Cooperativas aumentam negócios com café
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Após uma
longa temporada de preços deprimidos, o setor cafeeiro inicia 2004 com
preços em patamares mais atraentes e negócios que alcançaram
R$ 220 por saca no início da semana passada, uma alta de 12,8% sobre
as cotações da semana anterior. "Tudo o que foi ofertado
foi vendido", diz Eduardo Carvalhaes, do Escritório Carvalhaes.
Em Minas Gerais a comercialização ganhou novo fôlego: "Desde
segunda-feira as vendas cresceram 50%", diz Francisco Miranda de Figueiredo,
diretor-presidente da Cooperativa de Cafeicultores da Zona de Três Pontas
(Cocatrel). De acordo com ele, nos últimos dias foram comercializados
cafés das últimas três safras. "Os cafés mais
novos são mais procurados, mas os produtos das safras antigas também
estão saindo", afirma.
Oferta diminui - Na Cooperativa Regional dos Cafeicultores de Guaxupé
(Cooxupé), os preços praticados na quinta-feira oscilavam em R$
205 por saca de café fino, um aumento de 3,5% em relação
aos preços da semana anterior. "A oferta está ficando menor
que a demanda", diz Oswaldo Henrique Ribeiro de Paiva, presidente do Conselho
Nacional de Café (CNC). Segundo o cafeicultor, a expectativa de déficit
na oferta mundial em torno de 10 milhões de sacas está estimulando
o mercado a reagir. "Aos preços atuais os produtores estão
começando a ser remunerados", diz Paiva. Segundo ele, os custos
de produção de café na safra 2003/04 se situaram em R$
196 por saca e comprometeram os tratos culturais.
A queda da oferta
vai provocar a redução nos níveis dos estoques, que na
primeira semana de janeiro somavam 5,7 milhões de sacas nas mãos
das cooperativas. "O mercado quer saber se os estoques serão em
volume suficiente para atender à demanda", diz Carvalhaes. Na bolsa
de Nova York, os preços futuros do café, que subiram sensivelmente
no início da semana, acumulando ganhos de 5,4% em dois dias, voltaram
a cair nos pregões de quarta-feira e quinta-feira em resposta à
realização de lucros por parte dos fundos especuladores. (Fonte:
Gazeta Mercantil).