ENCONTRO ESTADUAL III: União para buscar grandes soluções
O Encontro Estadual de Cooperativistas reuniu, em Curitiba, além de 1700 cooperados e seus familiares, as principais lideranças políticas nacionais com as quais o cooperativismo paranaense e brasileiro interage. O ministro Paulo Bernardo, do Planejamento, os senadores Osmar Dias e Álvaro Dias, os deputados federais Odacir Zonta, Moacir Micheletto, Gustavo Fruet, Alex Canziani, Ricardo Barros e Cesar Silvestre, e o deputado estadual Elio Lino Rusch. Faltou apenas o ministro Reinhold Stephanes, que está participando de uma reunião do Mercosul e lamentou não poder estar presente. No pronunciamento desses parlamentares e autoridades, inclusive do secretário da Agricultura do Paraná Valter Bianchini, ficou clara a necessidade de entendimento e união na busca de soluções aos vários problemas e pendências que afetam o cooperativismo paranaense.
O que afeta o setor - Não são poucos os entraves ao desenvolvimento do cooperativismo. Começa com a falta de consenso para aprovar o projeto da Lei do Cooperativismo, do senador Osmar Dias, que ficou travado por muito tempo por falta de entendimento em relação ao sistema de representação. Agora, anunciou Osmar Dias, está tudo pronto e a lei, enfim, deve ser aprovada, com um capítulo especial sobre o Ato Cooperativo, outra pendência do setor. O acesso do sistema cooperativisa aos recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), também é outro problema em vias de solução, afirmou Osmar Dias, pois o projeto está pronto desde 2005. Basta que a bancada do governo dê seu apoio para que esses recursos possam beneficiar também os trabalhadores do campo.
As questões legais do meio ambiente - Os problemas relacionados com a a legislação ambiental foram levantadas pelo deputado Moacir Micheletto e pelo senador Osmar Dias. Cada comentário dos parlamentares em favor de uma solução racional à questão da averbação foi aplaudido pelos cooperativistas. A tendência é aprovar a exigência da averbação das propriedades apenas a partir do final de 2009. O público aplaudiu mais demoradamente quando Osmar Dias defendeu a necessidade de se somar as áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente pra compor o mínimo de 20% de preservação ambiental. A lei, como está, pode destinar mais de 50% das áreas de pequenas propriedades para a preservação ambiental, perdendo seu potencial produtivo e inviabializando-se.
Fundo de catástrofe e seguro agrícola - O ministro Paulo Bernardo, do Planejamento, foi a autoridade mais citada nos pronunciamentos de todas as lideranças, inclusive os parlamentares, inependente de partido. Na verdade foi mais um reconhecimento pela pronta disposição do ministro em sempre receber as lideranças na busca de soluções aos problemas que afetam o Paraná, o cooperativismo e a agropecuária. De certa forma foi passada para ele a responsabildiade de unir as pontas na negociação que visa estabelecer o seguro rural, que passa pela aprovação do Fundo de Catástrofe. Humilde, prático e disposto sempre buscar soluções, Paulo Bernardo recebeu a aprovação equânime dos participantes do encontro. E também se pronunciou: "O Fundo de Catástrofe está na marca do pênalti e só falta chutar", afirmou, respondendo ao desafio de Osmar Dias para que Lula não encerre seu governo sem essa realização, que marcará sua gestão.
Odacir Zonta - "Quero dividir esse roféu com com os 205 deputados e 13 senadores da Frente Parlamentar Cooperativista", afirmou Odacir Zonta ao receber o Troféu Ocepar em reconhecimento pelos serviços prestados ao cooperativismo brasileiro. Ele vem realizando, como presidente da Frencoop, "um trabalho profícuo e de resultados para o cooperativismo", afirmou o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski. E sua tarefa é gigantesca: tem que administrar os 296 projetos sobre cooperativismo em tramiação no Congresso; e mais 193 medidas provisórias que tratam do setor.