem resíduo, é feita só para você e, além de tudo respeita as informações do seu genoma. Quando você come uma comida que é ditada pelo seu genoma, você come um alimento que só serve para você”.

 

Asteroide - Piazza observa que a agricultura de asteroide, por sua vez, vem com todo o avanço aeroespacial porque há dois campos de ciência que vão despontar muito nos próximos anos: a exploração aeroespacial e a engenharia genética. “Quando se fala em edição genética, estamos nos referindo ao agro em outras vertentes, mas a agricultura de asteroide significa que poderemos ter uma fazenda vertical em asteroides para que a gente possa causar um dano menor ao planeta Terra. Então, considerando as vastas áreas desabitadas que estão no espaço, pode ter certeza: daqui a pouco você vai comer comida cultivada lá no espaço”.

 

Visão avançada - Para o palestrante, o perfil do agricultor do futuro é fundamentalmente um traço tech com uma visão daquilo que se fala sobre retorno da confiabilidade, uma vez que está na mão dele não só usar o planeta, como os asteroides, para poder produzir, mas também ter uma ideia ESG muito mais avançada, colocando pessoas e o planeta em primeiro lugar. Então, toda a produção consciente, toda a mitigação de externalidades, e a rastreabilidade - que está entre as tecnologias que vão possibilitar um salto muito grande também, pois os mercados só vão comprar produtos rastreados - tudo isso é tecnologia. “É claro que a tecnologia invadiu o agro e isso não tem retorno”.

 

Infocracia - “Eu até acho que pode existir um excesso de informação ao produtor, mas alguma coisa não está chegando para ele. Talvez não esteja no ângulo de visão dos agricultores ou de quem pensa agro, olhar para esses outros ângulos. Eu acho que informação demais todo mundo tem, mas em tempos de infocracia, como os que vivemos hoje, eu preciso me abrir para conhecer mais um pouco. Nunca o conhecimento foi tão necessário”, explanou.

 

Conhecimento e inteligência - “Quando a gente fala de trabalho, e não mais de emprego, vamos ter muito trabalho e cada vez menos emprego. A presença de jovens e de pessoas de gênero feminino e até de pessoas com mais idade, diz respeito ao fato de que hoje estamos vivendo uma era digital onde o importante é conhecimento e inteligência. Inteligência não é assunto de gênero ou de idade, inteligência todo mundo tem a sua”, disse, completando: “Quando a gente junta tudo para formar uma base colaborativa, estamos falando da inteligência do futuro, então, o agro sob esse aspecto, ao aportar todo tipo diferente de gente em aspectos colaborativos, está muito à frente de outros setores e empresas que não conseguem ver nisso um valor a ser desenvolvido”.   

 

Apresentações - Clique nos links abaixo para acessar as apresentações. 

Apresentação Gerência de Monitoramento e Consultoria - Abertura

Workshop Monitoramento

Workshop Consultoria

Workshop Programas Estratégicos

Palestra Jerry Kato - Controladoria e ESG

Palestra Jerry Kato – Painel de Desempenho

Palestra Jerry Kato - Resolução 059

Case 1 Coop Integrada ROTA 843

Case 2 Coop Frimesa ESG 2040

Case 3 ABC A Intercooperação Indicadores

Palestra Criatividade é vida

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