Encargos sobre salários chegam a 41,7%

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Levantamento realizado recentemente pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) e divulgados nesta semana pela Folha de São Paulo, mostram que os impostos sobre salários chegam a 41,7%, sendo considerada a segunda maior carga do mundo, só superada pela Dinamarca, que é de 43,1%. O estudo realizado pelo IBPT foi feito com base em dados da Receita Federal, da Caixa Econômica, do Confaz, das associações de municípios e do IBGE.

Alimentação – A carga tributária sobre a alimentação alcança 21,75% sendo o mais alto do mundo, segundo afirmou o coordenador do estudo do instituto, Gilberto Luiz do Amaral. Enquanto que nos países pesquisados a média dos tributos sobre produtos da cesta básica é de 8%, no Brasil é 18%. “Esse quadro é assombroso. Classes de menor poder aquisitivo pagam impostos de primeiro mundo. Já os mais ricos pagam tributação de paraíso fiscal”, frisou o especialista. A tributação sobre bens, serviços e salários corresponde a 75,7% da arrecadação tributária brasileira, comprometendo a renda e o consumo.

Seguridade social - Apesar do governo federal alegar constante déficit nas contas da Previdência Social, o IBPT verificou isso não ocorre por falta de recursos, pois em 2002 os tributos que financiam a seguridade social e que se destinam também à previdência tiveram um acréscimo de arrecadação de R$ 28,13 bilhões, representando 19,16% de aumento. Assim, cada brasileiro contribuiu com R$ 1.000,00 em média, para financiar a Seguridade Social. O quadro seguinte mostra o amento da carga de tributos nesta área.

QUADRO I - aumento de tributos vinculados à seguridade social (em milhões de R$)

TRIBUTOS

2001

2002

% ACRÉSCIMO

COFINS

46.364

52.266

12,73%

CSSL

9.366

13.363

42,68%

PIS

11.396

12.870

12,93%

CPMF

17.197

20.368

18,44%

INSS

62.492

76.082

21,75%

TOTAIS

146.815

174.949

19,16%

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