DIA COOOPERATIVISMO IV: Castrolanda, união que faz a força
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O modelo cooperativista está presente na história da humanidade há séculos. No Brasil, as primeiras cooperativas começaram nos anos 30. Mas foi nas décadas de 60 e 70 que tomaram impulso devido à agricultura. A Castrolanda, fundada em 1951, é um exemplo de cooperativismo ligado à imigração. Foi unindo forças e experiências que um grupo de holandeses iniciou os trabalhos de formação da Cooperativa ainda na Europa. Hoje, a Castrolanda conta com 700 cooperados e uma diversidade de serviços de agronegócio. Para o Diretor Presidente da Cooperativa Agropecuária Castrolanda, Frans Borg, "O cooperativismo é um movimento fundamental para integrar a produção e os serviços de um grupo, atuando diretamente como agente de desenvolvimento econômico, educacional e social". Para ele, é com este instrumento que se promove o progresso, gerando empregos, tributos e qualidade de vida.
União - Trabalhar em cooperativa é unir forças. Por isso o número de associados cresce a cada ano. Além disso, o reconhecimento dos pioneiros também é importante para a valorização do grupo. Por isso, na Castrolanda os cooperados que fazem 30, 40 e 50 anos casa, são homenageados. O pecuarista Ubel Borg é um deles. Nasceu na Holanda. Veio para o Brasil com seis anos. Hoje tem 61 e conhece muito bem o meio agropecuário. Há 40 anos é cooperado da Castrolanda. Para ele, ser cooperado tem muitas vantagens: "a cooperativa tem uma central de compras e pode nos fornecer produtos como insumos, remédios e rações com um preço mais baixo". Outra vantagem, segundo ele, é a maior facilidade na venda dos produtos e o baixo risco de inadimplência. "Quando trabalhamos sozinhos, corremos o risco de vender e não receber. Isso não acontece com a cooperativa".
Transparência - Cooperado da Castrolanda desde 1973, Antônio Wacherski aposta no trabalho familiar para a produção de leite. Com 78 anos de idade, se orgulha dos vários prêmios que ostenta na sala da sua casa. Todos, reconhecimento do trabalho de qualidade que faz. Dos dez filhos, metade trabalha na propriedade. São cinco mulheres que cuidam com primor da ordenha das 111 vacas que produzem cerca de três mil litros de leite por dia. Para Wacherski, a principal vantagem de fazer parte da Cooperativa é a transparência. "Sempre levei muito a sério meu trabalho e o da Castrolanda. Por isso, trabalhar em conjunto dá certo".
Apoio - Filho de um dos pioneiros da Cooperativa Castrolanda, Armando Rabbers traz do berço o conhecimento da produção agropecuária. Aprendeu com o pai, Harm Rabbers, que estar em conjunto com outros produtores é a melhor maneira de trabalhar. Por isso, desde 1991 é cooperado. Como suinocultor, ele acha que é fundamental o apoio da Cooperativa. "Trabalhando com a cooperativa nós temos acesso à tecnologia de ponta, auxílio na gestão e comercialização dos animais, o que ajuda, e muito, no nosso trabalho. Além disso, não competimos com os outros criadores. Trabalhamos unidos". (Imprensa Castrolanda)