Encontro do Núcleo Centro-Sul encerra com apresentação sobre avanços do PRC300
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O Encontro do Núcleo Cooperativo Centro-Sul do Sistema Ocepar encerrou, no início da tarde desta segunda-feira (07/10), já com a definição da próxima anfitriã do evento que será realizado na região, entre 10 e 14 de março de 2025. A eleita foi a Cooperativa Bom Jesus, da Lapa (PR).
A reunião ocorrida nesta segunda-feira (07/10), na sede da Unimed Paraná, em Curitiba, foi concluída com a apresentação dos principais encaminhamentos relacionados ao planejamento estratégico do cooperativismo paranaense, o Plano Paraná Cooperativo 300 (PRC300).
“Uma coisa é o planejamento que a gente escreve, outra é o exercício que a gente faz”, afirmou o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, durante o encerramento dessa que foi a primeira reunião da rodada.
Além de recapitular todo o caminha traçado em um trabalho de mais de 1 ano, envolvendo mais de mil pessoas, Ricken falou da importância da execução e da constante prestação de constas e avaliação sobre tudo o que vem sendo desenvolvido.
Como lembrou o presidente, o PRC300 tem como alicerces a economia, educação, cooperação, inovação e o socioambiental. Os 12 eixos temáticos e seus 30 projetos foram pensados a partir dos pilares da representação institucional, do fortalecimento de negócios, alianças estratégicas, sucessão e governança e profissionalização.
Certificação
O superintendente da Ocepar, Robson Mafioletti, apresentou os avanços no projeto de certificação destacou que o planejamento do cooperativismo paranaense, com olhar a longo prazo, está bem conectado ao que está sendo planejado para o desenvolvimento do Estado do Paraná.
“Já conseguimos avançar muito com a Certificação Paraná Cooperativo. Já realizamos diagnóstico sobre o estágio de certificação das cooperativas. Queremos apoiar todas, para que tenham, no mínimo, a certificação inicial. Queremos consolidar o cooperativismo paranaense como modelo eficiente e sustentável”, diz.
Quanto às frequentes formações técnicas, os treinamentos (frutos de estudos da necessidade de cada cooperativa), Mafioletti disse que a intenção é que “todas as cooperativas tenham condições de adotar as boas práticas agropecuárias e que todos os cooperados tenham assistência técnica”. “Nosso objetivo é valorizar o pessoal que está no campo e fortalecer boas práticas como plantio direto, integração, entre outras”, afirma.
Mafioletti também falou dos trabalhos que já vêm sendo realizados na melhoria da gestão da propriedade rural, destacando a importância dos aspectos econômicos, as questões ambientais (para ressaltar a importância de cumprir os requisitos legais e a preservação dos recursos naturais), de responsabilidade social e de envolvimento com a comunidade. “Isso tudo envolve muitos atores, mas estamos animados para fazer acontecer”, pontua.
Financiamento
Outros avanços foram destacados quanto à busca de alternativas às formas de financiamento do cooperativismo (projeto 6). “Precisamos reforçar as fontes tradicionais de financiamento, mas também temos que buscar fontes alternativas e mais adequadas não apenas às cooperativas do ramo agro, mas também dos demais ramos”, afiram Robson.
Entre os avanços, o superintendente da Ocepar destacou o mapeamento já feito das fontes de recurso, e apresentou como alternativas mercados capitais, plataformas digitais, fundos, securitizadoras.
Profissionalização
Além de destacar o crescimento da demanda por mão-de-obra e formação, que acompanha o crescimento das cooperativas, ainda no encerramento do encontro o superintendente do Sescoop/PR, Leonardo Boesche, fez um resumo sobre o que vem sendo desenvolvido nos 13 projetos focados no desenvolvimento humano.
Em especial, destacando a autogestão cooperativa e a importância da profissionalização dessa gestão. “Temos uma preocupação muito grande nesse novo ciclo em trazer a questão da Inteligência Artificial e das ciências de dados para a formação e na gestão. É fundamental a gente entender os dados e usar para planejamento”, afirma.
Boesche ainda destacou o avanço na contratação de consultorias especializadas, segundo ele que “dão musculatura para que possamos avançar e encontrar formas para auxiliar as cooperativas, na busca de soluções”. O superintendente também falou do programa de desenvolvimento dos líderes, com a formação de presidentes e de executivos.
“Estamos começando pelo agro, temos já algumas ações de formação junto à saúde e o crédito, mas queremos replicar o modelo que estamos desenvolvendo a todos os demais ramos”, garante. O objetivo do trabalho, segundo o superintendente, é tornar as cooperativas mais preparadas para tomarem decisões estratégicas mais seguras.
Demanda
Ao final da apresentação dos dois superintendentes, o presidente José Roberto Ricken reforçou o convite ao Encontro Estadual das Cooperativas, que será em novembro, em Pato Branco, e, na sequência, abriu a palavra para a manifestação dos representantes das cooperativas presentes.
Luiz Baggio, presidente da Cooperativa Bom Jesus, destacou a importância das cooperativas lideraram o próprio processo em relação ao meio ambiente e à sustentabilidade. “Temos que chamar para nós essa responsabilidade”, disse.
Alexandre Bley, da Unimed, reforçou a importância de contar com o apoio da Ocepar na questão das linhas de financiamento para o ramo de saúde. “Isso é vital para ampliarmos a rede e seguirmos expandindo nosso parque de hospitais e clínicas no estado”, diz.
Erik Bosch concluiu o encontro com uma mensagem de esperança: “é inspirador ouvir o secretário de estado Guto Silva e ver que o Paraná também está se planejamento. Temos que acreditar e dar um voto de confiança”.