CRÉDITOS DE CARBONO II: PR amplia participação em energias renováveis
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Mesmo sendo um negócio promissor, a comercialização de créditos de carbono precisa se consolidar tanto em termos de legislação quanto em produção. Silvio Krinski, técnico da área ambiental da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), revela que há muitos setores do agronegócio paranaense com grande potencial de geração de carbono, como a suinocultura. Nesse caso, a geração de crédito de carbono pode acontecer por meio da produção de bioenergia.
Bioenergia - Apesar de algumas granjas suinícolas paranaenses já comercializarem carbono, o volume, perante o potencial de produção de dejetos, ainda é muito pequeno. Krinski aconselha que ao invés de focar na comercialização de carbono, o produtor deve investir em bioenergia para diminuir os seus custos de produção. ''Nessa atividade, por exemplo, a produção de biogás pode servir de alternativa de renda para o produtor'', enaltece.
Regulamentação - O técnico completa que a bioenergia também é uma forma de regulamentar a atividade rural perante a legislação ambiental. Krinski afirma que há poucos trabalhos relacionados ao segmento no Paraná. Um deles, exemplifica, é a parceria da Itaipu Binacional com produtores da região de Foz do Iguaçu. A energia produzida pelos biodigestores dos produtores da região do lago de Itaipu é vendida diretamente para a hidrelétrica.
Bioeletricidade - Com essa parceria, toneladas de dejetos deixam de ser jogados no lago e aumenta a receita do produtor. Krinski afirma que a geração de bioeletricidade é uma tendência natural do meio rural. No Paraná, o número de propriedades que produzem bioeletricidade ainda é pequeno, mas a tendência é de crescimento. Segundo o técnico da Ocepar, algumas delas até já conseguem comercializar créditos de carbono. (Folha Rural / Folha de Londrina)