COOPERATIVISMO: Ramo agropecuário formaliza plano de ação 2010/11

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A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) promoveu, na manhã desta quarta-feira (20/10), na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba, uma reunião com o objetivo de formalizar o plano de ação do ramo agropecuário 2010/11 e discutir políticas setoriais para o sistema cooperativista brasileiro. Participaram do encontro o secretário executivo da OCB, Renato Nóbile; o gerente de mercados da OCB, Evandro Ninaut; o coordenador do ramo agropecuário da OCB e presidente da cooperativa Bom Jesus, Luiz Roberto Baggio, o superintendente da Ocepar, José Roberto Ricken, e representantes estaduais do ramo nas OCEs (Organizações de cooperativas estaduais).

Pauta - Entre os assuntos em pauta estiveram a discussão de ações realizadas em 2009/10; estratégias de ação junto aos novos representantes na Câmara e no Senado; convergências às normas internacionais de contabilidade e os impactos nas cooperativas agropecuárias; câmaras setoriais ligadas ao ramo agropecuário para o cooperativismo; as últimas decisões do governo federal em relação à comercialização do trigo e o delineamento de atividades com base nos debates ocorridos durante o Seminário Tendências do Agronegócio - Cenário para 2011, promovido pela OCB nesta terça-feira (19/10), na sede da Ocepar, em Curitiba.

Avaliação - "Foi uma reunião importante ao meu juízo e que trouxe ao debate assuntos oportunos que fazem parte da ordem do dia", considerou o presidente da Federação das Cooperativa Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro), Rui Polidoro, destacando os encaminhamentos relacionados ao trigo. De acordo com ele, os representantes das cooperativas devem voltar a se reunir com o governo federal para solicitar apoio na comercialização do cereal. "No Paraná, a safra está praticamente colhida e iniciando no Rio Grande do Sul, com a previsão de uma safra de boa qualidade. O produto foi semeado conforme solicitação da indústria, do próprio governo, ou seja, utilizando o tipo pão. Nós fizemos isso Rio Grande do Sul mas agora o produtor precisa ter liquidez e meios de comercializar o mais rápido possível essa safra", disse Polidoro. "Nós já tivermos uma reunião sobre o assunto no Rio Grande do Sul e agora, juntamente com a OCB e com o pessoal do Paraná, devemos nos reunir com representantes do governo,  aproveitando esse espaço de dezembro a março onde os portos estão com uma certa janela, como eles dizem, ou seja, com possibilidade de estocar e escoar essa safra. Nós precisamos que o governo coloque os seus instrumentos para nos auxiliar nessa comercialização e dar condições ao produtor para que ele possa, inclusive, saldar a primeira prestação de custeio que, no caso do Paraná, já vence nos próximos dias e que no Rio Grande ainda demora um pouco", completou.

 

Integração - Já o presidente da Cooperativa Agropecuária Regional de Rio Bonito e representante do ramo no Rio de Janeiro, Carlos Alberto Picorelli, ressaltou a integração. "Por meio dessa reunião, nós conseguimos ter a integração entre todos os ramos, visando o intercooperativismo. Esse é um dos principais pontos que considero que devemos trabalhar já que todos os ramos estão estabelecidos em suas regiões mas nós temos que integralizá-los para poder desenvolver mais o cooperativismo. No Rio de Janeiro, o ramo agropecuário enfrenta problemas maiores porque somos um estado importador então, entram nas nossas fronteiras não as cooperativas mas as concorrentes, furando barreiras. Dessa forma, o produtor perde o preço do seu produto. Se fosse entre as cooperativas nós não teríamos esse problema, daí a importância da intercooperação", avaliou.

 

Contabilidade - O vice-presidente da OCB/SE, José Francisco do Nascimento, destacou os aspectos ligados à contabilidade como um dos itens mais importantes tratados na reunião do ramo agropecuário. "Nessa reunião, nós tivemos uma visão nova dos acontecimentos sobre as ações realizadas, as estratégias de trabalho junto ao Congresso. O problema da contabilidade nos chamou muito a atenção, pois deveremos ter muito cuidado agora nas cooperativas e precisamos discutir muito esse aspecto porque haverá mudanças significativas em pontos como o balanço. Isso marcou realmente a reunião porque vai alterar completamente o trabalho contábil, principalmente nas cooperativas agropecuárias", disse ele.

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