Deputados querem esclarecer política de preço mínimo para o trigo

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Os deputados federais Moacir Micheletto (PMDB-PR) e Orlando Desconrsi (PT-RS) irão encaminhar nesta quarta-feira, 10 de novembro, um requerimento a ser apreciado pela Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados para que seja realizado no próximo dia 22 de novembro em conjunto com a Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul na cidade de Porto Alegre uma audiência pública que discutirá com o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues; com o secretário de Políticas de Fomento, Sérgio Bacci; com o diretor do Departamento de Programas de Transporte Aquaviário, Paulo de Tarso; ambos do ministério do Transporte; com o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Culturas de Inverno, Rui Polidoro Pinto; com os presidentes da Ocepar e da Ocergs (Organização das Cooperativas do Paraná e do Rio Grande do Sul), João Paulo Koslovski e Vicente Joaquim Bogo, a política de garantia de preços mínimos e soluções para a comercialização da safra de trigo. Ainda participarão da audiência pública como convidados o presidente da Contag (Confederação dos Trabalhadores na Agricultura), Manoel José dos Santos e o presidente da Fetraf (Federação dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul), Altemir Tortelli, além de um representante da Via Campesina.

Justificativa - De acordo com o deputado Micheletto é esperada nesta safra uma produção recorde. “No entanto, o velho problema da política de preços mínimos, hoje cotada em R$ 24,00, e vendida no mercado a R$ 20,00, gera um enorme prejuízo aos produtores, visto que o custo da produção é estimado em R$ 29,00 a saca”, afirma Micheletto. O excedente de produção de trigo no Rio Grande do Sul chega a um milhão de toneladas. E a grande questão interrogada pelo parlamentar paranaense é saber para onde e para quem vender esse trigo. Micheletto lembra que o preço para exportação este ano despencou de R$ 400 a tonelada para R$ 280 a tonelada.

Transportes - A situação é considera mais alarmante pelo deputado Micheletto por causa das imensas dificuldades ocorrida no sistema de transportes, seja pelas rodovias precárias ou pelo alto custo do pedágio. Um outro ponto considerado crítico nesse sistema pelo parlamentar é falta de navios para operar nos portos. “Os estados do Norte e do Nordeste compram o grão diretamente da Argentina porque o custo de transporte é menor que o praticado no país”, reclama. Micheletto ressalta ainda que a falta de capacidade de armazenagem dos produtos é um outro fator que prejudica o setor não do trigo, mas, do agronegócio em geral.

Conteúdos Relacionados